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Sistema Urinário - anatomia e fisiologia

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 CONCEITO 
O sistema urinário é responsável pela manutenção da 
homeostase (equilíbrio fisiológico) do corpo. Ele é 
composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e a 
uretra. Esse conjunto tem função de filtração, absorção 
e secreção. Os rins secretam substâncias que irão agir 
em determinadas regiões como a renina (atua 
aumentando a pressão sanguínea); e a eritropoietina 
(hormônio que age na medula óssea estimulando a 
produção dos eritrócitos (glóbulos vermelhos). Através 
da radiação UV tem a formação de uma molécula de 
vitamina D pró-ativa, quando passa pelo fígado e rins 
sofrem transformações químicas e forma a vitamina D 
ativa, ela ajuda a ligar o cálcio no osso. 
 RINS 
Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da 
cavidade abdominal sendo, então, órgãos 
retroperitoneais. Estão localizados um em cada lado da 
coluna vertebral. São de cor vermelho escuro e têm o 
formato semelhante ao de um grão de feijão, do 
tamanho aproximado de uma mão fechada. Eles 
realizam a maior parte das funções de excreção, 
filtrando o sangue e recolhendo deste os resíduos 
metabólicos de todas as células do corpo 
Encontram-se um em cada lado do corpo, um direito e 
um esquerdo, sendo que o rim direito está a nível das 
vértebras L1 a L3, um pouco mais baixo que o 
esquerdo, que se encontra a nível das vértebras T11 a 
L2, por conta do fígado que ocupa um pequeno espaço 
que o rim direito deveria ocupar, empurrando-o 
ligeiramente abaixo. Ambos possuem cor vermelho 
escuro no córtex renal e na medula renal a coloração 
está mais rosada e seu peso varia de 120 a 140g. 
Os rins fazem relação, ou seja, uma espécie de fronteira 
com algumas estruturas, sendo estas: 
• Rim direito: em sua porção anterior, tem relação com 
a glândula suprarrenal direita, o fígado, a segunda 
porção do duodeno e com o ângulo cólico direito; e 
posteriormente, suas relações estão com o 
diafragma, músculo quadrado lombar, músculo psoas 
maior e com ramas colaterais do plexo lombar. 
• Rim esquerdo: em sua porção anterior, tem relação 
com a glândula suprarrenal esquerda, baço, 
estômago, pâncreas, ângulo duodeno jejunal e 
ângulo cólico esquerdo; posteriormente está 
relacionado com o diafragma, músculo quadrado 
lombar, músculo psoas maior e ramos terminais do 
plexo lombar. 
São cobertos por uma capa fibrosa 
chamada de cápsula renal que busca 
ser um suporte de proteção e auxilia 
no meio de fixação dele, sendo que 
essa capa dá ao rim o aspecto de 
brilho que ele possui. 
Cada um dos rins apresenta duas 
porções, uma que é o córtex e a outra 
a medula renal. O Córtex é a parte mais externa dos 
rins e tende a ser mais espesso, servindo como meio de 
proteção para o órgão e mantê-lo isolado. 
O córtex contém principalmente néfrons, que são as 
unidades funcionais básicas dos rins e também 
apresentam vasos sanguíneos. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
A medula renal é a parte interna e contém cerca de 8 a 
16 pirâmides renais. Essas pirâmides são a ligação dos 
néfrons com o cálice renal. A base das pirâmides é 
voltada para o córtex e o ápice para a medula. No 
vértice de cada pirâmide localiza-se a papila renal. 
Cada papila é envolvida pelo cálice menor que se 
reúnem e formam os cálices maiores, os quais 
desembocam na pelve renal que segue para formar os 
ureteres. Os cálices marcam o começo da via excretora 
do rim; transportam a urina das papilas renais até a 
pelve renal. 
Cálices menores: ductos membranosos que se inserem 
ao redor de cada 
papila renal e 
desembocam nos 
cálices maiores. 
Entre três e cinco 
cálices menores 
drenam para um 
cálice maior. 
 Possui uma 
estrutura chamada 
hilo, onde ocorre a 
entrada de vasos 
sanguíneos e nervos 
e saída do ureter; 
 
Cada rim recebe uma artéria e uma veia renal. A artéria 
renal deriva-se da aorta abdominal e a veia, da veia 
cava. Essas chegam aos rins e desembocam nos 
néfrons, que são as unidades funcionais do órgão. 
O néfron apresenta uma forma toda contorcida e é 
dividido em algumas subunidades, sendo elas a cápsula 
de Bowman ou glomerular, que envolve o glomérulo – 
que são amontoados de capilares onde se inicia a 
filtração do sangue – em seguida, encontra-se o túbulo 
contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido 
distal e por fim o ducto coletor. 
Enquanto o sangue passa por essas regiões do néfron, 
vai sendo produzida a urina, e são eliminadas as 
impurezas junto com ela. Entretanto, estas não só 
eliminam água e/ou substâncias, mas existe também 
uma absorção das mesmas, para que sejam levadas 
pelo sangue já “limpo”, como é o caso por exemplo dos 
medicamentos. 
Após este processo de limpeza, o sangue segue seu 
curso para todo o corpo, e a urina sai até chegar à 
bexiga, onde vai sendo armazenada, com capacidade 
média de armazenar de 300 a 500 ml de urina, até 
que precise ser eliminada. 
 
Partes do rim: 
1. Cápsula renal 
2. Córtex renal 
3. Coluna de Bertin 
4. Medula renal 
5. Pirâmide renal 
6. Papila renal 
7. Pelve renal 
8. Cálice maior 
9. Cálice menor 
10. Ureter 
11. Corpúsculo renal 
12. Veia interlobular e 
Artéria interlobular 
13. Veia arqueada e Artéria arqueada 
 
 
 
14. Veia interlobar e Artéria 
interlobar 
15. Artéria renal 
16. Veia renal 
17. Hilo renal 
18. Seio renal 
19. Veia segmentar e Artéria 
segmentar 
20. Arteríola aferente 
21. Arteríola eferente 
22. Artéria radial perfurante 
23. Veia estrelada 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 Cálculos renais 
O cálculo renal, também chamado de pedra no rim ou 
litíase renal, é uma doença muito comum, provocada 
pela cristalização de sais minerais presentes na urina, 
que se agrupam e formam, literalmente, uma pequena 
pedra dentro do trato urinário. São ocasionados, 
geralmente, pelo baixo consumo de água, o que se 
torna insuficiente para carregar todas as impurezas. 
Essas pequenas “pedras” podem impedir a passagem 
de urina ou mesmo descer juntamente com a “água 
impura” e causar dor por lesionar as paredes dos 
ureteres e uretra. Define-se como cálculo renal 
quando ele está localizado na pelve renal ou em um 
grupo calicial. Quando o cálculo está presente na pelve 
renal e em dois ou mais grupos caliciais é chamado 
de cálculo coraliforme. Os cálculos podem ter diversas 
composições, sendo os mais frequentes os de oxalato 
de cálcio e de ácido úrico. Podem causar perda de 
sangue na urina (hematúria), 
infeções renais (pielonefrite) ou cólica renal. 
 Néfron 
 O néfron é a unidade funcional dos rins. Nele ocorre a 
filtração de sangue para produzir urina. Ele é 
constituído do corpúsculo ou glomérulo de Malpighi 
(glomérulo renal), do túbulo contorcido proximal, da 
alça de Henle (alça néfrica) (parte ascendente e 
descendente) e tem na parte final o túbulo contorcido 
distal. Ligado aos néfrons existe o túbulo ou ducto 
coletor que recebe o líquido proveniente dos néfrons. 
Os ductos coletores estão ligados aos túbulos coletores 
(não fazem parte dos néfrons), esse conjunto se chama 
túbulos uriníferos (é o conjunto de néfrons e túbulos 
coletores). O líquido proveniente dos néfrons desce os 
ductos coletores. 
 
 
 
 Estruturas que compõem os néfrons 
A primeira porção é o corpúsculo renal ou Glomérulo 
de Malpighi. Ele é constituído de duas partes, uma 
parte se chama glomérulo e uma cápsula de Bowman 
que envolve o glomérulo. 
 A cápsula apresenta 2 folhetos, um visceral (que 
envolve os glomérulos) e parietal (externa). Entre os 
folhetos há um espaço capsular que recebe o líquido 
proveniente do glomérulo, dos capilares sanguíneos, 
que é o líquido filtradoque posteriormente dará 
origem à urina. 
O Corpúsculo renal pode ser dividido em 2 regiões: 
• Polo vascular: é onde tem a ligação de arteríola 
aferente com arteríola eferente, nessa região há o 
controle da pressão sanguínea pelos vasos 
sanguíneos que na sua parede possui músculo liso, 
se não esse líquido extravasa e vai para o espaço 
capsular. 
Polo urinário: é a ligação entre o corpúsculo renal e o 
túbulo contorcido proximal. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
Função geral do néfron: 
 Filtração absorção e secreção. Mas em outras regiões 
do néfron pode absorver mais água. 
Existem 2 tipos de néfrons: 
• Néfrons Justamedulares: Seu glomérulo renal está 
localizado entre a região cortical e a região medular. 
Tem funções específicas nos rins que é maior 
absorção de água (essa maior absorção ocorre na 
alça de Henle), e são responsáveis por produzir uma 
urina chamada hipertônica que é rica em soluto. 
• Néfrons Corticais: Seu glomérulo renal está 
localizado na região cortical, não absorvem tanta 
água como os justamedulares e produz uma urina 
mais concentrada. Sua absorção de água também 
ocorre na alça de Henle; 
 Células mesangiais 
As células mesangiais possuem a capacidade de se 
contrair, reduzindo o fluxo de sangue no glomérulo, 
contribuindo para a redução da filtração glomerular. 
Produção local de prostaglandina E2, substância com 
propriedade vasodilatadora. Produção local de fatores 
de crescimento e citocinas. 
Possuem receptores para angiotensina II que quando 
se ligam ocorre redução do fluxo sanguíneo 
glomerular. Apresentam receptores de ligação para o 
hormônio fator natriurético e quando ocorre essa 
ligação ocorre uma vasodilatação do glomérulo. 
Funções: Dar suporte estrutural ao glomérulo; síntese 
da matriz extracelular composta por proteoglicanos 
glicoproteínas e colágeno; realizar fagocitose de 
substâncias que não tenham função nos capilares; e 
secretar endotelinas (que agem na contração da 
musculatura lisa das arteríolas aferentes e eferentes) e 
prostaglandinas (que age no aumento da filtração 
glomerular. 
 TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL 
Saindo do folheto parietal tem o túbulo contorcido 
proximal, que apresenta células epiteliais podendo ter 
epitélio cuboide ou colunar e muitas mitocôndrias, já 
que necessitam de energia para realizarem a troca de 
substâncias com capilares sanguíneos; 
Também há microvilosidades, chamadas de “orla em 
escova” (ficam na região apical), e tem capilares 
sanguíneos. 
Como as células realizam troca de substâncias com 
capilares sanguíneos, há o aumento da absorção 
dessas substâncias. 
Tem vesículas de pinocitose que transportam 
substâncias de um lado para o outro dentro da célula, 
e essas substâncias também podem ser digeridas por 
lisossomos. 
O Filtrado glomerular se forma e vai para o túbulo 
contorcido proximal onde há substâncias que podem 
voltar para a corrente sanguínea como a glicose, 
aminoácidos, água, bicarbonato, e elas só voltam se o 
organismo necessitar delas; e o que não volta para a 
corrente sanguínea acaba sendo excretado pela urina. 
 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 ALÇA DE HENLE 
Tem formato de “U” e é a continuação do túbulo 
contorcido proximal. Tem um segmento mais 
espesso/grosso que apresenta células cúbicas a 
colunares, e um segmento mais delgado/fino que 
apresenta células simples pavimentosas. 
A alça de Henle é uma das estruturas mais importantes 
para a manutenção do funcionamento desse sistema. 
Sua principal função é trabalhar juntamente com as 
outras estruturas renais e promover a reabsorção de 
água e eletrólitos como sódio, potássio e cálcio, 
contribuindo para um aumento da concentração 
urinária. Ela foi assim denominada como formato de 
homenagem para o médico que provou a sua 
existência, assim como as suas variadas funções. 
 Mecanismo de contra-corrente renal 
Devido ao formato de U que a alça de Henle apresenta, 
ela é responsável por desempenhar uma importante 
função fisiológica, chamado de mecanismo de contra-
corrente. 
A Alça possui uma porção ascendente e outra 
descendente. Sabe-se que sua porção ascendente é 
impermeável à passagem de água, enquanto na 
descendente a água consegue passar. Como 
consequência disso, o sódio que é reabsorvido para o 
líquido peritubular não é acompanhado da saída de 
água, como ocorre normalmente em outros sistemas. 
Sendo assim, a osmolaridade no final da alça de Henle 
é menor do que no começo. 
Com a movimentação do filtrado pelo sistema urinário, 
esse líquido vai se tornando mais concentrado, devido 
à grande perda de água que ocorreu na porção 
descendente, chegando em concentrações osmolares 
próximas de 1.200 mosm. 
Nesse mecanismo de contra-corrente renal, ocorrem 
algumas trocas de fluidos. A porção ascendente da alça 
de Henle é impermeável à água, mas não aos íons, os 
quais serão perdidos para o líquido peritubular nesse 
momento. 
À medida que o filtrado glomerular passa pela porção 
descendente da alça de Henle, ele encontra o líquido 
que está ao redor do túbulo renal (mais concentrado 
devido a essa impermeabilidade à água). Por isso, o 
sódio do líquido peritubular entrará para a alça de 
Henle em sua porção descendente e a água irá sair, 
fazendo com que a osmolaridade se eleve. Um dos 
mecanismos mais importantes da contra-corrente na 
alça de Henle é o fato de a porção ascendente ter a 
bomba de sódio e potássio, que irá fazer com que a 
concentração osmolar entre o filtrado no túbulo seja 
equivalente à concentração no líquido peritubular. 
Outro fator que contribui para essa troca osmolar é o 
fato de os vasos sanguíneos caminharem em posição 
de contra-corrente com o túbulo renal. 
Então, da forma que o fluxo nos túbulos vai da 
esquerda para a direita, o fluxo de sangue vai da direita 
para a esquerda. 
Além do mais, contribui para a reabsorção de íons 
cálcio e magnésio. É na alça de Henle que agem alguns 
tipos de diuréticos (“diuréticos de alça”, ex. 
Furosemida). 
 TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
É a Região que regula o pH e a concentração de 
K+ (potássio) e de NaCl (cloreto de sódio) no 
organismo. O túbulo distal desemboca em um ducto ou 
túbulo coletor de maior calibre e que carrega o filtrado 
até a pelve renal. No ducto coletor, ocorre a formação 
da urina a partir do processamento final do filtrado. 
Uma das características do túbulo contorcido distal é 
possuir células epiteliais cúbicas simples. Não 
apresentam orla em escova, e em relação ao túbulo 
contorcido proximal. Ele possui células menores e 
menor quantidade de mitocôndrias. No túbulo 
contorcido distal existe uma região chamada mácula 
densa, nessa região as células ficam bem grudadas 
umas às outras e essa ligação de células faz com que a 
região seja de cor mais escura. Essa região possui 
células epiteliais (cilíndricas) que produzem moléculas 
sinalizadoras que saem e vão para os vasos aferentes e 
eferentes especialmente nas células justaglomerulares 
as estimulando a produzir a Renina. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 TÚBULOS E DUCTOS COLETORES 
Possui dois segmentos, um coletor inicial e um coletor 
medular. É uma zona responsável pelo equilíbrio, já 
que é aqui o local de ação do ADH e a Aldosterona. Na 
sua porção cortical há secreção de H+ e reabsorção de 
K+, podendo também secretar HCO3-. É na sua porção 
medular que ocorre a modificação final da urina, onde, 
dependendo da composição original desta, pode haver 
reabsorção de NaCl, água, uréia; secreção de H+ e NH3; 
e secreção ou reabsorção de K+. As células principais 
possuem um cílio central. 
Depois do túbulo coletor distal (que fazparte do 
néfron) entramos no túbulo coletor (que não faz parte 
do néfron); ele tem células cúbicas a cilíndricas. Os 
ductos coletores é a segunda região do rim, onde 
ocorre maior absorção de água (a primeira é a alça de 
Henle situada no néfron). 
 Aparelho justaglomerular 
É um conjunto de determinados órgãos nos rins que 
agem controlando o balanço de água (entrada e saída 
de água dos rins). 
Componentes: Células justaglomerulares, mácula 
densa e as células mesangiais extraglomerulares. 
As células justaglomerulares: produzem a renina; são 
células que fazem parte da parede das arteríolas 
aferentes e eferentes, são células musculares 
modificadas. Mácula densa: é uma região do túbulo 
contorcido distal. 
Células mesangiais extraglomerulares: não foram 
muito estudadas, mas sabe-se que elas auxiliam no 
controle do balanço hídrico. Estão localizadas no polo 
vascular, bem próximas as arteríolas aferentes e 
eferentes. 
 Interstício Renal 
É um Tecido conjuntivo que faz parte dos rins; quando 
se tira os néfrons e os vasos sanguíneos, o que sobrar 
é o interstício renal. Nele pode ser encontrado 
fibroblastos, fibras colágenas e Proteoglicanos. O 
interstício renal é dividido em parte medular e parte 
cortical. 
As células intersticiais da parte medular: existem 
células chamadas de células intersticiais da medular, 
elas produzem prostaglandinas e prostaciclinas que 
agem na pressão sanguínea, gerando menor pressão 
sanguínea. 
As células intersticiais da cortical: tem a função de 
produzir 85% de toda a eritropoetina (que estimula a 
produção de eritrócitos/glóbulos vermelhos). Então 
qualquer deficiência nos rins, pode gerar anemia pela 
função de produzir grande quantidade de 
eritropoetina. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 URETERES 
Os ou ureteres são dois tubos feitos de músculo 
liso que impulsionam a urina dos rins para a bexiga 
urinária. No adulto humano, os ureteres têm 
geralmente 20-30 cm de comprimento e cerca de 
3-4 mm de diâmetro. 
Tem como função transportar a urina dos rins para a 
bexiga, por meio de movimentos peristálticos (ondas) 
da musculatura lisa. 
Eles descem do abdômen superior, onde estão os rins, 
até a pelve, por trás dos órgãos gastrointestinais. 
Por seu trajeto, o ureter se divide em duas partes, a 
abdominal e a pélvica. 
Possui três camadas: 
• Camada mucosa: Constitui a parte interna do 
órgão; 
• Camada muscular: A segunda camada do ureter, 
composta por duas camadas musculares lisas, uma 
interna e outra externa; 
• Camada adventícia: Camada mais externa, onde se 
encontram os vasos sanguíneos e fibras nervosas. 
A extremidade superior do ureter localiza-se dentro do 
rim e se chama pelve renal. Do rim, o ureter desce pela 
parte posterior do abdômen e penetra na cavidade 
pélvica, abrindo-se no óstio do ureter, situado no 
assoalho da bexiga. 
Sua função é transportar a urina dos rins para a bexiga, 
por meio de movimentos peristálticos (ondas) da 
musculatura lisa. A urina se move ao longo dos 
ureteres devido ao peristaltismo do órgão e à força da 
gravidade. 
 
 
 
 
 
 
 BEXIGA 
Na bexiga ocorre o armazenamento temporário da 
urina. A bexiga e vias urinarias possuem epitélio de 
transição e apresenta lâmina própria apresentando 
tecido conjuntivo frouxo mais em cima, e denso mais 
embaixo. 
 
A Bexiga é constituída de células que tem característica 
própria, pois ela precisa de proteção por conta da 
acidez do líquido que fica ali (urina). O lipídio que está 
presente na membrana da parede da bexiga chamada 
de cerebrosídeos, e eles auxiliam no dobramento e 
distensão da bexiga, e fazem a proteção da parede da 
bexiga. 
Além desse cerebrosídeos, também existem lâmina 
elástica que também auxiliam no dobramento (bexiga 
vazia) e distensão (bexiga cheia) da bexiga. 
A parede da bexiga é dividida em camadas/túnicas: 
• mucosa, submucosa, muscular, serosa e adventícia 
(tem as duas). 
E a túnica muscular é dividida em camadas: 
• longitudinal interna, circular externa e longitudinal 
externa (porção inferior ureter). 
Entre os ureteres e a bexiga existe uma válvula que é 
composta por tecido elástico (muscular), e quando 
essa válvula se contrai, ela impede o retorno da urina 
da bexiga para os ureteres. 
 
 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 URETRA 
A porção final do trato urinário é a uretra. E em machos 
faz parte tanto do trato reprodutivo quanto urinário, já 
em fêmeas apenas trato urinário. 
Uretra masculina 
Na uretra masculina existem células glandulares que 
produzem uma secreção mucosa que serve para 
lubrificação no ato sexual. 
A uretra em machos é dividida em 3: 
• porção prostática onde existe epitélio de transição; 
situa-se próximo a bexiga e no interior da próstata. Os 
ductos que transportam a secreção da próstata abrem-
se na uretra prostática. Em sua parte dorsal, existe uma 
elevação que faz saliência para o interior da uretra, 
denominada verumontanum. No ápice desta saliência, 
abre-se um tubo cego, sem função conhecida, o 
utrículo prostático. Nos lados do verumontanum 
abrem-se dois ductos ejaculadores, pelos quais passa o 
esperma; 
• porção membranosa existe epitélio 
pseudoestratificado colunar; possui apenas 1 
centímetro de extensão. Nessa região da uretra, 
encontra-se um esfíncter de músculo estriado, 
denominado esfíncter externo da uretra. Lateralmente 
a esta porção, estão presentes as glândulas 
bulbouretrais (de Cowper), uma de cada lado; 
• porção cavernosa ou peniana que existe epitélio 
pseudoestratificado colunar e epitélio 
estratificado pavimentoso; encontra-se localizada 
no corpo cavernoso do pênis. Próximo à sua 
extremidade externa, a luz da uretra 
esponjosa dilata-se, dando origem à fossa navicular. 
Nessa porção são encontradas glândulas 
produtoras de muco (glândulas de Littré), 
responsáveis pela lubrificação sexual. Nesta região 
também desembocam os ductos das glândulas 
bulbouretrais. 
Uretra feminina 
Na mulher, a uretra localiza-se logo atrás da sínfise 
púbica e anteriormente à vagina. Mede, 
aproximadamente, 4 a 5 centímetros de comprimento. 
Esta estrutura passa no diafragma urogenital, 
composto por músculo esquelético sob a forma do 
esfíncter externo da uretra, que é voluntário. 
Há diversas glândulas parauretrais, semelhantes às da 
próstata masculina, ativadas durante as relações 
sexuais. Estas glândulas, denominadas glândulas de 
Bartholin, localizam-se no ponto G e possuem as 
funções de lubrificação, produção da enzima PDE5. 
Outra glândula, chamada glândula de Skene, é 
responsável pela lubrificação sexual, produção de 
enzimas e pela ejaculação feminina. 
É revestida por epitélio de transição com áreas 
de epitélio pavimentoso estratificado. 
Possui um esfíncter de músculo estriado, o esfíncter 
externo da uretra, próximo à sua abertura no exterior. 
(esse é uma característica da uretra feminina e 
controla a saída da urina para o meio externo). 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 PROCESSO DE FORMAÇÃO DA URINA 
A urina é uma substância produzida pelo corpo que ajuda a retirar ureia e outras substâncias tóxicas do sangue. 
Essas substâncias são produzidas diariamente pelo funcionamento constante dos músculos e pelo processo 
de digestão dos alimentos. Caso esses resíduos fossem se acumulando no sangue, poderiam causar danos graves em 
vários órgãos do corpo. 
Todo este processo de filtração do sangue, retirada de resíduos e formação da urina acontece nos rins, órgãos que se 
localizam na região inferior das costas. Diariamente, os rins filtram cerca de 180 litros de sangue e apenas produzem 
2 litros de urina, o que é possíveldevido aos vários processos de eliminação e reabsorção de substâncias, que evitam 
a eliminação de água em excesso ou de substâncias importantes para o organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O processo é dividido em três etapas: 
Filtração: Essa primeira etapa ocorre na cápsula glomerular e é um processo passivo; caracteriza-se pela saída do 
filtrado do plasma do interior do glomérulo para a cápsula. Isso ocorre em virtude da alta pressão do sangue nesse 
local. Uma vez que os vasos vão se tornando cada vez menores, a pressão sanguínea no glomérulo é muito elevada e 
assim o sangue é empurrado com força contra as paredes dos vasos, sendo filtrado. Apenas as células do sangue e 
algumas proteínas, como a albumina, são grandes o suficiente para não passar e, por isso continuam no sangue. Tudo 
o resto passa para os túbulos do rim e é conhecido como filtrado glomerular. O filtrado glomerular, ou urina inicial, é 
livre de proteínas e assemelha-se ao plasma sanguíneo. 
Reabsorção: O filtrado resultante da etapa da filtração apresenta substâncias que são bastante importantes para o 
organismo e devem ser reabsorvidas. A reabsorção ocorre no túbulo néfrico, principalmente nos túbulos proximais, e 
é importante para evitar a perda excessiva de substâncias, tais como água, sódio, glicose e aminoácidos. Esse processo 
é responsável por determinar como será a composição final da urina. Ainda dentro desta fase, o filtrado passa pela 
alça de Henle, que é uma estrutura após o túbulo proximal na qual os principais minerais, como sódio e potássio, são 
novamente absorvidos para o sangue. 
A concentração da urina formada é regulada através da secreção de ADH (hormônio antidiurético) pela neuro-hipófise. 
Esse hormônio atua aumentando a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores, fazendo com que ocorra 
uma maior reabsorção de água. A liberação de ADH é maior quando bebemos pouca água, pois é uma forma de o 
corpo diminuir a eliminação dessa substância que está escassa no momento. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
Obs. Algumas substâncias estão em concentrações muito elevadas no nosso organismo. Sendo assim, elas não são 
completamente reabsorvidas e parte é perdida na urina. (Ex. Portadores de diabetes Melittus apresentam grande 
quantidade de glicose no sangue e consequentemente na urina.) 
Secreção: Algumas substâncias presentes no sangue e que são indesejáveis ao organismo são absorvidas pelas células 
do túbulo contorcido distal. O ácido úrico e amônia fazem parte dessas substâncias que são retiradas dos capilares e 
lançadas ao líquido que formará a urina. 
Após passar por toda a extensão do túbulo néfrico, a urina está formada. Ela então é conduzida até os ureteres, que a 
levarão até a bexiga, onde permanecerá até o momento de sua eliminação do corpo. 
 
Resumo: 
Filtração → apenas macromoléculas são filtradas (proteínas) 
Filtrado que chega à Capsula de Bowman: água, sais, aminoácidos, vitaminas, gliceróis, ácidos graxos, ureia, ácido úrico 
e etc. 
Passam para o tubo contorcido proximal (TCP) 
Reabsorção → ocorre no TCP: é absorvida a água, glicose, aminoácidos e íons sódio, que passam para os capilares por 
transporte ativo; (caso haja excesso de glicose, ela passa para a urina, caracterizando o diabetes Melittus.) 
Na alça de Henle: absorção de água, Na+ e Cl-. 
 A partir da alça ascendente, o néfron bombeia sais para o sangue, gerando um gradiente osmótico entre o filtrado e 
o plasma, que ocasiona o retorno de quase toda a água para o sangue. 
No tubo contorcido distal: O líquido restante passa para o tubo coletor, onde ocorre, também, a reabsorção de água 
e sais. 
O hormônio ADH estimula a reabsorção da água, enriquecendo a membrana do néfron em aquaporinas. A aldosterona 
viabiliza a reabsorção de sais, tornando as células mais permeáveis aos íons Cl- e NA+. 
Após a reabsorção da água restante, o líquido constitui a URINA. 
Secreção tubular → as células do TCD retiram do sangue, por transporte ativo, íons H+ e NH4+, além de toxinas para 
regular o pH e desintoxicar o sangue.

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