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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ESCOLA DE ARQUIVOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUIVOLOGIA CURSO DE ARQUIVOLOGIA Disciplina: Arquivos Médicos 2020-2 Aluno: Jonathan dos Santos Costa - 20202321851 Professor: Brenda Rocco Monitora: Vanessa Alves Pinheiro Comentário sobre Vídeo REFERÊNCIA: MORAES, Margarete; QUEIROGA ,Gillian. Tratamento de Documentos Digitais na Área da Saúde. ARQ-SP, 2020. Duração 140 minutos. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=lA5xNT4aE9w . Acesso em 22 de abril de 2021. A palestra é organizada pela Associação de Arquivistas de São Paulo e intermediada por Camilla Campoi. Os palestrantes são Mestre e Doutora Margarete Moraes e Professor Gilian Queiroga, que abordam o tema sobre o tratamento de Documentos digitais na área da saúde. De acordo com a fala da Margarete Moraes, a base informacional que contém todos os processamentos de entrada e saída de informações, auxilia na padronização do processo e com isso traz melhoria na gestão das unidades. Contudo, conectar as informações é necessário para garantir o pleno funcionamento, para controlar e evidenciar o processo e garantir uma gestão eficiente nas unidades. Moraes prossegue dizendo que o Prontuário deve ser um “documento único”, pois seu objetivo principal é de garantir a continuidade do cuidado, permitindo o rastreamento dos processos. Uma das falas mais importantes é quando a palestrante diz que “Sem o Prontuário não tem Assistência”, ele é uma “fonte inesgotável de comunicação”. Tomando como base o que foi exposto, podemos ressaltar que apenas a informação oral não atende às demandas comunicacionais, dentro de qualquer organização. Haja vista que, o que se fala se perde com o tempo. A memória é um ato falho, pois ela está fadada ao esquecimento. Destarte, o registro das informações pertinentes nos Prontuários é de suma importância para uma comunicação contínua e para um processo eficiente dentro das unidades. O Prontuário é a base informacional das unidades de assistência médica, não é um mero registro de acontecimentos, mas sim uma rica fonte de informações, capaz de servir como prova e evidência da assistência, de auxiliar para a melhoraria no desempenho clínico e administrativo, de ajudar na prevenção de incidentes e doenças, de contribuir para a pesquisa e é utilizado como referência na gestão da saúde da população. Diante disso, percebemos a importância do Prontuário para a gestão de qualquer unidade, por ser parte inextricável dos processos de assistência. Apesar disso, seu valor é primordial para a geração de conhecimentos e inovações através de pesquisas de melhorias utilizando e tratando as informações importantes inseridas. Os embates encontrados em relação aos princípios de manter uma base informacional, que por diversas vezes trazem uma negatividade ao uso e implementação de ferramentas evolucionistas, são referentes à garantia de segurança, acesso, autenticidade e preservação digital. Para uma aplicação digital satisfatória dos protocolos é preciso se ater as novas tecnologias. Faz-se mister, atualização constante dos meios de segurança e a verificação periódica dos sistemas. Todavia, se torna um grande custo, mas que deve ser visto como um grande investimento, pois a implementação eletrônica, organização e segurança dos protocolos beneficia não só as unidades como também os próprios usuários. A realidade, hodiernamente, está pautada em soluções digitais, porém nem todos os lugares têm acesso a tecnologia de alta performance. Sendo assim, implica em diversos fatores que diz respeito a padronização e uso dos prontuários eletrônicos. Não se tem hoje um parâmetro específico que garanta o acesso, a segurança, proteção dos dados ou até mesmo a autenticidade dos prontuários eletrônicos. Contudo, os prontuários eletrônicos não possuem um plano de temporalidade, o que o torna um documento permanente. Tudo isso são questões que necessitam de profundas discussões. No meu ponto de vista, vale uma revisão a respeito da implementação de comitês, políticas e certificações para garantir e padronizar a gestão dos documentos eletrônicos dentro das unidades de saúde, pois sua utilização tecnológica tem se mostrado essencial dentro de qualquer organização, sobretudo com o advento da tecnologia, visto que o prontuário eletrônico é uma maneira de garantir a assistência de forma mais rápida e eficaz. Conforme ressalta Gillian Queiroga, e concordo plenamente quando ele diz que “as funções arquivísticas são muito mais do que apenas guardar papéis”, os profissionais arquivistas são responsáveis pela disseminação, classificação, avaliação, descrição, preservação, criação e aquisição dos documentos, independente do suporte, e precisam ser respeitados nas organizações de saúde, pois potencializam a difusão do conhecimento, trazem uma organização adequada para as unidades e aprimoram o serviço de assistência. Portanto, é necessário o reconhecimento dos arquivistas como profissionais capazes de melhorar os processos informacionais nas unidades de saúde.
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