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Caso Walt Disney

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Gestão de Pessoas – Prof. Jader Costa Mendes
Caso Walt Disney Company
A Disney é uma mega gigante do setor de entretenimento. É criadora e controladora de alguns dos personagens mais venerados do mundo. Seu valor de mercado é maior do que muitas grandes indústrias. As empresas vinculadas à Disney ajudam a vender os produtos umas das outras, que incluem quatro parques temáticos (Disneyland, Disneyworld, Disney na França e no Japão), vários estúdios de cinema, uma cadeia de hotéis, um time de hóquei, quase trezentas lojas de varejo (que vendem produtos da marca Disney) e a rede de televisão de maior audiência dos Estados Unidos (ABC). Trata-se de uma máquina mágica de fazer dinheiro.
Qual é o principal produto da Disney? A magia, que transborda nos parques temáticos, na tela de cinema e nos seus demonstrativos financeiros. O que poderia explicar a habilidade quase alquímica da empresa de transformar US$ 50 milhões em quase US$ 2 bilhões? A Disney gastou US$ 50 milhões para produzir um desenho animado. 
Esse investimento gerou mais de US$ 700 milhões em receita de bilheterias no mundo inteiro e mais de US$ 1 bilhão em receitas adicionais geradas com a venda de produtos de varejo baseados nos personagens desse filme. 
Quando o número de expectadores estava chegando ao máximo, o filme saiu de cartaz nos cinemas e, após um curto período de tempo de expectativa, a empresa lançou o filme em vídeo. No primeiro dia em que chegou às lojas, vinte milhões de cópias do vídeo foram vendidas. 
Tudo na Disney é feito com extremo carinho e cuidado. Tudo é quase perfeito. Poucas ruas de pequenas cidades norte-americanas na virada do século eram tão bem traçadas e tão limpas quanto a Main Street. Nenhum rato parece tão caloroso, amigável e amistoso quanto o Mickey. O objetivo da Disney é entreter e não iludir. Mas, a habilidade essencial da Disney é o controle. Ela faz com seus funcionários o que fez com a imagem do Mickey: as extremidades bruscas são suavizadas, a impulsividade é transformada em complacência e a raiva convertida em amizade. Para trabalhar na Disney, as pessoas precisam abrir mão de parte de sua identidade pessoal. Para progredir na Disney deve haver uma firme disposição de fundir uma parte significativa da personalidade com a personalidade da empresa. A missão da empresa torna-se assim, a sua missão pessoal; as metas da empresa suas metas e os caminhos da empresa seus caminhos. 
Quando ingressam na Disney, as pessoas passam por um longo processo de integração para aprender o comportamento desejado. A Disney não tem clientes. Tem convidados. Os funcionários são membros do elenco, cada um desempenhando um papel e não um cargo. Um uniforme pode ser desmerecedor, mas uma fantasia pode ser divertida. Ao invés de um turno de oito horas, há o espetáculo. Não há descrição de cargos, mas roteiro. Os funcionários utilizam um vocabulário de teatro e de cinema no dia-a-dia para os contatos com os convidados. A empresa exerce um alto grau de controle sobre cada funcionário, cujos contatos com os convidados pode reforçar ou destruir a magia da Disney. Essa linguagem e a visão especial do mundo são ensinados em programas de treinamento rigidamente elaborados na Universidade Disney. A empresa só permite a entrada daqueles que são aprovados em uma bateria de testes e entrevistas exploratórias. Após o treinamento de orientação, os novos contratados são associados a colegas mentores – também cuidadosamente selecionados – como modelos de comportamento.
Perguntas:
1. O que podemos observar sobre as questões da Disney, sobre a Gestão de Recursos Humanos?
2. Liste quais as soluções que podem dar certo e as que não podem dar certo no esquema da Disney em relação as empresas de forma geral no Brasil?
3. Dê sugestões sobre as questões que não dariam certo nas empresas em geral no Brasil.
4. Resuma as suas percepções sobre este caso e como ele contribui para a sua formação.

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