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TRABALHO de processo penal

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UNIVERSIDADE CEUMA
EMANOEL DAVI SILVA OLIVEIRA
GUILHERME RIBEIRO PEREIRA DA SILVA
GUILHERME RIBEIRO MARTINS DOS SANTOS COSTA
MARCOS VINICIUS DA SILVA DE OLIVEIRA
MARIA EDUARDA JANSEN LIMA SILVA
MAURICIO ANDRÉ SILVA CIRINO
PAULO VITOR LIMA COSTA
PROVAS EM ESPÉCIE
SÃO LUÍS/MA
2020
Emanoel Davi Silva Oliveira
Guilherme Ribeiro Pereira da Silva
Guilherme Ribeiro Martins dos Santos Costa
Marcos Vinicius da Silva de Oliveira
Maria Eduarda Jansen Lima Silva
Mauricio André Silva Cirino
Paulo Vitor Lima Costa
PROVAS EM ESPÉCIE
Trabalho expedido pelo Prof. Dr Thiago Allisson Cardoso de Jesus para somatório de nota com a avaliação.
SÃO LUIS/MA
2020
Introdução 
As provas em todo processo, não só no penal, são ferramentas ou instrumentos de tamanha importância, isso de fato é algo indiscutível, através delas se torna possível comprovar no processo a existência ou não da verdade de um fato que se discute nos autos, que por sinal estas diretamente irão induzir, influenciar no convencimento do julgador do respectivo caso. Em outras palavras as provas são atos que como escopo buscam, desejam comprovar a veracidade dos fatos. É de se destacar também que, diante da importância destes instrumentos processuais, é notório que a história propriamente dita faz parte das vertentes desses meios de provas, que por sinal foram mencionados resquícios de seus contextos em tempos precedentes. A natureza jurídica, o conceito, as próprias espécies de meios de provas, o fundamento e o cabimento legal das provas, autoridade responsável e o momento adequado para a produção destas e o procedimento probatório foram estudados a fundo para um entendimento eficaz, técnico e ao mesmo tempo flexivo para a facilidade de compreensão, visto que por ser um assunto em que a lei dispõe no Código de Processo Penal, o juridiquês ainda é uma “barreira” a ser superada por quem não conhece suficientemente a ciência dogmática do direito.
Conceito e Natureza Jurídica
O processo penal, enquanto instrumento estatal, possui a natureza de retrospecção, isto é, reconstrói aproximadamente um certo fato passado. É durante o rito do processo penal, que se leva ao conhecimento do juiz, a instrução capaz de embasar uma decisão posterior, instrução essa que se faz por meio da reconstrução histórica de um fato. É importante salientar, que o juiz enquanto ser inerte, não conhece (ou não deve conhecer) os fatos que envolvem um determinado crime, e é durante o ritual do processo que tanto acusação, quanto defesa, irão levar esses fatos ao juízo, com o intuito de esclarecer e convencer o magistrado de suas verdades. Sobre esse ponto, esclarece o art. 3º- A do Código de Processo Penal, que foi alterado pela lei nº 13.964: “O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação” (Brasil, 2019). Nesse contexto, as provas são o caminho, os meios, com que as partes farão a reconstrução do crime (fato passado).
O juiz, enquanto ser inerte, não possui capacidade de processar e julgar um fato que desconhece, e é justamente através das provas que se cria condições plenas para que o juiz exerça sua atividade recognitiva, externando posteriormente todo o embasamento e fundamentação por meio da sentença.
Pode-se, então, conceituar prova, da seguinte forma: As provas são os MEIOS, pelo qual faz-se a RECONSTRUÇÃO aproximada de um determinado FATO HISTÓRICO, em se tratando de processo penal, este fato, portanto, é um fato delituoso.
Cabe salientar, um breve contexto histórico do uso da prova no processo, que nem sempre teve as diretrizes que possui atualmente. Na antiguidade, a ideia de processo, era basicamente, a intervenção do estado no sentido de buscar-se uma responsabilização de um indivíduo, para obter uma reparação do dano causado. Resumidamente, o status do julgador era mais de pacificador do que de julgador, se consumando a exteriorização do desejo de vingança particular, já que em raríssimos casos havia a absolvição. Registros históricos apontam também, que era muito comum a prática da tortura como meio de obtenção de provas, até mesmo da confissão, se estendendo também às testemunhas que se opuseram a depor. O código de Hamurabi trouxe regramentos quanto ao uso da prova, determinando pena de morte a quem não provasse uma acusação feita, e incorrendo na mesma pena um falso testemunho. A prova, como é vista atualmente, passou por várias transformações dentro do Estado e do próprio processo, incumbindo a ela hoje, um dos meios de que se busque a efetivação de justiça.
A natureza jurídica da prova é todo o ordenamento jurídico estatal, que regulamenta e garante o uso desse instrumento. Se tratando de meio de elucidação processual, a natureza jurídica da prova é, portanto, toda legislação processual vigente, encontrando no código de processo penal e na constituição, seus dois principais alicerces.
Segue abaixo, as principais características das Provas em Espécie:
1 – Prova Pericial e Exame de Corpo de Delito
Tem-se como definição de Corpo de Delito “a prova da existência do crime” e de Exame de Corpo de Delito, “a verificação desta prova”.
No exame de corpo de delito podem ser verificados vestígios, ou seja, pista ou indício deixado por algo ou por alguém, que podem ser tanto de natureza material, facilmente detectáveis, ou imaterial que se perde assim que a conduta criminosa termina.
O exame do corpo de delito é uma espécie de prova pericial com intuito de constatar a materialidade de um crime investigado. É exigido nas infrações que deixam vestígios com a imissão de um laudo pericial que atesta a materialidade do delito. O laudo pericial é o documento escrito, fundamentado onde consta as observações que embasaram a conclusão dos peritos.
Como exemplos de exame de corpo de delito têm-se: a necropsia, exumação e inumação. Tais exames referem-se a cadáveres.
A partir da ocorrência de um crime, todos os procedimentos realizados para manter e documentar a cronologia do mesmo até o seu descarte define-se cadeia custódia.
As provas periciais são produzidas em função de diversos exames:
1. Exame de local: o local onde ocorre um crime é a maior fonte de provas para o processo devendo ser conservado seu estado para que não seja alterado.
1. Exame laboratorial: São exames realizados em lugares próprios para que os peritos se utilizando de aparelhos adequados e produtos químicos apresentem as suas conclusões. Os produtos analisados devem ser guardados caso haja a necessidade de uma contraprova.
1. Laudo de avaliação: É utilizado para avaliação de bem patrimonial, determinando valor de mercado para apurar qual montante do prejuízo causado à vítima. Utilizado também para fixar o valor da indenização a ser paga em caso de crime de trânsito.
1. Exame de local de incêndio: Tal exame é utilizado para verificar se o incêndio foi acidental, ou proposital.
1. Exame de reconhecimento de escritos: exame realizado com o intuito de verificar, por comparação, se a letra em determinado escrito pertence ao investigado. Geralmente utilizado para investigar crimes de estelionato.
1. Exames dos instrumentos do crime: Exames realizados em objetos a serem identificados como possível arma do crime.
2 – Interrogatório do Réu
É a oportunidade que o acusado tem de se manifestar com intuito de se defender das acusações que estão sendo imputadas a ele pela acusação. No entanto o acusado pode permanecer em silêncio. Apesar do acusado ter o direito de permanecer em silêncio, o interrogatório é obrigatório, no sentido que o juiz deve conceder esse momento ao réu. O réu deverá ser orientado por seu advogado constituído ou Defensor público acerca das consequências de suas declarações para que não prejudique a sua defesa.
O interrogatório possui três etapas:
1. Interrogatório de qualificação: nesta etapa o réu não tem direito ao silêncio e deve fornecer seus dados pessoais que o identifiquem, desde o nome até a profissão e o meio de vida;1. Interrogatório de individualização: Nesta etapa o réu pode permanecer em silêncio. Etapa de obtenção de dados acerca da pessoa do réu, personalidade, antecedentes, e conduta social. Etapa para traçar o perfil do réu;
1. Interrogatório de mérito: Refere-se à acusação. Coleta de dados sobre os fatos. o réu pode permanecer em silêncio.
Havendo mais de um réu o interrogatório ocorrerá em separado para que não influência de um sobre o outro.
Há formas especiais de interrogatório. No geral o interrogatório ocorre de forma oral, no entanto nos casos de surdo, mudo e surdo-mudo, o interrogatório ocorrerá por meio da escrita, se os mesmos forem analfabetos será necessário a presença de um intérprete equiparado a um perito.
No caso dos índios e doentes mentais, estes devem ser assistidos por curador especial.
3 – Confissão 
	Trata-se de um ato voluntário, expresso e pessoal onde a pessoa admite ser autora de fato criminoso em que admitida como suspeito no processo.
A confissão deverá ser confrontada com outras provas existentes nos autos para evitar que o indivíduo assume a culpa pelo outro.
4 – Ofendido
É a vítima a qual teve o seu bem jurídico violado por uma infração penal. Mesmo a vítima não sendo uma testemunha, sua oitiva é obrigatória para que forneça elementos que embasem o veredicto do juiz.
O juiz pode determinar segredo de justiça com intuito de preservar a intimidade do ofendido.
5 – Prova Testemunhal
É a pessoa que declara conhecer fato atestando a veracidade do mesmo sob o compromisso de ser imparcial e de dizer a verdade, sob pena de responder pelo crime de falso testemunho (art.342 do CP). Antes do depoimento é demonstrado á testemunha, o dever jurídico de dizer a verdade a qualquer custo. É a formalidade legal denominada “compromissar a testemunha”.
A colheita do depoimento é realizada de forma oral reduzindo-se a termo o que ela disse. Depoimentos por escrito é aceito no caso prestado por surdo-mudo, Presidente, Vice-Presidente da República, presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, quando optem por prestá-los dessa forma.
Testemunhar é um dever, passível de punição se negado. No entanto, as pessoas ligadas intimamente ao réu são autorizadas a não depor; e ainda há casos que se é proibido dar testemunho. São aquelas que em razão de função, ofício ou profissão tem obrigação de guardar sigilo.
Quando a presença do acusado constranger a testemunha, o juiz poderá determinar a retirada do réu do recinto caso a inquirição não puder ser realizada por videoconferência.
6 - Reconhecimento de Pessoas e Coisas
Quando uma pessoa admite como certa a identidade de alguém ou a qualidade de alguma coisa.
É solicitado que a pessoa descreva a outra que deva ser reconhecida. Depois coloca-se a pessoa a ser reconhecida ao lado de outras que possuem alguma semelhança, convidando quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la.
No caso de reconhecimento de coisa, os objetos passíveis de reconhecimento são:
1. Coisas relacionadas com o fato delituoso;
1. Coisas que sofreram ação do criminoso;
1. Instrumento do delito;
1. Coisas que acidentalmente foram alteradas pela ação criminosa;
1. Coisas que se constituíram na cena da ocorrência do crime.
Não se admite reconhecimento coletivo para que não haja influência entre as pessoas.
7- Acareação
É um ato onde o juiz coloca os depoentes frente a frente para confrontar as declarações divergentes para descobrir a verdade.
A acareação pode ser entre:
1. Réus;
1. Réu e testemunha;
1. Testemunhas;
1. Vítima e acusado;
1. Vítima e testemunha; e 
1. Vítimas.
A acareação deverá sempre ser sobre fatos e circunstâncias relevantes do crime, podendo ser requerida por qualquer uma das partes.
8 – Prova Documental
Documentos são registros de informações que expressam pensamentos, ideias que sirva para provar fatos. Exemplos de documentos: escritos, fotos, desenhos, fitas de vídeo, CDs. Os documentos eletrônicos também são admissíveis desde que convertidos à forma impressa e que sua autenticidade seja verificada.
As fotocópias são admitidas e utilizadas desde que autenticadas.
Os documentos serão considerados como provas se forem apresentados por inteiro, sem defeitos e compreensíveis. Já os documentos em língua estrangeira devem ser traduzidos, quando necessário, a critério do juiz, mas se as partes solicitarem, o juiz deverá providenciar a tradução. Os documentos originais, findo o processo, poderão ser restituídos aos donos, ficando nos autos, cópia em seus lugares.
9 – Indícios
O indício é um fato secundário com relação ao fato principal. É um fato comprovado, mas não tem força por si só para levar a uma condenação, mas podem sustentá-la, bem como a uma absolvição.
10 – Busca e Apreensão
A natureza jurídica da busca e apreensão é mista, pode ser assecuratória, meio de prova, ou ambos. A busca é o movimento que o Estado faz por meio de seus agentes para investigar, descobrir algo em pessoas ou lugares. A apreensão é o ato de tomar algo de alguém ou de algum lugar como forma de prova.
A busca/apreensão ocorre nas seguintes situações:
1. Propiciar a prisão de criminosos: com mandado de busca a polícia tem permissão para adentrar domicílio onde pessoa procurada pela Justiça possa estar escondida;
1. Apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos: para coisas que produzam provas no processo e que serão restituídas às vítimas;
1. Apreender instrumentos de falsificação ou contratação e objetos falsificados ou contrafeitos: tal apreensão refere-se à perda em favor da União dos objetos utilizados na prática do delito;
1. Apreender armas, munições e instrumentos utilizados para a prática de crime ou destinados a fim delituoso: meios de provas no processo;
1. Descobrir objetos necessários à prova da infração ou à defesa do réu: material que forneça ao julgador uma avaliação correta do fato delituoso, no que se refere à materialidade e autoria;
1. Apreensão de cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato: provas dos fatos;
1. Apreender pessoas vítimas de crimes: libertação da vítima de maus tratos, da pessoa privada da liberdade;
1. Colher qualquer elemento de convicção: produção de provas, para embasar convicção do juiz.
Os mandados de buscas devem possuir os seguintes elementos: indicação precisa da casa onde será realizada, identificação do proprietário ou morador, motivação da diligência, subscrição pelo escrivão e assinatura da autoridade que o expedir.
As buscas/apreensões ocorrem geralmente pelo dia, no entanto, o morador pode autorizar por escrito de forma efetiva que sejam realizadas no período da noite.
Fundamento legal
Em relação aos fundamentos jurídicos de cada meio de prova, segue a ordem legal de como os respectivos meios estão dispostos na lei: a perícia, nos artigos 158 e 184 do Código de Processo Penal, dois dispositivos bem diretos;
Exame de corpo de delito: no artigo 158 do Código de Processo Penal, visto que o artigo é bem claro que, dependendo da situação, se esta deixa vestígios é indispensável o exame de corpo de delito direto ou indireto;
Interrogatório: os artigos 185 ao 196 do Código de Processo Penal dispõe acerca deste meio de prova de suma importância para o processo;
Confissão: no artigo 197 do Código de Processo Penal, se faz presente o meio de prova da confissão se estendendo seu amparo legal até o artigo 200 do CPP.
Declarações do ofendido: artigo 201 do Código de Processo Penal, o dispositivo é claro no que se refere ao seu texto legal, sempre que possível o ofendido irá ser qualificado e também perguntado acerca das circunstâncias da respectiva infração;
 Testemunhas: artigos 202 ao 225 do Código de Processo Penal retratam acerca desse meio de prova que é a testemunha, muito conhecido no processo e de tamanha eficácia para a resolução do mesmo; 
Reconhecimento de pessoas e coisas: artigos 226 ao 228 do Código de Processo Penal, a memória é uma aliada indispensável para este meio ser eficaz,a lei exterioriza claramente seus ditames e disposições;
 Acareação: artigos 229 ao 230 do Código de Processo Penal, sendo esta admitida entre os acusados, entre acusado e a testemunha, entre as testemunhas, entre o acusado ou testemunha e a pessoa que foi ofendida, e também entre as pessoas ofendidas, visto o artigo 229 do CPP;
Documental: artigos 231 ao 238 do Código de Processo Penal;
Indícios: no artigo 239 do Código de Processo Penal os indícios estão presentes, estes se vinculam por meio da indução ao fato conhecido e provado;
Por fim , Busca e apreensão: artigos 240 ao 250 do Código de Processo Penal, tendo uma legislação um pouco extensa com relação aos outros meios de provas, a busca e apreensão é uma diligência judicial ou policial que tem como escopo procurar uma pessoa, veículo ou objeto que se deseja achar, apresentando-a autoridade que a imputou.
Cabimentos de provas
A prova pericial segundo os artigos 158 e 159 do CPP será cabível quando a infração deixar vestígios, sendo indispensável o exame de corpo de delito, indireto ou direto, não podendo este suprir a confissão do acusado, da mesma maneira se enquadra aqui o meio de prova do corpo de delito, sendo este um meio indispensável para o código.
O interrogatório com base nos seus artigos é cabível quando um acusado comparece diante da autoridade judiciária, no decurso do processo penal, será este interrogado e qualificado diante do seu defensor, sendo nomeado ou constituído.
A confissão, esta é cabível quando o sujeito é interrogado por uma autoridade, e este acaba confessando a culpa em um ato delituoso praticado. É sem dúvida um dos meios de prova mais conhecido.
Das declarações do ofendido, segundo o código, sempre que possível o ofendido será perguntado acerca das circunstâncias e qualificado também da infração, quem seja ou presuma ser o autor, as provas que este pode indicar, tornando-se dessa forma as declarações do ofendido.
As testemunhas, elas serão indicadas e se o juiz achar necessário, este poderá ouvir outras além das que proferiram, toda pessoa pode testemunhar e exercer tal meio de prova, o artigo 203 exterioriza os ditames solenes da prova testemunhal.
Reconhecimento de pessoas e coisas, segundo a lei é cabível sempre que haver necessidade de se fazer reconhecimento de pessoas ou objetos, seguindo as disposições dos artigos 226, 227 e 228 do CPP.
a acareação será cabível e admitida entre os acusados, entre acusado e a testemunha, entre as testemunhas, entre o acusado ou testemunha e a pessoa que foi ofendida, e também entre as pessoas ofendidas, visto o artigo 229 do CPP. O parágrafo único ainda profere que os acareados serão reperguntados para que estes expliquem os pontos que divergem.
Documental, o cabimento dessa prova se faz em qualquer fase do processo, salvo os casos proferidos pela lei, em qualquer fase do processo as partes podem apresentar documentos visto o disposto no artigo 231 do CPP.
Dos indícios, sempre que uma circunstância que é conhecida e provada que, está tendo relação com o fato propriamente dito, autorize, por meio da indução, poderá se concluir a existência então de outras circunstâncias, nesses casos os indícios são cabíveis.
A busca e apreensão, este meio de prova é uma diligência judicial ou mesmo policial cabível quando por escopo se deseja procurar e achar veículo, objeto ou pessoa, para que então se apresente à autoridade que determinou o feito.
Autoridade responsável pela produção
Antes de tudo é importante falar sob um aspecto histórico, ressaltando como esse procedimento funcionava antes da Lei 11.690/2008, mais especificamente no seu Art.212, quando o sistema que predominava era o Presidencialista, onde o juiz além de presidir os atos também protagonizava a inquirição. Porém é necessário lembrar que, em se tratando do interrogatório do acusado, ainda vigora o sistema Presidencialista.
Dadas essas informações iniciais podemos entrar de vez no tema que viemos tratar e falar de uma vez quem são as autoridades responsáveis pela produção de provas, são elas: o ofendido, as testemunhas, peritos, assistentes e o acusado sobre os pontos que considerem relevantes.
Cabe falar ainda de destinatário imediato e mediato, são eles julgador e as partes do processo, respectivamente. O julgador deve analisar o caso através de um processo, e assim julgar e fechar o processo com caráter definitivo.
Momento adequado para produção de provas
A prova em si imputa-se um papel importante em meio a Justiça, devendo ser produzida de forma integral observados os seus limites permitindo o juiz estar convicto na sua decisão proferida de forma justa. Onde o juiz pode delimitar que provas cabíveis forma ou não produzidas podendo ou não ser ao tempo designado.
Vale ressaltar que que no Direito Processual Penal busca-se o mais aproximado da realidade fática, haja vista que algo difícil de acontecer seria encontrar a verdade e a certeza, Malesta discorre sobre isso:
“Qual é a verdade que se procura em matéria penal? É, já o dissemos, a verdade objetiva, porquanto é essa, unicamente, que, entrando, através da prova, em contacto com o espírito do julgador, pode gerar nele, legitimamente, a convicção racional da criminalidade. Ao chamarmos objetiva esta verdade, já com isso determinamos sua natureza; trata-se, não de uma verdade formal, que resulta do estado das provas, suficientes ou insuficientes que sejam, mas de uma verdade substancial, extra subjetiva, da qual se chega à verificação por meios de provas suficientes. Para nós, que rejeitamos, na primeira parte deste livro, a confusão frequente que fazem os críticos, entre certeza e probabilidade, para nós, que partimos da premissa de não se poder condenar sem a certeza da criminalidade, para nós, no crime, não é possível o equívoco; quando se fala da verdade do delito, trata-se sempre daquela verdade que se apresenta ao espírito como realidade certa e indubitável, não daquela que se apresenta como provável, embora com probabilidade máxima e por isso suscetível de dúvida.”
Procedimento probatório
A palavra “prova” origina-se do latim “probatio”, que significa razão, argumentação, aprovação, etc. Com isso há a derivação do verbo “provar”, que por sua vez significa verificar, examinar, persuadir a algo. Quanto ao procedimento probatório pode-se afirmar que trata-se dos atos que têm por objetivo alcançar o convencimento do juiz, assim como a verdade. Tal procedimento probatório se divide em quatro fases específicas, que são: a proposição das provas (indicação das partes), admissão (o juiz manifesta-se acerca da sua admissibilidade), produção e valoração das provas (na sentença se tem a apreciação pelo juiz). Os meios de prova detêm o intuito de garantir a certeza dos fatos, do caso penal.
A primeira fase, proposição das provas, consiste no fato de ambas as partes poderem requerer a produção das provas trazidas por elas em juízo, seja para valer sua defesa ou acusação. Ou seja, para se ter o convencimento do juiz. Costuma-se ter a peça inicial (denúncia ou queixa crime), e a defesa prévia, ou ainda a fase posterior à pronúncia, dando-se assim ensejo para acusação e defesa pôr em rol testemunhas para o plenário. (Art.41 da Lei de Processo Penal, Art. 396 e 396-A da Lei de Prevenção de Crime). Sobre a admissão da prova ela incumbe ao juiz. Ela refere-se ao deferimento do requerimento de proposição das provas que sejam lícitas, relevantes e adequadas. A admissibilidade decorre de uma apreciação feita antecipadamente, para que assim impeça que qualquer eventual irregularidade se consuma. Tenta-se de evitar o ingresso do chamado ato processual irregular.
A produção é o momento onde requerida e admitida a produção de prova surge o direito à produção da prova. Mas para tal feito os meios de prova, em regra, devem ser produzidos em contraditório, com a presença das partes e do juiz. Após o direito à sua produção, deve-se observar a plena aplicação do princípio do contraditório (onde exige-se a ação e reação da parte contrária) com o objetivo de dar validade às provas queserão apresentadas ao órgão jurisdicional julgador e serão os meios pelo qual irá se buscar o convencimento do juiz do devido caso. Um dos meios é dado por exemplo pela prova testemunhal, tanto da acusação quanto da defesa.
A última fase é a valoração das provas, o momento em que haverá avaliação da idoneidade dos elementos de prova. Todos serão analisados para se obter o convencimento judicial. É importante frisar também que o juiz não é obrigado a acolher a prova, mas sim considerar ela de que é insuficiente para convencê-lo da ocorrência de determinado fato. Há três espécies de sistema de valorização da prova, mas no Brasil apenas uma é predominante, as outras duas há apenas resquícios. 
Sistema da íntima convicção do juiz
No Brasil é reconhecido no procedimento especial do tribunal do júri (Art.5°, XXXVIIII, CRFB/88). O juiz tem ampla liberdade para fazer a apreciação das provas e não precisa motivar suas decisões, ou seja, os jurados não precisam fundamentar suas decisões.
Sistema de verdade legal ou formal
O juiz deve simplesmente obedecer a lei, visto que ela atribui um valor a cada prova. Não é adotado pelo Código de Processo Penal, salvo em algumas hipóteses, quanto ao estado das pessoas exigindo a apresentação de documento hábil a fim de que seja exposto o estado civil do indivíduo. E, nos crimes que deixam vestígios será indispensável o exame de corpo de delito para que se possa demonstrar sua existência. (Art. 158 do Decreto Lei n° 3.689/41)
Sistema do livre convencimento motivado ou da persuasão racional
É o que predomina no país. Nesta modalidade o magistrado tem ampla liberdade para decidir – de acordo com os autos - e poder valorar as provas. O julgador deverá fundamentar sua decisão com base na apreciação que fez das provas que foram produzidas. (Art. 155 CPP e Art. 93 IX CRFB/88).
Referências
1.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm
2.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13964.htm
3. ALVES, Fernanda Maria. Breve análise do histórico da prova penal. Disponível em: http://www.olibat.com.br/documentos/Artigo%20-%20Breve%20anlise%20do%20histrico%20da%20prova%20penal.pdf
4. LOPES JR., Aury. Direito processual penal. 11. Ed. São Paulo. Saraiva, 2014.
5. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal. Ed. Forense, 2020.
7. SILVA, Grazielle Ellen da. Provas no Processo Penal. DireitoNet, 2019. Disponível em: < https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/10779/Provas-no-Processo-Penal >. Acesso em: 25 de nov. de 2020.
8. SILVA, Aline Simões de Lemos da; TEIXEIRA, Amanda Pinheiro Machado. A Importância das Provas no Processo Penal. Lex Magister, 2019. Disponível em: < http://www.lex.com.br/doutrina_27042029_A_IMPORTANCIA_DAS_PROVAS_NO_PROCESSO_PENAL.aspx >. Acesso em: 25 de nov. de 2020.
9. LOPES JUNIOR, Aury. Direito Processual Penal. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
10. BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de Processo Penal. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

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