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Saúde coletiva - avaliação 1

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AVALIAÇÃO TEÓRICA - Saúde coletiva
1) Cite quais são os princípios operacionais do SUS e dê um exemplo prático para cada princípio.
Os princípios operacionais são aqueles que dizem respeito à organização do SUS, sendo eles:
· Regionalização - O SUS deve ter conhecimento dos problemas de saúde específicos de cada região. O seu atendimento deve ser personalizado de acordo com as necessidades de cada localidade, devido às suas particularidades ambientais.
Por exemplo, em regiões mais rurais, existe uma prevalência e incidência maior da Doença de Chagas que em regiões urbanas, devido a preferência do Barbeiro (transmissor da doença) preferir se abrigar em casas de madeira, árvores, galinheiros etc. Dessa forma, os esforços relacionados ao tratamento e profilaxia dessa doença devem ser focados nas zonas de risco e não de forma igual em todo o país. (PREFEITURA MUNICIPAL DE CONCEIÇÃO DE MATO DENTRO, 2015)
· Descentralização - As responsabilidades administrativas e de atendimento devem ser divididas ou distribuídas entre os níveis de governo, principalmente para o município, visando manter o princípio da regionalização. 
Por exemplo, um município deve ter a autonomia de decidir quais são as suas áreas da saúde mais necessitadas de verbas.
· Participação comunitária - A comunidade tem o direito de participar ativamente da gestão, projetos e avaliação do SUS. Sendo assim, deve sempre haver conferências para que a população possa participar e auxiliar nas decisões e projetos. 
Por exemplo, em 2019, a 16ª Conferência teve o tema a “Democracia e Saúde”, que aconteceu em Brasília. e estima reunir mais de cinco mil pessoas. O objetivo era discutir a saúde como direito, a consolidação dos princípios do sus e o financiamento do sus. (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2019)
· Hierarquização - a administração e as organização e ações do SUS devem ser organizadas como uma pirâmide, seguindo os três níveis de promoção à saúde: 
· Na base, ficam as ações de atenção primária, sendo ações mais gerais à toda população, principalmente focada na prevenção. Por exemplo, é feita em muitos locais, como em escolas (como no Programa Saúde nas Escolas), domicílios (por exemplo, em ações de combate à dengue e focos de reprodução do Aedes Aegypti), postos de saúde (com a distribuição de camisinha gratuita) etc.
· No centro, estão as ações de promoção secundária, sendo focadas em tratamentos mais pontuais, feitos em centros de saúde e hospitais municipais. Por exemplo, a realização de exames para detecção de doenças.
· No pico da promoção à saúde, estão as medidas de promoção terciária, mais complexa e especializada. Estão focadas nos centros e hospitais especializados, com menos locais de atuação. Por exemplo, o Boldrini, que é um hospital especializado no tratamento de câncer. Pessoas de diversas cidades de deslocam até Campinas para serem tratadas neste hospital.
2) Você está aconselhando certa família sobre a manutenção de um estilo de vida mais saudável e ativo. Alguns integrantes desta família dizem que realizam sessões de exercícios 5x por semana e que cada sessão dura mais de 30 minutos. Dizem, ainda, que ficam mais de 10 horas sentados todos os dias no trabalho. Posteriormente, você verificou que o exercício que eles praticam consome mais de 6 MET por minuto. A partir dessas informações, responda às seguintes questões:
a) Em relação ao nível de atividade física, como esses indivíduos podem ser classificados? Por que?
A atividade física pode ser classificada como um exercício vigoroso, já que consome mais de 6 MET por minuto. Por ser praticado 5 vezes na semana, por mais de 30 minutos em cada sessão, as pessoas podem ser caracterizadas como ativas. 
b) Explique os efeitos da interação entre o tempo sentado e a realização de exercício sistemático no risco de morte dos indivíduos dessa família.
O sedentarismo e o tempo que uma pessoa fica sentada durante o dia tem relação direta com o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis e o aumento do risco de morte causada por elas. Pessoas ativas, mas que possuem comportamentos sedentários no período em que não estão praticando exercício físico, têm esse risco diminuído, porém ele não é 100% eliminado. 
c) Quais conselhos você daria para que os indivíduos desta família desfrutem melhor os benefícios do exercício?
Para que o risco de ficar sentado durante muito tempo seja quase nulo, é importante que essas pessoas façam pausas durante o tempo de trabalho e adotem um estilo de vida mais ativo. Por exemplo, praticar mais tempo de atividade física por dia (60-75 minutos), se forçar a andar mais ao deixar cafés e lanchinhos longe da mesa de trabalho, fazer alongamentos simples a cada 1h sentado. Ter hábitos mais ativos, por exemplo, ao entrar em um prédio preferir subir escadas que usar um elevador. 
3) Quais são os cuidados o paciente com diabetes tipo II precisa tomar ao realizar atividades físicas?
A diabetes tipo II é uma doença que acontece decorrente do uso excessivo das células ß pancreáticas, pois os tecidos periféricos desenvolveram uma resistência à insulina. Esse tipo de doença ocorre, principalmente, pela obesidade, má alimentação e sedentarismo. A hiperglicemia e hiperinsulinemia, se não forem tratadas, aumentam a glicemia de jejum e pós prandial, fazendo com que as células pancreáticas trabalhem de modo exaustivo. Os sintomas são crônicos e imperceptíveis. Quando o indivíduo percebe alguma alteração, a doença já não está mais nos seus estágios iniciais. O tratamento é essencialmente feito pela dieta e exercício físico, sendo eventualmente necessários remédios orais e aplicação de insulina.
Cabe ao paciente contar a verdade ao seu treinador, para que este possa conhecê-lo, entender a sua doença e conseguir fazer o tratamento necessário. Ele deve contar quando não estiver se sentindo bem, como passou a noite anterior, quando foi a última vez que mediu a glicemia e quando estava e qual é e quando foi a última vez que tomou insulina. 
O paciente também deve conversar regularmente com o médico para que, junto com o treinador, consigam encontrar o melhor tratamento e mudá-lo caso necessário. Regularmente, o paciente deve olhar como estão os pés, para checar se há alguma lesão que pode se tornar futuramente uma amputação.
Qualquer sintoma hipoglicêmico leve moderado ou grave deve ser relatado ao treinador, já que os exercícios intensos e prolongados podem causar o efeito rebote na taxa de glicose sanguínea. Por precaução, o paciente sempre deve ter alguma forma de repor a glicemia, como mel e doce de leite guardados na mochila.
4) Explique como a obesidade promove aumento da inflamação subclínica e sua relação com comorbidades como Diabetes, Aterosclerose entre outras.
Uma dieta rica em gordura somada a inatividade física leva a hipertrofia (crescimento das células) e à hiperplasia (aumento do número de células) dos adipócitos. Com o aumento dessa célula em circulação no sangue, algumas começam a depositar no leito vascular. 
Como os adipócitos não deveriam estar ali, macrófagos fagocitam a gordura, mas acabam criando um novo tecido vascularizado: as células espumosas. Com o passar do tempo, essa placa vai aumentando e se fibrosando, formando o ateroma. No repouso, o indivíduo não sente sintomas, mas quanto mais intenso o exercício e maior a placa aterosclerótica, maior a isquemia no tecido cardíaco e a condição elétrica começa a ficar prejudicada. Isso pode causar o bloqueio do fluxo de sangue, hipóxia e, futuramente, uma necrose e infarto do miocárdio.
Por outro lado, o crescimento do tecido adiposo causa a hipóxia das outras células que ficam entre adipócitos, liberando substâncias que indicam o sofrimento dessas células. 
As células imunes M1 e CD8 vão para essas áreas e liberam citocinas pró-inflamatórias. Essas substâncias são responsáveis pela formação do quadro de inflamação subclínica e, ainda, causa a necrose das células ao redor dos adipócitos e a expansão do tecido adiposo, agravando ainda mais o quadro.
As citocinas pró-inflamatórias inibem asensibilidade das células à insulina, podendo causar, a longo prazo, uma resistência e, consequentemente, o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
5) Explique o que é hipertrofia concêntrica e excêntrica no coração, quais são os fatores envolvidos e suas consequências (positivas ou negativas).
A hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo se desenvolve a partir da sobrecarga de pressão sanguínea e força exercida pelo coração. Essa condição se desenvolve de forma patológica, pois a sobrecarga da pressão é constante. É desenvolvida principalmente pela hipertensão arterial, espessamento dos depósitos de lipídios e calcificação, com o aumento do colágeno e diminuição da elastina, fazendo com que o músculo cardíaco se torne maior e o tamanho do ventrículo esquerdo diminua. Tudo isso diminui a capacidade de ejeção e pode causar insuficiência cardíaca crônica.
A hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo é causada pela sobrecarga de volume de sangue passando pelo coração. Entretanto, essa sobrecarga é fisiológica e desejável já que é transitória. Esse mecanismo aumenta a complacência do tecido e é recomendado como forma de prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, já que aumenta a capacidade de ejeção do coração.
Referências
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Relatório da 16ª Conferência Nacional de Saúde será lançado na Fiocruz. [S. l.], 6 nov. 2019. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/16cns/apresentacao.html. Acesso em: 6 maio 2021.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CONCEIÇÃO DE MATO DENTRO. Doença de Chagas, um risco na Zona Rural. [S. l.], 18 nov. 2015. Disponível em: http://cmd.mg.gov.br/saude/doenca-de-chagas-um-risco-na-zona-rural. Acesso em: 6 maio 2021.

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