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Análise parcial da Resolução 125 do CNJ

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Após o fim da 2° Guerra Mundial, emerge o movimento constitucional 
denominado Neoconstitucionalismo que dentre seus diversos ideais 
trouxe a positivação dos Direitos Fundamentais e estes são 
devidamente expressos na Constituição Brasileira de 1988. Vale 
salientar que o Brasil passou pela transição de um regime autoritário 
para a redemocratização, devidamente consolidada pela promulgação 
da referida carta constitucional, assim na busca de efetividade quanto às 
disposições acerca dos direitos civis, políticos e sociais surge a figura 
paternalista do Estado-Juiz perante à sociedade, resultando na super-
dependência do Poder Judiciário que a longo prazo exigiu a adesão de 
Métodos Adequados de Solução de Conflitos que paulatinamente estão 
sendo inseridos e desenvolvidos no ordenamento jurídico brasileiro. 
Por conseguinte, a Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça 
surge no período em que o Brasil possuía previsões esparsas sobre os 
MASC, porém, força doutrinária significativa para o desenvolvimento 
destes. Assim, o ato normativo tem como objetivos principais ao instituir 
uma política pública para o tratamento adequado dos conflitos : o 
acesso a ordem jurídica justa além da vertente formal; organizar e 
uniformizar os serviços prestados mediante os mecanismos de solução 
consensuais de conflitos afim de evitar disparidades de orientações e 
práticas, assim como garantir uma boa execução destes; garantir que a 
organização objetivada sirva de princípio base para a criação de 
juizados especializados e capacitar profissionais aptos a atuarem nas 
controvérsias. 
Diante do exposto, é inegável a contribuição da referida resolução para 
o acesso à justiça, uma vez que institui diretrizes a fim de solucionar os 
conflitos através de métodos consensuais mediados por profissionais 
capacitados, dessa forma, proporcionando a concretização do direito de 
acesso à ordem jurídica justa não apenas através de demandas nos 
órgãos judiciários mas por mecanismos adequados a causa que driblam 
a morosidade e os altos custos processuais.

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