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Resumo sobre o caixeiro viajante

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O PROBLEMA DO CAIXEIRO VIAJANTE
O problema do caixeiro viajante é um problema que tenta percorrer a menor rota de cidades sem que tenha que percorrer uma dessas cidades por mais de uma vez, retornando assim para o seu lugar de origem sem ter repetido nenhuma das cidades. É de igual interesse descobrir a rota que torna mínima a viajem total. O problema do caixeiro viajante é um exemplo clássico do problema de otimização combinatória, a primeira coisa em que se pode pensar é que podemos reduzi-lo a um problema de enumeração, achando assim todas as rotas possíveis e usando um computador é que se pode calcular o comprimento de cada uma das rotas e então ver qual a menor rota. Mas é claro que se for achado todas as rotas contaremos, daí podemos dizer que estamos reduzindo o problema de otimização a um de enumeração. Feito todos os cálculos possíveis é que é encontrado a forma reducionista que consiste em gerar cada uma das rotas, para assim calcular o comprimento total das viagens de cada rota e ver qual delas tem o menor comprimento total. Trabalho fácil para um computador diria alguém, bem talvez não. Vejamos o porquê. Suponhamos que temos um muito veloz computador, capaz de fazer 1 bilhão de adições por segundo. Isso parece uma velocidade imensa, capaz de tudo. Com efeito no caso de 20 cidades, o computador precisa apenas de 19 adições para dizer qual o comprimento de uma rota e então ser capaz de calcular 10^9/19=53 milhões de rotas por segundo. Contudo essa imensa velocidade é nada frente a imensidão do número 19! De rotas que precisará examinar. Com efeito acredite se puder, o valor de 19! É 121 645 100 408 832 000 (ou aproximadamente 1.2 x 10^17 em notação científica. Consequentemente, ele precisará de 1.2x10^17 (53 milhões) = 2.3x10^9 segundos para contemplar sua tarefa, o que equivale a cerca de 73 anos. O que acontece e que a velocidade desses números cresce velozmente tornando incapaz de executar o que lhe pedimos. Com todo esse efeito se essa complexidade fosse expressa em termos de um polinômio em n o nosso computador seria perfeitamente capaz de suportar o aumento do n. Então o método reducionista não se torna pratico, mas será que não pode-se inventar algum método prático ( por exemplo, envolvendo esforço polinomial na variável) para resolver o problema do caixeiro? Bem, apesar de inúmeros esforços, ainda não foi achado um tal método e começa a se achar que o mesmo não existe. A existência ou não o método polinomial para resolver o problema do caixeiro viajante e um dos grandes problemas em aberto da matemática na medida em que S.A COOK (1971) e R.M.KARP (1972) mostraram que uma grande quantidade de problemas importantes podem ser reduzidos, em tempo polinomial, ao problema do caixeiro. Consequentemente: se descobrirmos como resolver o problema do caixeiro em tempo polinomial ficaremos sendo capazes de resolver, também em tempo polinomial, uma grande quantidade de outros problemas matemáticos importantes; por outro lado, se um dia alguém provar que é impossível resolver o problema do caixeiro em tempo polinomial no número de cidades, também se terá estabelecido que uma grande quantidade de problemas importantes tem solução pratica. Costuma-se resumir essas propriedades do problema do caixeiro dizendo que ele pertence a categoria dos problemas NP- complexos.

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