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Tempos Cirúrgicos 1) Díerese: separação dos tecidos por intervenção manual ou de instrumental. Pode ser cruenta ou incruenta. Possibilita acesso a um órgão ou região, é o rompimento da continuidade dos tecidos. A díerese mecânica utiliza instrumentos cortantes e pode ser realizada por punção, secção, Divulsão, Dilatação. • Punção: Drenar coleções de líquidos ou coletar fragmentos de tecidos por meio de agulhas e trocaters introduzidas nos tecidos, separando-os sem seccioná-los. • Secção: dividir ou cortar os tecidos com uso de material cortante (bisturi, tesouras, lâminas). • Divulsão: afastamento dos tecidos por planos anatômicos sem cortá-los com auxílio de afastadores, tesouras com ponta romba e pinças hemostáticas. • Dilatação: Processo para se aumentar o diâmetro de estruturas físicas anatômicas. E existe a diérese física que utiliza recursos especiais, como; • Térmica: Realizada com o uso do calor (bisturi elétrico) • Crioterapia: Resfriamento brusco e intenso da área a ser realizada a cirurgia (Nitrogênio liquido) • Laser: É utilizado um feixe de radiação, ondas luminosas de raios infravermelhos concentrados e de alta potência. 2) Hemostasia: Manobras realizadas para prevenir, controlar ou impedir o sangramento, uma hemorragia ou impedir a circulação de sangue na área cirúrgica por um período de tempo. Pode ser feita por meio do pinçamento dos vasos, ligadura dos vasos, eletrocoagulação ou compressão. A hemostasia é classificada em 3 tipos: Hemostasia prévia, preventiva ou pré-operatória: Medicamentosa- baseada nos exames laboratoriais (coagulograma). Cirúrgica- interromper a circulação durante o ato cirúrgico, temporária ou definitivamente. • Hemostasia de urgência: realizada, quase sempre, em condições não favoráveis e com material improvisado. Ex.:compressão manual, garrotes. • Hemostasia curativa: realizada durante a intervenção cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo de sangue no local da cirurgia. Pode ser: Medicamentosa: gel hemostáticos, hipotensão controlada, antifibrinolíticos, coagulantes e vasoconstritores. Mecânica: uso de pinças, pressão manual. Física: bisturi elétrico, tamponamento e ligaduras. Biológica: cola biológica, cera de osso, esponjas de gelatina e colágeno de fibrina. 3) Exérese ou Cirurgia propriamente dita: tempo cirúrgico onde é realizado o procedimento cirúrgico proposto, visando o diagnóstico, o controle ou a resolução da intercorrência, reconstituindo a área, procurando deixá-la da forma mais fisiológica possível. 4) Síntese: junção das bordas da ferida cirúrgica, com a finalidade de estabelecer a contiguidade do processo de cicatrização. Pode ser classificada em: • Cruenta: Aproximação, união dos tecidos realizada por meio de sutura permanente ou removível. São utilizados instrumentos apropriados: agulhas de sutura, fios cirúrgicos. • Incruenta: Aproximação dos tecidos, a união das bordas, é feita por meio de gesso, adesivo ou atadura. • Imediata: Coaptação ou união das bordas da incisão é feita imediatamente após o término da cirurgia. • Mediata: Aproximação dos tecidos, das bordas é feita após algum tempo de incisão. • Completa: Coaptação, aproximação, união dos tecidos é feita em toda a dimensão/extensão da incisão cirúrgica. • Incompleta: Aproximação dos tecidos não ocorre em toda a extensão da lesão, mantem-se uma pequena abertura para a colocação de um dreno. Tipos de Esterilização Esterilização por vapor saturado sob pressão – autoclave: Usado principalmente em hospitais para esterilização de materiais termorresistentes. Provoca a coagulação das proteínas dos microrganismos e, consequentemente, sua destruição. Método muito utilizado em hospitais em materiais termorresistentes, não sendo útil em materiais termossensíveis. Este método utiliza o calor e a umidade para esterilizar artigos como: Instrumental cirúrgico, tecidos, silicone. Existem vários tipos de autoclaves; • Gravitacional: O vapor é injetado na câmara interna forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada, uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. • Alto vácuo: remove o ar com o auxílio de uma bomba de vácuo e introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com o ambiente em vácuo. Devido a presença da alta capacidade de sucção de ar, ela é considerada uma das mais seguras. • Autoclave de vácuo único: remove o ar de uma vez em um curto espaço de tempo. Nela pode ocorrer a formação de bolsas de ar. Autoclave de vácuo fracionado: o ar é removido ao mesmo tempo em que ocorre a injeção fracionada de vapor. Como a remoção do ar não ocorre de forma rápida, probabilidade de formação de bolsas de ar é bem reduzida com relação ao primeiro tipo de autoclave. Esterilização por calor seco – estufa: Seu princípio ativo é o calor seco, este processo causa a destruição dos microrganismos fundamentalmente por um processo de oxidação, ocorrendo uma desidratação progressiva do núcleo das células. Esterilização por óxido de Etileno (ETO): Utiliza baixa temperatura (-37ºC a 63ºC), baseado em um processo de difusão de gás, o óxido de etileno (EO ou ETO) é capaz de esterilizar e eliminar microrganismos viáveis dos produtos. A esterilização ocorre quando uma molécula de gás de EO reage e destrói o DNA microbiano. Pode ser utilizado em artigos com lumens longos, estreitos e de fundo cego como endoscópio. Sua desvantagem é ser; inflamável, explosivo e carcinogênico. Esterilização por vapor a baixa temperatura e formaldeído gasoso (VBTF): Consiste em um processo de esterilização físicoquímico em que há combinação de solução de formaldeído com vapor saturado em baixa temperatura (60⁰ C). Com esse método pode esterilizar artigos termossensíveis. Esterilização por gás plasma e peróxido de hidrogênio (GPPH): Este processo é classificado como físico-químico. Seu mecanismo de eliminação microbiana é obtido através da oxidação através de radicais livres (desestruturação de membranas celulares de microorganismos, ligações específicas com enzimas, fosfolipídeos, DNA e RNA). Os parâmetros utilizados para a realização deste processo são: Temperatura, pressão, concentração de peróxido de hidrogênio, energia do plasma, tempo. De acordo com o modelo do equipamento, os ciclos podem variar de 28 a 72 minutos a uma temperatura que varia de 45⁰ C a 55⁰ C. O processo é incompatível com celulose, líquidos e lumens de fundo cego. Os artigos a serem esterilizados por esse método devem ser embalados em: SMS, Tyvek e Contêineres rígidos. Esterilização por radiação ionizante: um método de esterilização que utiliza a BAIXA TEMPERATURA, em torno de 3°C, portanto que pode ser utilizado em materiais termossensíveis com um tempo que varia de acordo com o artigo. Esterilização por radiação: A esterilização por radiação tem sido utilizada em nível industrial, para artigos médicos-hospitalares. Ela permite uma esterilização a baixa temperatura, mas é um método de alto custo além de oferecer riscos a saúde do trabalhador. Diferença entre Reprocessamento x Reesterilização. Reprocessamento: Processo a ser aplicado a produtos médico hospitalares, exceto os de uso único, para permitir sua reutilização, que inclui: limpeza, desinfecção, embalagem, esterilização e testes de qualidade. Reesterilização: Processo de esterilização de produto já esterilizado, mas não utilizado, dentro do prazo de validade do produto.
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