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TCC_Soteriologia

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TCC Soteriologia
Introdução 
	Temos como intenção nesta pequena monografia, mostrar como à ideia de “salvação” se desenvolve ao longo de toda à Bíblia. Para isso, iniciaremos com uma busca por termos hebraicos, no Antigo Testamento, e posteriormente, termos gregos, no Novo Testamento. Com o objetivo de subtrairmos dessas expressões, como a salvação é construída, ao longo do tempo, e ao longo da experiência do povo de Israel. Assim como o conceito teológico de salvação. Como essa ideia ou conceito progrediu entre a revelação do AT e do NT. E o que uma coisa tem a ver com a outra. E como essa ideia se transformou naquilo que entendemos hoje em nossas igrejas.
	Obviamente que não será possível abordarmos com riqueza de detalhes, todos os exemplos concernentes e contidos no AT e NT. Com tudo, pretendemos fazer uso de amostras que serão por si só, suficientes, para que se possa ter um completo entendimento do que estamos propondo a investigar. 
Salvação no Antigo Testamento
	A palavra salvação tem vários significados, ela pode significar o ato pelo qual Deus livra as pessoas de situações de perigo, opressão, sofrimento, da culpa, do pecado da morte entre outros. O dicionário bíblico hebraico define o termo hebraico, “יְשׁוּעָה”, ou “[footnoteRef:1]yãsha‘” como, salvação, libertação, proteção, defesa, auxílio, socorro, vitória, triunfo. Segundo o dicionário bíblico, salvação é, “[footnoteRef:2]redenção, libertação, expectativa de salvar”. A palavra hebraica traduzida por salvação vem de [footnoteRef:3]yãsha‘ segundo o dicionário bíblico Vine, significa “ajudar, libertar, salvar”. Segundo Champlin a palavra, salvação, vem do latim [footnoteRef:4]salvare, que significa “salvar” e de salus, que significa “saúde” ou “ajuda”. [1: Dicionário bíblico hebraico-português, 2007, p. 300.] [2: Dicionário enciclopédia da bíblia, 2013, p. 1210.] [3: Dicionário Vine, 2002, p. 275.] [4: Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo, 2001, p. 5223. ] 
O dicionário internacional do AT afirma que yãsha‘ quer dizer:
Ser salvo, ser liberto, salvar, livrar, conceder vitória, ajudar, ser (estar) seguro; vingar-se, preservar. Em árabe o sentido da raiz é “alargar” ou “tornar suficiente”, esta raiz está em contraste com tsãrar, que tem a ideia básica de “estreitar” e significa “estar limitado” ou “afligir”. Aquilo que é largo dá a ideia de liberdade de opressão e a capacidade de atingir os próprios objetivos. Para ir da aflição para a segurança é preciso haver livramento. Em geral o livramento deve ir de algum ponto exterior ao da parte oprimida. [...] Aquele que traz livramento é conhecido como o “salvador”. De modo geral no AT o vocábulo possui um forte significado religioso, pois foi Yahweh que operou o livramento. Por isso afirma que “Deus é a nossa salvação”. Embora fosse possível a salvação vir através de um agente humano, ela acontecia apenas porque Deus dava poderes ao agente. (Dicionário Internacional do AT, 1998, p. 680).
Ainda de acordo com Vine:
Essencialmente, a palavra quer dizer “tirar ou procurar tirar alguém de um fardo, opressão ou perigo”, [...] tirar alguém de um fardo ou trabalho, [...] a palavra é usada para designar tirar ou procurar tirar alguém do perigo da derrota. [...] A ênfase também recai sobre a palavra “livrar”, em outras palavras tirar alguém de uma condição que ela já está. No sentido militar, a palavra também é utilizada para designar “ajuda”, enfatizando a união de forças para formar uma unidade militar única e mais forte. [...] No âmbito da justiça e do direito civil, yãsha‘ representa uma obrigação por parte daquele que ouve um clamor de alguém que é maltratado. [...] Yãsha‘ pode ser compreendida como “habitar com segurança”, uma expressão que identifica o significado de yãsha‘ com “ser preservado de perigo”. Em último caso, Deus é o Grande Rei, que vai conosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos [livrar-vos do perigo]” (Dt 20.4) e o Juiz de todo o Israel. A palavra também ocorre em muitas suplicas de oração: “Levanta-te, Senhor; salva-me, Deus meu (Sl 3.7). Está é uma combinação de ênfase militar (uma oração por libertação de algum inimigo mediante forte interferência) com ênfase judicial (uma oração pelo que é devido ao suplicante e obrigação da pessoa a quem se suplica – no caso de Deus, a obrigação é auto imposta pelo estabelecimento da relação de concerto (Sl 20.9). [...] Em algumas passagens a palavra yãsha‘ trabalha em paralelismo com a palavra, sãphat, que quer dizer “fazer que a justiça legal seja feita”. Com frequência o salmista tem em vista o aspecto espiritual do conserto eterno de Deus. (VINE, 2002, ps. 275-276).
Ainda podemos ver o comentário feito por Strong e o significado que o mesmo faz da palavra: 
A raiz primitiva é “yasa” (propriamente) estar aberto, amplo ou livre, (por implicação) estar a salvo; (causativo) livrar ou socorrer: absolutamente, vingar, defender, livrar, libertador, ajudar, preservar, resgatar, estar a salvo, trazer (tendo) salvação, salvar, salvador, obter vitória. Verbo que significa salvar, ajudar, livrar, defender. A ideia fundamental deste verbo é trazer a um lugar de segurança ou ampla pastagem em contraste a um desfiladeiro estreito, que simboliza aflição e perigo. A palavra transmite a noção de libertação da tribulação (Jz 10.13,14) libertar da morte certa (Sl 22.21[22]); resgate das mãos de inimigos (Dt 28.31; Jz 6.14); vitória em tempos de guerra (1Sm 14.6); encargo protetor de um pastor (Ez 34.22; Jz 10.1); desagravação de ofensas (1Sm 25.33); misericórdia em tempos de necessidade (2Rs 6.26,27; Sl 12.1[2]; salvação que vem somente de Deus (Is 33.22; Sf 3.17). [...] Ou ainda “yesa”; liberdade, libertação, prosperidade, segurança, salvação, salvador. Substantivo masculino que significa libertação, resgate, liberdade, bem estar, salvação. Davi usou a palavra salvação para descrever a esperança e o bem estar que ele teve em meio à luta, por causa de seu concerto com Deus (2Sm 23.5). Deus salva comunidades, como quando Ele prometeu libertação a Jerusalém (Is 62.11) bem como a indivíduos (Mq 7.7). (Strong, 2003, ps. 1696-1997).
Portanto a palavra “salvação” ou “yãsha‘” no Antigo Testamento se divergem ao longo de seu significado. Como já observamos, e observaremos no quadro abaixo:
	Livrar
	Perigo
	Opressão
	Sofrimento
	Culpa
	Pecado
	Morte
	Fardo
	Trabalho
	Derrota
	Redenção
	Libertação
	Ajuda
	Saúde
	Clamor
	Habitar
	Segurança
	Preservar
	Concerto
	Justiça
	Livre
	Socorrer
	Vingar
	Defender
	Libertador
	Resgatar
	Trazer salvação
	Vitória
	Misericórdia
	Prosperidade
	Esperança
	Liberdade
	Bem estar
	Salvação 
	Proteção 
	Auxilio
	Triunfo
	
	Para que se tenha maior clareza ou melhor compreensão, de como a salvação era vista e entendida ao longo do Antigo Testamento, analisaremos alguns termos, e alguns passagens Bíblicas em que a salvação se desenvolve ao longo de todo o A.T., e que tipo de salvação o presente acontecimento está se referindo.
Para isso, começaremos com a palavra hebraica, “פְּלֵיטָה”, ou “[footnoteRef:5]palît”, ou “palêt”, ou no feminino “pletah”, que se refere a “fugir”, que segundo Strong quer dizer: “escorregar, escapar, livrar, partir, ter cria, levar, fazer escapar, resgatar, um refugiado, que iam fugindo, fugitivo. [...] Livramento, uma parte que escapou”. A palavra “[footnoteRef:6]pletah” ainda conforme Strong é um, “substantivo feminino que significa libertação, alguma coisa resgatada, um remanescente. O Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento define o termo pãlat como: escapar, salvar, livrar, livramento, fugitivo, fuga. [5: Dicionário Completo de Estudo de Palavras: Antigo Testamento. BAKER, Warren e CARPENTER, Eugene. 2003, p. 1869.] [6: Dicionário Hebraico do Antigo Testamento: James Strong. Anotado pela AMG. 2003, p. 1869.] 
O dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento ainda faz a seguinte afirmação do termo Pãlat:
Pode-se observar que o emprego do verbo pãlat com o sentido de “resgatar”, “livrar” limita-se a poesia do AT. No saltérioo verbo está sempre nos lábios do salmista, quer em referência a Deus, num testemunho de louvor por causa do livramento operado, ou na forma imperativa, buscando o livramento divino. [...] Pãlît. “Fugitivo”. Na forma é um particípio passivo do qal de pãlat. Pãlît sempre se refere a alguém que escapou de uma calamidade, a um sobrevivente de combate ou de guerra. Umas poucas vezes pãlît designa um único sobrevivente ou fugitivo, como no caso daquele que trouxe Abraão a captura de seu sobrinho Ló (Gn 14.13, semelhantemente, as referências ao sobrevivente que anuncia que Jerusalém foi tomada pelos babilônicos, Ez 24.26,27; 33.21,22). Em um maior número de vezes, pãlît é empregado coletivamente em referência ao remanescente dos judeus que escapou tanto à morte quanto à deportação pelos inimigos. Por extensão, Lamentações 2.22 indica que ninguém “escapará” no dia do Senhor. Plêtâ. Fuga, sobrevivência. Novamente o uso básico desse substantivo trata do remanescente do povo de Deus (2 Rs 19.30,31; Is 37.31,22). Mas aqueles que escaparam não devem atribuir sua sobrevivência a circunstancias fortuitas ou à sorte. Sua sobrevivência é fruto exclusivamente da misericórdia divina. Na realidade plêtâ significa não somente “fuga”, mas também “livramento”, como em 2Crônicas 12.7: “em breve lhes darei socorro”. Também a declaração feita por José: “Deus me enviou diante de vós... para vos preservar a vida por um grande ‘livramento’” (Gn 45.7). A bondade de Deus em preservar um remanescente, em vez de exterminar a raça, é especialmente enfatizada em Esdras 9.8, 13-15. (Dicionário Internacional do AT, 1998, p. 1216-1217).
Já o Dicionário bíblico hebraico-português faz a seguinte afirmação sobre o termo pãlat: “Escapar, evadir-se, fugir. O significado genérico salvar desdobra-se semanticamente em “salvar libertando” e “salvar conservando”, ou “pôr a salvo deixando ir” e “pôr a salvo retendo junto a si”. Livrar, pôr a salvo: preservar, reservar, salvar, reter, prender. Sobrevivente, evadido, escapado, escapulido, fugitivo”. (p. 535, 1997).
	Trabalharemos a seguir com a palavra “expiação”, que em hebraico é “כִּפֻּר” [footnoteRef:7]kipper”, a qual a LXX traduziu por “hilaskesthai”, refere-se a ideia de apresentar alguma coisa para cobrir, esconder, de onde apagar, purificar. Vine trata dá palavra “expiar”, que no hebraico é “[footnoteRef:8]kãphar”, reconciliar, propiciar, pacificar. Strong define a mesma palavra que Vine “[footnoteRef:9]kãphar”, como, perdoar, aplacar ou cancelar; fazer expiação, limpar, anular, ser misericordioso, conceder perdão, purgar, descartar, reconciliação. [7: Dicionário enciclopédia da bíblia, 2013, p. 505.] [8: Dicionário Vine, 2002, p. 122.] [9: Dicionário Completo de Estudo de Palavras: Antigo Testamento. BAKER, Warren e CARPENTER, Eugene. 2003, p. 1711.
] 
Observo o que diz o Dicionário bíblico hebraico português: “Ressarcir, indenizar, compensar. Campo profano. Indenizar, esconjurar um desastre, aplacar a cólera. Campo cultural. Expiar: o sacerdote expia por N com (meio), de (culpa) diante do/junto ao Senhor; também o sangue expia por”. (Dicionário hebraico português, 1997, p. 324).
Segundo o dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento traz as seguintes afirmações sobre o termo kãpar:
Kõper. Resgate. Cada israelita devia dar para o serviço do santuário meio siclo como dinheiro de “resgate” (Ex 30.12). O Egito, aos olhos de Deus, foi dado como “resgate” para a restauração de Israel (Is 43.3). Esta palavra “resgate” é paralela a “remir” (pãdâ) em Salmo 49.7. Há uma advertência de que a pessoa culpada de homicídio deve ser morta – não se deve apresentar “resgate” em favor dela (Nm 35.31). Também se usa a palavra com sentido negativo de “suborno”, que obtém favores de forma ilícita (1 Sm 12.3). A partir do sentido de kõper, “resgate”, pode-se entender melhor o significado de kãpar. Significa “expiar mediante o oferecimento de um substituto”. (NÃO SEI SE HÁ NECESSIDADE DO QUE SEGUE ADIANTE EM DESTAQUE) A grande maioria dos usos diz respeito ao ritual realizado pelos sacerdotes de aspergir o sangue sacrificial, assim “fazendo expiação” pelo adorador. O verbo é sempre empregado como relação do pecado ou contaminação, com exceção de Gênesis 32.20, Provérbios 16.14 e Isaias 28.18, onde se pode observar o sentido correlato de “apaziguar com um presente”. Parece claro que esse vocábulo ilustra com grande propriedade a teologia da reconciliação no AT. Requeria-se a vida do animal sacrificado, simbolizada especificamente pelo seu sangue, em troca da vida do adorador. O sacrifício de animais na teologia do AT não era uma mera expressão de gratidão à divindade por parte de um povo criador de gado. Era a expressão simbólica da vida inocente dada em lugar da vida culpada. Esse simbolismo fica ainda mais claro com o gesto em que o adorador colocava as mãos sobre a cabeça do animal a ser sacrificado e confessava seus pecados sobre aquele animal (Lv16.21; 1.4; 4.4) o qual era sacrificado ou então enviado para longe como bode expiatório. Kippur. Expiação. Este substantivo deriva do verbo tal qual no grau intensivo. Hoje se usa no nome do feriado judaico de yom kippur, “dia da expiação” (usado somente no plural no AT), que era o décimo dia do sétimo mês, o mês de tisri. Este dia solene era o único dia de jejum determinado para Israel. Era celebrado com uma oferta especial pelo pecado a favor de toda a nação. Somente naquele dia o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo e levava o sangue da oferta pelo pecado (Hb 9.7). Um segundo bode era solto como bode expiatório, simbolizando a eliminação completa do pecado. (Dicionário Internacional do AT, 1998, p. 744)
Vejamos ainda o que Strong diz:
Verbo que significa cobrir, perdoar, expiar, reconciliar. Esta palavra é de suprema importância no Antigo Testamento, como também é essencial para um entendimento da remissão do pecado no Antigo Testamento. Em seu nível mais básico, a palavra transmite a noção de cobrir, mas não no sentido de mera ocultação. Antes, sugere a imposição de algo para modificar sua aparência ou natureza. Assim, é empregada para indicar o cancelamento ou “reescrita” de um contrato (Is 28.18); o aplacar da ira (Gn 32.20[21]; Pv 16.14); e o revestimento com piche, de modo a torná-la impermeável (Gn 6.14). A palavra também indica a ação de Deus para cobrir o pecado. As pessoas se reconciliam com Deus por causa de seus pecados, mediante a interposição de algumas coisas que aplaque a parte ofendida (neste caso o Senhor) e cubra os pecados com justiça (Ex 32.30; Ez 45.17; Dn 9.24). No Antigo Testamento, o sangue dos sacrifícios era evidentemente imposto (Êx 30.10). Por esta imposição era purgado o pecado (Sl 79.9; Is 6.7) e também perdoado (Sl 78.38). As ofensas eram removidas, deixando os pecadores vestidos de justiça (Zc 3.3,4). Naturalmente, a importância do sangue de bois e cabras nunca cobriria completamente o pecado (Hb 10.4), mas com a vinda de Cristo e a imposição de seu sangue derramado, fez-se perfeita expiação (Rm 5.9-11). [...] Substantivo masculino que significa resgate, suborno, meio siclo. A tradução mais frequente da palavra é resgate. Ela se refere ao preço exigido para redimir ou resgatar uma pessoa. (Strong, 2003, p. 1711-1712).
Veja a definição feita por Vine:
A maioria dos usos da palavra envolve o significado teológico de “cobrir” frequentemente com o sangue de um sacrifício para expiar algum pecado. Não está claro se isto significa que a “cobertura” esconde o pecado da visão de Deus ou implica que o pecado é removido no processo. Como se poderia esperar, esta palavra ocorre com mais frequência no Livro de Levítico do que em qualquer outro, visto que Levítico trata dos sacrifícios rituais que eram feitos para expiar o pecado. (Vine, 2002, p. 122).
Assim ainda define a enciclopédia da bíblia:
O termo é característico da corrente sacerdotal; a corrente deuteronomista prefere o vocabulário do perdão, da reconciliação. Kipper é obter (por um rito) a purificação do pecado, apagar o pecado, apaziguar, fazer desaparecera cólera do ofendido (Pv 16.14; Lv 9.7; 16.6; Sl 65.4). O Kõper (“multa”, “reparação”), sendo o preço a pagar para obter a vida salva (Êx 21.30), designa a “remissão”, a “expiação” (Am 5.12). Por um antropomorfismo, Israel atribuiu a Deus a cólera, como aquele que se vê no rosto do homem. Diante da desobediência de seu povo, a “ira” de “Javé” se inflama (Êx 4.14). Característica de um Deus ciumento, sua cólera é a medida de um abismo que separa seu amor da afronta que lhe inflige seu povo infiel (Jr 23.19; Sl 76.8): é preciso acalmar a cólera de Javé, para que ele volte a ser favorável (2Sm 21.14). Além dos banhos e abluções de purificação (Nm 19.1-10), os ritos são essencialmente a aspersão do sangue sobre os objetos de culto e o povo, e o rito do bode expiatório: manda-se para o deserto um “bode para Azazel”, que carrega sobre si todas as faltas para uma terra estéril. Esses dois ritos são os da festa anual do Grande Perdão, ou dias das Expiações, em hebraico yôn kippûr (Lv 16). É preciso acrescentar ali os sacrifícios de reparação, eventualmente acompanhados de multa, e os sacrifícios pelo pecado cujas condições estão previstas. Em todos esses ritos solenes ou comuns, por falta pública ou privada, o sangue derramado tem um grande papel: como o sangue é vida, uma vida (animal) é oferecida em lugar de uma vida (humana). Trata-se de um rito de substituição, ao mesmo tempo em que um rito de cura-purificação, pois o sangue cura, devolve a vida e purifica da mancha trazida pelo pecado. (Enciclopédia da bíblia, 2013, ps. 505-506).
Temos ainda o comentário feito por Champlin, sobre sangue referindo-se à expiação ele diz assim:
Em três passagens do Antigo Testamento, o sangue é diretamente vinculado ao princípio da vida. (Gn.9:4; Deu. 12:23; Lev. 17:11). [...] O texto de Levítico mostra que, por causa desse conceito, surgiu a ideia da expiação pelo sangue. Mas, visto que o uso do sangue requer a morte de alguma vítima, o sangue também era associado à morte, na antiga cultura dos hebreus. De modo geral, pois, temos nesses sacrifícios alguma vida oferecida a Deus, envolvendo o supremo sacrifício da vítima, ou seja, a sua morte. Em tudo isso fica subentendida a seriedade do pecado, porquanto o pecado requer um remédio radical. A expiação é obtida através da morte da vítima, mas igualmente, por sua vida, oferecida no sangue. (Champlin, 2001, p. 5239-5240).
Outro termo que analisaremos é o termo hebraico, “מָלַט” ou “Mãlat”, ou, “escapar”, conforme o dicionário bíblico hebraico português é: escapar(se), evadir-se, escapulir, sair indene, livrar-se, pôr-se a salvo, pôr-se em segurança, escapar com vida; refugiar-se, abrigar-se. Sobrevivente, ficar indene, impunimente, escapar fugindo, livrar-se de, locativo de direção, escapar, para, refugiar-se em, evadido, prófugo; livrar, salvar, pôr a salvo, preservar, salvar a vida, escapulir-se. (Dicionário bíblico hebraico, 1997, p. 379). 
Já o Dicionário Internacional de Teologia do AT afirma que:
Embora mãlat possa denotar a fuga dos deveres na corte a fim de ver os parentes (1Sm 20.29) ou o livramento que os necessitados experimentam da aflição (Jó 29.12), a nuança mais destacada é a de livramento ou fuga da ameaça de morte, às mãos de um inimigo pessoal (1Sm 19.11;23.13) nacional (2Sm 19.10), ou por motivo de enfermidade (Sm 107.20). A ênfase costumeira recai sobre o papel de Yahweh no livramento. Sua salvação é para os justos (Pv 28.26; Jó 22.30), mas não se pode fugir de seu juízo sobre o pecado (1Rs 19.17; Am 2.14-15). O livramento só é possível para aqueles que clamam por ele (Jl 2.32 [3.5]). Ele é o Deus libertador. Em contraste, a possibilidade de escape não se encontra na força de um cavalo (Sl 33.17), nem no poder de alguma outra nação (Is 21.6), nem nas riquezas (Jó 20.20), nem no próprio entendimento. (Dicionário Internacional do AT, 1998, p. 840).
Vine afirma que é:
“Escapar, escapulir, dar à luz”. Esta palavra é encontrada no hebraico antigo e moderno. O termo mãlat ocorre duas vezes no primeiro versículo no qual é encontrado: “Escapa-te por tua vida; [...] escapa lá para o monte, para que não pereças” (Gn 19.17). Às vezes, mãlat é usado em paralelismo com nûs, “fugir”, ou com, bãrah, “fugir”. O uso mais comum desta palavra expressa “escapar” de qualquer tipo de perigo, como do inimigo (Is 20.6), da armadilha (2Rs 10.24), ou da sedutora (Ec 7.26). Quando a reforma de Josias exigiu a queima dos ossos dos falsos profetas, uma diretiva especial foi emitida para poupar os ossos de um verdadeiro profeta enterrado no mesmo lugar: “Assim deixaram estar os seus ossos” (2 Rs 23.18; literalmente, “eles deixaram escapar os seus ossos”). (Vine, 2002, p. 109).
Strong ainda define o termo mãlat como:
Ser liso, escapar como que escorregando, liberar ou resgatar, gerar filhos, emitir fagulhas: livrar-se, escapar, saltar, deixar em paz, liberar, preservar, salvar, rapidamente, certamente. Verbo que significa escapar. A imagem da fuga é como fagulha saltando do fogo (Jó 41.19[11]); ou como um pássaro escapa do passarinheiro (Sl 124.7). Esta palavra normalmente é usada no contexto de fugir para salvar a própria vida, Ló foi orientado a fazer (Gn 19.17,19,20,22). [...] Também é usada para descrever o resgate da morte Et 4.13; Sl 89.48[49]; Am 2.14,15); calamidade (Jó 1.15-17,19); ou punição (Pv 11.21; 28.26). Em alguns poucos casos, a palavra é usada para descrever proteção (Ec 9.15; Is31.5); num único caso significa dar à luz a um filho (Is 66.7). (Strong, 2003, p. 1750-1751).
Analisaremos também a palavra hebraica, “נָצַל”, ou “natsal”, ou, “libertar”, segundo o Dicionário Internacional referisse a “[footnoteRef:10]livrar, resgatar, salvar, livramento”. [10: Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento ] 
E ainda traz a seguinte definição:
O grau qal deste verbo não ocorre em hebraico bíblico, mas um cognato árabe confirma a suposição de que o sentido concreto básico é o de arrastar para fora ou de puxar para fora. Conquanto invariavelmente se use o nifal com o sentido de “ser libertado”, “ser salvo” ou de “escapar” (“libertar-se a si mesmo”, lit., “arrancar-se para fora”), o piel pode exprimir a ideia de “tirar (uma roupa)”, como em 2 Crônicas 20.25,(o contexto indica esse sentido) e em Êxodo 3.22, passagem em que as mulheres hebreias recebem ordens para saquear as egípcias, “pedindo” joias e roupas, também dá a ideia de “livrar” ou “salvar”. Na maioria das vezes este verbo ocorre no hifil (que tem a força causativa: “tornar separado”), com seus vários aspectos e modos e em geral com o sentido de “livrar” ou “resgatar”. Entretanto, aqui pode estar envolvida a noção física de arrancar ou separar, como no caso óbvio de dois filhos que brigavam, “não havendo quem os apartasse”. E a ideia de “tomar” ou “arrancar” se sobrepõe à de “recuperar” ou “livrar”, onde os despojos tomados do inimigo, dos quais alguns bens eram, com grande probabilidade, originariamente seus. No entanto, em um grande número de vezes está envolvida uma salvação ou um livramento pessoal literal (frequentemente físico, mas não sem significados ou aplicações espirituais). Não é de surpreender que o imperativo do hifil dê ensejo a numerosas petições em oração, tais como “livra-me das mãos de meu irmão”. (Dicionário Internacional do AT, 1998, ps.991-992).
Para Strong é:
Arrebatar, seja num bom ou mal sentido: de qualquer modo, defender, livrar-se, escapar, sem falhas, partir, arrancar, preservar, recuperar, resgatar, libertar, salvar, estragar; despir, certamente, tirar. Verbo que significa libertar. A libertação frequente indica o poder de uma entidade sobrepujando o poder da outra. Muitas vezes, ela se expressava como libertação das mãos de outra pessoa (Gn 32.11[12]; Os 2.10[12]). Assim os ídolos (1Sm 12.21) e o mero poder humano (Sl 33.16) eram depreciados como incapazes de libertar. Deus era frequentemente honrado como librando seu povo, seja de inimigos terrenos (2Sm 22.1; Jr 1.8); ou de coisas mais abstratas, como transgressões (Sl 39.8[9]); e a morte (Sl 33.19; 56.13[14]). A palavratambém se refere a tomada de objetos do poder de ouras pessoas, e assim é traduzida como recuperar (Jz 11.26; 1Sm 30.8); despojar (2Cr 20.25); ou saquear (Êx 3.22; 12.36). Num uso especial, a palavra designa guerreiros livrando-se dos olhos de alguém, isto é, fugindo da vista (2Sm 20.6). Em 2 Samuel 14.6, um particípio se refere a alguém que separaria dois homens lutando um contra o outro. Em Salmo 119.43, o salmista pediu que Deus não tirasse (livrasse) sua palavra de sua boca. (Strong, 2003, p. 1805).
Observe a definição do termo “netsal”, ou, “libertar” feita por Champlin:
Essa palavra expressa uma atitude dominante de Deus, que aparece em ambos os Testamentos. No uso comum, no Antigo Testamento, a palavra tem a ideia de arrebatar, livrando a pessoa de algum perigo Gn 37.21; 2 Sm 19.9; Am 2.14. Além disso, temos a considerar o extraordinário livramento do Êxodo, como também, especialmente, em relações como a de Êxo. 3:8: ...desci a fim de livrá-lo (o povo) da mão dos egípcios... Visto que o livramento pode atingir a própria alma, e não somente o corpo, a palavra tem uma importante conotação espiritual, podendo servir de sinônimo de redenção. Por causa disso, a narrativa sobre o livramento de Israel do Egito tornou-se símbolo da redenção espiritual. Em Jó 33.28 e em salmos 69.18, o uso da palavra aponta para a redenção. Mas também a aquele livramento negativo mediante o qual Deus entrega seu povo ao castigo, por motivos de suas más ações, como nos casos dos cativeiros (Jr 20.5; 21.7; 24.9; 29,18; Ez 11.8-9; 21.31; 25.47). [...] Outros livramentos inclui a libertação da morte (Sl 33.19); das tribulações (Sl 34.6); das aflições de toda a variedade (Sl 107.6); da fornalha ardente (Dn 3.17,18); da cova dos leões (Dn 6.14,16); da decadência (Rm 8.21); da servidão espiritual, do perigo e da consternação, por parte do Messias (Is 59.20; (Rm 11.26). Essa última referência inclui a ideia da restauração nacional de Israel. (Champlin, 2001, p. 4641).
A seguir veremos o termo hebraico, “פָּדָה”, ou “pãdâh” ou, [footnoteRef:11]resgatar, redimir, livrar, ou ainda “pãdhãh”, ou, [footnoteRef:12]resgatar, recobrir, recuperar, redimir, libertar, livrar; resgatar-se alguém ou algo; ser resgatado, salvar, redenção”. [11: Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, 1998, p.1200.] [12: Dicionário Bíblico Hebraico Português, 1997, p. 529.] 
O Dicionário Internacional de Teologia AT diz que:
O sentido básico da raiz hebraica é o de conseguir a transferência de propriedade de uma pessoa para outra mediante pagamento de uma quantia ou de um substituto equivalente. A raiz ocorre em assírio com o sentido de “poupar”, e em ugarítico é usada com o significado de “resgatar”. [...] O conceito da redenção continuou-se ampliando. Deus que havia resgatado seu povo do Egito, também iria livrá-lo de outras dificuldades. Davi pode afirmar que Deus o resgatara de todos as adversidades (2Sm 4.9; 1 Rs 1.29), por isso mesmo ele pôde orar “ó Deus, redime a Israel de todas as suas tribulações” (Sl 25.22). Os salmos muitas vezes falam da ação divina de livrar ou redimir a vida humana de algum perigo (Sl 26.11; 31.5; 34.22[23]; 44.26 [27]; 71.23) ou das mãos de opressores humanos (Sl 55.18 [19]; 69.18 [19] Jó 6.23). [...] O emprego de pãdâ e seus derivados ocorre, às vezes, em paralelo com outras raízes. Deve-se destacar particularmente que gã’al é usado como sinônimo. As duas raízes dizem respeito à redenção mediante o pagamento de um resgate, embora seja sugerido que gã’al está basicamente associado a situações familiares e, dessa forma, dá a ideia da ação de um parente consanguíneo. No entanto, o uso de pãdâ e de gã’al em paralelismo encontrados em Oséias 13:14 e Jeremias 31.11 e o seu emprego com sinônimo em Levítico 27.27 exemplificam a sobreposição de ideias entre as duas palavras. O vocábulo kõper às vezes é paralelo de pãdâ como em Salmos 49.8 e Êxodo 21.30. A raiz kãpar significa “aplacar”, “fazer expiação”, e kõper é o resgate pago para obter o favor ou a reconciliação. Pãdâ ocorre em paralelo com nasal (Jr 15.21), e com mãlat Jó 6.23), sendo que essas duas palavras tem o sentido de “livrar”. De fato, às vezes pãdâ é traduzido por “livrar” (como em Sl 44.26 [27], 55.18 [19], pois a ideia de pagamento cai para segundo plano, e a ênfase recai sobre a soltura. (Dicionário Internacional do AT, 1998, p. 1200-1202).
Strong entende que é:
Separar, resgate, soltar, preservar: verdadeiramente, livrar, salvar, redimir, remir, de modo algum, (que se há de) resgatar, (fazer que se, permitir-lhe o) resgate, certamente. Vergo que significa resgatar, redimir, livrar. O verbo é usado para descrever o ato de Deus ao redimir; Ele, com poderosa mão, resgatou seu povo de Faraó e da escravidão em que viviam no Egito (Dt 7.8; Mq 6.4). O Egito era literalmente a casa da escravidão e tornou-se um símbolo da escravidão e opressão da qual Israel foi libertado (Dt 9.26; 24.18). [...] O verbo muitas vezes descreve o processo de resgate de pessoas no cenário cultural do antigo Israel. O primogênito era resgatado ou redimido (Êx 13.13,15; Nm 18.15); animais eram resgatados mediante o pagamento de meio shekel do valor do resgate (Lv 27.27; Nm 18.15). O primogênito de um boi, ovelha, ou bode não podia ser resgatado (Nm 18.17). O vocábulo descrevia a ação tanto da comunidade, quanto de amigos para salvar pessoas (1Sm 14.45; Jó 6.23). Na raiz passiva, o termo significa ser redimido. É usado para descrever uma escrava que não foi resgatada (Lv 19.20). Uma pessoa condenada a destruição igualmente não pode ser resgatada (Lv 27.29). Sião haveria de ser redimida por intermédio da justiça (Is 1.27); uma pessoa não podia ser redimida pela vida de outra pessoa (Sl 49.7[8]). Na raiz causativa, significa trazer salvação ou redenção; o senhor que não aceita sua escrava teria que fazer com que ela fosse resgatada (Êx 21.8); o primogênito macho de animais impuros e de seres humanos também tinha que ser redimido (Nm 18.15,16). (Strong, 2003, p. 1862).
A enciclopédia Bíblica traz uma definição do termo “redenção” que está ligado diretamente com o termo “pãdâh” sendo assim temos a seguinte definição:
O termo hebraico pidyôn ou pidyôm (“resgate”) e o verbo pãdãh (“resgatar”) pertence a linguagem do direito, no sentido de uma multa aplicada em lugar de uma pena corporal, “em resgate de sua vida”(Êx 21.30), de um “kõper” a ser pago (expiação) ou de uma soma a ser para como indenização. Os mesmos termos são empregados no vocabulário cultural para designar a pratica do “resgate”, por uma oferta, de um primogênito. O verbo gã’al e o substantivo gõ’el, próprios do hebraico entre as línguas semitas, referem-se ao campo das obrigações familiares. Trata-se então de exercer um dever de apreensão de um bem de família que deve ficar no patrimônio (Jr 32.7; Rt 4.4-6), ou, de exercer o dever familiar de vingar a honra ultrajada ou a vida de um próximo contra a qual se atentou. Resgate. Por analogia com a ação de pagar uma soma de dinheiro para resgatar, libertar um escravo que se torna alforriado, o AT dirá de Javé que ele “resgatou” (“libertou”, pãdãh) seu povo, ou seu servo (o rei), ou o salmista ect. (2Sm 4.9; 1Rs 1.29; Is 29.22; Jr 31.4; Sl 34.23), ou que ele “vingou” (“salvou a vida”, gã’al) seu povo ou seu servo (Is 44.23; 48.20; Sl 107.2). (Enciclopédia da bíblia, 2013, p. 1137).
Em relação ao termo “pãdãh” ou resgate especificamente a enciclopédia Bíblica define sendo:
1. Pãdãh. O verbo pãdãh, pertence ao vocabulário comercial. Entre os primogênitos, que por direito pertencem a Javé (Êx 13.12; 22.28-29; 34.19; Nm 3.13), os homens (Êx 13.13,15; 34.20; Nm 18.15), da jumenta (Êx 13.13; 34.20) ou de um animal impuro (Nm 18.15; Lv 27.27), pois são resgatados por um preço fixo. A concubina escrava pode ser resgatada (Êx 21.8; Lv 19.20) por um preço a combinar ou talvez pelo preço dos escravos (Êx 21.32). O proprietário de um boi não vigiado que tenha causado a morte de um homem será morto, mas pode-se importar um preço (kõper) que ele dará em resgate (pidyôn) de sua vida.Mas não existe resgate para o homem votado ao anátema (Lv 27.29), nem diante da inelutável lei da morte: o homem não pode comprar seu resgate nem pagar a Deus seu resgate (Sl 48.8-9). Todavia, é preciso notar um emprego não “comercial” do verbo (1Sm 14.45): o povo resgata Jônatas intercedendo por ele. Por outro lado, qualquer menção de preço de redimir ou de redenção desaparece quando se trata da ação salvífica de Javé por Israel que ele “resgata” do Egito (Dt 7.8; 9.26; 13.6; 15.15), do exílio (Is 50.2; 51.11; Jr 31.11), de seus pecados (Sl 130.8), de suas angústias (Sl 25.22), ou por membros de seu povo (2Sm 4.9; 1Rs 1.29; Jr 15.21; Sl 26.11; 31.6; 34.23; 44.27; 55.19; 69.19; 71.23; 119.134; Jó 5.20; 6.23; 33.28).
2. Gâal. O verbo gã’al pertence ao velho direito familiar. O gõ’el é o mais próximo parente (Lv 25.25,49) que tem o direito de resgate (Lv 25.24; Rt 2.20; 3.9-13; 4.4-7; Jr 32.7), a quem incumbe o dever de defender os seus, quer se trade de manter o patrimônio familiar (Lv 25.23-28), de libertar um irmão caído na escravidão (Lv 25.47-53), de proteger uma viúva (Rt 3.9-13; 4.5-7), ou de vingar um parente assassinado (vingador do sangue Nm 35.12-32; Dt 19.6,12; Js 20.3,5,9; 2Sm 14.11). A ideia fundamental é a de defensor, protetor dos interesses do grupo e de seus membros, o aspecto comercial do resgate só intervém secundariamente no caso do resgate da propriedade de um irmão caído na miséria (Lv 25.25) ou de um irmão que se tornou escravo de um estrangeiro (Lv 25.47-49), e que pode, aliás, ser garantido pelos próprios interesses (Lv 25.26-27.49-53). Esse aspecto desaparece totalmente na utilização religiosa, que em compensação guarda suas nuances familiares fundamentais nas promessas e na aliança. Como o gõ’el dos órfãos (Pv 23.11), do homem na angústia (Sl 69.19; 72.14; 103.4; 107.02), do justo provado (Sl 19.15; 119.154; Jó 19.25), Javé é o gõ’el (defensor redentor) de Israel, que ele resgata (gã’al) do Egito (Êx 6.5-6; 15.13; Sl 74.2; 77.16; 78.35; 106.10), do exílio (Jr 50.34; Is 41.14; 54.5,8 etc.). (Enciclopédia da bíblia, 2013, p. 1151).
O dicionário Vine também faz uma definição do termo remir, referindo-se ao termo “pãdãh” em sua análise ele afirma:
Originalmente, o uso desta palavra sobrepôs Kãphar, ambos significando “resgatar”. No uso teológico, cada raiz tendeu a se desenvolver em direções diferentes, de forma que elas podem ser consideradas sinônimas só em sentido muito amplo. O temo pãdãh indica que uma ação interveniente ou substituinte efetua libertação de uma condição indesejável. Em contextos mais seculares, implica pagamento de algum tipo. Mas 1 Sm 14.45 indica que o dinheiro não está intrínseco na palavra. Saul estava determinado em executar Jônatas por sua transgressão involuntária, mas “o povo livrou a Jônatas, para que não morresse”. A escravidão aparece como condição da qual alguém pode ser “resgatado” (Êx 21.8; Lv 19.20). A palavra está relacionada com as leis da primogenitura. Como lembrança da matança de todos os primogênitos egípcios, mas da poupança dos israelitas, Deus reteve reivindicação eterna da vida de todo o israelita primogênito do sexo masculino, de homem e de animais. Os últimos eram sacrificados, “porém, a todo primogênito de meus filhos, eu resgato” (Ex 13.15). [...] Quando Deus é o sujeito de pãdãh, a palavra enfatiza Sua liberdade total e soberana de libertar os seres humanos. Está escrito que Deus “redime” os indivíduos (Abraão, Is 29.22; Davi, 1Rs 1.29; e nos Salmos, por exemplo, Sl 26.11; 21.5; 71.23), mas normalmente Israel, o povo eleito, é o beneficiário. A redenção ou libertação é proclamada de forma absoluta (2Sm 7.23; Sl 44.26; Os 7.13), mas está escrito que o sujeito é “resgatado” de uma opressão específica. Em outros momentos, a referência é menos explícita, por exemplo, das “dificuldades” (Sl 25.22), e dos “homens maus” (Jr 15.21) . Só uma vez pãdãh é usado para descrever a libertação de pecados ou iniquidades: “Ele remirá a Israel de toda sua iniquidade” (Sl 130.8). (Vine, 2002, p. 260).
Champin faz a seguinte definição sobre o termo “resgate”:
No Antigo Testamento, a palavra mais usada significa “cobertura” (Êx 30.12; Sl 49.7; Pv 6.35). A pesar de seu sentido original, chegou a ser usado nas escrituras com o sentido de “expiar”, “isentar da punição”. Essa é uma das palavras chaves no ensino veterotestamentário sobre o pecado e a sua expiação (Lv 1.4). A outra palavra hebraica é usada apenas por uma vez em Êxodo 21.30, e vem da raiz que significa “saldar uma dívida”. Está em pauta o dinheiro pago como multa pelo descuidado com a guarda de um touro feroz, que por ventura matasse um ser humano. Seria morto o animal e seu proprietário, a menos que este pagasse toda a quantia que lhe fosse exigida. Isso lhe garantia a “liberdade”, que é o sentido do termo. (Champlin, 2001, p. 5158).
 A próxima palavra que merece nossa atenção é o termo hebraico, “שָׁלֵם”, ou “shãlem” ou “estar são” ou “[footnoteRef:13]estar completo, sadio, paz, oferta pacífica, estabelecer uma aliança de paz, perfeito, inteiro, recompensa, suborno, retribuição”. Além de “[footnoteRef:14]ficar inteiro, ileso, terminar-se, completar-se, acabar-se: as obras, os encargos, os dias de luto, a muralha, ter paz, manter, conservar, pagar, restituir, devolver, ressarcir, compensar, indenizar, recompensar, retribuir”. [13: Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, 1998, p.1572.] [14: Dicionário Bíblico Hebraico Português, 1997, p. 675.] 
O Dicionário Internacional de Teologia AT em sua descrição sobre “shãlem” diz que:
O significado básico por trás da raiz shlm é terminar ou completar algo – de entrar num estado de integridade e unidade, de participar de um relacionamento restaurado. Desse grupo de vocábulos, alguns derivam seus significados a partir dos graus simples relativamente pouco frequentes, ao passo que outros (como shillem, shillûm e, provavelmente, shalmõn) refletem o sentido intensivo do piel. Pode-se explicar a visível diversidade de significados entre os dois graus em termos de restauração da paz por meio de pagamento (de tributo a um conquistador, Js10.1), de restituição (a alguém a quem se fez mal, Êx 21.36) ou de simples pagamento e finalização (de uma transação comercial, 2Rs4.7). O pagamento de um voto (Sl 50.14) sela um acordo, de sorte que ambas as partes se achem num estado de shãlôm. Em alguns usos do termo a questão escatológica se acha intimamente ligada e esse conceito. Deve-se proporcionar compensação pelo pecado, quer nacional quer pessoal. Assim que se satisfaz essa obrigação, a integridade é restaurada. (Is 60.20; Jl 2.25). Como adjetivo, shãlem é usado para designar uma atitude (um coração “perfeito”, 1Rs 8.61; 1Cr 28.9) e uma quantia total (de dinheiro, Rt 2.12; de pecado, Gn 15.16; das pessoas de toda uma nação, Am 1.6,9). Um peso exato é chamado de “preciso” (Dt 25.15; “perfeito”) e “justo” (Pv 11.1).
Shãlôm. Paz, prosperidade, bem, saúde, inteireza, segurança. Shãlôm e os vocábulos aparentados shãlem e shelem e seus derivados se encontram entre as palavras teológicas mais importantes do AT. Shãlôm significa “ausência de contenda” 1Rs 4.25 [5.4], reflete a segurança da nação nos dias de Salomão, quando a terra e os países vizinhos tinham ditos subjugados. Neste caso “paz” significa muito mais do que mera ausência de guerra. Pelo contrário, o significado da raiz verbal shãlem expressa muito melhor o verdadeiro conceito de shãlôm. Inteireza, integridade, harmonia e realização são ideias mais próximas do significado da palavra. (Dicionário Internacional do AT, 1998, p. 1572-1573).
O Strong ao fazer sua definição sobre o termo “shãlem” faz as seguintes afirmações:
Raiz primitiva; estar seguro (em mente, corpo ou patrimônio); (figurado) estar (causativo, tornar) completo; (por implicação) ser amistoso; (por extensão) retribuir (em diversas aplicações): - fazer reparação, dar um fim, concluir, terminar, tornar cheio, dar novamente, tornar bom, reembolsar, pagar (novamente), (fazer que tenha, estar em) paz, reconciliar,pacífico, que é perfeito, realizar, (fazer) prosperar, prospero, recompensar, restituir, fazer restituição, restaurar, recompensa certamente. Verbo que significa estar seguro, estar concluído. O significado primário é estar seguro ou incólume, na mente ou no corpo (Jó 8.6; 9.4). Está palavra é usada normalmente quando Deus está guardando seu povo em segurança. Em sua forma simples, este verbo também significa estar concluído ou terminado. Isso pode se referir a alguma coisa concreta, como uma edificação (1Rs 7.51), ou a coisas mais abstratas como planos (Jó 23.14). Entre outros significados deste verbo se incluem estar em paz com outra pessoa (Sl 7.4[5]), fazer um tratado de paz Js 11.19; Jó 5.23); pagar, dar uma recompensa, restaurar, recompensar, ou fazer retribuição (Êx 21.36; Sl 37.21). (Strong, 2003, p. 1971).
	O dicionário Vine os definir “[footnoteRef:15]shalêm” o faz como sendo “completar, estar inteiro, são, completo e perfeito”, porém sua maior definição está sobre o substantivo “shalôm” sua descrição sobre o termo é esta: [15: Dicionário Vine, 2002, p. 218.] 
Paz, completude, perfeição, bem-estar, saúde. A raiz é raiz semítica comum com o significado de “paz” no acadiano, ugarítico, fenício, aramaico, siríaco, árabe e etiópico. O termo shalôm é muito importante no Antigo Testamento e manteve seu lugar no hebraico misnaico, rabínico e moderno. No Israel de hoje as pessoas saúdam os recém-chegados e uns aos outros com as palavras mãh slomka (“Qual é a sua paz?”, “Como vai?”) e perguntam sobre a “paz” (“bem-estar”) da família. O uso de shalôm é frequente e variado em sua amplitude semântica, algumas indicam mudanças no significado: “E tu irás a teus pais em paz [shalôm no sentido de “com tranquilidade”, “descansadamente”]; em boa velhice serás sepultado” (Gn 15.15); e “Que não nos faças mal, como nós não te temos tocado, e como te fizemos somente bem, e te deixamos ir em paz [shalôm, com o significado de “incólume” e “ileso”]” (Gn 26.29). Com tudo, ambos os usos são essencialmente o mesmo, já que expressam a raiz que significa “estar são”. (Vine, 2002, p. 217).
A enciclopédia da Bíblia também faz sua definição sobre a palavra “shalôm”, “paz” e a descreve sendo:
O hebraico salôm expressa não apenas a vida em boa harmonia com o outro (sentido do grego eirene Js 9.15; Jz 4.17; 2Sm 3.20 na LXX), mas também a integridade (da raiz slm) de um ser ou de uma sociedade, a saúde, a prosperidade material e espiritual, a felicidade (2Sm 11.7). No Antigo Testamento a paz é antes de tudo um dom de Deus (Is 26.12; Sl 35.27): aparece como fruto da observância da aliança de Deus (Nm 25.12; Lv 26.3-7 Is 54.10; cf. Lc 19.42). Ela resume as bênçãos como as quais Deus enriquece seus fiéis, como o lembra a bênção sacerdotal (Nm 6.24-26) e Salmos (29.11; 85.9). Os livros históricos falam de paz no sentido político do termo (Jz 21.13; 1 Sm 7.14; 1Rs 5.4), e regras são fixadas no código deuteronômico (Dt 20.10-14). A literatura sapiencial considera a paz o bem por excelência (Eclo 26.2; Sl 131.2): se ela vem a faltar ao justo neste mundo (Jó 16.12), significa que uma retribuição lhe é reservada no além (Sb 3.2-3). Os profetas a colocam no coração de sua mensagem (Jr 14.13; Ez 13.16), até chegar a torná-la tema central da esperança messiânica (Is 57.19; 66.12; Jr 33.6; Ez 37.26); o Messias “príncipe da paz” (Is 9.6), fara guerra à guerra (Zc 9.9-10), restaurará a criação em sua integridade (Os 2.20; Is 11.6-9; 65.25) ao trazer “uma paz infinita” (Is 9.6; 32.17-18; Sl 72.7). O “sacrifício da pacificação” (zebah slamîm) ou sacrifício de comunhão era uma espécie de retribuição como penhor de paz”; contribuía para manter boas relações com Deus (Jz 20.26; 1Sm 13.9; 2Sm 6.17-18). (Enciclopédia da bíblia, 2013, p. 1053).
	E para finalizar o ultimo termo que se faz necessário analisar é a palavra hebraica “tsãlah” ou “[footnoteRef:16]apressar-se, vencer, ter sucesso, ser útil, dar bom resultado, experimentar abundância, partir totalmente ao meio, forçar a passagem, ir bem, estar bem, ser justo”. “[footnoteRef:17]Penetrar, invadir, irromper, ter êxito, prosperar, resultar, sair bem, valer, lograr, triunfar, com negação, fracassar, abortar, falhar, frustrar-se, malograr-se”. O dicionário internacional ainda diz que: [16: Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, 1998, p.1285.] [17: Dicionário Bíblico Hebraico Português, 1997, p. 561.
] 
A raiz significa alcançar satisfatoriamente aquilo que se pretende. A verdadeira fartura da obra de Deus na vida daquele que busca a Deus de todo o coração (2 Cr 31.21; Js 1.8; Sl 1.3). Conforme 2 Crônicas 26.5, “ nos dias em que [Uzias] buscou o Senhor, Deus o fez prosperar”. José é chamado homem próspero, pois Iavé tornou todos os seus infortúnios em benefícios para os filhos de Jacó (Gn 39.2-3, 23). A pessoa sinceramente suplica a Deus que lhe conceda sucesso em seu trabalho (Sl 118.25). O uso do verbo junto com o advérbio de negação descreve a inutilidade de um pano podre (Jr 13.7). Os que se recusam a adorar Iavé estão igualmente podres (Jr 13.10). Deus expressa seus propósitos por meio de sua palavra. Por esse motivo sua palavra não se revelará vazia, mas prosperará em seu cumprimento (Is 55.11). Deus alcança salvação para o ser humano por meio do sofrimento de seu servo obediente (Is 53). Isaias diz: “a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos” (53.10). Conquanto a origem do êxito seja apenas a benção de Deus, muitas vezes parece que os ímpios se saem bem. Essa aparência leva os justos a questionar o envolvimento divino nos negócios humanos (Jr 12.1). Nos últimos dias aqueles que se opõem a Deus prosperarão por algum tempo por meio de astúcia e engano (Dn 8.12,24). Mas o seu sucesso será apenas passageiro, pois Deus, para dar vazão à sua indignação, está preparando uma hora de juízo contra todo o mal (Dn 11.36). Deve-se declarar com todas as letras que as consequências da transgressão da lei de Deus jamais darão certo (Nm 14.41; a argumentação em Sl 37.7-11 e Sl 73.12-20, em que, no entanto, a palavra é shalew, “estar à vontade”). (Dicionário Internacional do AT, 1998, p. 1285).
Significado de Salvação no Novo Testamento
	Dando continuidade sobre o significado de salvação no Novo Testamento se fará necessário à análise de algumas palavras, para que se possa ter uma melhor compreensão sobre o tema em análise. No Novo Testamento usa-se o termo grego “σωτηρία”, ou “soteria”, para descrever o termo “salvação”, “[footnoteRef:18]salvação, libertação, preservação, (I) genericamente, preservação, libertação, (II) salvação, libertação realizada por Cristo, fim curto, “[footnoteRef:19]redenção, libertação, expectativa de salvação. Para que fique mais claro o significado de salvação no NT, veja o que Strong diz sobre os termos “soter”, que é derivado de “soteria”, e a definição de “soteria”. Ele define os termos da seguinte maneira: [18: Léxico do Novo Testamento, 2007, p. 202.] [19: Enciclopédia da bíblia, 2013, p. 1210.] 
(Soter) Um libertador, Deus ou Cristo: Salvador. Substantivo de sodzo, salvar. Um salvador, libertador, preservador, alguém que salva do perigo ou da destruição e conduz a um estado de prosperidade e felicidade. Em autores gregos, o libertador e benfeitor de um estado. Os antigos deuses mitológicos (como Zeus) também eram chamados soter. No grego neotestamentário, a palavra é usada a respeito: (I) De Deus com Salvador (Lc 1.47; 1Tm 1.1; 2.3; 4.10; Tt 1.3; 2.10; 3.4; Jd 25). (II) De Jesus, como Messias, o Salvador dos homens, que salva o seu povo da culpa e do poder do pecado, e da morte eterna, da punição e da infelicidade como consequência do pecado, e lhes dá a vida eterna e a bem-aventurança e felicidade no seu reino (Lc 2.11; Jo 4.42; At 5.31; 3.23; Ef 5.23; Fp 3.20; 2Tm1.10; Tt 1.4; 2.13; 3.6; 2Pe 1.1,11; 2.20; 3.2,18; 1Jo4.14). (Soteria) Substantivo, resgate ou segurança (fisicamente ou moralmente): salvar, saúde, salvação, libertar, salvação. Substantivo de soter, um salvador, libertador. Segurança, libertação, preservação do perigo ou destruição.(I) Em particular e de modo geral: libertação do perigo, da escravidão e da prisão (Lc 1.69,71; At 7.25; Fp 1.19; Hb 11.7). Por conseguinte, vitória (Ap 7.10; 12.10; 19.1). (II) No sentido cristão, soteria é a libertação do pecado e suas consequências espirituais e a admissão à vida eterna, com bem-aventuranças no reino de Cristo (Lc 1.77; 19.9; Jo 4.22; At 4.12; 13.26; 16.17; Jo 1.16; 10.1,10; 11.11; 13.11; 2Co 1.6; 7.10; Ef 1.13; Fp 1.28; 2.12; 1Ts 5.8,9; 2Ts 2.13; 2Tm 2.10; 3.15; Hb 1.14; 2.3,10; 5.9; 6.9; 9.28; 1Pe 1.5,9,10; Jd 3). Como metonímia, uma fonte de salvação, alguém que traz a salvação, um salvador (At 13.47). (STRONG, 2003, p. 2418).
O dicionário grego do site stepbible define o termo salvação como sendo:
Uma economia, preservação, resgate, libertação, o estado de não estar em grave perigo e assim sendo seguro; isto pode referir-se a perigos e as condições na terra comum, mas geralmente se refere ao estado de crentes sendo salvo da ira justa em um relacionamento correto com Deus; Atos 27:34; Heb. 11: 7; libertação, Lc. 1:69, 71; Atos 07:25; salvação, espiritual e eterna, Lc. 1:77; 19: 9; Atos 4:12; Rev. 07:10; a serem colocados em uma condição de salvação por um abraçar do Evangelho, Rom. 10: 1, 10; 2 Tm. 3:15; significa ou oportunidade da salvação, Atos 13:26; Rom. 11:11; Heb. 2: 3; ἡ σωτηρια, a libertação prometida pelo Messias, Jo. 04:22. (www.stepbible.org).
Vine conceitua o termo “soteria” da seguinte forma:
Soteria denota “libertação, preservação, salvação”. O termo “salvação” é usado no Novo Testamento para se referir a: (a) o livramento material e temporal de perigo e apreensão (1) nacional (Lc 1.69,71; At 7.25, “liberdade”); (2) pessoal, como do mar (At 27.34, “saúde”); da prisão (Fp 1.19); do diluvio (Hb 11.7); (b) o livramento espiritual e eterno concedido imediatamente por Deus aos que aceitam as condições estabelecidas por Ele referentes ao arrependimento e fé no Senhor Jesus, somente em quem será obtido (At 4.12), e sob confissão dEle como Senhor (Rm 10.10); para este propósito o Evangelho é o instrumento de salvação (Rm 1.16; Ef 1.13); (c) a atual experiência do poder de Deus em livrar da escravidão do pecado (por exemplo, Fl 2.12; 1Pe 1.9); neste primeiro texto diz respeito especialmente, embora não totalmente, à manutenção da paz e harmonia; esta atual experiência por parte dos crentes é virtualmente equivalente à santificação; para este propósito, Deus é capaz de torna-los sábios (2Tm 3.15); eles não devem negligenciar isso (Hb 2.3); (d) o futuro livramento dos crentes na parousia de Cristo aos Seus santos, uma salvação que é objetivo da confiante esperança dos crentes (por exemplo, Rm 13.11; 1Ts 5.8,9), sendo-lhes assegurada a “salvação” como livramento da ira de Deus destina a ser executada nos descrentes ao término desta era (1Ts 1.10; cf. 2Ts 2.13; Hb 1.14; 9.28; 1Pe 1.5; 2Pe 3.15); (e) o livramento da nação de Israel no segundo advento de Cristo no momento do “esplendor da sua vinda” (2Ts 2.8; cf. Lc 1.71; Ap 12.10); (f) inclusivamente, resumir todas as bênçãos dadas por Deus aos homens em Cristo pelo Espírito Santo (por exemplo, 2Co 6.2; Hb 5.9; 1Pe 1.9,10; Jd 3); (g) ocasionalmente, representando virtualmente o Salvador (por exemplo, Lc 19.9; cf. Jo 4.22); (h) em atribuição de louvor a Deus (Ap 7.10), e como ao que lhe é prerrogativa conceder (Ap 19.1). (VINE, 2002, p. 967).
 	Russell Norman define o termo “soteria”, ou “salvação”, separadamente ao longo de todo o Novo Testamento, confira a separação e definição feita pelo mesmo:
O termo grego soteia e sua forma cognatas, têm a ideia de cura, recuperação, redenção, remédio, bem-estar e resgate. Essa palavra pode ser usada em conexões totalmente físicas e temporais, ou no que diz respeito ao bem-estar da alma, presente e eterno. A ideia de salvar, quando usada para indicar a salvação espiritual, fala sobre o livramento do pecado da degradação moral e das penas que devem seguir-se, como o julgamento divino. Mas o livramento também nos confere algo: o perdão, a justificação, já transformação moral e a vida eterna, que consiste na participação na própria vida de Deus no seu ‘tipo’ de vida. A discussão abaixo explica mais amplamente a natureza desse ‘livramento para alguma coisa’, bem como desse ‘livramento de alguma coisa’. Salvação no N.T. Até mesmo a leitura superficial do N.T. revelará que nem todos os autores do N.T. têm o mesmo ponto de vista acerca da salvação. Não obstantes, seus pontos de vista são suplementares, e não contraditórios. A visão da plenitude da salvação é mais clara em alguns escritores sagrados do que em outros. (a) Nos evangelhos sinópticos. A salvação vem por meio de Jesus (Luc. 19:9). Ele veio para salvar (Mar. 3:4; Luc. 4:18; Mar. 18:11; Luc. 9:56 e Mat. 20:28). Sua missão impõe certa obrigação moral sobre os homens (Mar. 8:35; Luc. 7:50; 8:12; 13:24 e Mat. 10:22). A salvação requer um coração contrito, a receptividade como a de uma criança, a renúncia de tudo por causa de Cristo. Ela nos conduz a vida eterna, à salvação da alma (Mat. 7:13,14 e Mar. 8:34). Isso envolve a associação com Jesus em seu reino (Mat. 13; Mar. 8:38), que é visto como algo ao mesmo tempo celestial e terreno. Envolve a inquirição e a posse final das perfeições morais (Mat. 5:48). Nos evangelhos sinópticos, entretanto, nunca temos a descrição dos níveis mais altos da transformação segundo a imagem de Cristo, em que possamos a ser o que ele é e a possuir o que ele tem. O evangelho normalmente pregado nas igrejas evangélicas se eleva somente até o nível dos evangelhos sinópticos, o que deixa de lado especiais e maiores revelações, como aquelas dadas a Pedro e, mormente, a Paulo. (b) No evangelho de João. Nesse evangelho temos um ponto de vista mais similar ao de Paulo do que aos dos evangelhos sinópticos. O princípio de filiação é associado à salvação, e isso é um discernimento penetrante. Fica subentendido que aquilo que é o filho, nisso nos transformamos, pois também seremos autênticos filhos do Pai celeste. Somente no evangelho de João, de maneira mais clara e como descrição direta, é que temos o conceito da participação do homem na vida ‘necessária’ e ‘independente’ de Deus, o Pai. Há muitas ‘modalidades’ de vida, a começar pelos animais unicelulares, passando por animais mais completos, do mar, da terra e dos ares. Finalmente, chegamos ao homem, o qual incorpora a si mesmo os aspectos físico e espiritual da vida, de maneira especial. As evidências mostram que toda vida é dual, e talvez imortal, pelo menos toda e qualquer vida tem uma porção psíquica, que talvez seja o controle real do desenvolvimento físico. A fotografia Kirliana tem demostrado o fato. Trata-se de um processo fotográfico, similar à radiologia, que fotografa a aura existente ao redor de todas as coisas vivas, e que mostra que todas as coisas possuem dualidade. Existem formas de vida que cobrem e possuem a parte física, e essa, evidentemente, são as inteligências que dirigem o desenvolvimento físico desde a concepção, mantendo a vida física. Não obstante, o homem, em alto grau, é uma incorporação da vida espiritual com a vida física. Além disso, há vida puramente espiritual, dos seres celestiais. Mas a vida inteira, incluindo a desses últimos, é vida dependente, isto é, depende de Deus para ser sustentada. Toda a vida, abaixo da vida de Deus, é vida ‘não-necessária’, isto é, pode existir ou pode ser reduzida a nada, por ser vida potencialmente perecível. Mas Deus é o pináculo de toda a vida, sua fonte e sustentáculo. Já o ‘tipo’ de vida de Deus é diferente. Ele é independente, dependendo somente dele mesmo para continuar a viver; e também é vida necessária, isto é, não pode deixar de existir. Sim, Deus tem vida ‘independente’ porque ele depende somente de si mesmo para existir; e tem vida ‘necessária’, porque essa forma de vida não pode deixar de existir. Foi esse o tipo de vida que o Filho recebeu até mesmo por ocasião de sua encarnação, na posição de Cabeça federal da raça remida. E, através dele, os remidos também recebem essa forma de vida.(Assim nos ensinam os trechos de João 5:25,26 e 6:57 o que é um dos mais elevados conceitos de todo o N.T.). Os homens chegam a compartilhar dessa forma de vida, tornando-se muito mais elevados que os anjos, tornando-se membros autênticos da família divina, possuidores da natureza divina (II Ped. 1:4). Notemos que o elevadíssimo tipo de vida exposto no evangelho de João faz parte integral da salvação, sendo mediado através da ressurreição. (c) No livro de Atos. Neste ponto retornamos ao terreno dos evangelhos sinópticos, conforme se poderia antecipar do fato de que Lucas, seu autor, também é o autor do evangelho de Atos, um dos evangelhos sinópticos. O perdão dos pecados, o arrependimento, a conversão, a entrada no reino celeste, são elementos da salvação, mas não cobrem a revelação interna, embora destaquem os conceitos primários da salvação, que são indispensáveis. Não pode haver glorificação sem o perdão dos pecados e o arrependimento, mas esses são apenas os passos iniciais da salvação. O livro de Atos é essencialmente uma narrativa sobre como o evangelho de arrependimento se propagou entre todas as nações. (Atos 2:38; 4:12 e 16:30). (d) Nas epístolas paulinas. Neste ponto encontramos os conceitos mais elevados, os quais são enumerados neste parágrafo. Rom. 8:29. A salvação envolve nossa transformação segundo a imagem moral e metafisica de Cristo, em que compartilharemos de sua natureza essencial. Efé. 1:23. Ser ‘salvo’ significa vir a possuir, finalmente a ‘plenitude de Cristo’, que é tudo para todos. Efé. 3:19. Ser ‘salvo’ significa compartilhar finalmente de ‘toda a plenitude de Deus’ em sua natureza, atributos e perfeições; Col. 2:9,10. Ser ‘salvo’ significa participar da plenitude da divindade, tal como o Filho dela participa. II Cor. 3:18. Tudo isso é produzido pelas operações do Espírito que nos amolda segundo a natureza moral de Cristo, e então segundo a sua natureza metafisica. A filiação sumaria a obra: aquilo que o Filho é, isso seremos; aquilo que ele possui, nós possuiremos. Cristo é tanto o Caminho como é o Pioneiro do Caminho. Ele assumiu a natureza humana e, na qualidade de homem, foi espiritualizado para compartilhar da divindade, na qualidade de Deus-homem, um novo modo de tal participação. É essa participação na divindade que foi aberta a todos os homens que nele confiam (Rom. 8:17,29,30), tornando-os capacitados para receber sua herança, sua natureza, sua imagem e sua glorificação. Para Paulo, pois, ser salvo é tornar-se aquilo que é o Filho de Deus, é compartilhar do que ele possui. Esse é o mais elevado conceito que o homem conhece. Exige arrependimento e perdão de pecados, mas esses são apenas meios para atingirmos a glorificação. (e) Nos escritos de Pedro. A passagem de II Ped. 1:4 encerra a declaração mais significativa. Isso mostra-nos que chegamos a participar da divindade, da natureza divina, escapando da corrupção que há no mundo, para que as promessas de Deus se cumpre em nós. (CHAMPLIN, 2001, ps. 5223-5224).
	O próximo termo a ser analisado é a palavra grega “υἱοθεσία”, ou “huiothesia”, ou “adoção”. O dicionário Léxico do Novo Testamento vai dizer que “[footnoteRef:20]a ênfase recai no pleno gozo dos privilégios dos herdeiros legais”, no stepbible “[footnoteRef:21]adoção, uma colocação na condição de um filho, Rom. 08:15, 23; 9: 4; Gal. 4: 5; Ef. 1: 5, a adoção de filhos, filiação; na cultura NT um filho recebeu maior herança e honra, mas em Cristo homens e mulheres herdam igualmente adoção (como filho). [20: Léxico do Novo Testamento, 2007, p. 211.] [21: www.stebible.org.] 
Strong a define sendo:
Adoção, (figurado, filiação cristã com respeito a Deus): adoção (de criança; de filhos). Substantivo de huios filho, e tithemi, colocar. Adoção, colocar alguém na posição de filho ou filha. Nas páginas do Novo Testamento, em sentido figurado, significa adoção, filiação, a respeito da condição daqueles a quem Deus, por intermédio de Cristo, adota como filhos, tornando-os herdeiros da salvação. (STRONG, 2003, p. 2434).
A descrição relatada por Vine é a seguinte:
Formado de huios, “filho”, e thesis, “posição”, cognato de tithemi, “pôr”, significa o lugar e condição de filho dados àqueles a quem não lhe pertence por natureza. A palavra só é usada pelo apóstolo Paulo. Em Rm 8.15, é dito que os crentes receberam “o espírito de adoção”, quer dizer, o Espírito Santo que, dado como as primícias, os primeiros frutos de tudo o que será dos crentes, produz neles a realização da filiação e a atitude pertencente a filho. Em Gl 4.5, é dito que eles recebem “a adoção de filhos”, ou seja, a filiação dada em distinção de uma relação que é meramente consequente no nascimento; aqui dois contrastes sãos apresentados: (1) entre a filiação do crente e a não-originada filiação de Cristo; (2) entre a liberdade desfrutada pelo crente e a escravidão, quer da condição natural pagã, quer de Israel sobre a lei. Em Ef 1.5, é dito que os crentes foram predestinados para a “adoção de filhos”, por meio de Jesus Cristo (ARA); a expressão “adoção de filhos” trata-se de tradução incorreta e enganosa. Deus não “adota” os crentes como filhos; eles são gerados como tais pelo Seu Espírito Santo mediante a fé. “Adoção” é um termo que envolve a dignidade da relação de crentes como filhos; não é um colocar na família por meio do nascimento espiritual, mas um colocar na posição de filhos. Em Rm 8.23, a “adoção” do crente é algo que ainda vai ocorrer no futuro, visto que inclui a redação do corpo, quando a vida será transformada e aqueles que dormiram serão ressuscitados. Em Rm 9.4, a “adoção” é pertencente a Israel, conforme declaração em Ex 4.22: “Israel é meu filho” Israel foi colocado numa relação especial com Deus, uma relação coletiva, não desfrutada por outras nações (Dt 14.1; Jr 31.9, etc.). (VINE, 2002, p. 374).
Champlin ainda vai trazer um conceito de filiação, que está ligado diretamente com o termo de adoção analisados a cima, sendo assim ele afirma que: 
O conceito de filiação sumaria a ideia da salvação, conforme aparece no N.T. Somos ‘filhos que estão sendo conduzidos à glória’ (Heb, 2:10); compartilhamos da natureza de Filho (Rom. 8:29; II Cor. 3:18 e I João 3:1,2). O indivíduo salvo é alguém que se tornou filho de Deus, de modo a compartilhar de tudo quanto o Filho possui, de ter a sua natureza essencial. O Cabeça e o corpo místico devem possuir a mesma natureza embora tenha diferentes ofícios e funções. A glorificação do corpo deve ser a mesma glorificação desfrutada pelo Cabeça. Pode-se perceber facilmente, por essa descrição, por que razão a salvação, em sua natureza essencial, é chamada de ‘grande’ em Heb. 2:3. Fala da ‘imensidade’ do bem-estar espiritual que é conferido aos remidos, da imensidade em que o homem é transformado, pois se torna mais elevado que os mais altos anjos, tal como o próprio Cristo é infinitamente superior a eles. (CHAMPLIN, 2001, p. 5225).
	Outra palavra grega que investigaremos é o termo “μετάνοια”, ou “metanoia”, ou “arrependimento/conversão”, “[footnoteRef:22]ser mudado em forma, ser transformado, ser transfigurado [metamorfose], sentir remorso, arrepender-se, mudar a mente, remorso, arrependimento, conversão”, “[footnoteRef:23]uma mudança de modo de pensamento e sentimento, o arrependimento, Mt. 3: 8; Atos 20:21; 2 Tm. 02:25; reforma prático, Lc. 15: 7; reversão do passado, Heb. 00:17”, confira ainda o que outros autores comentam sobre o termo. [22: Léxico do Novo Testamento, 2007, p. 134.] [23: www.stepbible.org.] 
O stepbible o define sendo:
Mudança de mente, o arrependimento, o estado de alterar qualquer ou de todos os elementos que compõem a vida: atitude, pensamentos e comportamentos relativos às exigências de Deus para viver bem; note que este estado pode se referir ao evento fundacional salvação em Cristo, ou em curso arrependimento no arrependimento vida cristã. (www.stepbible.org).
Para Strong o termo significa:
Pensar de maneira diferente ou posteriormente, reconsiderar (moral, sentir remorso): arrepender-se. De meta, indicando mudança de lugarou condição; e noeõ, perceber com a mente, pensar, compreender. Arrepender-se, mudar de ideia, ceder; sugerindo o sentimento de arrependimento, tristeza. Diferente de metamelomai que pode significar apenas lamentar, sentir remorso: (I) De modo geral (Lc 17,3,4; 2Co 12.21). (II) Em um sentido religioso, indicando tristeza piedosa pela descrença e pelo pecado, e um afastamento dessas coisas, dirigindo-se a Deus e ao Evangelho de Cristo (Mt 3.2; 4.17; 11.20,21; 12.41; Mc 1.15; 6.12; Lc 13.3,5; 15.7,10; 16.30; At 2.38; 3.19; 17.30; 26.20; Ap 2.5,16,21; 3.3,19; 16.9). (Metanoia, sujeito), remorso (pela culpa, incluindo mudança e correção); (consequentemente) a inversão (da decisão de [outra pessoa]): arrependimento. Substantivo de metanoeõ, arrepender-se. Uma mudança de ideia, arrependimento: de modo geral (Hb 12.17); em um sentido religioso, sugerindo tristeza piedosa pela descrença e pelo pecado, e um afastamento dessas coisas, dirigindo-se a Deus e ao Evangelho de Cristo (Mt 3.8,11; 9.13; Mc 2.17; Lc 3.8; 5.32; 15.7; At 5.31; 20.21; 26.20; Rm 2.4; Hb 6.6; 2Pe 3.9). (STRONG, 2003, p. 2300).
Vine vai fazer a seguinte definição do termo:
Verbos. (I) Metanoeõ, literalmente, “perceber depois” (formado de meta, “depois”, implicando “mudança”, e noeõ, “perceber”; cognato de nous, “mente, o lugar da reflexão moral”), em contraste com pronoeõ, “perceber de antemão”, por conseguinte, significa “mudar de mente ou proposito”, sempre envolve no Novo Testamento uma mudança para o melhor, uma emenda, e sempre, exceto em Lc 17.3,4, diz respeito ao “arrependimento” do pecado. A palavra é encontrada nos Evangelhos Sinóticos (em Lucas, nove vezes), em Atos, cinco vezes, em Apocalipse, 12 vezes, sendo oito nas mensagens às igrejas (Ap 2.5, duas vezes; Ap 2.16; 2.21, duas vezes; Ap 3.3,19 (as únicas igrejas nesses capítulos que não contêm exortação ao arrependimento são as que estão em Esmirna e Filadélfia); em outro lugar, só é encontrado em 2Co 12.21. (II) Metamelomai, formado de meta, como no n°1, e melo, “cuidar de”, é usado na voz passiva com o sentido de voz media, significando “lamentar, arrepender-se, estar arrependido” (Mt 21.29; 21.32; 27.3; 2Co 7.8, duas vezes; Hb 7.21, onde no Novo Testamento só aqui é dito negativamente acerca de Deus). (B) Adjetivo. Ametameletos, “não arrependido de, não pesaroso” (formado de a, elemento de negação, e um adjetivo verbal de A, n°2), significa “sem mudança de propósito”; é dito acerca de: (a) Deus com respeito aos dons e chamada (Rm 11.29); (b) o homem (2Co 7.10, “arrependimento [metanoia], [...] da qual ninguém se arrepende”); a diferença entre os termos metanoia e metamelomai, ilustrado aqui, é expresso brevemente no contraste entre “arrependimento” e “pesar” em ARA. (C) Substantivo. Metanoia, “reflexão tardia, mudança de mente, arrependimento”, corresponde no significado a A, n°1, e é usado acerca de “arrependimento” de pecado ou mal, salvo em Hb 12.17, onde a palavra “arrependimento” parece significar não simplesmente a mudança de mente de Isaque, mas uma mudança tal que inverteria os efeitos do seu próprio estado anterior de mente. A barganha do direito de primogenitura de Esaú não podia mais ser cancelada; envolvia uma perda irreparável. Quando considerado “arrependimento” em relação ao pecado, é exposta: (a) a exigência de Deus faz da parte do homem (por exemplo, Mt 3.8; Lc 3.8; At 20.21; 26.20); (b) a misericórdia de Deus em dar “arrependimento” ou levar os homens a isso (por exemplo, At 5.31; 11.18; Rm 2.4; Tm 2.25). Os manuscritos mais autênticos omitem a palavra em Mt 9.13 e Mc 2.17. [...] No Novo Testamento, o assunto tem referência primariamente ao “arrependimento” de pecado, e esta mudança de mente envolve tanto um afastamento do pecado quanto uma volta para Deus. A Parábola do Filho Pródigo é uma ilustração excelente. Jesus começou seu ministério com uma chamada ao “arrependimento” (Mt 4.17), mas a chamada é dirigida ao indivíduo, e não, como no Antigo Testamento, à nação. No Evangelho de João, em distinção aos Evangelhos Sinóticos, referidos a cima, o termo “arrependimento” não é mencionado, nem mesmo com relação à pregação do João Batista; no Evangelho de João e em sua Primeira Epístola, os efeitos são ressaltados, por exemplo, no novo nascimento, e, em geral, na vida ativa do pecado para Deus pelo exercício da fé (Jo 3.3; 9.38; 1Jo 1.9), como se dá no Novo Testamento em geral. (VINE, 2002, ps. 415-416).
O Dicionário Enciclopédico da Bíblia faz uma análise da palavra conversão, para isso ele faz a seguinte definição do termo no Novo Testamento:
A pregação de João Batista é essencialmente um apelo ao arrependimento (metanoia: Mt 3,2; Mc 1,4). A conversão ocupa um lugar importante no ensinamento de Jesus, e as três parábolas da misericórdia – da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho pródigo – destacam de modo particular sua importância (Lc 15,4-31), mas o arrependimento que permite obter a remissão dos pecados deve levar à mudança de vida. É o que esclarece se forma excelente Paulo na defesa que apresenta diante do rei Agripa: falando da missão junto às nações pagãs recebidas de Cristo, ele recorda os dois elementos constitutivos da conversão: “Preguei que é preciso arrepender-se (metanoien) e voltar (epistrephein) a Deus realizando obras que convêm ao arrependimento” (At 26,20). Por falta de mudar radicalmente de vida, isto é, desviar da entrada pela porta estreita (Lc 13,24), a conversão é ilusória e vã (Hb 6,4-8; 1Cor 9,24-27). A conversão livre faz passar a alma das trevas para a luz (Jo 12,35-36; At 26,18; Ef 5,8; 1Ts 5,4-10; 1Pd 2,9); ela é como um novo a verdade” (Ef 4,22-24; Cl 3,1-4; 9-10; Jo 3,3-8). A parábola do bom Pastor que “veio para que se tenha a vida e se tenha em abundância” (Jo 10,10) ilustra a universalidade do apelo divino à conversão; “Deus nosso salvador... quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade”, escreve Paulo a Timóteo (1Tm 2,3-4; Gl 3,8). (ENCICLOPÉDICO da bíblia, 2013, p. 321).
Norman Champlin faz uma definição da palavra arrependimento e a define sendo:
Essa é a principal exigência para que haja perdão de pecados. O arrependimento tem início na conversão, que é o primeiro passo da regeneração. A conversão ainda não é a ‘regeneração’ propriamente dita; mas antes, faz parte dela, sendo o início do novo nascimento. Sem conversão não há regeneração, embora a conversão não encerre a totalidade da regeneração, é o começo o ponto em que o pecador abandona o pecado e o seu antigo ‘eu’, a sua rebeldia contra Deus. A conversão, além disso, é um ato produzido pela influência do Espirito Santo, que não pode suceder sem esse poder, embora existam agitações emocionais que provocam transformações por pouco tempo, que podem imitar a conversão. Arrependimento e fé. Essas duas palavras aparecem frequentemente associadas a chamada aos homens, para que venham a Cristo, a fim de receberem gratuitamente a salvação que ele oferece. O trecho de Atos 20:21 diz, concernente ao ministério de Paulo e à mensagem por ele pregada: “...arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”. O anúncio feito por Jesus Cristo, em suas primeiras mensagens, logo depois de haver sido batizado por João Batista, era: “...arrependei-vos, e crede no evangelho...” esses dois atos, na realidade, são apenas aspectos de uma mesma realidade espiritual. A fé provoca o arrependimento, e vice-versa, pois uma coisa revela a natureza da outra. No livro de Atos, Pedro mostrou a seus ouvintes a verdadeira natureza do Messias, a que haviam crucificado; e eles exerceram fé nele, o que imediatamente levou-os a sentir profundo golpe em seus corações e resultou em verdadeiro arrependimento. (CHAMPLIN, 2001, p. 3843).
Sobre a palavra conversão Russell vai dizer que:
As palavras Envolvidas. Latim, com (totalmente) + vetere (virar), portent, fazer uma mudança radical, girar completamente. […] No grego temos epistrepho, que tem estes mesmos significados e usos. […] O Novo Testamento harmoniza-se com o Velho Testamento sobre este assunto.(Atos 14:15; 26:18. A verdadeira conversão envolve fé e arrependimento, Atos 3:19, 26:18. Um exemplo radical de conversão é o caso de Paulo, Atos 9:1-18. A conversão de súbito, mas normalmente tem um longo tempo de preparação. […] Alguns encaram o novo nascimento ou regeneração como conversão, mas isso é muito inadequado. A conversão, por si só, não é ainda regeneração, mas é tão somente parte da regeneração. A conversão consiste em uma meia volta na vida, em que a alma se volta para Deus. Nas páginas do N.T., a palavra epistrepho é utilizada para expressar essa ideia, e é aplicada tanto para os desviados, que retornam à sua anterior comunhão com Deus, como para os incrédulos, ao se voltarem para Deus. (Luc. 22:32; Apo. 2:5,16; Mat. 17:3; Atos 3:19 e 26:180). A conversão é descrita como um voltar-se das trevas da idolatria, do pecado e do domínio de Satanás, para a adoração e o serviço ao verdadeiro Deus (conforme se vê nas passagens de Atos 14:15; 26:18; I Tes. 1:9) e ao seu Filho, Jesus Cristo (como se vê em I Ped. 2:25). A conversão consiste no exercício do arrependimento e da fé, elementos esses que tanto o Senhor Jesus como o Apóstolo Paulo vinculam como sumários das exigências morais de evangelho. (Mat. 1:15 e Atos 20:21). O arrependimento é uma mudança de mente e de coração para com Deus; a fé significa a confiança na Palavra de Deus e em seu Cristo. A conversão, pois, encerra ambas essas ideias. (CHAMPLIN, 2001, p. 4036).
	A seguir nosso foco será sobre o termo grego “δικαίωσις”, ou “dikaiosis”, ou “justificação”, ou “[footnoteRef:24]justificação, vindicação, absolvição que traz vida”. Strong ainda vai dizer que é “ [footnoteRef:25]justificação, a que Deus derrama sobre os homens por intermédio de Cristo (Rm 4.25; 5.18). Remissão, redenção, libertação da culpa e do poder do pecado; uma soltura mediante o pagamento de um valor a título de redenção; propiciação; expiação; salvação”. “[footnoteRef:26]Justificação ou justificação, uma declaração de direito ou a justiça; uma sentença judicial; no NT, absolvição, aceitação, justificação, Rom. 04:25; 5: 18”. Temos também a descrição feita por Vine, para ele o termo grego quer dizer: [24: Léxico do Novo Testamento, 2007, p. 57.] [25: Dicionário Hebraico do Antigo Testamento: James Strong. Anotado pela AMG. 2003, p. 2151.] [26: www.stepbible.org.] 
A. Substantivos. 1- Dikaiõsis. Denota “o ato de pronunciar justo, justificação, absolvição”; seu significado preciso é determinado pelo verbo dikaioõ, “justificar”; é usado duas vezes na Epístola aos Romanos, e só ali no Novo Testamento, significando o estabelecimento de uma pessoa por quitação de culpa em Rm 4.25, a frase “para nossa justificação”, é, literalmente, “por causa de nossa justificação” (paralelo à cláusula precedente “por nossos pecados”, ou seja, por causa de pecados cometidos), e significa, não com vistas à nossa “justificação”, mas por causa de tudo o que era necessário da parte de Deus para que nossa “justificação” fosse efetivada na morte de Jesus. Por conta disso, Ele ressuscitou dos mortos. Sendo a propiciação perfeita e completa, a ressurreição foi a contraparte confirmatória. Em Rm 5.18, a “justificação de vida” significa a “justificação que resulta em vida” (Rm 5.21). Para que Deus “justifique” o pecador que crê com base na morte de Jesus, envolve o Seu dom gratuito de vida. Sobre a distinção entre os termos dikaiosis e dikaiõma, veja mais adiante. 2- Dikaiõma. Tem três significados distintos, e parece mais bem descrito de forma ampla como “expressão concreta de justiça”; é a declaração de que uma pessoa ou coisa é justa, e, por conseguinte, falando em linhas gerais, representa e expressão e o efeito de dikaiõsis (n°1). Significa: (a) “ordenança” (Lc 1.6); Rm 1.32, “a justiça de Deus” (“a sentença de Deus”, ARA),ou seja, o que Deus declarou ser certo, referindo-se ao Seu decreto de punição; Rm 2.26, “os preceitos da lei”, ou seja, as justas exigências ordenadas pela lei; o mesmo se dá em Rm 8.4, “a justiça da lei”, ou seja, coletivamente, os preceitos da lei, tudo o que ela exige como certo; em Hb 9.1,10, as ordenanças relacionadas com o ritual do Tabernáculo; (b) “sentença de absolvição” pela qual Deus se absolve os homens da culpa, sendo as condições: (1) a Sua graça em Cristo, mediante Seu sacrifício expiatório; (2) a aceitação de Jesus pela fé (Rm 5.16); (c) o “ato justo”, Rm 5.18, “ato de justiça”, não o ato de “justificação”, nem o caráter justo de Jesus (dikaiõma não significa o caráter, assim como dikaiosune, a justiça), mas a morte de Jesus, como ato realizado em consistência com o caráter e conselhos de Deus; isso está claro por ser antítese à “ofensa” na declaração precedente. Alguns consideram que aqui a palavra significa decreto de justiça, como em Rm 5.16; a morte de Jesus poderia, na verdade, ter sido considerada como cumprimento de tal decreto, mas à medida que argumento do apóstolo prossegue, a palavra, como muitas vezes é o caso, passa de uma nuança de significado para outra, e aqui não representa um decreto, é mais um ato; o mesmo se dá em Ap 15.4 (“juízos”), e Ap 19.8 (“as justiças [dos santos]”). Quanto ao termo dikaiosune, que significa “justiça, retidão”. B. Verbo. Dikaioõ primeiramente, “julgar ser certo”, significa, no Novo testamento: (a) “mostrar estar certo ou justo; na voz passiva, ser justificado (Mt 11.19; Lc 7.35; Rm 3.4; 1Tm 3.16); (b) “declarar ser justo, pronunciar justo”: (1) pelo homem, concernente a Deus (Lc 7.29; veja Rm3.4, acima); concernente a si mesmo (Lc 10.29; 16.15); (2) por Deus concernente aos homens, que são declarados justos perante Ele em certas condições impostas por Ele. Idealmente, o cumprimento completo da lei de Deus forneceria a base da “justificação” aos Seus olhos (Rm 2.13). Mas tal caso não ocorreu na mera experiência humana, e, portanto, ninguém pode ser “justificado” com base nisso (Rm 3.9-20; Gl 2.16; 3.10,11; 5.4). A partir desta apresentação negativa em Rm 3, o apóstolo Paulo passa a mostrar que, consistentemente com o próprio caráter justo de Deus, e com vistas à sua manifestação, Ele é, por Cristo, como “propiciação [...] no [en, instrumental, “pelo”] sangue” (Rm 3.25); “justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3.26), sendo a “justificação” a absolvição legal e formal da culpa por Deus como Juiz, o pronunciamento do pecador como justo que crê no Senhor Jesus Cristo. Em Rm 3.24), sendo a “justificação” a absolvição legal e formal da culpa por Deus como Juiz, o pronunciamento do pecador como justo que crê no Senhor Jesus Cristo. Em Rm 3.24, “sendo justificados” está no tempo presente contínuo, indicando o processo constante de “justificação” na sucessão daqueles que crêem e são “justificados”. Em Rm 5.1, “sendo [...] justificados”, está no tempo aoristo ou pontual, indicando o tempo definitivo no qual cada pessoa, no exercício da fé, foi “justificação”. Em Rm 8.1, a “justificação” é apresentada por “sem condenação”. A “justificação” que está em vista aqui é confirmada pelos capítulos precedentes e por Rm 8.34. Em Rm 3.26, a palavra traduzida por “justificador” é o particípio presente do verbo, literalmente, “justificando”; semelhantemente em Rm 8.33 (onde o artigo é usado), “Deus quem justifica”, e, mais literalmente, “Deus é aquele que justificando”, com ênfase na palavra “Deus”. A “justificação” é primária e gratuitamente pela fé, de modo subsequente e comprobatório pelas obras. Com respeito à “justificação” pelas obras, a suposta contradição entre os apóstolos Tiago e Paulo é apenas aparente. Há harmonia nas visões diferentes do assunto. Paulo tem em mente a atitude de Abraão para com Deus, a aceitação que o patriarca teve da palavra de Deus. Era assunto conhecido apenas por Deus. A Epístola aos Romanos está ocupado com o efeito desta atitude em direção a Deus, e não com o caráter ou ações de Abraão; mas no contraste entre a fé e sua falta, isto é, a incredulidade (Rm 11.20). Tiago (Tg 2.21-26) está ocupado com o contraste entre a fé que é real e a fé que é falsa, uma fé infrutífera e morta, que absolutamente

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