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Princípios Gerais da função Gastrointestinal (Guyton Cap 63)

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Princípios Gerais da Função 
Gastrointestinal (GI)
ANATOMIA FISIOLÓGICA DA PAREDE 
GASTROINTESTINAL
-Contração do músculo Liso.
-Músculo Liso Gastrointestinal funciona como um 
Sincício (célula multinucleada/ sofreu fusão de 
núcleos ou divisão celular incompleta).
*No interior de cada feixe, as fibras se 
conectam por meio das Junções Comunicantes 
(GAP), que permitem a passagem rápida do sinal 
elétrico entre as células.
*Em alguns pontos os feixes se fundem, 
tornando a camada muscular uma rede de feixes 
musculares lisos e formando o sincício. 
*Potencial de Ação disparado em 
qualquer ponto atinge toda a camada 
rapidamente, assim como entre as camadas 
longitudinal e circular.
-Atividade elétrica do m. liso GI (é excitado por 
atividade elétrica intrínseca, contínua e lenta nas 
membranas das fibras musculares):
*Ondas Lentas: São variações lentas e 
ondulantes do potencial de repouso, não são 
potenciais de ação. Ditam o ritmo e a frequência 
das contrações GI. Ocorrem provavelmente 
devido às Células Intersticiais de Cajal (“marca-
passos” elétricos das cél. m. liso, fazem 
descargas elétricas periódicas). Elas estimulam 
os potenciais em espícula, que, de fato, fazem a 
contração muscular.
*Potenciais em Espícula: são verdadeiros 
potenciais de ação e ocorrem quando o pot. 
repouso da membrana fica mais positivo que -40 
milivolts (o pot. repouso normal é entre -50 e -60 
milivolts). Quanto maior o pot. onda lenta, maior a
frequência dos pot. em espícula. 
Obs. Diferenças entre Potenciais de Ação do m. 
liso GI e das fibras nervosas:
-Tempo de duração: 10 a 40X maior no m.
GI (dura até 10 a 20 milissegundos)
Modo como são gerados: nas fibras 
nervosas é pela entrada de íons sódio nos canais
de sódio. Já no m. GI é pelos canais para cálcio-
sódio, com grande quant. íons Ca e peq. quant. 
íons Na.
-Mudanças na voltagem do Potencial de 
Repouso da Membrana:
Sob condições normais: -56 milivolts
Despolarização(pot. fica menos negativo):
fibras musc. ficam mais excitáveis.
*Fatores: estiramento do músculo, 
acetilcolina (liberada pelos nervos 
parassimpáticos) e horm. GI específicos.
Hiperpolarização(pot. fica mais negativo): 
fibras musc. ficam menos excitáveis.
*Fatores: 
norepinefrina/epinefrina(secretada pelos nervos 
simpáticos).
Ana Luiza Basso – ATM 2026/B
-Contração Tônica: é contínua (não se associa às
ondas lentas), pode variar sua intensidade. É 
causada por: potenciais em espícula repetidos 
ininterruptamente, hormônios ou entrada contínua
de íons cálcio.
Controle neural da função GI (SN 
Entérico)
-SN entérico é próprio do trato GI, localizado na 
parede intestinal (vai do esôfago até o ânus) e 
bem desenvolvido (cerca de 100 milhões 
neurônios) e controla movimentos e secreções.
-Composto por 2 plexos: mioentérico e 
submucoso.
-Plexo Mioentérico(de Auerbach): externo,
circular, entre as camadas musc. longitudinal e
circular. Controla quase todos os mov. GI
*cadeia linear de neurônios
interconectados por todo o TGI.
*Quando é estimulado, gera: aumento do
tônus intestinal e aum. da intensidade e do ritmo
das contrações (aum. velocidade de condução
das ondas).
*Quando é inibido (pelo polipeptídeo
intestinal vasoativo), impede a movimentação do
alimento pelo trato (atua nos músculos dos
esfíncteres intestinais, como o pilórico
(estômago/duodeno) e o da valva ileocecal (int.
delgado/ceco).
-Plexo Submucoso(de Meissner): interno, na
submucosa. Controla a secreção GI e o fluxo
sanguíneo local.
-Neurotransmissores secretados pelos neurônios 
entéricos:
*Acetilcolina(excitatório)
*Norepinefrina(inibitório)
*Trifosfato de adenosina
*Serotonina
*Dopamina
*Colecistocinina
*Substância P
*Polipeptídeo intestinal vasoativo
*Somatostatina
*Leuencefalina
*Metencefalina
*Bombesina
-Controle autônomo do TGI:
*Estímulos parassimpáticos aumentam a 
atividade do SN Entérico.
Obs. Inervação parassimpática do 
intestino divide-se em: divisões cranianas 
(esôfago, estômago e pâncreas), divisões sacrais
(metade distal do intestino grosso até o ânus) e 
os neurônios pós-ganglionares atuam nos plexos 
Auerbach e Meissner. 
*Estímulos simpáticos inibem a atividade 
GI em dois níveis: efeito direto, em pequeno grau,
da norepinefrina, que inibe a musculatura lisa do 
TGI (exceto músculo mucoso, que é excitado), e 
em grau maior, com a norepinefrina inibindo todos
os neurônios do SN entérico.
-Reflexos Gastrointestinais:
*Completamente integrados na parede 
intestinal do SNE: controlam a maioria dos mov. 
peristaltismo e secreções.
*Do intestino para os gânglios simpáticos 
pré-vertebrais e que voltam para o TGI.
*Do intestino para a medula ou para o 
tronco cerebral e que voltam para o TGI: reflexos 
de dor e defecação.
Controle Hormonal da Motilidade GI
-Hormônios GI são liberados na circulação Porta 
e atuam em células-alvo
-Gastrina, colecistocinina(CCK, inibe a contração 
do estômago para retardar a saída do alimento 
dali e garantir que as gorduras sejam digeridas no
trato intestinal superior), secretina, Peptídeo 
Inibidor gástrico(GIP ou peptídeo insulinotrópico 
dependente de glicose) e Motilina
Tipos Funcionais de Movimentos do TGI
-Propulsivos(Peristaltismo): fazem o alimento 
percorrer o TGI com velocidade adequada. 
Ocorrem com o surgimento de um anel contráctil, 
estimulado por uma distensão do TGI(acúmulo de
grande quantidade de alimento), irritação do 
epitélio revestim. do intestino e SN Parassimp.
Ana Luiza Basso – ATM 2026/B
As ondas peristálticas se movem na direção do 
ânus com o Relaxamento Receptivo(musc. relaxa
antes da passagem do anel contráctil) a Jusante: 
“Lei do Intestino”
Obs. O peristaltismo requer o plexo mioentérico 
ativo
-Movimentos de Mistura: mantém os conteúdos 
intestinais bem misturados o tempo todo.
Circulação Esplâncnica(Fluxo 
sanguíneo Gastrointestinal)
-Inclui o fluxo sanguíneo pelos intestinos, baço, 
fígado e pâncreas, que flui para o fígado pela 
Veia Porta.
-No fígado, esse sangue passa por milhões de 
sinusoides hepáticos e sai pelas veias hepáticas, 
que desembocam na veia cava da circulação 
geral.
-Essa circulação permite que as células 
reticuloendoteliais (revestem os sinusoides 
hepáticos) removam bactérias e outros 
microrganismos que poderiam entrar no TGI e 
prejudicá-lo. 
-Os nutrientes não lipídicos e hidrossolúveis 
(absorvidos no intestino, como carboidratos e 
proteínas), são transportados no sangue venoso 
da veia Porta para os mesmos sinusoides 
hepáticos. As células reticuloendoteliais e as céls.
Hepáticas (parênquima fígado) absorvem e 
armazenam temporariamente grande parte dos 
nutrientes.
Obs. Quase todas as gorduras absorvidas pelo 
trato intestinal não são transportadas pelo sist. 
Porta, mas sim pelo sist. linfático intestinal, que 
as leva para o sangue circulante sistêmico por 
meio do Ducto Torácico, sem passar pelo fígado.
Efeito da Atividade Intestinal e fatores 
metabólicos no fluxo sanguíneo GI
-Sob condições normais, o fluxo sanguíneo varia 
conforme a atividade do local. Ex. Após uma 
refeição o fluxo de sangue aumenta e, horas 
depois, retorna ao seu nível de repouso.
-Possíveis causas do aumento do fluxo 
sanguíneo durante atividade GI:
*Liberação de:
Substâncias vasodilatadoras durante o 
processo digestivo pela mucosa intestinal: 
Colecistocinina, Peptídeo Vasoativo Intestinal, 
Gastrina e Secretina.
Calidina e Bradicinina(duas cininas 
liberadas por gl. Secretoras junto com outras no 
lúmen), duas potentes vasodilatadores da 
mucosa.
*Redução da Concentração de Oxigênio na 
parede intestinal (faz aumentar a concentração 
do vasodilatador Adenosina)
-Fluxo Sanguíneo em “Contracorrente” nas 
Vilosidades: O Fluxo arterial entra no vilo e o fluxo
venoso sai dele (correm em direções opostas), 
sendo que os vasos são paralelos e próximos.
Devido a isso, grande parte do oxigênio se 
difunde nas vênulas adjacentes, sem passar 
pelas extremidades dos vilos (não servirá às 
funções metabólicas locais). Em condições 
normais, isso não lesa as vilosidades. Porém, em 
condições patológicas(fluxo de sangue intestinal 
fica comprometido), pode haver morte isquêmica 
das vilosidades, diminuindo a capacidade 
absortiva intestinal.
Ana Luiza Basso – ATM 2026/B
-Controle Nervoso do Fluxo Sanguíneo GI: 
*Estimulação parassimpática no 
estômago e no cólon distal aumentam o fluxo 
sanguíneo local.
*Estimulação Simpática atua em todo o 
TGI, causando vasoconstrição intensa das 
arteríolas (diminuindo o fluxo sanguíneo por 
isquemia). O mecanismo de “Escape 
autorregulatório” faz o fluxo retornar aos valores 
normais.
-Redução nervosa(Vasoconstrição Simpática) do 
fluxo sanguíneo GI (e esplâncnico) quando outras
partes do corpo necessitam de fluxo sanguíneo 
extra, por breves períodos de tempo, durante: 
exercício pesado, choque circulatório (quando 
todos os tecidos vitais estão em risco de morte 
celular por ausência de irrigação, principalmente 
cérebro e coração). Isso ocorre também nas 
veias intestinais e mesentéricas de grande 
calibre, fornecendo sangue para a circulação 
sistêmica em casos de choque hemorrágico, por 
exemplo.
Ana Luiza Basso – ATM 2026/B

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