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Glândulas suprarrenais

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Stella Fernandes - MEDUFMS/Turma LIII
As glândulas suprarrenais secretam tanto hormônios esteroides quanto catecolaminas. Elas têm um 
formato triangular achatado e estão incrustadas na gordura perirrenal nos polos superiores dos rins.
• Cobertas por uma cápsula espessa de tecido conjuntivo > trabéculas estendem-se até o parênquima 
transportando vasos sanguíneos e nervos 
• Tecido parenquimatoso secretor 
○ Córtex > porção secretora de esteroide > situado abaixo da cápsula e constitui quase 90% do 
peso da glândula
▪ Origem embriológica > mesênquima mesodérmico 
▪ Controladas pela adenohipófise > regulação do metabolismo e na manutenção do equilíbrio 
eletrolítico normal
○ Medula > porção secretora de catecolaminas > situada profundamente ao córtex > centro da 
glândula 
▪ Origem embriológica > células da crista neural que migram para a glândula em 
desenvolvimento 
• Embriologia
○ Córtex desenvolve-se a partir das células do mesoderma intermediário > medula diferencia-se a 
partir das células da crista neural e migram a partir do gânglio simpático vizinho (origem 
ectodérmica > células cromoafins)
○ Glândula se desenvolve entre a raiz do mesentério dorsal do intestino primitivo e as cristas 
urogenitais em desenvolvimento
○ As células mesodérmicas do córtex fetal circundam as células da medula em desenvolvimento
○ 7 meses do desenvolvimento > córtex fetal ocupa cerca de 70% do córtex
○ O córtex permanente desenvolve-se fora do córtex fetal
▪ O córtex da suprarrenal, completamente desenvolvido, é visível com a idade de 4 meses 
(pós-natal) > córtex permanente substitui o córtex fetal
• Suprimento sanguíneo > duplo > sangue arterial proveniente das arteríolas medulares e sangue 
venoso proveniente dos capilares sinusoidais corticais que já supriram o córtex
○ Artérias suprarrenais superiores, média e inferiores > ramificam-se antes de entrar na cápsula 
para produzir muitas pequenas artérias que penetram na cápsula > artérias ramificam-se para 
dar origem a três padrões principais de distribuição sanguínea 
○ Os vasos formam um sistema que consiste em:
▪ Capilares capsulares que suprem a cápsula
▪ Capilares sinusoides corticais fenestrados que suprem o córtex > drenam para os 
sinusoides capilares medulares fenestrados
▪ Arteríolas medulares que atravessam o córtex > seguem dentro das trabéculas > trazem 
sangue arterial para os sinusoides capilares medulares
○ Vênulas que se originam dos sinusoides corticais e medulares drenam nas pequenas veias 
coletoras adrenomedulares > unem-se e formam a grande veia adrenomedular central > drena 
diretamente para a veia cava inferior no lado direito e para a veia renal esquerda no lado 
esquerdo
○ Veia adrenomedular central e tributárias > túnica média contendo feixes evidentes de células 
musculares lisas dispostos longitudinalmente > contração sincronizada dos feixes longitudinais 
dos músculos lisos ao longo da veia adrenomedular central e de suas tributárias faz com que o 
volume da glândula suprarrenal diminua > aumento do efluxo de hormônios da medula da 
suprarrenal para a circulação
○ Vasos linfáticos estão presentes na cápsula e no tecido conjuntivo ao redor dos vasos sanguíneos 
maiores da glândula + parênquima da medula da suprarrenal > distribuição de produtos 
secretórios de alto peso molecular das células cromafins > cromogranina A
Correlação Clínica
As células cromafins (reagem com sais de cromato) da medula da suprarrenal são parte do 
sistema de captação e descarboxilação dos precursores das aminas das células (APUD). 
• Oxidação e polimerização das catecolaminas contidas nas vesículas secretoras das 
células 
• Derivadas do neuroectoderma > inervadas pelas fibras nervosas simpáticas pré-
sinápticas > capazes de sintetizar catecolaminas
• FEOCROMOCITOMA > tumor derivado das células cromafins > produção excessiva de 
catecolaminas
• Células cromafins também são encontradas fora da medula da suprarrenal nos gânglios 
simpáticos paravertebrais e prévertebrais e em outros locais > tumores podem se 
originar externamente à glândula suprarrenal > feocromocitomas paragangliomas > 
grupos dispersos de células cromafins localizados entre ou próximo dos componentes do 
sistema nervoso autônomo (SNA) > paragânglios
• Sintomas episódicos
• Precipita a hipertensão com risco de vida, arritmias cardíacas, ansiedade e medo de 
morte iminente
• A maioria dos feocromocitomas contém predominantemente células cromafins que 
secretam norepinefrina em comparação com a medula da suprarrenal normal que 
compreende cerca de 85% de células secretoras de epinefrina 
• A estimulação de receptores adrenérgicos resulta em pressão arterial elevada, 
contratilidade cardíaca aumentada, glicogenólise, gliconeogênese e relaxamento 
intestinal
• A estimulação dos receptores badrenérgicos resulta em um aumento na frequência e na 
contratilidade cardíacas
• A ressecção cirúrgica do tumor é o tratamento de escolha > monitoramento cuidadoso 
com α e β bloqueadores para evitar crises hipertensivas
• “Regra dos 10”
○ 10% são extrassuprarrenais (paragangliomas), e, destes, 10% residem fora do 
abdome
 Glândulas suprarrenais 
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Células da medula da adrenal
A porção central da glândula suprarrenal, a medula, é composta de um parênquima de grandes células 
epitelioides, de coloração pálida, denominadas células cromafins (células medulares), tecido conjuntivo, 
vários capilares sanguíneos sinusoidais e nervos. As células cromafins são, com efeito, neurônios 
modificados. 
• Células cromafins
○ Fibras nervosas simpáticas pré-sinápticas mielinizadas passam diretamente até as células 
cromafins da medula > impulsos nervosos > secreção de catecolamina > entram na corrente 
sanguínea por capilares fenestrados
○ Equivalentes dos neurônios pós-sinápticos > quando cultivadas estendem prolongamentos > 
inibidos pelos glicocorticoides (hormônios secretados pelo córtex da suprarrenal)
○ Organizadas em agrupamentos ovoides e em cordões interconectantes curtos 
○ Vesículas secretoras, perfis de RER e aparelho de golgi bem desenvolvido 
○ Duas populações diferenciadas pelos seus produtos secretados
▪ Uma população de células contém apenas grandes vesículas com uma porção central 
densa > secretam norepinefrina
▪ Uma população de células contém vesículas que são menores, mais homogêneas e menos 
densas > secretam epinefrina
○ Exocitose das vesículas secretoras é desencadeada pela liberação de acetilcolina pelos axônios 
simpáticos pré-sinápticos > sinapse com cada célula cromafim
▪ Epinefrina e norepinefrina representam menos de 20% do conteúdo das vesículas 
secretoras medulares
○ As vesículas também contêm grandes quantidades de proteínas solúveis > cromograninas > 
conferem densidade ao conteúdo das vesículas > juntamente com o ATP e o Ca2+ podem ajudar 
a ligar as catecolaminas de baixo peso molecular e são liberadas com os hormônios durante a 
exocitose
○ Catecolaminas > sintetizadas no citosol > transportadas para dentro das vesículas pela ação de 
uma ATPase ativada por magnésio na membrana da vesícula
▪ Medicamentos como reserpina > depleção de catecolaminas das vesículas > inibição desse 
mecanismo de transporte
○ Glicocorticoides secretados no córtex induzem a conversão de norepinefrina em epinefrina nas 
células cromafins
▪ Alcançam a medula diretamente através da continuidade dos capilares sinusoidais corticais 
e medulares > induzem a enzima que catalisa a metilação da norepinefrina a produzir 
epinefrina
○ Fluxo sanguíneo correlaciona-se com diferenças regionais na distribuição das células cromafins 
contendo norepinefrina e epinefrina
▪ Células contendo epinefrina (E) são mais numerosas em áreas da medula supridas com 
sangue que já passou pelos sinusoides corticais > contém glicocorticoides secretados
□ Possuem vesículas com grânulos corados menos intensamente
▪ Células contendo norepinefrina (NE) são mais numerosas naquelas regiões da medula 
supridas pelos capilaresderivados das arteríolas corticais
□ Contêm uma porção central muito densa
○ Catecolaminas + glicocorticoides > preparam o corpo para a resposta de “luta ou fuga”
▪ Liberação súbita de catecolaminas estabelece condições para o uso máximo de energia e 
esforço físico máximo
▪ Aumento na pressão arterial
▪ Dilatação dos vasos sanguíneos coronários 
▪ Vasodilatação dos vasos que suprem o m. esquelético 
▪ Vasoconstrição dos vasos que transportam sangue para a pele e intestino
▪ Aumento na frequência e no débito cardíacos 
▪ Aumento na frequência e profundidade da respiração
○ Epinefrina e norepinefrina estimulam a glicogenólise e a mobilização de ácidos graxos livres no 
tecido adiposo
• Células ganglionares > axônios estendem-se perifericamente até o parênquima do córtex da 
suprarrenal para modular sua atividade secretora e inervar os vasos sanguíneos > estendem -se para 
fora da glândula até os nervos esplâncnicos que inervam os órgãos abdominais
• Capilares sanguíneos estão dispostos em íntima relação com o parênquima < originados dos capilares 
corticais ou como ramificações das arteríolas corticais
Zoneamento do córtex da suprarrenal
O córtex da suprarrenal é dividido em três zonas com base no arranjo de suas células:
• Zona glomerular > zona externa estreita que constitui até 15% do volume cortical
○ Células arranjadas em agrupamentos ovoides firmemente acondicionados em colunas 
encurvadas que são contínuas com os cordões celulares na zona fasciculada
○ Células relativamente pequenas, colunares ou piramidais 
▪ Núcleos esféricos > disposição densa e corados intensamente 
○ Rica rede de capilares sinusoidais fenestrados circunda cada agrupamento celular 
○ Presença de REL em abundância, múltiplos complexos de Golgi, mitocôndrias grandes com 
cristas semelhantes a prateleiras, ribossomos livres e algum RER 
○ Gotículas lipídicas esparsas
○ Secreção de aldosterona > controle da pressão arterial 
▪ Age sobre os túbulos distais do néfron do rim, na mucosa gástrica e nas glândulas salivares 
e sudoríparas para estimular a reabsorção de sódio nesses locais
▪ Estimula a excreção de potássio pelos rins 
○ Secreção de mineralocorticoides > regulação da homeostase de sódio e potássio e no equilíbrio 
hídrico 
○ Sistema RAA > renina-angiotensina-aldosterona
▪ Controle de retroalimentação 
□ Células justaglomerulares nos rins liberam renina em resposta a uma diminuição na 
pressão arterial e ao nível sanguíneo baixo de sódio > renina circulante catalisa a 
conversão do angiotensinogênio circulante em angiotensina I > convertida pela 
enzima conversora de angiotensina (ECA) no pulmão em angiotensina II > estimula as 
células da zona glomerular a secretar aldosterona 
□ Pressão arterial, concentração de sódio e volume sanguíneo aumentam em resposta a 
aldosterona > liberação de renina pelas células justaglomerulares é inibida 
□ Medicamentos que inibem a ECA nos pulmões são efetivos no tratamento da 
hipertensão essencial crônica
• Zona fasciculada > zona média espessa que constitui quase 80% do volume cortical
○ Células grandes e poliédricas > dispostas em longos cordões retos, com uma ou duas células de 
espessura > separadas pelos capilares sinusoidais 
○ Núcleo esférico levemente corado
▪ Podem existir células binucleadas
○ Células secretoras de esteroides
▪ RER altamente desenvolvido, mitocôndrias com cristas tubulares e aparelho de Golgi bem 
desenvolvido
□ Numerosos perfis de RER que podem conferir uma ligeira basofilia a algumas partes 
do citoplasma
contratilidade cardíacas
• A ressecção cirúrgica do tumor é o tratamento de escolha > monitoramento cuidadoso 
com α e β bloqueadores para evitar crises hipertensivas
• “Regra dos 10”
○ 10% são extrassuprarrenais (paragangliomas), e, destes, 10% residem fora do 
abdome
○ 10% ocorrem em crianças
○ 10% são múltiplos ou bilaterais
○ 10% não são associados a hipertensão
○ 10% são malignos
○ 10% são familiares
○ 10% recidivam após remoção cirúrgica
○ 10% são encontrados incidentalmente durante exames por imagem não 
relacionados
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▪ Podem existir células binucleadas
○ Células secretoras de esteroides
▪ RER altamente desenvolvido, mitocôndrias com cristas tubulares e aparelho de Golgi bem 
desenvolvido
□ Numerosos perfis de RER que podem conferir uma ligeira basofilia a algumas partes 
do citoplasma
▪ Citoplasma acidofílico 
▪ Gotículas lipídicas > aparece vacuolado nos cortes histológicos devido à extração de lipídios 
durante a desidratação 
□ Gorduras neutras, ácido graxo, colesterol e fosfolipídios > precursores dos hormônios 
esteroides 
○ Células secretoras de glicocorticoides 
▪ Metabolismo da glicose e dos ácidos graxos 
▪ Regulação da gliconeogênese e glicogênese 
▪ Cortisol > age sobre células e tecidos para aumentar a disponibilidade metabólica da glicose 
e dos ácidos graxos > fontes imediatas de energia 
□ No fígado > estimulam a conversão dos aminoácidos em glicose, estimulam a 
polimerização da glicose em glicogênio e promovem a captação dos aminoácidos e 
dos ácidos graxos
□ No tecido adiposo > estimulam a degradação dos lipídios em glicerol e ácidos graxos 
livres
□ Em outros tecidos > reduzem a velocidade do uso de glicose e promovem a oxidação 
dos ácidos graxos
□ Nas células como fibroblastos > inibem a síntese proteica e até mesmo promovem o 
catabolismo proteico para fornecer aminoácidos para a conversão em glicose no 
fígado
□ Hidrocortisona > forma sintética do cortisol > tratamento de alergias e inflamação > 
deprime a resposta inflamatória por suprimir a produção de interleucina 1 (IL1) e IL2 
pelos linfócitos e macrófagos
▪ Deprimem as respostas imunes e inflamatórias > inibem a cicatrização das feridas
▪ Estimulam a destruição dos linfócitos nos linfonodos e inibem a mitose pelos linfoblastos 
transformados
○ Células secretam pequenas quantidades de gonadocorticoides > androgênio
○ ACTH > regula a secreção da zona fasciulada
▪ Necessário para o crescimento e manutenção celulares e também estimula a síntese de 
esteroide e aumenta o fluxo sanguíneo através da glândula suprarrenal
▪ ACTH exógeno mantém a estrutura e a função na zona fasciculada após hipofisectomia
▪ Glicocorticoides circulantes podem agir diretamente sobre a hipófise > comumente, eles 
exercem seu controle por retroalimentação nos neurônios no núcleo arqueado do 
hipotálamo, na circulação porta hipotalâmica-hipofisária > liberação de CRH (hormônio 
liberador de corticotrofina) > sistema CRHACTH
□ CRH é produzido nos núcleos paraventriculares e liberados na eminência média do 
hipotálamo, atuando sobre a hipófise aumentando a síntese de pró-opiomelanocortina 
(POMC) e a secreção de ACTH, de β-endorfina e do hormônio melanotrófico (MSH)
□ Estímulos para a liberação do CRH convergem para a eminência mediana > secreção 
nos vasos porta-hipofisários
□ A ligação do CRH com receptores na membrana dos corticotrofos ativa a adenilciclase 
e eleva o AMPc intracelular > estimula a síntese do POMC > secreção de ACTH
□ Os corticosteroides resultantes da ação do ACTH na adrenal exerce a 
retroalimentação negativa sobre o eixo hipotálamo-hipófise
▪ Glicocorticoides circulantes e os efeitos fisiológicos que eles produzem estimulam os 
centros cerebrais superiores > neurônios hipotalâmicos liberam CRH
• Zona reticular > zona interna que constitui apenas 5% a 7% do volume cortical > mais espessa que a 
zona glomerular devido a sua localização mais central
○ Secreção de glicocorticoides e androgênio
▪ Androgênios fracos > dihidroepiandrosterona (DHEA)
▪ Cortisol 
□ Regulada por controle por retroalimentação CRHACTH > atrofia após hipofisectomia 
○ Células menores (menos citoplasma) e núcleos profundamente corados > cordões
anastomosantes separados por capilares fenestrados 
○ Quantidade pequena de gotículas lipídicas 
○ Células escuras > grandes grânulos de pigmento lipofuscina 
○ REL bem desenvolvido, numerosas mitocôndrias alongadas com cristas tubulares e pouco RER
○ ACTH exógeno mantém a estruturae a função da zona reticular após hipofisectomia
Glândula suprarrenal fetal
Uma vez completamente estabelecida, a glândula suprarrenal fetal é incomum em termos de sua 
organização e de seu grande tamanho em relação a outros órgãos em desenvolvimento. 
• Origina-se das células mesodérmicas localizadas entre a raiz do endotélio e a zona gonádica em 
desenvolvimento > células mesodérmicas penetram no mesênquima adjacente e dão origem a uma 
grande massa de células eosinofílicas que se tornarão o córtex ou zona fetal funcional 
• Segunda onda de células prolifera a partir do mesênquima e circunda a massa de células primária 
• Quarto mês fetal > glândula suprarrenal alcança sua massa máxima em termos de peso corporal e é 
apenas ligeiramente menor que o rim adjacente
• No feto a termo, as glândulas suprarrenais são equivalentes, em tamanho e peso, àquelas do adulto e 
produzem 100 a 200 mg de compostos esteroides por dia > duas vezes a das suprarrenais dos 
adultos
• Durante o final da vida fetal, a maior parte da glândula consiste em cordões de grandes células 
eosinofílicas que constituem aproximadamente 80% de sua massa > córtex fetal (de zona fetal) > 
originado a partir da migração das células mesodérmicas iniciais
○ Células maiores e dispostas em cordões irregulares de largura variada
○ Mitocôndrias esféricas com cristas tubulares, pequenas gotículas lipídicas, REL extenso 
responsável pela eosinofilia do citoplasma, e múltiplos perfis de Golgi
• O restante da glândula é composto da camada periférica de pequenas células com citoplasma 
escasso > córtex permanente > origina-se da migração de células mesodérmicas secundárias
• O córtex permanente estreito, quando completamente estabelecido no embrião, parece semelhante à 
zona glomerular da glândula do adulto > células estão dispostas em grupos arqueados que se 
estendem em cordões curtos > contínuos com os cordões da zona fetal subjacente 
○ Células inibem as pequenas mitocôndrias, ribossomos abundantes e pequenos perfis de Golgi 
• Citoplasma das células do córtex permanente exibe alguma basofilia
• Núcleos densamente dispostos
• A suprarrenal fetal carece de uma medula definitiva > células cromafins estão presentes porém estão 
dispersas entre as células da zona fetal > invadem a zona fetal no momento de sua formação > 
permanecem nessa localização em pequenos grupamentos de células dispersas
• O suprimento sanguíneo, tanto para o córtex permanente quanto para a zona fetal, é feito através 
dos capilares sinusoidais que cursam entre os cordões e se unem para formar canais venosos 
maiores no centro da glândula > arteríolas estão ausentes no parênquima da glândula suprarrenal 
fetal
• Glândula suprarrenal fetal está sob o controle do sistema de retroalimentação do CRHACTH através 
da hipófise fetal > interage com a placenta para funcionar como órgão secretor de esteroides porque 
ela não tem certas enzimas necessárias para a síntese de esteroides que estão presentes na placenta 
• Placenta não conta com certas enzimas necessárias para a síntese de esteroides que estão presentes 
na glândula suprarrenal fetal > glândula suprarrenal fetal é parte da unidade fetoplacentária
• As moléculas precursoras são transportadas bidirecionalmente entre os dois órgãos para possibilitar 
a síntese de glicocorticoides, aldosterona, androgênio e estrogênio
• Ao nascimento, o córtex fetal sofre uma rápida involução que reduz a glândula dentro do primeiro 
Biossíntese dos hormônios suprarrenais
O colesterol é o precursor básico de diversos hormônios esteroides, isto é, corticosteroides, 
hormônios sexuais, ácidos biliares e vitamina D. 
• Metade do colesterol no organismo provém da dieta e a outra metade deriva de 
biossíntese 
• Síntese do colesterol ocorre no citoplasma e nas organelas pela acetilCoA
• Biossíntese no fígado > 10%
• Biossíntese nos intestinos > 15%
• Pequena parte sintetizada pelas células do córtex da suprarrenal
• Transportados dentro de lipoproteínas de baixa densidade (LDL)
○ Armazenado em gotículas lipídicas com o citoplasma das células corticais 
suprarrenais na forma de ésteres de colesterol 
• Hormônios esteroides são sintetizados a partir dos ésteres de colesterol de parte da 
cadeia lateral em modificações em locais específicos do restante da molécula > enzimas 
que catalisam essas modificações estão localizadas em diferentes zonas do córtex da 
suprarrenal
• Clivagem da cadeia lateral é caracterizada pela enzima de clivagem da cadeia lateral 
ligada ao P450 (P450ssc) ou desmolase > encontrada apenas nas mitocôndrias de células 
produtoras de esteroides
• As outras enzimas necessárias à produção de esteroides estão localizadas no REL, citosol 
e mitocôndrias > molécula precursora pode se mover do REL para uma mitocôndria e 
retornar várias vezes novamente antes de a estrutura molecular definitiva de um 
corticosteroide determinado ser obtida
• Os ésteres de colesterol removidos das gotículas lipídicas citoplasmáticas e usados na 
síntese de hormônios esteroides são rapidamente repostos pelos ésteres de colesterol 
contidos nas LDL transportadas na corrente sanguínea > fontes principais de colesterol 
usado na síntese de corticosteroides
• Sob condições de estimulação a curto prazo ou prolongada pelo ACTH, as reservas 
lipídicas nas células do córtex da suprarrenal são recrutadas para a síntese de 
corticosteroides
 Página 3 de CARDIO 
ela não tem certas enzimas necessárias para a síntese de esteroides que estão presentes na placenta 
• Placenta não conta com certas enzimas necessárias para a síntese de esteroides que estão presentes 
na glândula suprarrenal fetal > glândula suprarrenal fetal é parte da unidade fetoplacentária
• As moléculas precursoras são transportadas bidirecionalmente entre os dois órgãos para possibilitar 
a síntese de glicocorticoides, aldosterona, androgênio e estrogênio
• Ao nascimento, o córtex fetal sofre uma rápida involução que reduz a glândula dentro do primeiro 
mês pós-natal para cerca de um quarto de seu tamanho > córtex permanente cresce e amadurece 
para formar o zoneamento característico do córtex adulto > involução e o desaparecimento das 
células da zona fetal > células cromafins agregam-se para formar a medula
• Se as glândulas suprarrenais não conseguem se desenvolver corretamente, pode resultar hiperplasia 
suprarrenal congênita
Cap, capilar; CG, células ganglionares; CM, células medulares; L, luz da veia adrenomedular central; ML, 
músculo liso; TI, túnica íntima; TM, túnica média; VAM, veia adrenomedular central.
A, artérias; Cap, cápsula; Cort, córtex; Med, medula; TA, tecido adiposo; VS, vasos sanguíneos; ZF, 
zona fasciculada; ZG, zona glomerular; ZR, zona reticular; linhas tracejadas, limite corticomedular; 
setas, trabéculas de tecido conjuntivo
 Página 4 de CARDIO

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