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CIRROSE HEPÁTICA

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CIRROSE HEPÁTICA
Estágio tardio de fibrose hepática progressiva
caracterizada pela distorção da arquitetura hepática e
a formação de nódulos degenerativos
Nódulo degenerativo: conjunto de hepatocitos
circundado por fibrose
A fibrose acarreta alterações hemodinâmicas no
fígado como redução do fluxo sanguíneo
Epidemiologia
Alta morbidade - complicações maiores, internações,
estigma social, acompanhamento periódico,
absenteísmo laboral
Expectativa de vida significantemente reduzida
Alta mortalidade (8º causa de morte nos EUA)
Etiologias
● Virais
Hepatites B e C
● Tóxicas
Álcool
Drogas
● Autoimunes
Hepatite Autoimune
Cirrose Biliar Primária
Colangite Esclerosante Primária
● Vasculares
Síndromde de Budd-chiari
Doença veno-oclusiva
● Genéticas
Doença de wilson
Deficiência A1ATP
Hemocromatose não hereditária
● Criptogênicas
Doença hepática gordurosa não alcoólica (mais
comum nos países desenvolvidos)
● Colagenopatias extra hepáticas
Cirrose biliar secundária
● Doenças da infância
Manifestações clínicas/ estigmas de hepatopatia
crônica
Déficit neurológico
Fraqueza / fadiga
Cãibras musculares
Anorexia / perda de peso
Ginecomastia
Telangiectasias
Flapping (tremor em asa de borboleta em pacientes
com encefalopatia hepática)
Unhas de terry (⅔ proximais da unha branco e ⅓
distal escuro devido à deficiência de albumina)
Eritema palmar (muito comum, principalmente abaixo
do dedão)
Unhas Muehrcke (listras brancas na unha)
Contratura dupuytren (contração do dedo anelar)
Baqueteamento digital
Icterícia
Fetor hepaticus
Hipertrofia de parótidas (etiologia alcoólica)
Ascite
Hérnia umbilical
Circulação colateral
Variação do tamanho do fígado (há o aumento na
DHGNA e redução na alcoólica)
Esplenomegalia (devido à hipertensão portal)
Impotência sexual
Atrofia testicular
Amenorreia / SUA
Alterações ósseas
Redução da pressão arterial
Exames laboratoriais
● Aminotransferases
Elevação moderada (200-300)
TGO > TGP
● Fosfatase alcalina
Elevação moderada (2-3x LSN)
Elevação acentuada se doença colestáticas
● Gama GT
Correlação com a FA
Relação com o álcool
● Bilirrubinas e RNI (tempo de protrombina)
Normal nas fases iniciais, eleva-se com a
descompensação da cirrose
Sinal de pior prognóstico
● Albumina
Normal nas fases iniciais, redução com a
descompensação da cirrose
Sinal de pior prognóstico
● Anormalidades hematológicas
Anemia
Leucopenia
Plaquetopenia leve a moderada(mais comum devido a
esplenomegalia e hiperesplenismo)
● Exames etiológicos
Cinético do ferro
Auto Anticorpos
A1ATP
Ceruloplasmina
Teste genético
Exames de imagem
● Métodos
US - principal
Ressonância Magnética
Elastografia hepática
Tomografia
● Achados
Fígado: pequeno, nodular, textura irregular
Circulação porta: aumento do calibre da veia porta,
trombose da veia porta, circulação colateral
Baço: esplenomegalia
Sinais indiretos: ascite, varizes esofagogástricas
Diagnóstico
● Suspeita
O diagnóstico pode ser firmado pela tríade:
● Biópsia hepática
Padrão ouro para o diagnóstico
Pode sugerir a etiologia
Não é obrigatório devido ao risco aumentado de
sangramento no paciente cirrótico
Complicações
● Fatores de risco
Infecção
Obesidade
Constipação sangramento
Desidratação
Manutenção da ingestão de álcool
Uso de medicamentos
Esses fatores de risco tendem a descompensar a
cirrose
● Complicações maiores
Ascite
Acúmulo de líquido na cavidade peritoneal
Complicação mais comum da cirrose
Tratamento com diuréticos, restrição de
sódio, paracentese, TIPS, transplante
hepático
Hemorragia varicosa
Alta mortalidade (15-20% em 30 dias)
Tratamento da doença de base
Tratamento com escleroterapia, ligadura
elástica, profilaxia primária e secundária
Encefalopatia hepática
Espectro de anormalidades
neuropsiquiátricas potencialmente
reversíveis
Tratamento da condição predisponente,
laxativos e antibióticos
Peritonite bacteriana espontânea (PBE)
Infecção do líquido ascítico preexistente,
sem evidência de uma fonte secundária
intra-abdominal
Doença hepática terminal
Diagnóstico > 250 polimorfonucleares/mm3
Geralmente aparece estágios terminais
Síndrome hepatorrenal (SHR)
Desenvolvimento de insuficiência renal em
paciente com doença hepática avançada
Prognóstico ruim
Carcinoma hepatocelular (CHC)
Risco acentuadamente aumentado na cirrose
e na hepatite B
Rastreio: US abdome + Alfa fetoproteína a
casa 6 meses
Pesquisar na descompensação hepática
(diagnóstico tardio)
● Outras complicações
Trombose de veia porta
Cardiopatia cirrótica
Gastropatia da hipertensão portal
Tratamento
Abstinência alcoólico + Tratamento da doença de base
Tratamento em estágios iniciais: melhora /
reversibilidade
Tratamento em estágios avançados: necessário
transplante / paliativos
● Objetivo
Retardar ou reverter a progressão da doença hepática
● Prevenir insultos sobrepostos ao fígado
Vacinação: hepatite A, B e influenza
Evitar hepatotoxinas: medicamentos, suplementos,
substâncias de uso abusivo
Ajuste de medicações
● Manejo de sintomas e alterações
laboratoriais
Suplemento nutricional
Medicação para cãibra
Faixa para hérnia umbilical
Alargamento do RNI: no cirrótico não significa
obrigatoriamente que o paciente está anticoagulado
devido a disfunção de outros fatores
- Não é usado para avaliar hemostasia no
cirrórico, apenas função hepática e
prognóstico
● Prevenir, identificar e tratar complicações
Ambulatorial: tratar infecções, rastreio de CHC,
rastreio de varizes, ajuste de medicamentos, profilaxia
primária e secundária de HDA
Hospitalar: evitar invasões, evitar internação em UTI,
rastrear e tratar infecções
Prognóstico
● Cirrose compensada
Sobrevida > 12 anos
Se variz de esôfago: pior prognóstico
● Cirrose descompensada
Curta sobrevida → avaliar transplante hepático
Fatores de pior prognóstico: hipotensão,
hiponatremia, SHR, PBE, child pugh e/ou MELD
elevados

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