Extração Supercritica

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Universidade Estadual de Maringá
Departamento de Química – DQI
Disciplina: Tecnologia Química – 526/01
Atividade:
Extração Supercrítica
A extração supercrítica é utilizada quando se deseja um alto grau de pureza do que se quer extrair sendo muito importante na indústria química, petroquímica, farmacêutica, alimentícia entre outras, essa extração consiste basicamente no uso de um fluido supercrítico, ou seja, um fluido que está acima da sua temperatura e pressão critica, no estado supercrítico desaparece a distinção do estado liquido e gasoso de um fluido, logo qualquer variação de temperatura e pressão influenciam muito na densidade deste fluido e a densidade é um fator que influencia diretamente na solubilização do solvente, as propriedades dos fluidos assumem valores intermediários as do estado liquido e gasoso, a capacidade de solubilização se aproxima a do líquido e a propriedade de transporte de matéria se assemelha a de um gás, combinando essas características os fluidos supercríticos são considerados ótimos solventes pela alta difusividade e baixa viscosidade o que torna a extração rápida e eficiente, além de ser fácil a recuperação do solvente, a diminuição de gastos com energia térmica e evitar a degradação de compostos termossensíveis. Na prática, se eleva a força de solvatação de um fluido para uma separação seletiva e posteriormente é reduzido a força de solvatação para extrair um composto desejado e recuperar o solvente, o dióxido de carbono CO2 é o solvente mais utilizado. 
Um dos processos em que a extração supercrítica é utilizada é para extração de aromas e fragrâncias de flores, folhas e frutas. No caso de extração utilizando CO2, costuma-se empregar condições onde a pressão é de até 200 atmosferas e a temperatura é de 33ºC. Nessas condições, o CO2 está em estado de fluido supercrítico, este recebe as partes da planta que tem o óleo extraído, nas quais age como um solvente penetrando no substrato e extraindo o que se deseja. Após o equilíbrio entre a pressão da substância e a do ambiente o CO2 volta ao estado gasoso restando apenas o óleo essencial. A partir deste método, obtêm-se óleos essenciais de melhor qualidade e de acentuado potencial terapêutico, uma vez que este processo mantém de forma muito significativa a integridade dos extratos em termos de compostos ativos (PINHEIRO, 2003). Esta técnica é muito utilizada na indústria de cosméticos, óleos essenciais, fitoterápicos entre outros. 
Outro processo é a impregnação supercrítica, onde pode-se extrair algo de interesse e depois incorporar em um produto de interesse utilizando um fluido supercrítico, sendo muito utilizado na deposição de fármacos em matrizes poliméricas pela indústria farmacêutica e também na impregnação de biocidas e conservantes em madeiras e alimentos (Lucas et al., 2007; Richter et al., 2012). 
Referências
http://www.agronex.ufba.br/fluido.html
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/extracao-supercritica/59240
https://www.quimica.com.br/extracao-supercritica-elimina-solventes/2/
PINHEIRO, A. L. Produção de óleos Essenciais, Viçosa: CPT, 2003.
http://www.conhecer.org.br/enciclop/2012b/ciencias%20exatas%20e%20da%20terra/levantamento%20e%20analise.pdf
https://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/5945/2/467627%20-%20Texto%20Completo.pdf
LUCAS, S., GONZALEZ, E., CALVO, M.P. B., PALENCIA, C., ALONSO E., COCERO, M.J. Supercritical CO2 impregnation of Radiata pine with organic fungicides Effect of operating conditions and two-parameters modeling. The Journal of Supercritical Fluids, v. 40, p. 462–469, 2007.
RICHTER, S.G., OTTOB, F., WEIDNERC, E. Impregnation of oil containing fruits. The Journal of Supercritical Fluids, v. 66, p. 321– 327, 2012.