Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO: METABOLISMO DIGESTÓRIO –BIOQUIMICA– THIAGO MOURAO – FAMETRO/MANAUS – 2 PERIODO 2020.2 INSULINA A insulina é produzida pelas células beta pancreáticas. No estado alimentado quando se inicia o processo de metabolizar os alimentos a um aumento pico de glicose (Glicêmico) é acompanhado pelo aumento do pico de insulina. Tanto a insulina como a glicose vão esta equiparadas para que a insulina consiga carrear essa glicose para seus receptores (GLUT-1; GLUT-2; GLUT-3; GLUT-4 e GLUT-5). ***OBS: →Quando se tem aumento no pico de insulina tem diminuição de glucagon, pois eles são antagônicos. →A insulina tem correlação com o estado alimentado. →Glucagon tem correlação com estado de jejum. Síntese da insulina→ A insulina é classificada como hormônio peptídico, e não consegue entrar na célula. Então para entrar na membrana plasmática da célula a insulina precisa de receptores de quinase (tirosina-cinase) A insulina (hormônio peptídico) é sintetizada na célula Beta-pancreática e quando a insulina esta recém-sintetizada ganha uma sequência sinalizadora que passa ser chamada de pré- pró-hormônio no RER. O pré-pró-hormônio sai do RER é encaminhado para aparelho de golgi onde perde a unidade sinalizadora ficando somente com a unidade A,B e C, porém com essa 3 unidades passa a ser encapsulada dentro de uma vesícula que se localiza na região basal vai ter uma insulina composta pela unidade A B C sendo chamada de pró-insulina. A unidade amino terminal (NH3+) é a sequência sinalizadora caracterizando a insulina de ser chamada pré-pró-insulina (momento da síntese da insulina). É chamada assim pois tem uma sequência sinalizadora chamada de amino terminal (NH3+). Quando a insulina perde a sequência sinalizadora é chamado de pró-insulina vai ter unidade A B C. E quando se tem somente a unidade A B C é armazenada dentro de uma vesícula que fica na célula beta- pancreática. Quando se tem um pico alto de glicose na circulação essa insulina será liberada da célula, no momento que é liberada perde a unidade C que é chamado peptídeo C. Ficando somente a unidade A B que é de fato a insulina ativa. ***OBS: →A unidade C que é o peptídeo C consegue registrar uma informação de pico de insulina por mais tempo do que a insulina em si. →A insulina dura pouco tempo na circulação. Já o peptídeo C dura meses na circulação. →O peptídeo C e a hemoglobina glicada no exame de sangue são unidades moleculares que registram como se fosse uma memoria os prolongados picos de insulina. SISTEMA DIGESTÓRIO (HORMONIOS REGULADORES DO ESTADO ALIMENTADO E JEJUM) Estado alimentado ↑ glicose (pico glicemico) ↑insulina RESUMO: METABOLISMO DIGESTÓRIO –BIOQUIMICA– THIAGO MOURAO – FAMETRO/MANAUS – 2 PERIODO 2020.2 Efeitos da insulina→ A insulina esta correlacionado com estado alimentado e vai influenciar no processo da glicólise (via glicolítica). Os efeitos da insulina: Glicólise (via glicolítica):vai ocorrer de formação de quebra da glicose até a formação do piruvato. Glicogênese: é a formação que é a formação do glicogênio. Cetogênese: são formação de corpos cetônicos. Lipólise: é o processo de formação do triacilgliceróis em forma de reserva em tecido adiposo. A insulina bloqueia a ação da glicogenólise, gliconeogênese, cetogênese e lipólise que são processos que vão quebrar as reservas energéticas que é caracterizado pelo estado de jejum (glucagon). O glucagon promove uso da reservas energéticas pela ação da glicogenólise, gliconeogênese, cetogênese e lipólise, porém impulsionado pela adrenalina. Os efeitos da insulina esta correlacionado com estado alimentado então se tem síntese de lipídeos, síntese proteica, síntese de glicogênio (glicogênese) e vai ter a captação de glicólise que é o processo da via glicolítica comum. A insulina não entra na célula apenas sinaliza para célula. Secreção de insulina→ É aumentada pelos níveis de glicose e, posteriormente é regulada. Nas células Beta pancreáticas aonde se tem o processo da síntese da insulina, vai ter um receptor GLUT-2 (encontra na membrana plasmática da célula beta- pancreática) que vai ocasionar o processo de síntese da insulina. Quando o GLUT-2 percebe que tem glicose na circulação. O GLUT-2 permite a entrada da glicose que está na circulação para dentro da célula. A secreção de insulina é liberada quando se tem pico alto de glicose na circulação sanguínea. E a glicose que entra na célula Beta pancreática vai estimular o processo de síntese e liberação da insulina. Enquanto a glicose é absorvida durante a refeição a célula B-pancreática capta a glicose para dentro da célula utilizando o receptor GLUT-2. Quando a glicose entra na célula é fosforilada pela glicocinase. Como o metabolismo da glicose é estimulado, a razão ATP/ADP na célula aumenta. Esse aumento causa o encerramento dos canais de potássio sensíveis ao ATP na membrana celular, diminuindo o e fluxo de potássio. A célula é despolarizada e os canais de cálcio tipo L abrem. Os íons de cálcio, entra na célula e ativam as proteínas dependentes de Ca2+, que causam a liberação de grânulos secretores contendo insulina pré-formada. Este processo é conhecido como primeira fase da secreção de insulina. ***OBS: →O GLUT-2 depende da ação da insulina pois capta a glicose e inicio da via da glicose. →A insulina faz regulação das enzimas marcapasso do processo da glicólise (exoquinase/ glicoquinase, PFK-1 e piruvato- quinase). RESUMO: METABOLISMO DIGESTÓRIO –BIOQUIMICA– THIAGO MOURAO – FAMETRO/MANAUS – 2 PERIODO 2020.2 Os hormônios e aminoácidos que influenciam na secreção de insulina: • Aminoácidos vai induzir esse processo como a arginina quando se encontra com seus níveis elevados. • Hormônios gastrointestinais vai também exercem efeito positivo sobre a secreção de insulina. Ex: colescistocinina (estimula a contração da vesícula biliar e do pâncreas) e peptídeo insulinotrópico (dependente de glicose e aumenta a produção de insulina). Receptores de insulina→ Os receptores de insulina que é a tirosina- cinase vão fosforilar, causando uma cascata de reação. GLUT-2 está presente na membrana plasmática da célula Beta-pancreática. GLUT-4 vai está dentro da célula e não presente na membrana plasmática. A insulina vai se encaixar no receptor que irá ocasionar cascata de reação para o lado de dentro da célula e fosforilar as três unidades proteicas (IRS-1, PI3K e PKB) IRS-1 que é a primeira proteína estimulada que quando fosforilada pelo receptor de insulina vai ativar a segunda proteína PI3K é uma unidade que vai estimular os fosfolípideos da membrana plasmática PIP2 e PIP3. O PIP2 e PIP3 vão ativar a fosforilação da PKB que é proteína cinase B, ou seja terceira unidade proteica. A PKB envia estimulo para receptor GLUT-4 para ele se nova dentro da célula e venha para membrana plasmática. O GLUT-4 recebe a glicose que está na circulação e começa todo o processo de via glicolítica. ***OBS: →O GLUT-4 é dependente da ação da insulina. Inibição da insulina→ A adrenalina é um hormônio que vai inibir a secreção da insulina. Liberando pela adrenal a resposta ao estresse, trauma ou exercício físico intenso. O glucagon também inibe a insulina. Tirosina cinase (receptor de membrana plasmatica) recebe a insulina e vai encaixar no receptor para se propagar p/ dentro da célula Ocorre fosforilação e uma reação de cadeia dentro da célula. primeira proteina a fosforilar é IRS-1 envia informação para PI3K (segunda proteina) estimula os fosfolipideos PIP-1 e PIP-3 ativa PKB (3 proteina) Envia estimulo para GLUT-4 se mova dentro da célula e venha para M.P GLUT-4 recebe a glicose e começa o processo da via glicoliticaRESUMO: METABOLISMO DIGESTÓRIO –BIOQUIMICA– THIAGO MOURAO – FAMETRO/MANAUS – 2 PERIODO 2020.2 GLUCAGON O glucagon é produzido pelas células alfa- pancreáticas. O glucagon vai trabalhar de forma oposta à insulina, pois quando se tem picos altos de insulina o glucagon está diminuído. Porém se a insulina estiver baixa o glucagon está em alta. No estado de jejum tem atividade do glucagon, pois estimula o processo de quebras das reservas energéticas. O glucagon é estimulado quando se tem glicemia baixa e níveis de adrenalina circulante estão elevados. O glucagon é inibido quando a glicemia esta alta e os níveis de somatostatina encontram-se aumentados. Secreção do glucagon→ O glucagon não trabalha com receptores de tirosina cinase (quem trabalha é a insulina), porém é um hormônio peptídico tem o processo de pré e pró hormônio. E seu receptor não é de tirosina quinase, mas é um receptor clássico de proteína GS. Como o glucagon tem um receptor clássico de proteína GS vai despolarizar a célula que estimula a adenilato-ciclase. A adenilato-ciclase vai converter ATP em AMP cíclico que estimula a PKA. A PKA faz a quebra das unidades de triacilglicerol, a qual é quebrado até monocilglicerol e transportado para circulação acompanhado pela albumina sérica até sua chegada nos hepatócitos para serem convertidos no processo de beta-oxidação até a formação dos corpos cetônicos, os quais alimenta o encéfalo em casos de hipoglicemia. ESTADO EM JEJUM E ESTADO ALIMENTADO Estado em jejum tem estimulo do glucagon. Estado alimentado tem estimulo da insulina. DIABETES TIPO I Não há produção de insulina devido a uma falha nas células Beta-pancreáticas. Com essa falha é chamado de insulinodependente. Podem vir a desenvolver a gliconeogênese de forma mais intensa e recorre a aminoácidos e precusores para formação de piruvato, a qual formara a acetil Co-A. A acetil-CoA é responsável pela formação de corpos cetônicos, utilizando como fonte de energia. Ácidos graxos são convertidos a Acetil-CoA, a qual tem formação de oxalacetato e intermediários que interferem no ciclo de Krebs e no ciclo da ureia. Dessa forma, os aminoácidos serão necessários em outras vias metabólicas, fazendo com que haja um conflito e uma demasia oxidação deles, gerando uma acidose metabólica. DIABETE NÃO CONTROLADO (DESCOMPENSADO) O diabetes descompensado gera muita formação de corpos cetônicos. DIABETES TIPO II Apresenta intolerância/ resistência aos receptores de insulina, fazendo com que seja mais difícil o encaminhamento da glicose para as células alvo. A formação de quilomícrons (unidades lipídicas macro-maior quantidade de colesterol) e VLDL RESUMO: METABOLISMO DIGESTÓRIO –BIOQUIMICA– THIAGO MOURAO – FAMETRO/MANAUS – 2 PERIODO 2020.2 (são unidades lipídicas micro-menor quantidade de colesterol) EXERCICIO DE REVISÃO PARA PROVA 1. Em relação ao ambiente bioquímico presente nos néfrons, marque a alternativa correta: A. No túbulo contorcido proximal ocorre grande parte dos processos de reabsorção, sendo predominante os processos de transporte paracelular ativo (passivo) nesse segmento. B. No túbulo contorcido distal, o filtrado apresenta um caráter isotônico devido a alta taxa de reabsorção de água decorrente do coletor. C. No loop da alça de henle, ocorre um ambiente mais hipertônico e está porção está localizada na região cortical (medular) do rim. D. O hormônio ADH promove a deposição de aquaporinas na membrana plasmática das células tubulares renais. E. A aldosterona tem importante papel na reabsorção de íons, principalmente na alça ascendente de henle. 2. As unidades S1, S2, S3 estão presente em qual túbulo? A. Distal B. Coletor C. Proximal D. Alça de henle E. Capsula de Bowman 3. Explique as unidades S1,S2,S3. S1→ • Tem presença da enzima anidrase carbônica • A anidrase carbônica do tipo I e tipo II vão realizar o processo de coleta CO2 + H2O e formar um ácido carbônico (H2CO3-) e dissociar em ácido (H+) e base (bicarbonato) para lados opostos da célula. S2→ • Vem com a presença da glutamina • Glutamato formado ocorre a transaminação e libera um grupo amina(NH3) ocorrendo a formação do alfa-cetoglutarato. • Alfa-cetoglutarato pode gerar novamente um bicarbonato. • O grupo amina (NH3) que foi liberado do processo de quebra da glutamina para glutamato por meio da enzima glutaminase, esse grupo amina (NH3) que foi liberado vai se encontrar com H+ e forma amônia (NH4) • A amônia (NH4) precisa ser excretada 100% e para ser liberada, porem nunca de forma sozinha, precisa ser acompanhada do sulfato de amônia ou cloreto de amônia. S3→ • Tem afinidade com hormônio ADH que vai fazer o processo de liberação de água e de reabsorção do hormônio ADH. • O ADH já está em comunicação com alça de henle. 4. Explique a função das aquaporinas tipo 3 e tipo 4 em relação ADH. o hormônio ADH estimula as aquoporinas do tipo III e IV, porém dentro da célula passa ser fixado na membrana plasmática. 5. Quais a vias metabólicas são acionadas durante o pico de liberação de insulina? • Glicólise (via glicolítica normal), • glicogênese (formação do glicogênio que tem influencia da insulina), • lipogênese (formação do triacilglicerol) ***OBS: →Se tem insulina tem estado alimentado → exceto glicogeogenese e a cetogenese 6. Qual principal hormônio responsável pela inibição da secreção da insulina? • Adrenalina 7. Como ocorre a síntese da insulina? RESUMO: METABOLISMO DIGESTÓRIO –BIOQUIMICA– THIAGO MOURAO – FAMETRO/MANAUS – 2 PERIODO 2020.2 A insulina é um hormônio peptídico que possui uma sequencia sinalizadora que vai ser caraterizada pelo nome pré-pró hormônio, quando a sequencia sinalizadora é perdida, se tem a formação do pró-hormônio que é constituído pelas unidades A B C. No momento em que há liberação de insulina, tem a liberação do peptídeo C e formação de insulina ativa. 8. Como ocorre a secreção da insulina? Nas células beta pancreáticas, local da síntese da insulina, o GLUT-2 recebe a glicose e permite sua entrada na célula para realizar a via glicolítica, que estimula a despolarização celular e o processo de síntese da insulina com sua consequente secreção. 9. Qual a função da insulina e glucagon? • A insulina tem a função de promover o estado alimentado. • Já o glucagon tem a função de promover o estado em jejum. 10. Explique a reação em cadeia dos receptores de tirosina-cinase da insulina? No receptor tirosina cinase, na unidade alfa, a insulina se encaixa e estimula pelo meio intracelular a fosforilação das unidades beta que estimularão as unidades proteicas IRS a serem fosforiladas, vão estimular a fosforilação da proteína PK3. A PK3 estimula atividade dos fosfolípideos PIP1 e PIP3 esses dois fosfolípideos estimulam a atividade da proteína PKB (proteína cinase B) e por fim estimula a saída de GLUT-4 de dentro da célula para membrana plasmática. 11. Qual a função do peptídeo C e a Hemoglobina glicada? Tem a memorização por um tempo mais prolongado de informações da insulina. 12. Em qual momento o glucagon é estimulado e inibido? O glucagon é estimulado: quando os níveis de glicose estão baixos e a altos níveis de adrenalina e cortisol.
Compartilhar