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Apresentação PQO desastres

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Jaqueline Rodrigues de Santana N°037077
Luana da Silva Barreto N°036708	
Letícia Ferreira Bento Nº035472
Rodrigo C. Bertaglia N°036629
Processos Químicos Orgânicos II 3º Ano – FASB - 2° Semestre 2020
Trabalho Química Ambiental
DESASTRE ATMOSFÉRICO - CHERNOBYL (1986)
Problemas ambientais / acidentes / efeitos das poluições / etc
A liberação de material radioativo da usina ocorreu por, pelo menos, dez dias. Os materiais de maior e mais perigosa exposição foram o Iodo-131, o gás xénon e o Césio-137 em um montante de 5% de todo o material radioativo de Chernobyl, estimado em 192 toneladas.
Levadas pelo vento, partículas do material chegaram à Escandinávia e à Europa Oriental. Houve intensa exposição ao material radioativo por parte das equipes de controle do acidente e bombeiros, os primeiros a chegarem ao local.Entre os 28 mortos nos primeiros dias, seis eram bombeiros. Os trabalhos de controle ocorreram entre 1986 e 1987 e envolveram 20 mil pessoas, que receberam diferentes doses de exposição à radiação. O governo soviético reassentou 220 mil pessoas moradoras das áreas próximas ao desastre.Atualmente, as pessoas que eram crianças e adolescentes na época fazem parte do grupo de risco que podem desenvolver câncer. Muitos já foram operados de câncer na tireoide, por exemplo. Na cidade de Gomel, na Bielorrússia, a incidência desta doença aumentou 10.000 vezes após o acidente de Chernobyl.
Causas e consequências 
O princípio básico de funcionamento da usina de Chernobyl era similar ao das demais usinas nucleares: o reator, local onde são armazenados os combustíveis fósseis, faz com que a energia emitida pela fissão de elementos instáveis, como urânio ou plutônio, aqueça e evapore água pura a cerca de 270 ºC. Essa água é mantida sob altas pressões e, por isso, quando liberada, tem força suficiente para movimentar um conjunto de turbinas conectadas a um gerador. Os geradores, por sua vez, são como grandes ímãs e ficam envolvidos em uma enorme quantidade de bobinas condutoras. 
A produção de energia elétrica acontece de acordo com o fenômeno chamado de indução eletromagnética: enquanto o gerador estiver em rotação, haverá geração de corrente elétrica.A usina de Chernobyl era equipada com quatro reatores nucleares RBMK-1000, capazes de gerar cerca de 1000 MW de energia elétrica cada. Na época do desastre, a usina de Chernobyl produzia aproximadamente 10% de toda a energia elétrica consumida pela Ucrânia. Além disso, Chernobyl foi a terceira usina nuclear produzida pela União Soviética a utilizar os reatores RBMK, produzidos por uma tecnologia ultrapassada, criada cerca de 30 anos antes da data do acidente.
No interior dos reatores nucleares, havia centenas de pastilhas de urânio-235. Essas pastilhas estavam dispostas em compridas varetas metálicas, as quais estavam mergulhadas em um tanque de água pura (destilada), usado para regular o processo de fissão nuclear. Todo o reator era recoberto por uma grande e espessa armadura de grafite.
Ações realizadas antes e depois da ocorrência
O trabalho de contenção contou com a construção de uma estrutura que faria a contenção do material radioativo. Essa estrutura ficou conhecida como sarcófago de Chernobyl e foi construída entre junho e novembro de 1986.
Em novembro de 2016, uma nova estrutura metálica de confinamento do reator 4 foi construída pelo governo ucraniano. O novo sarcófago, que custou mais de dois bilhões de euros, foi construído para suportar terremotos de baixa intensidade e projetado para funcionar até o final do século XXI. Ele possui cerca de 7.300 toneladas de metal e 1000 metros cúbicos de cimento
 Chernobyl poderia ter sido evitada se os operadores fossem treinados no reator e em seu funcionamento adequadamente.
– A segurança deve ser mais importante que redução de custos;
– Os projetos devem considerar a segurança as limitações humanas;
– Projetar o equipamento para mostrar a situação real dos reatores.
– Introduzir cultura de cumprimento de procedimentos de segurança;
– Evitar a influência de ambiente político restritivo em tecnologias de interesse mundial;
– Tornar as informações transparentes inclusive para os operadores;
– Ter especial atenção à comunicação adequada entre a equipe de segurança e os operadores;
– Avaliar quanto desligamento de sistemas de segurança, somente com autorização da gerência técnica;
– Conduzir os experimentos em condições e horário adequado, pois não ficou claro se foi prudente a execução do experimento de madrugada, certamente com uma equipe mais limitada.
– Corpo gerencial da planta composto de pessoas com conhecimento do tipo de reator e em segurança.
– Introduzir treinamento regular de todos os envolvidos;
– Evitar operadores negligentes que violem os procedimentos operacionais da planta.
Como poderia ser evitado?
Efeitos nos biomas e nos ecossistemas
Há muito tempo se sabe que a radioatividade muda o DNA do homem. Por isso, não é surpreendente que, depois do acidente com o reator, animais frequentemente apresentem tumores ou partes do corpo deformadas. No entanto, de acordo com estudos, algumas aves se adaptaram à radioatividade ao produzirem mais antioxidantes, que as protegem dos danos genéticos.
Cientistas pesquisam também se a radiação afeta o comportamento dos animais. Sob a influência de cafeína ou outras drogas, as aranhas perdem a capacidade de tecer teias com perfeição geométrica. Timothy Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, fotografou teias de aranhas na zona de exclusão para analisar se a radioatividade teve um efeito semelhante
O que foi aprendido?
Chernobyl, a última delas – a esperança de que a energia nuclear podia ser segura e limpa – morreu em uma arrasadora explosão radioativa. Resta saber se as futuras usinas com base na fusão do átomo, a grande esperança dos defensores da energia nuclear, serão realmente mais seguras contra acidentes e livre do lixo atômico. Caso isso não ocorra, dificilmente a energia nuclear continuará em expansão, sendo que mais provavelmente ela conhecerá um declínio nesta década.
Se a energia solar tivesse recebido tantos investimentos quanto a nuclear, certamente hoje teríamos já milhares de carros movidos a bateria solar e talvez até gigantescas usinas para a captação de raios solares e obtenção de eletricidade a partir deles
Como se relaciona com os estudos e temas abordados em aula?
A poluição atmosférica, refere-se às mudanças da atmosfera que causam impacto no meio ambiente e na saúde humana, através da contaminação por gases, partículas sólidas, liquidas em suspensão, material biológico ou energia. Podemos citar como os principais poluentes atmosféricos: CO, CO2, SO2, NO2, hidrocarbonetos, oxidantes fotoquímicos, material particulado, metais, asbestos, ácido fluorídrico, amônia, gás sulfídrico, pesticidas e herbicidas, substâncias radioativas (caso citado no acidente de Chernobyl), calor e ruído.
A dispersão desses poluentes é o processo pelo qual a concentração dos poluentes varia após seu lançamento na atmosfera, e essa concentração na atmosfera pode oscilar ao longo do tempo por fatores como: a intensidade de emissões, a topografia local, condições meteorológicas e a estrutura térmica da atmosfera. A intensidade de emissão foi fator determinante no acidente de Chernobyl, combinado ao longo período em que durou essa emissão, fez com que partículas do material chegassem até a Escandinávia e a Europa Oriental.
A causa dessa poluição atmosférica foi não natural, pois foi causada pelo homem, e causou efeitos tanto no homem (com problemas de saúde, mortes, e também em plantas e animais do qual dependemos), quanto efeitos no meio ambiente (atingindo a fauna, flora, bens materiais e atmosfera).
Problemas ambientais / acidentes / efeitos das poluições / etc
A doença de Minamata tem seu nome derivado da cidade costeira japonesa de Minamata. Desde 1930, uma indústria local de propriedade da corporação Chisso, lançava, em grande quantidade sem qualquer tratamento, dejetos contendo mercúrio,na baía de Minamata. Porém somente 20 (vinte) anos depois, começaram a surgir sintomas de contaminação.
Esse envenenamento por mercúrio contaminou os peixes e frutos do mar que eram consumidos pela população, causando uma condição que levou o nome de “Mal ou Doença de Minamata”. Mais de 2 mil pessoas morreram na ocasião, sem contar as sequelas permanentes deixadas em outras milhares de pessoas da região.
Primeiramente, a doença foi reconhecida nos pássaros, que perdiam a coordenação motora, voavam de forma descontrolada e caíam no solo, além dos gatos que corriam em círculos e espumavam pela boca. A doença posteriormente afetou pessoas, mais especificamente as famílias de pescadores, pois essas faziam grande consumo de peixes e moluscos provenientes da Baía de Minamata, os quais estavam contaminados. 
O metal mercúrio quando liberado é um poluente que tende a ficar em suspensão de 4 meses até um ano na atmosfera, reagir com outras substâncias ali presentes e sofrer deposição, podendo, nesse ciclo, tornar-se orgânico por fatores bióticos. Embora a forma orgânica do mercúrio seja considerada a mais tóxica (metilmercúrio), o mercúrio elementar e o mercúrio inorgânico também o são.
O comportamento do mercúrio na natureza, com sua característica de reagir e se transformar, aumentando a toxicidade, é uma ameaça às várias formas de vida no meio ambiente, principalmente considerando que não há controle uma vez que ele é emitido.
Efeitos nos biomas e nos ecossistemas
DESASTRE AQUÁTICO - DOENÇA DE MINAMATA (JAPÃO - 1954)
Ações realizadas antes e depois da ocorrência
Somente após 3 anos da primeira pessoa apresentar os sintomas da doença, que o Ministério da Saúde e Bem-Estar japonês foi capaz de fazer um anúncio ligando a Doença de Minamata ao mercúrio. A Chisso Corporation, sabendo que já estava sob suspeita pelas mortes em Minamata, mudou o curso do canal de refugo, que passou a ser lançado diretamente da fábrica para o Rio Minamata. Isso reduziu a quantidade de descarga no porto, que estava sendo investigado pelos cientistas, mas espalhou a contaminação por uma área ainda maior, aumentando a contaminação para as costas vizinhas. Quando o diretor-médico da Chisso, fez uma pesquisa que confirmou que a poluição da fábrica era a causa da doença, foi obrigado a interromper o trabalho e teve toda a informação da pesquisa destruída.
Apesar das garantias da Chisso de que o refugo seria quimicamente tratado para prevenir novos envenenamentos de mercúrio, nada foi feito e entre 1959 e 1969. Um novo surto da Doença de Minamata aconteceu em 1969, dessa vez na Prefeitura de Niigata. Embora a Chisso não estivesse envolvida, o vazamento de mercúrio na região foi provocado por uma fábrica com processos industriais semelhantes à Chisso, pertencente à Showa Denko.
O governo japonês lançou uma declaração oficial em 26 de setembro de 1968. O documento reconhecia que a Doença de Minamata era uma condição do sistema nervoso central causada pela exposição ao metilmercúrio. Dentro da empresa, o vazamento de metil-mercúrio só foi interrompido em 1968, quando seu maquinário industrial tornou-se obsoleto e foi substituído por novas tecnologias.
 E a Baía de Minamoto? Após décadas de esforços, incluindo a extração de mais de 58 hectares de solo, os trabalhos de limpeza produziram alguns resultados positivos. Embora os peixes e frutos do mar tenham sido declarados seguros para consumo em 1997, o declínio nos níveis de concentração de mercúrio foi bem mais lento e as estimativas oficiais calculam que os valores só retornaram ao normal em 2011.
Como poderia ser evitado?
Em 1959, foi iniciado pelo diretor do hospital da Chisso um experimento com gatos alimentados com alimentos preparados com efluente da Chisso, e cerca de 400 gatos apresentaram sintomas da doença de Minamata em 78 dias de experimento. As ações não foram ideais pois este experimento foi realizado 3 anos após a primeira pessoa apresentar sintomas da doença e mais de 15 anos após o início do descarte dos dejetos químicos pela Chisso. Infelizmente a Chisso omitiu os resultados e ordenou que interrompesse a pesquisa. 
Também muitos anos antes esses sintomas causados pelo mercúrio já haviam sido reportados no trabalho de Hunter & Russell, em 1937 no Reino Unido.
O que foi aprendido?
Em janeiro de 2013, em Genebra, mais de 140 Estados chegaram à um acordo sobre o conteúdo de uma convenção das Nações Unidas sobre o mercúrio: a chamada Convenção de Minamata. Mais de 90 Estados, entre os quais a Alemanha e a União Europeia, assinaram o acordo em outubro de 2013 na cidade japonesa de Kumamoto. O objetivo é restringir as emissões de mercúrio em todo o mundo e, deste modo, proteger as pessoas e o ambiente.
Além disso, é dada especial atenção ao manuseamento do mercúrio em produtos finais. A partir de 2020, os Estados comprometem-se a não produzir ou vender produtos que contenham mercúrio, como baterias, luminárias, produtos cosméticos, sabonetes, interruptores ou termômetros.
Como se relaciona com os estudos e temas abordados em aula?
A água possui requisitos e indicadores de qualidade, e os teores máximos de impurezas permitidos na água são estabelecidos em função dos seus usos. A contaminação por tóxicos é avaliada considerando-se os seguintes componentes: Amônia, arsênio, bário, cádmio, chumbo, cianetos, cobre, cromo hexavalente, índice de fenóis, mercúrio (principal causa da doença de Minamata), nitritos e zinco, despejados através de atividades industriais, agrícolas e de mineração, causando assim a poluição e alterando suas características, por interferências causadas pelo homem.
Também pelo projeto de despoluição da baía de Minamata que levou 13 anos (1977 a 1990), onde foram retirados mais de 1,5 bilhões de m³ de lodo contendo mercúrio (estima-se 100 toneladas) embaixo da área recuperada.
Desastre terrestre - Rompimento da barragem em Brumadinho(2019)
 No dia 25 de janeiro de 2019, às 12:28, ocorreu o rompimento da barragem B I de contenção de rejeitos de minério de ferro, da Mina de Córrego do Feijão, de propriedade da empresa Vale S.A., localizada no município de Brumadinho, a sessenta quilômetros de Belo Horizonte, M.G. 
A mineradora afirma ainda que a lama que foi liberada não é tóxica. Entretanto, apesar de não ser assim considerada, ela pode desencadear outros problemas ambientais 
IDENTIFICANDO ...
De acordo com os especialistas, o rompimento ocorreu devido a deformações da estrutura da barragem. Eles apontaram ainda uma redução de resistência em determinadas áreas da estrutura devido à infiltração das chuvas fortes que haviam caído na região nos dias anteriores à tragédia.
 MEIO AMBIENTE 
 SOCIAL
Problemas ambientais / acidentes / efeitos das poluições / etc
Aproximadamente 125 hectares de florestas foram perdidos, o equivalente a mais de um milhão de metros quadrados, ou 125 campos de futebol, lama e rejeitos atingiu instalações da Vale, casas e veículos em Brumadinho.
A lama chegou em poucas horas ao rio Paraopeba e avança a 1 km por hora pelo leito. A aldeia indígena Naô Xohã, de 27 famílias, a 22 km de Brumadinho, epicentro da catástrofe, foi duramente afetada pela poluição da água.
Efeitos nos biomas e nos ecossistemas
Em virtude da grande quantidade de rejeitos e da velocidade em que foram liberados, a lama destruiu grande parte da vegetação local e causou a morte de diversas espécies de animais
Os rejeitos da mineração atingiram ainda o rio Paraopeba, que é um dos afluentes do rio São Francisco. A grande quantidade de lama torna a água imprópria para o consumo, além de reduzir a quantidade de oxigênio disponível, o que desencadeia grande mortandade de animais e plantas aquáticas. Em relação ao rio São Francisco, a expectativa é de que a lama seja diluída antes de atingi-lo.
Em razão da grande quantidade de lama que foi depositada na região, o solo terá sua composição alterada, o que pode prejudicar o desenvolvimento de algumas espécies vegetais. Alémdessa alteração, quando a lama seca, forma uma camada dura e compacta, que também afeta a fertilidade do solo.
Ações realizadas antes e depois da ocorrência
A Vale ainda dá os primeiros passos para a recuperar o meio ambiente da área atingida. Nos últimos meses, a mineradora concentrou sua atenção em obras para impedir que a lama espalhada continuasse a escoar e poluir os mananciais, sobretudo durante a ocorrência de chuvas. Foi somente na semana passada que foi detalhado um projeto piloto colocado em prática visando a revegetação.
O projeto piloto elaborado pela Vale é o início do programa Marco Zero, que prevê a reconstituição das condições originais do Ribeirão Ferro-Carvão e a revegetação com plantas nativas da região das matas ciliares, além da recuperação do Rio Paraopeba. Segundo a mineradora, o primeiro desafio já foi superado. Trata-se da restituição do traçado que o ribeirão tinha antes do rompimento. Para tanto, foram realizados levantamentos topográficos e consultas aos históricos da ferramenta Google Earth.
AÇÕES REALIZADAS
Como poderia ser evitado?
De acordo com o diretor, “o primeiro ato [da Vale] deveria ser comunicar à agência, o órgão regulador, e depois adotar providências que a técnica recomenda”. Segundo ele, a informação teria determinado a “instauração de um regime de inspeção diária” na barragem.
Em outro DHP, a ficha de inspeção em campo da Vale minimizou o “problema de percolação”, passagem de água pelo dreno. No reporte quinzenal que as normas minerais exigem, a Vale deveria ter assinalado nível 10 e não nível 6, quanto maior a pontuação maior a gravidade e “potencial comprometimento da segurança da estrutura”, conforme nota da agência reguladora.
A ANM aponta que “se a Vale tivesse marcado nível 10, automaticamente a barragem subiria de categoria de risco e seria prioridade de inspeção. Além disso, exigiria que a mineradora fizesse inspeção diária, com envio de reporte à ANM todos os dias. A mineradora nunca reportou nada sobre a falha.”
Caso a empresa tivesse reportado o nível 10 automaticamente a ANM receberia e-mail disparado pelo SIGBM através do algoritmo de inteligência. Apesar de assinalar o erro, Froner Bicca evita dizer que a mineradora mentiu.
Como se relaciona com os estudos e temas abordados em aula?
O Base sobre a qual os seres humanos e demais seres vivos habitam e desenvolvem suas atividades. Estrutura que fornece todos os recursos naturais de que necessitamos.
No local, afirmam os especialistas , ocorreu um fenômeno chamado liquefação estática - descrito como a perda de resistência de um solo fofo que causa deslizamentos devido a um leve distúrbio.

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