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2ª Avaliação - FFD

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2ª AVALIAÇÃO - FFD 
 
1. A partir do século XVI, no mundo europeu, as novas bases econômicas, sociais e políticas vão impulsionando o desenrolar 
de uma nova Filosofia do direito. Naquele momento histórico, construiu-se uma inovação no corpo filosófico e político. Acerca 
dos fatores relacionados à construção da Filosofia moderna de Direito, assinale a alternativa CORRETA: 
A) Direito e Estado serão considerados duas esferas distintas de poder. 
B) Com o surgimento do capitalismo, há a centralização de poder nos feudos e, por via de consequência, maior condição de 
liberdade. 
C) O Estado começa a ser compreendido como instância legítima de gestão política e condição para a vida civil organizada. 
D) Para o pensamento moderno, o poder não nasce do consentimento voluntário dos servos, mas do contrato constitucional 
pactuado com os reis soberanos. 
 
2. Sócrates (469-399 a.C.) é considerado um marco divisório na filosofia grega e ocidental. Embora muito já se tenha estudado 
sobre ele, é importante lembrar que viveu com o povo ateniense do século V a.C. (Era de Péricles) em plena glória daquela 
civilização. Nas praças públicas (Ágora) e na cidade (polis) especulou sobre os valores que devem reger a vida política e social 
não de uma cosmovisão, mas desde a própria natureza humana. Acerca de Sócrates, assinale a alternativa CORRETA: 
A) Sócrates tinha claro que ética e política eram conceitos iguais, afirmando, neste sentido, ser o homem, um ser dono da 
lógica e da ética. 
B) Resistiu até o fim e lutou contra a morte por entender que as leis injustas da cidade não devem ser obedecidas. 
C) Era um radical defensor da ambição pelo poder por entender que as razões espirituais eram superiores às causas políticas. 
D) Na escola ateniense de atletismo - o ginásio, local também de torneio de pensamentos - torna-se uma figura indispensável, 
por ser um autêntico médico preocupado com o bem-estar físico e espiritual de seus amigos. 
 
3. Por volta do século IV a.C., a sociedade e a cultura grega entram em decadência, tornando-se Roma, desde então, o maior 
"celeiro" da Filosofia grega. Inicia-se um período que será conhecido por "Helenismo". Deste período destacam-se as correntes 
epicuristas e estoicistas. Para os primeiros, a justiça é a vingança do homem social. Já para o Estoicismo, a justiça é uma virtude 
que nasce da razão. Acerca da diferença das duas correntes de pensamento acerca do sentido de justiça, assinale a alternativa 
CORRETA: 
A) Para os estoicistas, as leis são iguais para todos e podem ser concebidas por todos os homens como seres racionais. 
B) Os estoicistas fundam seu pensamento na busca permanente da felicidade, sendo a justiça sua maior expressão. 
C) Ambas correntes de pensamento são diferentes quanto ao conceito de direito e não ao de justiça. 
D) Para o epicurismo apenas importa o prazer e a alegria, sendo inútil o homem individualmente se preocupar com a justiça. 
 
4. O movimento da codificação é resultado da simbiose do jusracionalismo com o Iluminismo. Propagou-se na Europa Ocidental 
a partir do século XIX, com intuito de sistematizar e reorganizar a matéria jurídica, sob a visão de uma forma de governo 
fundada na razão e na vontade geral, meio para manutenção e controle social. Acerca do processo de codificação, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A) O processo de codificação foi um movimento importante no século XIX, contudo não possui relação com a consolidação do 
positivismo jurídico. 
B) O processo de codificação pretendeu uma planificação social através da reordenação sistemática da matéria jurídica. A 
partir de uma orientação exegética, construiu um instrumental de interpretação e aplicação do Direito. 
C) O Código Civil francês foi promulgado em 21 de março de 1804, teve grande influência no direito civil moderno e é conhecido 
também por Código de Kelsen. 
D) Com o processo de codificação, a lei passa a ser sistematizada nos códigos, contudo admitindo-se ainda outras fontes que 
não somente a estatal. 
 
5. O estudo da Filosofia do Direito pressupõe necessariamente compreender a história da Filosofia do Direito, uma vez que 
possibilita aprofundar e relacionar as distintas ideias e teorias elaboradas acerca dos conceitos de direito e justiça. Neste 
sentido, retomar a história da Filosofia do Direito é partir do longínquo passado e chegar até a modernidade, assumindo o 
esforço de compreender a relação entre direito, moral, história, política pela via da Filosofia. Acerca do processo histórico de 
construção do pensamento filosófico ocidental, analise as sentenças a seguir: 
 
I- O pensamento jurídico helênico, tal como ficou conhecido na modernidade, já era contemplado por Aristóteles desde os 
seus primeiros ensaios, perpetuando-se através dos filósofos gregos, que viabilizaram a base teórica da filosofia clássica em 
colisão com o pensamento jurídico da polis grega. 
II- O pensamento jurídico hegemônico foi elaborado como uma espécie de "engenharia" social e política, relativamente bem-
sucedido, na Modernidade, a partir de uma soma de fatores e elementos que possibilitaram a edificação de um projeto jurídico 
cientificista e técnico de matriz eurocêntrica. 
III- O eurocentrismo é uma concepção segundo a qual o espírito europeu é uma verdade absoluta e carrega em si um todo 
intelectual da humanidade. 
IV- A Modernidade, vista pela perspectiva eurocêntrica, tem como antecedente a Idade Antiga e preparatória a Idade Média 
e, desde aí, a Europa adquire lugar privilegiado e acumulador da construção do conhecimento. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
A) As sentenças I, II e III estão corretas. 
B) As sentenças II, III e IV estão corretas. 
C) As sentenças I e IV estão corretas. 
D) As sentenças I e III estão corretas. 
 
6. Ao final da Idade Média, a cristandade europeia rompe com o cristianismo católico e pouco a pouco ocorre uma polarização 
entre o protestantismo e o catolicismo. A Reforma Protestante, que possuem como expressão Martinho Lutero e João Calvino, 
abre as portas para as grandes questões jurídicas que serão tratadas pelo pensamento moderno. Acerca dos desdobramentos 
da Reforma Protestante, assinale a alternativa CORRETA: 
A) O rompimento com a visão unitária cristã desdobra-se para o campo da política, surgindo os modernos Estados laicos. 
B) O Renascimento é a resposta da Igreja Católica ao humanismo apregoado pelos protestantes. 
C) Ao final da Idade Média, os católicos e protestantes mantêm o debate filosófico e jurídico limitado pela teologia cristã. 
D) A Reforma Protestante contribuiu para o rompimento com a visão teológica da filosofia do direito. 
 
7. Os conceitos aristotélicos de justiça são desenvolvidos logo no início do livro V de "Ética a Nicômacos", separando dois 
grandes campos de compreensão sobre justiça: universal e particular. A justiça em sentido lato que é uma virtude e está 
presente nas demais virtudes, como a caridade e a paciência. Este sentido de justiça corresponde ao conceito de: 
A) Justiça Particular. 
B) Justiça Caritativa. 
C) Justiça Divina. 
D) Justiça Universal. 
 
8. Entre os dois grandes pós-socráticos - Platão e Aristóteles - existem aproximações e distanciamentos. O primeiro era filho 
de Atenas, das velhas tradições e da política familiar. Já Aristóteles era nascido e educado em ambiente distinto. Filho de 
médico, aprendeu que a observação e a experiência são fundamentais para o conhecimento. Sobre as convergências e as 
divergências entre Platão e Aristóteles, assinale a alternativa CORRETA: 
A) O critério estabelecido por Platão diferencia-se do utilizado por Aristóteles em um aspecto central: para o primeiro as 
formas autênticas eram as que visavam ao bem comum, enquanto que para o segundo era o respeito à lei. 
B) Aristóteles, ao mesmo tempo que busca afastar-se, mantém aproximação com seu mestre, Platão, com um fim ético e um 
princípio político em todo seu trabalho, e esta intenção nunca foi abandonada. 
C) A metodologia adotada em "A Política", Platão, aproxima-sedo que atualmente poderíamos chamar de "científica", pois, a 
partir de uma análise empírica, persegue dois objetivos distintos: compreender o funcionamento dos regimes políticos 
existentes e descrever um modelo ideal de governo. 
D) Para Aristóteles, a luta política pertence à cúpula governamental, polariza-se a partir de duas reivindicações centrais de 
poder: o interesse das elites econômicas em detrimento do bem-estar da classe dominante, com a priorização do bem-estar 
econômico e social dos governantes. 
 
9. Santo Agostinho (354-430 d.C.), em sua obra "A Cidade de Deus", estabelece a distinção entre a "cidade humana" repleta 
de vícios e injustiças e a "cidade de Deus" cujos princípios de perfeição, bondade e justiça chegam aos homens através de seus 
representantes eleitos. Acerca da perspectiva dualista, o conceito de justiça em Agostinho é expressão divina. Com base no 
exposto, assinale a alternativa CORRETA: 
A) Para Agostinho, o homem é um ser livre por natureza e não deve se submeter a nenhuma lei humana, somente às leis de 
Deus. 
B) A justiça para Agostinho deve ser conhecida a partir do texto bíblico e não do pensamento filosófico. 
C) Santo Agostinho funda a Patrística que estabelece as bases do Positivismo Jurídico moderno. 
D) Para Agostinho, o Direito Natural é um conjunto de regras inflexíveis que se originam dos desígnios divinos. 
 
10. Aristóteles (384 - 322 a.C.) representa o grande apogeu do pensamento grego, sobretudo para a Filosofia do Direito. Mais 
prudente que seu mestre Platão, Aristóteles não assume uma postura visionária no sentido de propor um modelo ideal de 
governo e de justiça, entretanto, suas considerações na obra "Ética a Nicômacos" expressa importantes e fundamentais 
concepções acerca do direito. Acerca do conceito aristotélico de justiçam, assinale a alternativa CORRETA: 
A) A justiça não é uma virtude, mas sim um princípio ético. 
B) Diferentemente do pensamento moderno, para Aristóteles a lei deve ser produzida desde um princípio ético diretamente 
relacionado à justiça. 
C) A caridade é a melhor das justiças. 
D) A justiça é sempre universal e jamais particular, uma vez que o interesse geral deve se sobrepor ao individual.

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