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Articulação Temporomandibular


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Articulação Temporomandibular:
É uma articulação sinovial.
Características que a diferenciam de outras articulações sinoviais:
Tecido conjuntivo denso modelado presente na superfície do côndilo e do osso temporal.
Disco articular, o qual divide o espaço articular em: espaço articular supradiscal (maior) e espaço articular infradiscal (menor).
É um complexo articular bilateral.
Faz movimento de translação e de rotação.
Origem ectomesenquimal.
Começa seu desenvolvimento tardiamente (sétima/oitava semana de vida intrauterina) em relação as outras articulações sinoviais.
É a última articulação a parar seu crescimento.
 O plano oclusão funcional é estabelecida na adolescência do indivíduo (12 anos). Após isso, a ATM continua seu crescimento ativo. Mesmo assim, o plano oclusal continuará funcional, pois ocorre uma deposição óssea alveolar no fundo dos alvéolos.
 Causas prováveis de disfunções temporomandibulares (DTM):
Estresse, bruxismo, oclusão incorreta etc.
 Apalpação da ATM: importante para detectar as características clínicas da ATM.
Em média a quantidade de líquido sinovial que cabe no espaço supra ou intradiscal é 1,3 ml e 0,5 ml, respectivamente.
fibras provenientes da cabeça superior do musculo pterigoideo atingem a ATM.
Elementos ósseos da ATM: 
É possível notar o osso temporal, côndilo e ramo da mandíbula, meato acústico externo, ossículos do ouvido médio etc.
As forças que se dissipam da ATM invadem a região de fossa articular e tuberosidade articular.
Traumas:
É possível que ao sofrer um trauma, o côndilo da mandíbula empurre o disco da ATM. Situações como essa podem levar um dano cerebral, uma vez que há grande proximidade da ATM em relação a fossa craniana média.
Revestimentos Articulares: 
É notável o crescimento do côndilo e do osso temporal da enquanto houver cartilagem hialina inserida nesse. Quando cessa o crescimento, essa cartilagem transforma-se em fibrocartilagem. 
Superfície articular em crescimento:
A camada de tecido conjuntivo denso modelado nas superfícies das extremidades articulares da ATM sempre está ativa, em qualquer fase do crescimento dos ossos envolvidos no processo. Abaixo dessa camada, há uma camada de diferenciação, rica em células mesenquimais indiferenciadas, que serão destinadas à formação de fibroblastos ou condroblastos (produzem cartilagem hialina). Após isso, os condrócitos morrem e determinam uma matriz somente cartilaginosa, que posteriormente sofrerá ossificação (zona de ossificação) a partir da invasão de células ósteoprogenitoras.
Superfície articular amadurecida: 
É possível notar a camada de tecido conjuntivo denso modelado. Abaixo dessa, há uma discreta camada proliferativa. Abaixo dessa, há uma matriz de cartilagem fibrosa, com abundância em colágeno do tipo I. Por fim, encontramos a zona de ossificação.
 É importante notar que a camada de tecido conjuntivo denso modelado é avascular e não inervada. A nutrição das células ocorre por difusão ou pelo liquido sinovial.
 Disco articular: 
A composição desse disco é tecido conjuntivo denso modelado e sua matriz extracelular é rica em fibras colágenas.
Há grande quantidade de fibrócitos (menos filiformes, pois armazenam gotículas de lipídios).
A capacidade de remodelação desse disco é bem remota.
Encontramos fibras elásticas na composição desse disco.
Durante o processo de envelhecimento, as áreas de maior compressão do disco articular podem sofrer modificação dessas células. O tecido conjuntivo denso modelado pode ser substituído por uma fibrocartilagem, consequentemente perde-se as fibras elásticas, enrijecendo o disco. Em situações assim, o disco também pode sofrer uma perfuração.
A região central do disco é avascular.
 Cápsula Articular: 
Há presença de ligamentos extrínsecos e intrínsecos.
Intrínsecos: é a capsula propriamente dita. É responsável por o alojamento do disco.
Extrínsecos: colaboram na estabilidade da ATM. São eles: ligamentos esfenomandibular, estilomandibular, etc.
Obs: todos os ligamentos são feitos de tecido conjuntivo denso modelado.
 A superfície interna da capsula voltada para os espaços articulares possuem uma característica especial, sendo ela a membrana sinovial de revestimento.
Membrana sinovial: presente na periferia do disco articular e na superfície interna da capsula. É composta por dois compartimentos: camada intima (células justapostas, sendo elas células M e células F) e camada subintima(rico em vasos sanguíneos e tecido conjuntivo frouxo, com células de defesa também). Essa membrana produz o líquido sinovial.
A origem do líquido sinovial é o ultrafiltrado do plasma sanguíneo (90%) que penetra o tecido conjuntivo. Esse líquido, além de possuir elementos nutritivos, tem a capacidade de produção de células F (parecidas com fibroblastos). 
As células F secretam: lubricina, ácido hialurônico, glicosaminoglicanas, etc. 
O líquido sinovial é “reciclado” constantemente. É endocitado constantemente por células M. esse líquido lubrifica as superfícies articulares. Células de defesa migram ao líquido sinovial.
É possível coletar material da ATM por pulsão aspirativa.
O líquido sinovial impede que as superfícies articulares se adiram e nutre certas células também.
 Vascularização: 
Há vasos sanguíneos e linfáticos nessa região que corroboram na reciclagem do líquido sinovial.
 Inervação: nervo auriculotemporal, temporal profundo e massetérico.
Há terminações nervosas encapsuladas e não capsuladas na ATM. As não capsuladas são terminações nervosas livres, que provém de qualquer parte do corpo, são receptores de dor. Já a encapsuladas é estimulada por estímulos mecânicos (deslocamento de líquidos).
Mecanorreceptores: baixo limiar e alto limiar.