Buscar

O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Escola, Currículo 
e Sociedade
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Simone Dias da Silva
Prof.ª Me. Janaina Pinheiro Vece
Prof.ª Dr.ª Fabiana Granado Garcia Sampaio
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
• Introdução;
• Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio;
• Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI);
• Proposta Curricular para Educação de Jovens e Adultos.
• Tratar de outros documentos educacionais e bases legais que orientam as propostas 
curriculares das instituições de ensino de todo o país, tendo em vista que a educação 
brasileira elaborou a Base Nacional Comum Curricular (2017), que instrumentali-
za estados e municípios para elaborarem o seu próprio currículo, esse documento 
 estabelece competências que toda as crianças e jovens têm o direito de desenvolver 
durante sua escolaridade.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
O Currículo Escolar e os Documentos 
Ofi ciais: Ensino Médio e Educação 
de Jovens e Adultos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Ofi ciais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
Contextualização
Para iniciarmos esta unidade, convidamos você a refletir sobre a importância 
dos conteúdos curriculares na formação de nossos alunos.
Charge Mafalda, disponível em: https://goo.gl/2LFq5C. Fonte: Quino.
Ex
pl
or
Lembra-se da charge em que a personagem Mafalda, de maneira irônica, criti-
cava o conteúdo da aula?
A mensagem transmitida na tirinha permite refletir sobre as orientações curricula-
res e as expectativas de aprendizagem disponibilizadas nos documentos educacionais.
Será que o currículo escolar atende às necessidades e aos interesses dos alunos e às 
demandas da sociedade atual?Ex
pl
or
Esta unidade de estudo – O currículo escolar e os documentos oficiais: ensino 
médio e educação de jovens e adultos – apresenta dois documentos que regem o 
currículo oficial de outras duas etapas da educação básica brasileira, são eles: os Parâ-
metros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2000) e a Base Nacional Comum 
Curricular – BNCC (2017). Em um de seus tópicos, será apresentado um apanhado 
geral do documento mais importante da atualidade a nortear toda a educação básica, 
a BNCC, e posteriormente, você será direcionado ao ensino médio, juntamente com 
a Proposta Curricular para Educação de Jovens 
e Adultos para o Ensino Fundamental e Médio 
(2001). Nesta unidade são abordados o contex-
to em que esses documentos foram desenvol-
vidos e seus aspectos gerais, como objetivos, 
concepções, estrutura e algumas considerações.
Durante a leitura, aproveite para re-
gistrar os aspectos que achar mais 
importantes e as dúvidas que sur-
girem. Boa leitura!
8
9
Introdução
Nas últimas unidades desta disciplina, trataremos das bases legais e dos docu-
mentos curriculares da educação brasileira, sabendo que esses documentos são 
oficiais e orientam as políticas curriculares das redes de ensino do país. Conhecere-
mos, então, as principais características e os conceitos que estão por trás de cada 
um deles.
A Secretaria de Educação Básica zela pela educação infantil, pelo ensino funda-
mental e o ensino médio. A educação básica é o caminho para assegurar a todos 
os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e 
para fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. 
São dois os principais documentos norteadores da educação básica: a Lei de Dire-
trizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional de Educação (PNE) – 
regidos, naturalmente, pela Constituição da República Federativa do Brasil (1988), 
além dos documentos curriculares dos quais trataremos a seguir.
Para saber mais, clique no link: https://goo.gl/hvB4b.
Ex
pl
or
Parâmetros Curriculares Nacionais 
para o Ensino Médio
O Brasil, como os demais países da América Latina, está empenhado em pro-
mover reformas na área educacional que permitam superar o quadro de extrema 
desvantagem em relação aos índices de escolarização e de nível de conhecimento 
que apresentam os países desenvolvidos.
Figura 1
Fonte: Getty Images
9
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
Particularmente, no que se refere ao Ensino Médio, dois fatores de natureza 
muito diversa, mas que mantêm entre si relações observáveis, passam a determi-
nar a urgência de se repensar as diretrizes gerais e os parâmetros curriculares que 
orientam esse nível de ensino.
Em primeiro lugar, o fator econômico apresenta-se e define-se pela ruptura 
tecnológica característica da chamada terceira revolução técnico-industrial, na qual 
os avanços da microeletrônica têm um papel preponderante e, a partir década de 
1980, acentuam-se no País.
A denominada “revolução informática” promove mudanças radicais na área do 
conhecimento e passa a ocupar um lugar central nos processos de desenvolvi-
mento em geral. É possível afirmar que, nas próximas décadas, a educação vá se 
transformar mais rapidamente do que em muitas outras, em função de uma nova 
compreensão teórica sobre o papel da escola, estimulada pela incorporação das 
novas tecnologias.
As propostas de reforma curricular para o Ensino Médio pautam-se nas cons-
tatações sobre as mudanças no conhecimento e seus desdobramentos, no que se 
refere à produção e às relações sociais de modo geral.
Nas décadas de 1960 e 1970, considerando o nível de desenvolvimento da 
industrialização na América Latina, a política educacional vigente priorizou, 
como finalidade para o ensino médio, a formação de especialistas capazes de 
dominar a utilização de maquinarias ou de dirigir processos de produção. Essa 
tendência levou o Brasil, na década de 1970, a propor a profissionalização 
compulsória, estratégia que também visava a diminuir a pressão da demanda 
sobre o ensino superior.
Na década de 1990,enfrentamos um desafio de outra ordem. Agora, o volume 
de informações, produzido em decorrência das novas tecnologias era constante-
mente superado, colocando novos parâmetros para a formação dos cidadãos; não 
se tratava só de acumular conhecimentos.
A formação do aluno deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos 
básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias 
relativas às áreas de atuação.
Propõe-se, no nível do ensino médio, a formação geral em oposição à formação 
específica; o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, 
analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formular, em lugar do 
simples exercício de memorização. Os PCNs constituíram-se em um documento 
muito significativo e elaborado, mas que não se concretizou em uma melhoria 
significativa para essa etapa. O alunado do século XXI exigiu um documento mais 
detalhado e com maior direcionamento de aprendizagens aplicáveis à realidade; 
devido a isso, a BNCC apresentou objetivos mais concretos e capacidade de quali-
ficar o ensino para toda a Educação Básica.
10
11
Explorando um pouco mais a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de propriedade 
normativa que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essen-
ciais que todos os alunos devem atingir ao longo das etapas e modalidades da edu-
cação básica. Conforme prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), Lei n.º 9.394/1996, a Base deve nortear os currículos dos sistemas e das 
redes de ensino das unidades federativas, como também os projetos pedagógicos 
de todas as escolas públicas e privadas de educação infantil, ensino fundamental e 
ensino médio em todo o Brasil (BRASIL, 2018).
A Base define conhecimentos, competências e habilidades que se espera que 
todos os educandos desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Norteada pelos 
princípios éticos, políticos e estéticos delineados pelas Diretrizes Curriculares Na-
cionais da Educação Básica (DCN), a Base soma-se ao intento que direciona a 
educação brasileira para a formação humana integral e para a estruturação de uma 
sociedade justa, democrática e inclusiva.
O que vale ser evidenciado é que a BNCC não se constitui como um currículo 
em si, mas como parte dele, ou seja, a sua finalidade é nortear a elaboração dos 
referenciais curriculares e dos Projetos Político-Pedagógicos (PPP) das escolas, à 
medida que institui as competências e habilidades que serão desenvolvidas pelos 
educandos ano a ano. De modo geral, pode-se afirmar que a Base indica o ponto 
em que se deseja chegar. O currículo trabalha o caminho para se chegar lá. Diante 
disso, preserva-se a autonomia de cada rede de ensino para adaptar os currículos, 
respeitando a diversidade e as peculiaridades de cada contexto educacional; isso é, 
as instituições escolares poderão contextualizá-los e adaptá-los de acordo com seus 
projetos pedagógicos.
A implantação da BNCC foi pautada em um processo de colaboração entre 
União, estados, municípios e Distrito Federal, bem como instituições privadas. 
Cada ator educativo tem sua autonomia garantida, à medida que a Base estimula 
a valorização da diversidade e considera as particularidades múltiplas dos contex-
tos educacionais brasileiros. Nesse sistema colaborativo, algumas ações foram 
previstas para fundamentação após o processo de homologação do documento 
e sua implantação:
1. Revisão das formações: inicial e continuada dos professores, articulando-as 
à BNCC;
2. Reelaboração dos referenciais curriculares federais, estaduais, municipais 
e privados;
3. Reformulação dos projetos político-pedagógicos de cada unidade escolar;
4. Adaptação de materiais didáticos, bem como os processos de avaliação da 
Educação Básica.
11
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
Formação para
professores
inicial e
continuada
Currículos das 
escolas
Políticas
públicas:
avaliação e 
material 
didático 
Referenciais 
curriculares 
das redes 
Figura 2 – Ações para a consolidação da BNCC no período de implantação
Ao analisar o documento, os vários especialistas reconhecem a importância da 
BNCC para a educação no Brasil e os avanços apresentados na última versão em 
relação aos textos anteriores, porém, a BNCC também foi marcada por algumas 
polêmicas, como a retirada dos termos identidade de gênero e orientação sexual, 
além da antecipação para o segundo ano para o fim da alfabetização.
Para retirar algumas dúvidas, vale a pena assistir o vídeo do Canal Futura sobre os princi-
pais pontos da BNCC: https://youtu.be/pqRJT4JF_nQ.Ex
pl
or
O texto da BNCC foi estruturado tendo como referência o desenvolvimento de 
10 competências gerais que abrangem aspectos cognitivos e socioemocionais já 
mencionado nos capítulos anteriores. Tais competências são fundamentais para 
a formação dos alunos, pois visam garantir, como resultado do seu processo de 
aprendizagem e desenvolvimento, uma formação humana integral que visa à cons-
trução de uma sociedade justa, democrática e inclusiva (BRASIL, 2017).
Muitas das competências propostas pela BNCC já estão no cotidiano de muitas 
escolas, nos planejamentos escolares e nas intenções educativas, e em outras, pre-
cisam ser ajustadas visando oportunizar a equidade de aprendizagens. É necessário 
conhecer o documento e refletir sobre as ações que já são desenvolvidas e aquelas 
que podem ser aprimoradas visando ao desenvolvimento das competências nos 
educandos ao longo de suas trajetórias escolares, pois essas ações farão parte do 
currículo de todas as redes de educação.
12
13
A primeira parte do documento constitui na introdução e nela esse contempla 
as 10 competências gerais da BNCC, os seus marcos legais, os fundamentos peda-
gógicos e detalhes do pacto interfederativo.
O segundo capítulo explora a estrutura da BNCC, ou seja, como está organi-
zada a primeira etapa da educação básica. De acordo com os eixos estruturantes, 
a primeira constitui a etapa da educação infantil, e nela devem ser garantidos seis 
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, para que as crianças tenham con-
dições de aprender e se desenvolver. Sendo eles: conviver, brincar, participar, 
explorar, expressar e se conhecer.
Ainda nessa mesma parte do documento, indo além dos direitos de aprendi-
zagem e desenvolvimento, são definidos os cinco campos de experiências, nos 
quais as crianças podem aprender e se desenvolver:
1. O eu, o outro e o nós;
2. Corpo, gestos e movimentos;
3. Traços, sons, cores e formas;
4. Escuta, fala, pensamento e imaginação;
5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Vale ressaltar ainda que nesse mesmo capítulo é organizada a explicação de 
como a BNCC apresenta as cinco áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, 
Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso). Ainda nesse mesmo 
capítulo, é apresentada a composição alfanumérica que organiza os objetivos de 
conhecimento e as habilidades estabelecidas, conforme Figura 3.
Figura 3
Fonte: BNCC, 2018
O terceiro capítulo abarca os direcionamentos sobre a educação infantil, os 
direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, desdobrando um aprofun-
damento dos campos de experiência e o significado de uma passagem tranquila 
desse período para o fundamental.
13
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
Na quarta etapa do documento, é explorado o ensino fundamental em si, sendo, 
os dois primeiros anos do Ensino Fundamental, destinada a uma ação pedagógica 
voltada ao processo de alfabetização, com a finalidade de garantir vastas oportu-
nidades para que os educandos se apropriem do sistema de escritaalfabética de 
modo articulado ao trabalho com outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu 
envolvimento em práticas diversificadas de letramento. No terceiro ano, avançando 
aos demais anos do fundamental, os alunos vão ampliando a autonomia intelectual, 
a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes oportuniza en-
volver com sistemas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, 
com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente.
Para conhecer melhor a introdução e os demais capítulos da Base Nacional Comum Curricular , 
acesse o site: https://goo.gl/2dnT8j.Ex
pl
or
Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio
A última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino mé-
dio foi entregue pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional de Edu-
cação (CNE) no final do 2º semestre de 2018, mas não foi homologada no mesmo 
período que a educação infantil e ensino fundamental. A carga horária do ensi-
no médio será distribuída em cinco itinerários formativos, explícitos no capítulo  2 
(Estrutura da BNCC) como:
1. Linguagens e suas tecnologias (Arte, Educação Física, Língua Inglesa e 
Língua Portuguesa); 
2. Matemática e suas tecnologias (Matemática); 
3. Ciências da natureza e suas tecnologias (Biologia, Física e Química); 
4. Ciências humanas e sociais aplicadas (História, Geografia, Sociologia 
e Filosofia);
5. Formação técnica e profissional.
De acordo com o documento (BRASIL, 2018), essa nova estrutura aumenta o 
protagonismo juvenil, uma vez que prevê a oferta de variados itinerários formati-
vos1 para atender à variedade de interesses dos alunos: o aprofundamento acadê-
mico e a formação técnica profissional. Ademais, ratifica a organização do ensino 
médio por áreas do conhecimento, sem referência direta a todos os componentes 
que tradicionalmente compõem o currículo dessa etapa.
1 No Brasil, a expressão “itinerário formativo” tem sido tradicionalmente utilizada no âmbito da educação profissional, 
em referência à maneira como se organizam os sistemas de formação profissional ou, ainda, às formas de acesso 
às profissões. No entanto, na Lei n.º 13.415/17, a expressão foi utilizada em referência a itinerários formativos 
acadêmicos, o que supõe o aprofundamento em uma ou mais áreas curriculares e, também, a itinerários da formação 
técnica profissional (BRASIL, 2018).
14
15
Para você estudar melhor essa etapa, leia o documento na íntegra da BNCC do ensino médio:
https://goo.gl/PzckVt.Ex
pl
or
Cada área do conhecimento organiza competências específicas, cujo desenvolvi-
mento deve ser proporcionado ao longo dessa etapa, tanto no âmbito da BNCC como 
dos itinerários formativos das diferentes áreas. Essas competências mostram como as 
competências gerais da educação básica se exprimem nas áreas. Elas estão articuladas 
às competências específicas de área para o ensino fundamental, com ajustes relevantes 
ao atendimento das necessidades de formação dos estudantes do ensino médio.
Os desafios do ensino médio ainda são maiores do que o fundamental, afinal pes-
quisas têm mostrado que essa etapa representa uma lacuna na garantia do direito à 
educação. Dentre os fatores que expõem esse cenário, evidencia-se o desempenho 
insuficiente dos alunos nos anos finais do Ensino Fundamental, a organização curri-
cular do ensino médio antes da Base, com excesso de componentes curriculares, e 
uma abordagem pedagógica apartada das culturas juvenis e do mundo do trabalho.
Quadro 1
Desafi os para o Ensino Médio
 · Universalizar o acesso, a permanência e o direito à aprendizagem e ao desenvolvimento na faixa etária de 15 a 17 anos;
 · Ampliar o acesso da faixa etária acima de 18 anos com a garantia das mesmas condições;
 · Ampliar ações de superação da distorção idade-série;
 · Consolidar a identidade e a organização curricular dessa etapa educacional.
Vale a pena assistir o vídeo do canal Futura sobre a BNCC do Ensino Médio, disponível em:
https://youtu.be/hEIzWTMiiuE.Ex
pl
or
Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI)
O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela Portaria n.º 971, 
de 9 de outubro de 2009, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Edu-
cação (PDE) como estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos 
currículos e superar os desafios do ensino médio.
O objetivo do ProEMI é apoiar e fortalecer o desenvolvimento de propostas cur-
riculares inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudan-
tes na escola e buscando garantir a formação integral com a inserção de atividades 
que tornem o currículo mais dinâmico, atendendo também às expectativas dos 
estudantes do ensino médio e às demandas da sociedade contemporânea.
15
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
Os projetos de reestruturação curricular possibilitam o desenvolvimento de ativi-
dades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura 
e da tecnologia, contemplando as diversas áreas do conhecimento a partir de oito 
macrocampos: Acompanhamento Pedagógico; Iniciação Científica e Pesquisa; 
Cultura Corporal; Cultura e Artes; Comunicação e uso de Mídias; Cultura Digital; 
Participação Estudantil e Leitura e Letramento.
A adesão ao Programa Ensino Médio Inovador pode ser realizada pelas Se-
cretarias de Educação Estaduais e Distrital. As escolas de Ensino Médio rece-
bem apoio técnico e financeiro, através do Programa Dinheiro Direto na Escola 
(PDDE), para a elaboração e o desenvolvimento de seus projetos de reestrutu-
ração curricular.
Proposta Curricular para 
Educação de Jovens e Adultos
A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetiza-
ção, Diversidade e Inclusão (SECADI), em articulação 
com os sistemas de ensino, implementa políticas educa-
cionais nas áreas de alfabetização e educação de jovens 
e adultos, educação ambiental, educação em direitos hu-
manos, educação especial, do campo, escolar indígena, 
quilombola e educação para as relações étnico-raciais.
O objetivo da SECADI é contribuir para o desenvol-
vimento inclusivo dos sistemas de ensino voltados para 
a valorização das diferenças e da diversidade, a promo-
ção da educação inclusiva, dos direitos humanos e da 
sustentabilidade socioambiental, visando à efetivação 
de políticas públicas transversais e intersetoriais.
Figura 4
Fonte: MEC, 2001
O objetivo é promover a superação do analfabetismo entre jovens com 15 anos 
ou mais, adultos e idosos e contribuir para a universalização do ensino fundamental 
no Brasil. Sua concepção reconhece a educação como direito humano e a oferta 
pública da alfabetização como porta de entrada para a educação e a escolarização 
das pessoas ao longo de toda a vida.
A concretização dessas políticas educacionais dá-se por meio de ações de apoio 
técnico e financeiro para projetos de alfabetização de jovens, adultos e idosos apre-
sentados pelos Estados, Municípios e Distrito Federal.
Para saber mais, clique no link: https://goo.gl/hWP9C4.
Ex
pl
or
16
17
Proposta Curricular para Educação de Jovens e Adultos
1º Segmento do Ensino Fundamental
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96 assegura 
que a EJA (Educação de Jovens e Adultos) seja destinada aos que não tiveram aces-
so a ou oportunidade de continuar seus estudos no ensino fundamental e médio na 
idade própria.
O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado para os 
que a ele não tiveram acesso na idade própria; progressiva extensão da 
obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio e oferta de ensino noturno 
regular, adequado às condições do educando. (BRASIL, 1996, art. 4º)
A EJA, como uma modalidade da educação básica, é pautada na LDBEN 
n.º 9.394/96 pelos mesmos princípiosque a educação regular fundamental e mé-
dia. A proposta curricular da EJA tem por objetivo oferecer subsídios que orientem 
a reflexão pedagógica sobre essa modalidade.
O Ministério da Educação e Cultura (MEC) propôs metodologias e didáticas que 
favoreçam o atendimento à EJA de forma legal e prática por meio de uma Pro-
posta Curricular. A Proposta Curricular para o primeiro segmento do ensino fun-
damental para a educação de jovens, adultos (e também idosos) constitui-se em um 
subsídio à elaboração de projetos e propostas curriculares a serem desenvolvidos 
por organizações governamentais e não governamentais, adaptados às realidades 
locais e necessidades específicas.
A Constituição Federal de 1988 estendeu o direito ao ensino fundamental 
aos cidadãos de todas as faixas etárias, o que nos estabelece o imperativo 
de ampliar as oportunidades educacionais para aqueles que já ultrapas-
saram a idade de escolarização regular. Além da extensão, a qualificação 
pedagógica de programas de educação de jovens e adultos é uma exigên-
cia de justiça social, para que a ampliação das oportunidades educacionais 
não se reduza a uma ilusão e a escolarização tardia de milhares de cida-
dãos não se configure como mais uma experiência de fracasso e exclusão. 
(PROPOSTA CURRICULAR 1º SEGMENTO, 2001, p. 14)
Este trabalho representa, para o MEC, a possibilidade de colocar à disposição 
das secretarias estaduais e municipais de educação e dos professores de educação 
de jovens e adultos um importante instrumento de apoio, com a qualidade de refe-
rencial que lhe é conferida pelo notório saber de seus autores.
Na reflexão pedagógica sobre essa modalidade educativa, há especial relevância a 
consideração de suas dimensões social, ética e política. O ideário da educação popu-
lar, referência importante na área, destaca o valor educativo do diálogo e da partici-
pação, a consideração do educando como sujeito portador de saberes que devem ser 
reconhecidos. Educadores de jovens e adultos identificados com esses princípios têm 
procurado, nos últimos anos, reformular suas práticas pedagógicas, atualizando-as 
frente às novas exigências culturais e novas contribuições das teorias educacionais.
17
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
As orientações curriculares apresentadas na Proposta referem-se à alfabetiza-
ção e pós-alfabetização de jovens e adultos, cujo conteúdo corresponde às quatro 
primeiras séries do Ensino Fundamental (a Proposta foi aprovada quando ainda 
existia o Ensino Fundamental de 8 anos). Elas não constituem propriamente um 
currículo, muito menos um programa pronto para ser executado, tratam-se de um 
subsídio para a formulação de currículos e planos de ensino, que devem ser desen-
volvidos pelos educadores de acordo com as necessidades e objetivos específicos 
de seus programas.
A primeira parte desse documento traz um breve histórico da educação de jo-
vens e adultos no Brasil, no qual se destacam soluções e impasses pedagógicos 
gerados por essas práticas, alguns fundamentos nos quais se baseou a formulação 
de objetivos gerais da proposta, delineando uma visão bastante geral da situação 
social que vivemos na atualidade, das necessidades educativas dos jovens, adultos 
e idosos pouco escolarizados, do papel da escola e do educador. Também discu-
te a importância da elaboração de currículos baseados nessas indicações, inevita-
velmente genéricas, o que exigirá dos educadores o esforço de complementá-las 
com análises de seus contextos específicos, a partir dos quais poderão formular de 
modo mais preciso os objetivos de seus programas.
Na segunda parte, são apresentados os objetivos gerais em conteúdos e objeti-
vos mais específicos, organizados em três áreas: Língua Portuguesa, Matemática 
e Estudos da Sociedade e da Natureza. Para cada uma dessas áreas, expõem-se 
considerações sobre sua relevância e sobre a natureza dos conhecimentos com que 
trabalha. Reúnem-se, ainda, algumas indicações metodológicas e alguns aportes 
das teorias sobre o ensino e a aprendizagem de seus conteúdos. Para cada área, 
são definidos blocos de conteúdos com um elenco de tópicos a serem estudados. 
Para cada tópico, há um conjunto de objetivos didáticos que especificam modos de 
abordá-los em diferentes graus de aprofundamento. Pelo seu grau de especificida-
de, esses objetivos oferecem também muitas pistas sobre atividades didáticas que 
favorecem o desenvolvimento dos conteúdos.
Para as áreas de Língua Portuguesa e Matemática, há indicações detalhadas 
quanto às formas mais adequadas de abordar cada bloco de conteúdo nos estágios 
iniciais e nos estágios mais avançados das aprendizagens. Com relação aos Estudos 
da Sociedade e da Natureza, considerou-se que a sequenciação poderia ser feita 
levando em conta apenas os interesses ou as necessidades dos educandos, ou seja, 
qualquer um dos tópicos de conteúdo pode ser tratado com alunos iniciantes ou 
avançados, desde que se considere o grau de domínio que esses tenham da repre-
sentação escrita, ao lado da possibilidade de lançar mão de recursos audiovisuais e 
da interação oral.
Na terceira e última parte, a proposta curricular para o primeiro segmento trata 
do planejamento e da avaliação, traz sugestões de como planejar unidades didáticas 
que favoreçam ao estabelecimento de relações entre os diversos conteúdos, tornan-
do seu desenvolvimento mais interessante para alunos e professores e o trabalho 
do dia a dia mais rico e estimulante.
18
19
A avaliação, por sua vez, é abordada como parte constitutiva do planejamento. 
São sugeridos também critérios de avaliação especificamente orientados para deci-
sões associadas à certificação de equivalência de escolaridade e ao encaminhamen-
to dos jovens e adultos para o segundo segmento do ensino fundamental.
Com esse conjunto articulado de objetivos e conteúdos educativos, referências 
e sugestões didáticas, o documento pretende esboçar um mapa que oriente as 
opções das equipes envolvidas na elaboração curricular e no planejamento. Essas 
opções, entretanto, devem referir-se principalmente aos contextos educativos de 
que participam.
Para conhecer a Proposta Curricular do 1º Segmento na íntegra, clique no link: 
https://goo.gl/ubgV0h.Ex
pl
or
Proposta Curricular para Educação de Jovens e Adultos
2º Segmento do Ensino Fundamental
A proposta curricular para o segundo segmento do ensino fundamental para a 
educação de jovens, adultos e idosos foi lançada pela SEF, em 2002, com base na 
Resolução n.º 01/2000 e no Parecer CNE/CEB n.º11/2000, que estabelecem as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA.
A Coordenação de Educação de Jovens e Adultos (COEJA) da Secretaria de 
Educação Fundamental do Ministério da Educação organizou essa Proposta Curri-
cular para o Segundo Segmento do Ensino Fundamental da Educação de Jovens e 
Adultos (EJA) (correspondente à etapa de 5ª a 8ª série), com a finalidade de sub-
sidiar o processo de reorientação curricular nas secretarias estaduais e municipais, 
bem como nas instituições e escolas que atendem ao público de EJA, considerando 
as especificidades de alunos jovens, adultos e idosos e também as características 
desses cursos.
Volume I – apresenta temas que devem ser analisados e discutidos cole-
tivamente pelas equipes escolares, pois trazem fundamentos comuns às 
diversas áreas para a reflexão curricular;
Volume II – são apresentados os objetivos gerais em conteúdos e obje-
tivos mais específicos, organizados em quatro áreas: Língua Portuguesa, 
Língua Estrangeira, História e Geografia. Para cada uma dessas áreas, 
expõem-se considerações sobre sua relevância e sobre a natureza dos 
conhecimentos com que trabalha;
Volume III – são apresentados os objetivos gerais em conteúdos e objeti-
vos mais específicos de outras quatro áreas de conhecimento: Matemáti-ca, Ciências Naturais, Arte e Educação Física, além de algumas indicações 
metodológicas sobre o ensino e a aprendizagem de seus conteúdos.
19
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
A primeira parte do documento faz uma breve retomada histórica da educação 
de jovens e adultos em nosso país, com a finalidade de situar os professores, atores 
que nesse momento participam da construção dessa trajetória. Apresenta, ainda, 
dados coletados em um levantamento realizado pela COEJA junto às secretarias de 
educação, aos professores e alunos, permitindo uma caracterização mais detalhada 
do segundo segmento.
A segunda parte, com base no cenário delineado na parte anterior, tematiza 
questões importantes para a constituição de uma proposta curricular. A primeira 
delas refere-se tanto à construção do Projeto Educativo da Escola em que a EJA 
está inserida, quanto à clara definição da identidade dessa modalidade de ensino.
Em relação à identidade, merecem atenção a perspectiva do acolhimento pela 
equipe escolar e as relações da escola com o mundo do trabalho e com a sociedade 
do conhecimento. São retomadas as concepções de Paulo Freire sobre a dimensão 
sociopolítica e cultural da educação de jovens e adultos e é feita uma análise das 
contribuições de teorias socioconstrutivistas nesse contexto. Discutem-se concep-
ções como as de aprendizagem, conhecimento, contrato didático e avaliação e é 
proposta uma inversão da lógica que tradicionalmente orientou a organização cur-
ricular, tomando como ponto de partida não um conjunto de disciplinas – no qual 
umas são mais valorizadas do que outras –, mas sim um conjunto de capacidades a 
serem construídas pelos alunos ao longo de sua formação.
Com esse propósito, os conteúdos são analisados em suas diferentes dimensões: 
seu papel, as formas de selecioná-los e organizá-los; apresentam-se orientações 
didáticas gerais e orientações sobre avaliação, discutindo distintas modalidades 
 organizativas e aspectos da gestão do tempo, do espaço e dos recursos didáticos.
Vale destacar que essa proposta curricular está inserida em uma política edu-
cacional em que se destacam alguns princípios importantes à democratização do 
ensino no país:
• a necessidade de unir esforços entre as diferentes instâncias governamentais e 
da sociedade para apoiar a escola na complexa tarefa educativa;
• o exercício de uma prática escolar comprometida com a interdependência 
escola/sociedade, tendo como objetivo situar os alunos como participantes da 
sociedade (cidadãos);
• a participação da comunidade na escola, de modo que o conhecimento apren-
dido resulte em maior compreensão, integração e inserção no mundo;
• a importância de que cada escola tenha clareza quanto ao seu projeto educati-
vo, para que, de fato, possa se constituir em uma unidade com maior grau de 
autonomia e que todos os que dela fazem parte possam estar comprometidos 
em atingir as metas a que se propuseram;
• o fato de que os jovens e adultos desse país precisam construir diferentes capa-
cidades e que a apropriação de conhecimentos socialmente elaborados é base 
para a construção da cidadania e de sua identidade;
• a certeza de que todos são capazes de aprender (PROPOSTA CURRICULAR 
2º SEGMENTO, 2002, p.9).
20
21
Para conhecer a Proposta Curricular do 2º Segmento na íntegra, clique no link: 
https://goo.gl/scUS9A.Ex
pl
or
Programa Nacional do Livro Didático para 
Educação de Jovens e Adultos (PNLD EJA)
A Resolução CD/FNDE n.º 51/2009 dispõe sobre o Programa Nacional do 
Livro Didático para Educação de Jovens e Adultos, com o objetivo de disponibilizar 
livros didáticos aos alfabetizandos e estudantes jovens, adultos e idosos das entida-
des parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, das escolas públicas com turmas de 
alfabetização e de ensino fundamental na modalidade EJA.
Figura 5
Fonte: Getty Images
Os livros didáticos devem ser todos consumíveis e entregues para utilização dos 
alunos e educadores beneficiários, que passam a ter sua guarda definitiva, sem ne-
cessidade de devolução ao final de cada período letivo. O programa mantém ações 
de escolha e distribuição trienal de forma integrada dos livros didáticos, consideran-
do todas as matrículas, e de reposição anual de forma integral dos livros didáticos 
para cobertura das matrículas adicionais.
Para saber mais sobre o Programa Nacional do Livro Didático para Educação de Jovens e 
Adultos, clique no link: https://goo.gl/5SF9SK. Ex
pl
or
21
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
É importante que o processo educativo na EJA não se restrinja à aquisição de 
conhecimentos, mas que desenvolva em seus alunos habilidades e capacidades de 
pensar e fazer associações entre o que já aprendeu e o seu meio. Essa educação 
deve ser entendida como tomada de consciência para que os alunos se insiram 
mais aptos e ativos na sociedade, transformando e alcançando seus objetivos.
Cabe lembrar, ainda, que existem experiências de educação básica de jovens, 
adultos e idosos que desenvolvem trabalhos mais sistemáticos nas áreas de Edu-
cação Física e Arte e que avaliam positivamente o impacto dessas áreas no de-
senvolvimento geral dos educandos. Essa é, entretanto, uma prática muito pouco 
generalizada. Há também programas que desenvolvem trabalhos específicos de 
preparação profissional, essa proposta curricular não abrange essas áreas, mas 
considera importante que os educadores exercitem a liberdade de opções que essa 
modalidade educativa permite e exige para adequar seus programas às necessida-
des e interesses dos envolvidos.
22
23
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Vídeo do Canal Futura
https://youtu.be/s3f7d7MDPVI
 Leitura
Base Nacional Comum Curricular
No site da Base Nacional Comum Curricular, são disponibilizados vários materiais 
elaborados pelo MEC, em parceria com o CONSED e a UNDIME, para apoiar as 
secretarias de educação e escolas na realização do Dia D para estudo e discussão da 
BNCC. É importante que a BNCC seja conhecida e analisada por todos os educadores 
brasileiros! Vale a pena pesquisar e aprender ainda mais sobre este documento 
norteador dos currículos brasileiros.
https://goo.gl/eDBZ3x
Base Nacional Comum Curricular – Ensino Médio
https://goo.gl/1yYKAm
Material da Nova Escola
https://goo.gl/K3Y4bn
23
UNIDADE O Currículo Escolar e os Documentos Oficiais: 
Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
Referências
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Introdu-
ção – bases legais. Brasília, DF: MEC/SEF, 2000.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF, Senado, 1998
BRASIL. Fundo Nacional de Desenvolvimento da educação. Resolução CD/FNDE 
nº 51. Programa Nacional do Livro Didático para Educação de Jovens e 
Adultos (PNLD EJA). Brasília, DF: 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Ensino 
Médio. Brasília, DF: MEC, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 
DF: MEC, 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
n.º 9.394, de dezembro de 1996. Brasília, DF: MEC, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta 
Curricular para a educação de jovens e adultos: primeiro segmento do ensino 
fundamental: 1ª a 4ª série: introdução. Brasília, DF: MEC/SEF, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta 
Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino 
fundamental: 5ª a 8ª série: introdução. Brasília, DF: MEC/SEF, 2002.
BRASIL. Portaria n. 971, de 09 de outubro de 2009.Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 13 out. 2009a.
24

Continue navegando