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Fisiologia do sistema geniturinário

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Fisiologia do sistema geniturinário
Sistema genital masculino: 
O sistema genital masculino, inclui os testículos, glândulas sexuais acessórias, um sistema de ductos e outras várias estruturas, cada uma necessária para desempenhar suas devidas funções. 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
A. Escroto: ele é o saco onde estão localizados os testículos. Além de proteção e sustentação dos testículos, internamente, ele os separa em esquerdo e direito. O escroto é composto por tela subcutânea e fibras musculares responsáveis por manter a temperatura ideal nos testículos (2ºC a 3ºC abaixo da temperatura corporal).
B. Testículos: são um par de glândulas ovais envoltas por uma túnica vaginal, que se forma durante a descida dos testículos. Dentro dele, compondo-o, existem muitos túbulos seminíferos contorcidos, local onde são produzidos os espermatozoides, processo chamado espermatogênese. Nos espaços entre os túbulos seminíferos, também, existem as células de Leydig secretoras de testosterona e responsável pela libido nos homens.
C. Epidídimo: é uma estrutura localizada na porção posterior de cada testículo. Funcionalmente o epidídimo é o lugar onde os espermatozoides amadurecem adquirindo a capacidade de fertilização. Além de armazenar espermatozoides por um período de tempo, ele ajuda a impulsionar os espermatozoides pelos ductos deferentes durante a excitação devido a atividade de sua musculatura lisa. 
D. Ducto deferente: dentro da cauda do epidídimo, seu ducto passa a ser menos enrolado e mais calibroso, nesse ponto, passamos a chama-lo de ducto deferente. O ducto deferente transporta espermatozoides do epidídimo à uretra por contrações peristálticas. Assim como o epidídimo, os ductos deferentes também podem armazenas espermatozoides, até, durante meses, sendo esse conteúdo reabsorvido caso se torne não funcional. 
E. Ductos ejaculatórios: é formado pela união da ampola do ducto deferente com o ducto da glândula seminal. Eles se formam logo acima da base da próstata e terminam na parte prostática da uretra, onde ejetam os espermatozoides e as secreções das glândulas seminais. 
F. Uretra: é o último ducto antes da liberação de substâncias para o meio extracorpóreo, sendo compartilhado tanto pelo sistema urinário quanto reprodutivo. 
Além disso, existem algumas glândulas acessórias que são responsáveis pela secreção da maior parte do conteúdo do sêmen, e são de fundamental importância para que ocorra um transporte e uma fecundação efetiva, são elas: 
A. Glândulas seminais: essas glândulas secretam um líquido vistoso e alcalino que contém frutose. Esse líquido é alcalino ajudando, assim, a neutralizar a acidez da uretra masculina e do sistema genital feminino, protegendo os espermatozoides ao longo do percurso. O líquido que é expelido das glândulas seminais, geralmente, equivale a mais da metade do volume de sêmen ejaculado. 
B. Próstata: é uma estrutura que se encontra inferior a bexiga e é uma estrutura que pode sofrer com crescimentos ao longo da vida. Ela secreta um líquido leitoso e com pH levemente ácido, constituindo quase um quarto do volume total do sêmen, sendo responsável por contribuir para a motilidade e viabilidade dos espermatozoides.
C. Glândulas bulbouretrais: durante a excitação sexual, essas glândulas um líquido alcalino na uretra que protegem os espermatozoides, pois neutraliza os ácidos provenientes da urina. Também, secretam um muco com função de lubrificação afim de diminuir a quantidade de espermatozoides danificados ao longo da passagem dos mesmos pela uretra. 
Pênis: 
O pênis é o órgão copulador masculino. Ele é constituído por três partes – raiz, corpo e glande – tendo um formato cilíndrico e podendo variar quanto a tamanho e grossura de acordo com o indivíduo. O corpo do pênis é composto por duas massas dorsolaterais chamadas de corpos cavernosos e uma massa médio-ventral chamada de corpo esponjoso, que contém uma parte esponjosa que mantém a perviedade uretral para a passagem do sêmen durante a ejaculação. 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
Na extremidade mais distal do pênis, o corpo esponjoso se apresenta de maneira mais alargada, formando a glande peniana. Além disso, na glande está localizado o óstio externo da uretra (final da uretra) e é a porção do pênis que está encoberta pelo prepúcio. Já a raiz do pênis, é a parte onde ocorre a inserção, onde tem uma continuidade interna ao corpo e onde é suspenso por dois ligamentos, o fundiforme e o suspensor do pênis. 
Estímulo neuronal para o ato sexual masculino:
A fonte mais importante de sinais sensoriais neurais para iniciar o ato sexual masculino é a glande peniana, pois ela contém um sistema de órgãos terminais sensíveis que transmitem uma especial sensação, chamada sensação sexual. Claro que, existem algumas drogas afrodisíacas, medicamentos e, até, pensamentos em sexo, que podem potencializar o enchimento dos órgãos sexuais e, ainda, provocar um desejo sexual. Interessante que a função cerebral não exerce função efetiva sobre o controle do impulso sexual, pois existem casos de que, mesmo após a medula vertebral, na altura lombar, ter sido seccionada, o indivíduo ainda teve ereções e ejaculações. 
Secreção de testosterona pelas células de Leydig nos testículos: 
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, que são chamados coletivamente de androgênios, incluso está a testosterona. A testosterona é o hormônio mais abundante no corpo do homem, formada pelas células intersticiais de Leydig.
As células de Leydig são praticamente inexistentes no testículo durante a infância, no entanto, no recém-nascido e no adulto (pós-puberdade), elas são numerosas e secretam muita testosterona. Em geral, a testosterona é responsável pelas características masculinizantes e sua produção varia ao longo da vida do homem: 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiología médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
Controle das funções sexuais masculinas pelos hormônios: 
Grande parte do controle das funções sexuais, tanto em homens quanto em mulheres se dá coma a secreção do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) pelo hipotálamo. Esse hormônio estimula a secreção de outros dois, hormônio luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH).
Após a puberdade, os hormônios gonadotróficos (LH e FSH), passam a ser produzidos até o restante da vida, entretanto, com o passar dos anos a efetividade sexual diminui, variando de pessoa para pessoa, devido a diminuição da produção da testosterona durante a fase senil da vida. A essa fase, dá-se o nome de climatério masculino. 
O LH estimula as células intersticiais a produzirem testosterona, que é sintetizado a partir do colesterol presente nos testículos. Após ser produzida, a testosterona regula, via feedback negativo, a secreção de LH e suprime a secreção de GnRH
Já o FSH, atua estimulando a espermatogênese juntamente com a testosterona nas células sustentaculares. No momento em que a espermatogênese alcançar o necessário para as funções reprodutivas masculinas, as células sustentaculares liberam uma proteína chamada inibina, fazendo com que cesse a produção de FSH.
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 (modificada)
Estágios do ato sexual masculino: 
Durante o ato sexual, para o homem, ele passa por três estágios respectivos e ordenados por estímulos.
A. Ereção peniana: é o primeiro efeito do estimulo sexual masculino, sendo a estimulação possível de ser física ou psíquica. A ereção é causada por impulsos parassimpáticos que parecem liberar óxido nítrico, fazendo com que ocorra a liberação de acetilcolina e o relaxamento dos músculos lisos das artérias penianas. O efeito disso é um maior fluxo sanguíneo no pênis e uma consequente ereção. 
B. Lubrificação: os impulsos parassimpáticosdurante o ato sexual, também, induzem a secreção mucosa das glândulas uretrais e bulbouretrais. O muco produzido flui pela uretra e ajuda na lubrificação peniana, apesar de que, a maior parte da lubrificação do coito é proveniente dos órgãos sexuais femininos.
C. Ejaculação: é o clímax do ato sexual masculino e nesse caso, o ato é controlado pelos nervos simpáticos ao contrário das outras duas etapas. A contração do canal deferente promove a expulsão dos espermatozoides para a uretra que irá se unir ao líquido prostático e seminal formando o sêmen. O enchimento da uretra com o sêmen, provoca sinais sensoriais e alguns músculos, em resposta a esses sinais, contraem-se expelindo o sêmen para fora da uretra como um jato. Após a ejaculação, a excitação sexual masculina desaparece por alguns minutos e a ereção cessa, processo conhecido como resolução.
Espermatogênese: 
Durante a embriogênese, células germinativas primordiais migram passa os testículos, chamadas espermatogônias, e permanecem imaturas entre as camadas dos túbulos seminíferos. Após o início da puberdade as espermatogônias iniciam um processo de diferenciação que dará origem ao espermatozoide. 
Graças ao estimulo promovido pelos hormônios gonadotrópicos da glândula hipófise anterior, a espermatogênese se inicia por volta dos 13 anos, início da puberdade. Antes de iniciar o primeiro estágio de diferenciação da espermatogônias, ela migra entre as células de Sertoli em direção ao lúmen central do túbulo seminífero, e, só então, os processos iniciam.
No início da espermatogênese propriamente dita, as espermatogônias, enquanto passam pelas glândulas de Sertoli em direção ao lúmen do canal seminífero, sofrem uma expansão de tamanho para formar os grandes espermatócitos primários. Depois disso, cada um desses espermatócitos sofre uma divisão meiótica para formar os espermatócitos secundários. Depois de formados, após alguns dias, dividem-se e se transformam em espermátides, que são, por fim, modificadas em espermatozoides. Todo esse processo de espermatogênese dura, em média, 72 horas. 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiología médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. (Modificada)
Sistema genital feminino:
O sistema genital feminino é composto pelos ovários, tubas uterinas, útero, vagina e alguns órgãos externos, que conjuntamente atuam de modo a realizar todas as suas funções.
A. Ovários: é um órgão análogo ao testículo e é a gônada feminina. O ovário é responsável pela produção de gametas (oócitos secundários) e de alguns hormônios como a progesterona, o estrogênio, a relaxina e a inibina. Em uma mulher normal, cada útero apresenta dois ovários lateral e superiormente a ele, e, também, cada ovário possui um hilo, que é o local de entrada de nervos e vasos sanguíneos assim como no pulmão.
Cada ovário apresenta algumas partes bem marcadas: 
1. Epitélio germinativo: é uma camada simples de epitélio que recobre a superfície do ovário. Apesar do nome, hoje, sabe-se que não é esse epitélio que dá origem aos óvulos, e sim de células do saco vitelínico. 
2. Túnica albugínea: é uma capsula de tecido conjuntivo localizada logo abaixo do epitélio germinativo.
3. Córtex ovariano: consiste em folículos ovarianos circundado por tecido conjuntivo.
4. Medula do ovário: confundida visualmente com o córtex ovariano, nessa camada estão presentes vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.
5. Folículos ovarianos: consiste em oócitos em várias fases de desenvolvimento e as várias células que os circundam. Quando uma só camada de células envolve o oócito, elas passam a ser chamadas de células foliculares, se mais camadas são formadas elas são chamadas de células granulosas, sendo responsável pela nutrição do oócito. 
 Depois de maduro, o folículo fica cheio de líquido e fica pronto para se romper e liberar o ovócito secundário em processo chamado ovulação. O que resta após a ovulação é chamado corpo lúteo, uma estrutura que secreta hormônios e, após se degenerar, é chamado de corpo albicante. 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
B. Tubas uterinas: elas fornecem uma via para os espermatozoides chegarem ao óvulo e transportam os oócitos secundários ou os óvulos fecundados do ovário ao útero. A tuba uterina é dividida em partes, respectivamente da ligação com o útero até o segmento mais próximo do ovário: istmo, ampola uterina, infundíbulo (abertura), fímbrias da tuba uterina. 
Também, as tubas uterinas são compostas por três camadas diferentes: túnica mucosa, túnica muscular e túnica serosa. Após a ovulação, as fímbrias produzem um movimento que empurra o ovócito secundário para a tuba uterina, onde pode, ou não, ser fecundado. Se fertilizado, o óvulo unido ao espermatozoide passa a se chamar zigoto, e inicia um processo migratório até o útero onde acontecerá nidação de 6 a 7 dias após a fertilização.
C. Útero: o útero é parte do caminho feito pelo espermatozoide até chegar às tubas uterinas, e também é o local onde acontecerá a nidação e possível desenvolvimento do feto. Durante os ciclos reprodutivos, se o ovócito secundário não for fertilizado, ele se torna o causador da descamação endometrial, também chamada, menstruação.
Existem divisões anatômicas do útero que o dividem em três partes: fundo do útero, que é a parte superior e entre as tubas uterinas, corpo do útero, que se qualifica como a parte central, e o colo do útero, que é a parte mais próxima da vagina.
Histologicamente, o útero é dividido em três camadas, também, de tecido: o perimétrio, que é parte do peritônio visceral e recobre a bexiga e o reto, o miométrio, são camadas musculares lisas que, durante o parto, em resposta a ocitocina da neuro-hipófise, promove contrações voluntárias para expelir o feto. Por último, o endométrio, que é uma região ricamente vascularizada do útero que recobre as paredes internas a ele. Ele está dividido em duas partes, o estrato funcional, é a parte que descama durante a menstruação, e o estrato basal, é uma parte que se mantém ao longo do tempo e é responsável por dar origem ao estrato funcional.
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 (modificado)
 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiología médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. (Modificada)
D. Vagina: ela é o receptáculo para o pênis durante o coito, uma via para a passagem do feto durante o parto normal, e uma saída para o fluxo menstrual. Um recesso chamado fórnice da vagina circunda a inserção entre o colo do útero e a vagina, é nesse local onde o contraceptivo, diafragma, fica inserido. 
A vagina apresenta uma túnica mucosa que é contínua à do útero, elas apresentam células dendríticas que produzem antígeno, infelizmente, elas participam da transmissão dos vírus sexualmente transmissíveis como o HIV. Existe uma fina camada de túnica mucosa vascularizada chamada hímen em torno da abertura vaginal que geralmente sofre ruptura durante a primeira relação sexual ou naturalmente no início da menstruação. A túnica muscular, é composta por uma camada circular externa e uma camada longitudinal interna, e podem sofrer distensões e alargamentos para acomodar o pênis durante o ato sexual e a criança durante o parto. Já a túnica adventícia, é responsável por ancorar a vagina aos outros órgãos circunjacentes a ela. 
E. Pudendo feminino: esse termo se refere aos órgãos genitais externos da mulher e inclui diversas estruturas. 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 (modificado)
F. Períneo: é uma área, tanto em homens quanto em mulheres, que se apresenta em formato de losango e que contém os órgãos genitais externos e o ânus. 
Oogênese e desenvolvimento folicular: 
A Oogênese é a formação dos gametas nos ovários e, ao contrário da espermatogênese no sexo masculino que começa somentena puberdade, nas mulheres ela se inicia antes mesmo de nascerem. Ela se dá, basicamente, da mesma maneira que ocorre no sexo masculino, ocorre uma meiose e depois uma maturação.
Durante o início do desenvolvimento fetal, as células germinativas primordiais do saco vitelínico migram e dão origem às oogônias. Essas oogônias são células tronco diploides que sofrem mitose e formam várias células germinativas, e essas células germinativas se desenvolvem em células maiores conhecidas como oócitos primários que entram na prófase I durante o desenvolvimento do feto, mas só concluem a meiose após a puberdade. Mesmo que, ao nascer, existam milhões de oócitos primários, somente cerca de 400 irão amadurecer e ovular durante o período fértil feminino. 
Cada mês, durante a período fértil da mulher, gonadotropinas, que são os hormônios folículo estimulante e luteinizante, secretados pela adeno-hipófise, estimulam o desenvolvimento de folículos primordiais e, geralmente, só um deles dá origem a um ovócito primário. Em um estágio posterior do oócito primário, ele estará circundado por uma membrana granulosa que dará origem à zona pelúcida. Prosseguindo com a maturação, o folículo primário se diferencia em folículo secundário, e dentro desse folículo, o oócito primário diploide completa a meiose I, produzindo células haploides. Dessa meiose, desenvolvem-se duas células, uma menor, conhecida como corpo polar, que é descartada, e uma maior, conhecida como oócito secundário. Após a formação do oócito secundário, ele continua a meiose II, mas fica estacionado na metáfase. Nesse momento, o folículo maduro se rompe e libera o oócito secundário. Comumente a isso se dá o nome de ovulação. 
Após a ovulação, o oócito secundário é expelido para a tuba uterina, e, se não houver a presença de espermatozoides, ele é degenerado. Já se houver espermatozoides na tuba uterina e algum deles entrar no ovócito secundário, a meiose II continuará, o que dará origem a duas novas células, onde a maior será o óvulo e a menor outro corpo polar. Portanto, ao passo que, na mulher, um ovócito primário dá origem a um só óvulo, nos homens, um espermatócito primário da origem a quatro espermatozoides. 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
Regulação hormonal do ciclo reprodutivo feminino: 
O hipotálamo, libera um hormônio responsável por iniciar todo o ciclo hormonal feminino, a gonadotrofina (GnRH). Esse hormônio estimula a liberação de FSH e LH pela adeno-hipófise. O FSH e o LH estimulam os folículos ovarianos secretarem estrogênio. Durante o ciclo, o LH é responsável por estimular a ovulação e, assim, promover o desenvolvimento de um corpo lúteo, por isso ele recebe o nome de hormônio luteinizante. Concomitantemente, estimulado pelo LH, o corpo lúteo produz estrogênios, progesterona, relaxina e inibina. 
Os estrogênios, têm funções importantes para o ciclo hormonal feminino, dentre elas: 
· Manutenção de característica sexuais femininas e características sexuais secundárias;
· Aumentar o anabolismo proteico. Ele é sinérgico ao hormônio de crescimento (GH)
· Baixa o nível de colesterol no sangue;
· Níveis normais desse hormônio controlam a secreção de GnRH, e consequentemente de LH e FSH.
Já a progesterona, que é em grande parte secretada pelo corpo lúteo, assim como os estrogênios, ajudam a manter o endométrio parra receber o óvulo fertilizado, além de preparar as glândulas mamárias para a secreção de leite e inibir a secreção de LH e GnRH. Enquanto isso, a relaxina, também secretada pelo corpo lúteo durante os ciclos menstruais, faz com que o miométrio diminui muito sua ação contrativa, pois, o óvulo tem maiores chances de se fixar ao endométrio se o útero não estiver se contraindo. E, por último, a inibina, que é secretada pelas células granulosas dos folículos e pelo corpo lúteo, inibe a secreção de FSH e, em menor grau, de LH.
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
Fase menstrual: 
Também chamada de menstruação, essa fase dura cerca de 5 dias (por convenção, o primeiro dia de menstruação é o primeiro dia do ciclo). Nos ovários, o FSH estimula os folículos primordiais a produzirem folículos primários e folículos secundários, ciclo que pode durar meses. Enquanto isso, no útero, os níveis decrescentes de progesterona e estrogênios, estimulam a liberação de prostaglandinas fazem com que as arteríolas espirais do útero se contraiam e cessem a nutrição das células do endométrio. O resultado é a descamação endometrial e o início do fluxo menstrual, de 50 a 150ml de sangue, líquido tecidual, muco e células epiteliais do endométrio. 
Fase pré-ovulatória:
É o período que consiste entre a menstruação e a ovulação. Ela não possui dias definidos e é uma das fases que pode ter maior variação de duração (de 6 a 13 dias).
Nessa fase, alguns dos folículos secundários nos ovários começam a secretar estrogênios e inibina. Próximo ao sexto dia de desenvolvimento, um dos folículos ganha a corrida de amadurecimento e se torna o folículo dominante. O estrogênio e a inibina desse folículo diminui a secreção de FSH, fazendo com que os outros folículos que estavam na corrida pela maturação parem de se desenvolver. Por outro lado, os estrogênios liberados pelos folículos ovarianos estimulam a mitose das células do estrato basal, afim de refazerem o endométrio (estrato funcional).
Ovulação:
É quando acontece a ruptura do folículo maduro e liberação do oócito secundário, ocorrendo, geralmente, no meio do ciclo reprodutivo feminino (14º dia no ciclo normal de 28 dias). Os elevados níveis de estrogênios em decorrência da grande secreção pelo folículo dominante na fase pré-ovulatória, causam um efeito de feedback positivo sobre as células secretoras de LH e GnRH, o que induz a ovulação. 
Passo a passo, tem-se que: 
1. A alta concentração de estrogênios faz com que aumente a produção e liberação de GnRH pelo hipotálamo.
2. O GnRH promove uma liberação ainda maior de FSH e LH
3. O LH provoca a ruptura do folículo maduro e a expulsão do oócito secundário para a cavidade pélvica.
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
Fase pós-ovulatória: 
É o período entre a ovulação e a próxima menstruação, e, geralmente, ela possui um tempo relativo de 14 dias (do 15º ao 28º, último dia do ciclo).
Os eventos seguintes dependem se houver ou não a fecundação. Se não houver fecundação, o oócito secundário tem vida útil de até 72 horas e o corpo lúteo tem uma vida útil de até duas semanas. Logo após, sua atividade secretora diminui e ele se transforma em um corpo albicante. Consequentemente, na medida em que os estrogênios a progesterona e a inibina diminuem, a liberação de GnRH, FSH e LH aumenta, em resposta a supressão do feedback negativo. Assim, o crescimento folicular é retomado e o ciclo se reinicia. 
Agora, se o oócito secundário for fertilizado e começar a se dividir, o corpo lúteo permanece além da duração normal graças a ação do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), que impede a sua degeneração e estimula a atividade secretora do corpo lúteo. No caso da progesterona e dos estrogênios, produzidos pelo corpo lúteo, eles promovem o crescimento e o enrolamento das glândulas uterinas, a vascularização e o espessamento do endométrio. Estas alterações alcançam um pico aproximadamente uma semana após a ovulação. Se a fecundação não ocorrer, os níveis de progesterona e estrogênios declinam e a menstruação acontece, dando início a um novo ciclo. 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
Métodos de controle de natalidade:
Existem diversos métodos contraceptivos, na atualidade, desde métodos antigos, até, métodos muito modernos que reduziram drasticamente a taxa de falha. Dentre os principais métodos de prevenção de gravidez estão:
A.Métodos hormonais: é um dos métodos mais seguros e com a menor taxa de erro no controle da natalidade. A ação inicial dos contraceptivos hormonais é inibir a ovulação pela supressão dos hormônios gonadotrópicos FSH e LH. Como os níveis desses dois hormônios não se elevam, não há o desenvolvimento de um folículo dominante no ovário. Isso impede que os níveis de estrogênio subam e o impede o pico de LH, fazendo com que a ovulação não ocorra. 
É completamente contraindicado o uso de contraceptivos orais hormonais se a pessoa for tabagista, e recomenda-se o uso de um método alternativo a ele, ou parar de fumar. Os riscos que envolvem os tabagistas e o uso de contraceptivos hormonais, está vinculado ao fato de que esse grupo de pessoas apresenta um risco maior de sofrer um infarto agudo do miocárdio ou um AVC.
As taxas de falha dos métodos hormonais, podem variar em um intervalo de 0,1% a 25%. 
B. Dispositivos intrauterinos: o dispositivo intrauterino (DIU) é um objeto no formato de uma âncora invertida, feito de plástico, cobre ou aço inoxidável que impede a fertilização, bloqueando a entrada dos espermatozoides nas tubas uterinas. O DIU é uma opção menos procurada, pois algumas mulheres não podem utiliza-lo devido sangramentos, mau acomodamento uterino, dentre outros. 
As taxas de falha do dispositivo intrauterino variam em um intervalo de 0,6% a 0,8%.
C. Espermicidas: são espumas, cremes, supositórios e duchas que contém agentes que tornam a vagina e o colo do útero ambientes desfavoráveis para a sobrevivência dos espermatozoides. Eles são colocados antes da relação sexual e geralmente, tem sua efetividade ampliada, se usado juntamente com um outro método de barreira. 
As taxas de falha no uso dos espermicidas variam em um intervalo de 15% a 29%.
D. Métodos de barreira: esses métodos evitam a gravidez pois impedem a passagem dos espermatozoides até a cavidade uterina, deixando-os retidos e armazenados no dispositivo, que pode ser o preservativo masculina, preservativo feminino, o diafragma e o capuz cervical. Além disso, alguns preservativos, como o preservativo masculino, dão certa proteção contra a transmissão de muitas doenças sexualmente transmissíveis, sendo, também, entregue gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde. 
As taxas de falha variam em um intervalo de 2% a 21%.
E. Abstinência periódica: conhecido popularmente como método da tabelinha, esse método é pouco eficaz e é determinado a partir dos momentos e ocorrências dos períodos reprodutivos femininos. Ele se baseia no provável dia da ovulação e evita relações sexuais durante os três dias que antecedem e durantes os três dias posteriores a ela. Entretanto, em muitos casos, ela acaba se tornando ineficaz devido a irregularidade do ciclo reprodutivo de cada mulher. 
As taxas de falha desse método podem variar no intervalo de 2% a 25%.
Muitas pessoas optam por não utilizar nenhum tipo de método contraceptivo, tanto por questões pessoas, religiosas, dentre outras. Entretanto, isso é complicada para casais que não pretendem ter filhos, pois não usar de nenhum recurso ou método contraceptivo acarreta em uma chance de 85% na assertividade da gravidez. Nesse sentido, as unidades básicas de saúde oferecem gratuitamente e para toda a população métodos contraceptivos simples e que permitem às pessoas terem mais segurança no momento do ato sexual, e colaboram para o controle e o planejamento familiar a longo prazo. 
Referências:
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiología médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.