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Suplementação de creatina: Efeitos ergogênicos e terapêuticos S um ár io Introdução ................................................................. 3 Formas de obtenção, destino e mecanismo de ação .......................................... 5 Protocolo de suplementação e efeitos ergogênicos no esporte .................................8 Efeitos terapêuticos da suplementação .................................................... 12 Segurança do uso ............................................20 Suplementação de creatina: Efeitos ergogênicos e terapêuticos Introdução 3 4 Introdução. Olá, fico muito feliz em ter a sua companhia no nosso novo e-book da Equaliv, feito especialmente para agregar na sua conduta clínica. Falando em agregar, sem sombra de dúvidas, o tema de hoje pode contribuir muito, não apenas para os seus pacientes em nutrição esportiva, mas para a nutrição clínica também, pois contaremos o que você precisa saber sobre a suplementação de creatina: efeitos ergogênicos e terapêuticos. Dando início ao conteúdo, saiba que a Creatina (Cr) é uma amina nitrogenada na qual seu estudo não é tão recente. Na verdade, o primeiro estudo feito com a suplementação da creatina em humanos foi realizado lá em 1926, porém, foi a partir do estudo pioneiro conduzido pelo professor Roger Harris e colaboradores, em 1992, no qual foi constatado através de biópsia muscular tanto em onívoros, como vegetarianos, que o conteúdo intramuscular de creatina poderia ser elevado a partir da sua suplementação, e desse modo, o composto poderia desempenhar seus papéis que serão apresentados aqui para você mais adiante. Assim sendo, a partir dessa descoberta, concomitante a relatos de atletas como os vencedores da medalha de ouro olímpica do atletismo na olimpíada de 1992, Linford Christie e Sally Gunnell, nos quais relataram a utilização da suple- mentação da creatina, esse suplemento foi ganhando mais interesse e destaque pela comunidade científica e esportiva mundial. Nos anos seguintes, foram publicados estudos como o feito pelo professor Hultman (1996), que estudou sobre os protocolos de suplementação para a saturação do conteúdo intramuscular de creatina, além de outras pesqui- sas avaliando por exemplo, em 1999, a superioridade dos efeitos da suplemen- tação em praticantes do treinamento resistido com pesos, ou em 2003 quando Burke et al. descobriu que há uma maior responsividade a suplementação obser- vada em indivíduos com menor conteúdo intramuscular pré-suplementação de creatina, como os veganos. Portanto, você pode ver que até os dias atuais, a pesquisa científica em torno da suplementação da creatina foi crescendo até ser considerada por organizações de enorme respeito e importância internacional, como o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva (ISSN), como um suplemento seguro e eficaz, nível A de evidências científicas. Assim, vamos te apresentar muito mais sobre mecanismos, proto- colo de suplementação e demais aplica- ções esportivas e terapêuticas deste composto que é muito conhecido devido a sua disponibilidade via suplementação, mas que também pode ser sintetizado endogenamente ou consumido através da dieta, como vou te contar mais a frente, ok? Formas de obtenção, destino e mecanismo de ação 5 6 Formas de obtenção, destino e mecanismo de ação. Ao contrário do que muitos pensam, a creatina não é obtida apenas via suplementação. Também, pode ser sintetizada endogenamente a partir dos aminoácidos glicina, metio- nina e arginina. Sobre a síntese endógena da Cr, há o envolvimento de 2 etapas enzimá- ticas no rim e no fígado. A nível renal, a enzima AGAT realiza a catalisação da glicina e da arginina em guanidina acetato e assim, na teoria, a menor produção endógena de guanidina acetato leva a atenuação da síntese de Cr a nível hepático, pelo fato de que o fígado é o órgão onde a guanidina acetato é convertida em Cr. Assim, cerca de 1 g de creatina/dia pode ser produzido, sendo que outro meio de obtenção do compos- to é através da dieta, sendo que deve-se levar em conta ainda que aproximadamente 2 g/dia de creatina é excretada via urina, a partir de seu metabólito, a creatinina (veja o esquema abaixo). 7 Formas de obtenção, destino e mecanismo de ação. Pela dieta, alimentos de origem animal como as carnes e alguns peixes, são os representantes alimentares que apresentam maior quantidade de creati- na. Por exemplo, 100 g de salmão ou de carne bovina possuem 0,45 g de creati- na. E sabe para onde a creatina que não foi excretada vai? Cerca de 95 % da creatina é destinada e armazenada no músculo esquelé- tico, sendo principalmente em fibras musculares do tipo II, além de que ⅔ dessa quantia são estocados na forma de fosfocreatina (PCr) e ⅓ na forma de Cr. Desse modo, seu mecanismo de ação principal e consequentemente função metabólica primária decorre de sua combinação ao fosfato inorgânico (Pi), de modo que haja a formação de PCr através da catalização efetuada pela enzima creatina quinase (CK). Esta potencial ação é importante pois no momento em que o ATP é degradado em ADP e Pi para disponibilizar energia livre às nossas atividades metabólicas, se há a disponibilidade de PCr intramuscular, o Pi de PCr pode ser aproveitado como um tamponante energético para ressin- tetizar o ADP previamente degradado em ATP. Ou seja, pode haver a ressíntese do ATP durante a atividade, sendo este sistema conhecido como sistema fosfa- gênio ou via ATP-CP. Também, a creatina pode funcionar por meio da expressão gênica e de células satélites, diminuição do estresse oxida- tivo, e pela hiper hidratação celular, que pode levar ao aumento da síntese protei- ca e do estoque do glicogênio, concomi- tantemente à atenuação do catabolismo proteico. Protocolo de suplementação e efeitos ergogênicos no esporte 8 9 Protocolo de suplementação e efeitos ergogênicos no esporte. Sobre forma de obtenção, a literatura científica indica que no que se refere a elevação do conteúdo intramuscular de creatina, para se alcançar cerca de 20% de incremento, a creatina pode ser suple- mentada em sua forma monohidratada, e pode dispor dos protocolos de carre- gamento inicial, com 20 g/dia por 5 - 7 dias, seguido da manutenção com 3 - 5 g/dia, ou o protocolo de 3 - 5 g/dia desde o primeiro dia de suplementação, por ao menos 30 dias. Ambos podem levar ao incremento do conteúdo intramuscular de Cr na ordem de 20 - 40%, mas o protocolo de carrega- mento inicial pode ser mais interessante se o indivíduo estiver buscando uma elevação do seu conteúdo de forma mais rápida, pois o protocolo de 3 - 5 g/dia leva cerca de 3 semanas para que o estoque de Cr seja aumentado significativamente. Também, ao contrário do que era difundi- do anos atrás, não é preciso a realização de ciclos de suplementação de creati- na, independentemente do protocolo escolhido, além de que o suplemento pode ser ingerido a qualquer hora do dia, tendo em vista que seus efeitos são crônicos e não agudos. No que se refere a sua aplicação como recurso ergogênico ao esporte, a suple- mentação da creatina pode propiciar mais benefícios em atividades que se aproveitam do predomínio da via da ATP-CP, ou seja, em atividades de alta intensidade e curta duração, como algo inferior a 30 s. Também pode ser aprovei- tada, mas com benefícios de menor magnitude, em exercício com duração de 30 - 150 segundos, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, o praticante do endurance também pode aproveitar do suplemento, pois no decorrer da prova pode haver momentos específicos que o atleta precise dar um tiro. 10 Protocolo de suplementação e efeitos ergogênicos no esporte. Contudo, provavelmente no seu consultório, os pacientes que mais chegam à sua frente e pedem pela suplementação sejam os praticantes de musculação, e em partes claro que com o acompanhamentofísico e dietético para tal, o pedido justifica-se e pode ser aderido por você. Para esse público, que busca muitas vezes a hipertrofia muscular e o ganho de força, o resultado principal que a creatina pode levar o indiví- duo a observar esse efeito é através do aumento do volume de treino, de modo a que o indivíduo consiga realizar mais séries, mais repetições ou consiga aumentar a carga do treino. Além disso, segue abaixo uma tabela extraí- da do último posicionamento do ISSN sobre a suplementação da creatina, mostrando a grande quantidade de atletas de distintas modalidades esportivas que podem se benefi- ciar da suplementação. 11 Protocolo de suplementação e efeitos ergogênicos no esporte. Increased PCr • Track sprints: 60-200 m • Swim Sprints: 50 m • Pursuit cycling Oxidative Metabolism • Basketball • Soccer • Team handball • Tennis • Volleyball • Interval Training in Endurance Athletes Increased Body Mass/Muscle Mass • American Football • Bodybuilding • Combat Sports (e.g., MMA, Wrestling Boxing) • Powerlifting • Rugby • Track/Field events (Shot put; javelin; discus; hammer throw) • Olympic Weightlifting Increased PCr Resynthesis • Basketball • Field hockey • America Football • Ice hockey • Lacrosse • Volleyball Reduced Muscle Acidosis • Downhill skiing • Water Sports (e.g., Rowing, Canoe, Kayak, Stand-Up Paddling) • Swim events: 100, 200 m • Track Events: 400, 800 m • Combat Sports (e.g., MMA, Wrestling Boxing) Efeitos terapêuticos da suplementação 12 13 A Cr é uma amina que apresenta seus efeitos ergogênicos ao espor- tista bem conhecidos, mas o que muita gente não sabe é a respeito do seu potencial terapêutico na função cerebral e em diversas doenças que acometem o ser humano atualmente. At the muscle, improvements seen in: 1) Muscle strength 2) Muscular endurance 3) Body omposition In the brain, improvements seen in: 1) Mental fatigue 2) Memory recall (Cues) 3) Sustained attention/focus Efeitos terapêuticos da suplementação. 1. Função cognitiva 14 No que se refere ao papel da creatina na função cognitiva, estudos apontam que o conteúdo cerebral de creatina pode ser aumentado na ordem de aproximadamente 3 - 10%, quando a mesma é suplementada na dosagem de 20 g/dia. E sabe como a creatina pode beneficiar esse paciente que visa a prevenção do déficit cognitivo que acompanha o envelhecimento por exemplo, ou mesmo para um jovem que deseja melhorar a sua função cognitiva? Basicamente por mecanismos similares ao que a mesma pode beneficiar o tecido muscular, ou seja, a partir da melhora da ressíntese do ATP mas aqui desempenha uma ação muito importante também no combate ao excesso de espécies reativas de oxigê- nio e na inflamação, sendo este um quadro que tende a ficar cada vez mais evidente conforme o avançar da idade do paciente. Para te mostrar melhor como isso ocorre, veja o esquema abaixo que ilustra basicamente o que queremos explicar: Efeitos terapêuticos da suplementação. 1. Função cognitiva 15 Desse modo, o paciente idoso acometido por uma doença neurodegenerati- va sofre da degradação da estrutura mitocondrial / celular, desregulação da apoptose e estresse oxidativo. Para atuar neste cenário, a concentração de Cr cerebral pode ser elevada e adentrar a célula via transportador de creati- na (CrT), quando advinda da alimentação / suplementação ou da síntese endógena. Ou ainda, para curiosidade, saiba que o sistema nervoso central dispõe de sua própria via de síntese e manutenção de Cr, sendo posterior- mente fosforilada em fosfocreatina (PCr). Assim sendo, pode ser um neuroprotetor e atuar principalmente como um tamponante energético na ressíntese do ATP. Também, pode ter efeitos secundários como a maior hidratação e estabilização da membrana celular, atividade antioxidante e neuroprotetora, devido a sua função bioenergética. Portanto, a suplementação da creatina é uma estratégia que vem ganhando cada vez mais destaque no que diz respeito a melhora da função cogniti- va e a prevenção do déficit cognitivo que tipicamente pode acompanhar o processo de envelhecimento e o indivíduo acometido por uma doença neurodegenerativa. Efeitos terapêuticos da suplementação. 1. Função cognitiva 16 Efeitos terapêuticos da suplementação. 2. Sarcopenia e demais doenças A sarcopenia pode ser definida como uma síndrome relacionada ao declínio progressivo da quantidade de massa magra, da força muscular e conse- quentemente da função física, na qual acomete principalmente a população idosa e tem como algumas de suas causas, a inatividade física, a subnutri- ção, as alterações hormonais, além do estresse oxidativo e da inflamação que seguem o avançar da idade ou deficiências nutricionais. Para a prevenção e o combate a essa doença, a introdução do treinamento resistido com pesos, do aumento do aporte proteico e da suplementação da creatina, podem ser estratégias a serem administradas, mas claro que com o devido acompanhamento profissional. 17 No que se refere a creatina, pode influenciar diversas vias e mecanismos que contribuem para a sarcopenia. Assim, seguem alguns dos mecanismos evidenciados pela literatura científica: a) Aumento do volume de treino e da contração muscular: Um dos mecanismos evidenciados para tal, é por meio do aumento do supri- mento energético, propiciado pela ressíntese do ATP. Outros efeitos elucidados decorrentes da suplementação que podem beneficiar o idoso, são o aumento da absorção de cálcio pelo retículo sarcoplas- mático e a atenuação da utilização do glicogênio como substrato energético. b) Envelhecimento e vias de síntese proteica: A síntese proteica pode ser otimizada através do aumento da liberação do IGF-1, de Fatores Regulatórios Miogênicos (MRFs), da ativação de células satélites e da diminuição da miostatina. c) Envelhecimento e vias de degradação proteica: A degradação proteica pode ser reduzida por meio da melhora do funcionamento mitocondrial (menor produção de espécies reativas de oxigênio), e da redução de FoxO e de 3-Metil histidina. Efeitos terapêuticos da suplementação. 2. Sarcopenia e demais doenças 18 Sobre sua ação terapêutica, falamos anteriormente sobre o papel da creatina na melhora da função cognitiva, na prevenção de doenças neurodegenerativas e na prevenção e atenuação da severidade da sarcopenia. Se parássemos nesses quadros já estaria ótimo, contu- do, queremoste apresentar que a suplementação da creatina também é uma estratégia válida em doenças como a Diabetes Mellitus tipo II (DMII). Efeitos terapêuticos da suplementação. 2. Sarcopenia e demais doenças 19 Efeitos terapêuticos da suplementação. 2. Sarcopenia e demais doenças No que tange a DMII, a suplementação da creatina pode aumentar o conteúdo de glicogênio muscular em até 12%, ou seja, pode atuar na diminuição da glicemia principalmente devido a maior translocação do Glut-4 para a membrana celular (veja o esquema abaixo), e também por causa do incremento da osmolaridade da célula, condição na qual faz com que a mesma tenda a reter mais glicogênio. Além disso, há a realização de estudos iniciais em animais de experimentação que avaliam uma potencial ação da creatina no combate ao câncer e nas doenças cardio- vasculares. Segurança do uso 20 21 Por fim, tenho certeza que você já ouviu por aí que a suplementação de creatina poderia levar a mais cãibras musculares e ao prejuízo da função renal e da função hepática, não é? Para deixar de lado de uma vez por todas esses mitos, saiba que essa teoria foi principalmente advinda a partir de estudos com baixa qualidade científica e de estudos de caso de fisiculturistas que vieram a falecer, mas que a utilizavam na dosagem de 200g/dia, concomitan- temente ao uso de esteroides anaboli- zantes e ao diagnóstico de doença renal crônica que ele detinham. O que temos na literatura hoje em dia, é bem o oposto disso. Há inclusive um estudo publicado lá atrás em1999 pelo professor Jacques Poortmans, no qual os voluntários foram suplementados com creatina e acompa- nhados por um período de até 5 anos. Como resultado, foi visto que não houve ao longo do período de intervenção, alterações significativas em marcadores de função renal, como a creatinina, a taxa de filtração glomerular, a reabsorção tubular e nem a permeabilidade glomeru- lar da membrana renal. Também, em marcadores secundários como a uréia e a albumina, não foram vistas modifica- ções consideráveis estatisticamente em indivíduos com função renal previamente saudável. Mais recentemente, em 2019, foi inclu- sive publicada uma meta-análise e revisão sistemática sobre os efeitos da suplementação da creatina em indiví- duos saudáveis ( Silva et al., 2019). Neste estudo, após a análise de 290 estudos não-duplicados, 15 foram incluídos na análise qualitativa e 6 na quantitativa do suplemento. De modo geral, os protocolos avaliados utilizaram dosagens entre 4-20 g/dia, por um período intervencional de até 132 semanas, nos quais foi avaliado o nível sérico de creatinina e/ou nível plasmáti- co de uréia. Como resultado, foi consta- tado que a suplementação de creatina não altera significativamente os níveis séricos de creatinina, nem os níveis plasmáticos de uréia. Segurança do uso. 22 Portanto, por meio desses resultados encontrados, observa-se que a suplementação da creatina não induz a danos na função renal de indivíduos saudáveis. E para te surpreender ainda mais, sabia que já é estudado uma possível aplicação do suplemento para a atenuação de comorbidades associadas à Doença Renal Crônica (DRC)? Isso mesmo! Há uma revisão de literatura conduzida na qual os pesquisadores classificaram a creatina como um nutriente condicionalmente essencial ao paciente em um estágio avançado da DCR. Isso se dá pois tipicamente parte do tratamento do paciente com a insuficiência renal gira em torno da diminuição do aporte proteico e do nível da ativi- dade física. Também, durante a diálise, há a diminuição da síntese endógena de Cr e de seu precursor guanidina acetato, além de sua perda no decorrer do processo. Como justificativa, esse déficit de creatina pode levar a consequências como a sarcopenia, fadiga excessiva, déficit cognitivo, qualidade de vida afetada e mortalidade prematura em pacientes acometidos pela insuficiência renal. Segurança do uso. 23 Segurança do uso. Assim sendo, hipotetiza-se que esse aumento pela demanda de Cr poderia ser suprido via alimentação ou até via suplementação, tendo em vista que sua suplementação na maioria dos estudo já feitos, não levou a variações significativas no nível de creatinina, cistatina C ou da taxa de filtração glomerular. Porém, vamos com calma pois ainda não foram feitos estudos prolongados em paciente com DRC para avaliar a veracidade dessa hipótese, mesmo tendo um embasamento teórico a ser considerado. Portanto, fique tranquilo se você escolher suplementar creatina para o seu paciente. A suplemen- tação da creatina em dosagens de até 30 g/dia por 6 anos, é segura. Esperamos que este e-book tenha contribuído muito aos seus estudos. Lembre- se sempre que para o que precisar, nós os seus amigos da Equaliv estamos à sua disposição para trazer o que há de mais novo, eficaz e claro, seguro no mercado. Até a próxima! 24 Bibliografia BURKE, Darren G. et al. Effect of Creatine and Weight Training on Muscle Creatine and Performance in Vegetarians. Medicine & Science In Sports & Exercise, [S.L.], v. 35, n. 11, p. 1946-1955, nov. 2003. 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