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Relatório - Estágio Virtual de Licenciatura - História - Ensino Médio

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO
FACULDADE SUMARÉ
NOME: ESDRAS ESPIN 
RA: 1715107
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MODALIDADE: ENSINO MÉDIO
1.0 – “Como desenvolver em sala de aula a compreensão da formação étnico-cultural brasileira. ”
No que concerne ao conceito de identidade, define-se como um conjunto de elementos característicos que distinguem algo ou alguém. Sendo assim, identidade cultural entende-se como um somatório de elementos culturais pertencentes a determinados grupos sociais, etnias ou nações.
Diante disso, sob um olhar analítico histórico da composição identitária brasileira percebe-se uma sociedade miscigenada, esse fenômeno explica-se pelos constantes contatos das diferentes etnias no espaço territorial brasileiro, tanto pelo encontro dos portugueses com os nativos do território, quanto pela chegada de demais grupos étnicos nos diferentes períodos históricos do Brasil. 
Ademais, com as expedições ultramarinas no período moderno, os portugueses chegaram ao território brasileiro. Em contrapartida, diferentes grupos nativos já habitavam o território, sendo que atualmente acredita-se que esses povos nativos tenham imigrado das regiões asiáticas, tendo atravessado em certo período uma espécie de ponte de gelo ligando o extremo leste russo com a América do norte, assim migrando para outras regiões americanas. 
Ainda relacionado aos processos de miscigenação da sociedade brasileira, com o estabelecimento dos portugueses nas regiões coloniais brasileiras, com o pacto colonial e o avanço do sistema capitalista comercial, se tem a necessidade de mão-de-obra nos latifúndios para extração e exportação de matérias–primas para a metrópole. No que diz respeito a esse processo, mais de 4,8 milhões de africanos foram trazidos como escravos para o território brasileiro, sendo estes das regiões da Angola, Congo e Moçambique, sendo estabelecida mais uma etnia no espaço geográfico brasileiro. 
Após a abolição da escravatura, com o capitalismo industrial em alta, e o processo de industrialização brasileira, há a necessidade de mercado consumidor dos produtos industrializados e a contratação de mão-de-obra familiarizada com a dinâmica produtiva industrial. Nesse contexto, imigrantes europeus e asiáticos chegam ao Brasil para trabalhar nas regiões rurais e urbanas do país, prioritariamente nas fazendas de café e fábricas. Sendo estes imigrantes, italianos, alemães, espanhóis, portugueses, poloneses, japoneses e sírio-libaneses que compunham a classe trabalhadora assalariada, substituindo assim o trabalho escravo, agregando mais diversidade étnica na sociedade brasileira. 
No que se refere em como desenvolver nos alunos uma conscientização da formação étnico-cultural, é fundamental que os docentes desenvolvam metodologias que coloquem alunos de diferentes etnias em contato, apresentando-os anteriormente todo processo histórico da inserção de diversas etnias que o país sofreu desde a chegada dos nativos americanos, até os processos imigratórios do século XIX-XX. Concernente aos trabalhos que podem ser desenvolvidos em sala de aula, seriam trabalhos que coloquem alunos de determinadas matrizes étnicas em contato com outras etnias, dando ao aluno a oportunidade de compreensão em relação a diferenças étnicas. 
Sendo assim, através do contato com a diversidade os alunos podem ter uma compreensão maior sobre a diversidade étnico-cultural brasileira, sendo esse caminho para uma sociedade mais inclusiva, prevenindo que ideias segregacionistas e racistas tenham espaço para se disseminar. 
2.0 – Entrevista com o Docente 
Nome: Alessandra Lima Araújo
Disciplina: Língua Portuguesa 
1) O que te levou a escolher essa profissão?
R: A possibilidade de mostrar a importância da Educação na formação cidadã.
2) Como é sua relação com seus alunos?
R: No geral, tenho um bom relacionamento com meus alunos. Tento ser mais leve e aproximar-me deles.
3) Das experiências que presenciou no campo da educação, qual delas considera mais significativa no seu trabalho?
R: Foram muitas experiências nesses 23 anos de magistério, mas trabalhar com projetos, ver os alunos se envolverem, se sentirem efetivamente pertencentes àquele lugar é algo muito emocionante. A oportunidade de trabalhar com a EJA também foi muito importante na minha trajetória porque nos desafia e, ao mesmo tempo nos estimula ao ver a vontade deles em aprender.
4) Qual é a principal dificuldade que um (a) docente enfrenta no dia a dia?
R: São inúmeras: falta de material, de espaços adequados, número de alunos por sala de aula, ausência de plano de carreira e falta de respeito, principalmente dos nossos governantes.
5) Como você encontra novas ideias para aulas?
R: Pesquisa na internet.
6) Você faz uso de novas tecnologias em suas aulas? Quais são os benefícios e as dificuldades encontradas?
R: Sim, Procuro utilizar as TICs. Os benefícios são poder despertar mais o interesse dos alunos, quebrar a rotina e dinamizar as aulas. A dificuldade é que nem sempre a escola dispõe dos equipamentos, tendo que o professor vá buscá-los.
7) De que forma você interage com as famílias?
R: Antes da pandemia, essa interação se dava nas reuniões de pais ou nas convocações em momentos oportunos. Hoje, nos comunicamos também através das redes sociais.
8) O que te motiva a dar aulas?
R: Apesar de todas as dificuldades, ver que alguns alunos conseguem seguir e se colocar bem no mercado de trabalho, por exemplo. 
9) Na sua opinião, a figura do professor (a) é valorizada?
R: Infelizmente, muito pouco.
10) Como você se vê daqui a 5 anos?
R: Me vejo perto da aposentadoria, se Deus quiser. 
3.0 – Análise Fílmica 
Filme: “Escritores da Liberdade”
Em relação a análise cinematográfica do filme “Escritores da Liberdade”, trata-se de uma obra que foi baseada de relatos em diários dos alunos da sala 203 da escola Woodrow Wilson na cidade de Dallas (EUA). O filme apresenta a história Erin Gruwell (Hillary Swank), uma professora de inglês inexperiente que decide lecionar em uma instituição escolar que passa pelo programa de integração. Ao decorrer de suas aulas Erin enfrenta inúmeros conflitos e dificuldades em sala, por se tratar de uma instituição escolar que estava adotando um programa de integração, a classe possuía grande diversidade étnica em seus integrantes, que estava dividida majoritariamente entre alunos negros, latinos e asiáticos, tendo somente um branco na sala, compondo assim o grupo de alunos. 
Sendo assim, os preconceitos étnicos e problemas sociais acabaram se tornando um fator impeditivo para que Erin pudesse desempenhar um bom trabalho na turma, isto porque constantemente seus alunos tinham atitudes racistas e que implicitamente propagavam racismo através de bullying.
Percebe-se que essa diversidade étnica e conflitos de caráter racista acabam se manifestando por meio de facções e gangues por toda a escola. Por outro lado, outro aspecto interessante na análise fílmica diz respeito à gestão escolar, isto pelo fato que por mais que a instituição escolar fosse conhecida por possuir um programa de integração, essa integração não era trabalhada de fato.
 Por diversas vezes percebe-se que a professora entra em atritos com a diretora da escola e com um determinado professor da escola, que por diversas vezes demonstram falta de interesse para um investimento intelectual nesses determinados alunos. Isso fica perceptível quando a professora Erin solicita recursos para a direção para aquisição de livros novos, porém a diretora recusa sua solicitação, demonstrando falta de perspectiva no desenvolvimento do trabalho docente, tampouco que os alunos corresponderiam a esse investimento. 
Portanto, Erin decide por si mesma realizar esse investimento, utilizando seus próprios recursos financeiros para a aquisição de livros, tendo que conciliar outros empregos para ter dinheiro para pagar esses investimentos. Após um evento ocorrido em sala, onde um aluno latino teve uma atitude racista ridicularizando um aluno negro através de uma caricatura,a professora encontra uma oportunidade de desenvolver um trabalho interessante com a classe, cujas temáticas seriam problemas que faziam parte do cotidiano da escola, sendo o racismo e violência.
Erin então dá início ao trabalho docente mediante a percepção da realidade da instituição e da sua classe, sabendo também que seus alunos percebiam essa falta de interesse por parte da instituição e professores acerca deles. Com o objetivo de conhecê-los melhor, e para ter uma auto – avaliação do desenvolvimento de seu trabalho, a professora entrega aos alunos cadernos para que os façam de diários, onde podem expressar seus pensamentos, relatar suas realidades e para saber o que eles estão achando de suas aulas. 
Em relação aos conflitos étnicos que a sala apresenta, Erin decide apresentar-lhes um clássico da literatura contemporânea chamado “O Diário de Anne Frank” como sendo um antídoto combativo para os preconceitos raciais que a sala manifesta. Como complemento a senhora G, como era chamada pelos alunos, levou seus alunos numa visita de cunho educativo para um museu judaico que relata o Holocausto, onde contém depoimentos de sobreviventes deste evento histórico, e sobre como era o cotidiano dos judeus que vivenciaram essa realidade onde mais de 6 milhões de judeus foram exterminados na Segunda Guerra Mundial, vítimas da ideologia nazifascista alemã, tendo sido materializada no “Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães” mais conhecido como Partido Nazista, sendo um dos seus mentores principais Adolf Hitler, que posteriormente tomaria o poder na Alemanha em 1933, colocando sua ideologia segregacionista em prática, sendo os judeus um alvo dessas determinadas políticas. 
Dessa maneira, Erin expôs aos alunos como o preconceito racial foi responsável por uma série de atrocidades que foram cometidas contra seres humanos que pertenciam a diferentes grupos étnicos, que deram como discursos inofensivos, mas que ao longo do tempo tomaram proporções desastrosas. Assim sendo, os alunos vão sendo convencidos no poder destrutivo que o preconceito possui, tendo eles uma mudança comportamental em relação a outrem, onde começaram a criarem expectativas para o futuro, e a terem perspectivas em relação a si mesmos. Por consequência, após lerem o livro de Anne e visitarem o museu judaico, os alunos propõem a professora Erin que traga Miep Gies para uma palestra na escola, a mulher que escondeu Anne Frank, sua família e outros judeus do Estado Nazista, na Segunda Guerra Mundial, sendo que arrecadaram recursos financeiros para que Miep viesse. 
Como resultado, o trabalho docente de Erin trouxe aos alunos perspectivas, fazendo com que se sentissem capacitados, fazendo com que quisessem continuar o próximo ano letivo com ela. Em contrapartida, a gestão escolar oferece certa resistência a essa reivindicação por parte dos alunos, porém mediante ao histórico do trabalho docente que Erin desenvolveu, a superintendência de educação acaba cedendo as tais reinvindicações, onde os alunos terão a professora como tutora dos mesmos no ano letivo seguinte. 
Em suma, “Escritores da Liberdade” é uma história verídica, baseada nos diários pessoais dos alunos da sala 203 da Escola Woodrow Wilson em Dallas (EUA), onde expõe o poder transformador da educação, e na responsabilidade ético-moral do trabalho docente e sua importância na sociedade em geral. 
 	
 
 
ANÁLISE FÍLMICA: ENTRE LE MURS – ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

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