Buscar

Lesões das glândulas salivares

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

· Ácinos serosos (Lilás): Células piramidais, núcleo arredondado, núcleo voltado para basal, citoplasma granular, basofílico, já que o ácino seroso acumula no citoplasma substancias precursoras das enzimas. Ainda pode-se encontrar as células mioepiteliais na periferia dos ácinos, essas células são capazes de contrair.
Parótida
Glândula predominantemente serosa, ácinos serosos, núcleo arredondado e para basal, citoplasma granular e basofílico, os grânulos sã ricos em substancias precursora das enzimas. Na parte esquerda, nota-se um ducto de glândula salivar, ductos estriados.
Submandibular
Predominantemente serosa, mas têm acinos mucosos permeando. Os ácinos serosos “abraçam” os ácinos mucosos. No canto inferior esquerdo evidencia-se um ducto estriado.
Recapitulação:
· Função: produzir saliva (exócrinas). A saliva tem funções digestivas através de enzimas como a amilase salivar, função de limpeza da cavidade oral, manutenção do pH da cavidade oral devido o conteúdo de bicarbonato, tem funções de defesas pela produção de enzimas como lisosina, também contém anticorpos como Ige’s secretórias;
· Tamanho e localização: glândulas salivares maiores (parótidas, Submandibular e sublingual), glândulas salivares menores (em toda a mucosa oral, exceto gengiva e terço anterior da mucosa mastigatória do palato);
· Unidade funcional glandular: como todas as glândulas exócrinas, os adenômeros que são formados por um conjunto de ductos bem como uma porção acinar e presença de algumas células com atividade contrátil;
· Classificação quanto a natureza da secreção e o tipo histológico: serosas e mucosas.
Adenômero:
· Ductos estriados (verde): células colunares, com algumas estriações, núcleos ovais centralmente localizados. Os ductos estriados drenam para os ductos excretores;
· Ductos intercalares (cinza): Células epiteliais ductais mais cuboidais, núcleo arredondado e centralmente localizado. Esse ducto drena para os ductos estriados;
· Porção secretora/ Túbulo mucooso (amarela): ácinos de morfologia mucosa, células piramidais, citoplasma claro e de aspecto espumosos, pois acumulam vesículas que contém mucina, com núcleos achatados e voltados para basal.
	
· Retenção: Onde o trauma não causa a dilaceração do ducto, mas a obstrução deste. Quando há a obstrução a saliva começa a se acumular dentro do sistema ductal, levando a distensão desse sistema e formação de um nódulo.
· Localização: predominantemente no lábio inferior, por ser a porção mais suscetível a traumas, mas pode ocorrer em toda a mucosa oral;
· Características clínicas: acomete predominante jovens e crianças, mas pode ocorrer em todas as idades. Nódulos sésseis, a base é maior que o ápice, a superfície pode apresentar áreas esbranquiçadas, também pode apresentar superfície azulada. Geralmente são indolores;
· Características hitopatológicas: podem ser caracterizadas em mucocele de retenção e de extravasamento.
Mucocele de extravasamento. No centro nota-se a mucocele.
Sublingual
Predominantemente mucosa, mas pode apresentar ácinos serosos.
Glândulas salivares tubárias
Descobertas recentemente, recebem o nome pela morfologia, parecem se localizar na região de faringe e aparentemente são predominantemente mucosas. Provavelmente associada a manutenção de saliva em cavidade oral.
Lesões benignas das glândulas salivares
Lesões reacionais:
· Mucocele: lesão de origem traumática. Pode ser de extravasamento ou de retenção, clinicamente não dá pra diferenciar
· Extravasamento: lesão associada a um trauma que leva a uma dilaceração do ducto da glândula salivar. Como houve lesão ductal, a saliva produzida acaba caindo no tecido conjuntivo, que acaba se acumulando ali e levando a um processo inflamatório, desenvolvendo um nódulo.
Descrição histológica: Evidencia-se uma cavidade cística revestida por tecido epitelial ductal, entretanto diferentemente da mucocele de retenção, não tem origem traumática e não tem infiltrado inflamatório associado. Não tem tendência a formar projeções papilares e processos metaplásicos como na mucocele de retenção. 
 Descrição histológica: nota-se células cúbicas ou colunares ao redor da cavidade cística. Na parte inferior, revestindo, nota-se células colunares com duas ou três camadas de células.
Descrição histológica: revestimento do cisto com células colunares ou cúbicas, ácinos adjacentes aos espaços císticos, alguns vasos sanguíneos ectásicos.
· Cisto do ducto salivar
Pode ser confundido com a mucocele de retenção por seus aspectos morfológicos. Entretanto, esse cisto não tem natureza traumática. 
Esse cisto surge a partir da proliferação do epitélio ductal que apresenta alterações genéticas celulares, que formarão cistos. Acomete predominantemente o lábio superior. 
Tratamento
· Mucocele e mucocele de retenção: Excisão cirúrgica, pois não têm tendência a se resolverem sozinhas. Removendo, inclusive, as glândulas salivares anexas, para não haver recidiva.
· Características histológicas: massa calcificada (laminações concêntricas). Epitélio ductal metaplásico (escamoso, mucoso ou oncocítico) e inflamação periductal.
Descrição histológica: Tem-se uma cavidade ductal preenchida por material mineralizado. Evidenciam-se as mineralizações de aspecto concêntrico. O ducto extremamente dilatado, células ductais cúbicas, adjacente alguns focos de infiltrado iflamatótio.
Descrição histológica: encontra-se extensa metaplasia escamosa do ducto da glândula, epitélio de aspecto escamoso diretamente associado a esse material mineralizado dentro do espaço ductal e um intenso infiltrado inflamatório predominantemente crônico adjacente ao espaço ductal, bem como permeando os epaços acinares.
· Rânula
· Definição: mucocele em glândula submandibular, tendendo a apresentar tamanhos maiores, por conta da topografia, tendo muitos vasos sanguíneos presentes. Pela composição da glândula submandimular, sendo mais viscosos, tem mais tendência a fenômenos de extravasamento.
· Rânula mergulhante: a mucina acumulada desce e vai dissecando os tecidos do pescoço, que formará uma massa no pescoço.
· Aspecto clínico: tumefações que tendem a ter tamanhos maiores que as anteriores, coloração geralmente azulada devido a vascularização intensa em soalho de boca, indolores, macia a palpação, lateralizadas à linha média.
· Aspecto histopatológico: idêntico a mucole.
· Tratamento: marsupialização (descompressão, o tampão da lesão é removido e há a descompressão da lesão) ou remoção. A remoção é delicada pela alta vascularização local.
· Sialolitíase
· Cálculo salivar no interior do ducto salivar
· Calcificação de matéria orgânica (obstrução) 
· Características clinicas: ocorre principalmente na submandibular, entretanto pode ocorrer em qualquer glândula salivar. Acomete mais jovens. É relatada uma tumefação dolorosa (principalmente próximo às refeições, pois produz mais saliva ao se alimentar, e essa produção distende a glândula, comprimindo os nervos adjacentes);
· Aspecto radiográfico: material radiopaco no interior da glândula. (mais visível em sialolitos mais calcificados)
· Tratamento: remoção mecânica ou a remoção cirúrgica juntamente com o lóbulo glandular acometido.
Sialolitíase em glândula parótida. Nota-se a saída do ducto dilatado e material pétreo na saída do ducto. A palpação é endurecida. 
· Aspecto histopatológico:
Observa-se epitélio escamoso, queratinizado, hiperplásico, um tecido conjuntivo fibroso adjacente, com alguns focos inflamatórios. Mas, na profundidade, observa-se lóbulos de glândula salivar, entretanto esses lóbulos apresentam rarefação acinar (os ácinos estão degenerados). É possível visualizar ductos, as vezes dilatados, adjacentes a uma fibrose periductal, permeado por células inflamatórias, geralmente, de células inflamatórias crônicas. Esses ductos estão associados a metaplasias escamosas.
Lesões associadas a distúrbios imunológicos
· Síndrome de Sjögren
· Doença autoimune queafeta a as glândulas exócrinas, com uma grande predileção por glândulas salivares e lacrimais;
· As glândulas sofrem degeneração e apresentam xerostomia e xeroftalmia;
· Também é caracterizada com síndrome seca;
· Multifatorial: imunológicas, genéticas e ambientas;
· Formação de auto anticorpos: glândulas salivares, lacrimais, tireoide, pâncreas, próstata, eritrócitos, células nervosas;
· Auto antígenos (SSA/Ro, SSB/La, receptor muscarínico, M3, proteínas do centrómero);
· Variantes de MHC II: HLA-B8; HLA-DRw3; HLA-DLw4;
· Vírus: HTLV-1; EBV.
· Sialometaplasia necrosante
· Assemelha-se a condição maligna (pois apresenta uma fase ulcerativa, profundas, com bordas elevadas e indolores);
· Etiologia: se trata de um processo isquêmico das glândulas salivares, essas glândulas sofrem isquemia, enfartam e sofrem necrose coagulativa, após isso forma-se a úlcera;
· Se localiza principalmente no palato, pois é pouco vascularizada, estando mais suscetível a processos isquêmicos;
· Acomete mais o sexo masculino de meia idade; 
Fase da tumefação: dolorosa
Fase ulcerativa: não-dolorosa
· Não há necessidade de tratamento;
É um tumor de crescimento lento;
Firme a palpação;
Podem iniciar como lesões flutuantes;
Indolores, exceto quando atingem dimensões muito grandes, pois comprimem nervos ao redor;
Quando acometem a parótida, podem atingir grandes proporções;
Surgem como nódulos submucosos, sem sinais de ulcerações;
Produzem materiais mucoides; 
Aspecto microscópico:
Descrição histológica: nota-se que é um tumor encapsulado, exceto nos casos das glândulas salivares menores, onde ele é parcialmente encapsulado. É possível identificiar estruturas ductiformes e císticas
Descrição histológica: nota-se diversas estruturas ductiformes e císticas; pequenas ilhas em cordões anastomosados de células tumorais formando estruturas ductiformes e císticas. As células ductais revestem as estruturas ductiformes e císticas, enquanto as células mioepitelias ficam adjacentes a essas estruturas, compondo os cordões e ilhotas tumorais. Permeando o parênquima do tumor, tem-se o estroma.
· Apresentação clínica: primária (apenas envolvimento das glândulas exócrinas) e secundária (onde o paciente tem outra doença auto imune associada, como lúpus);
· Características clínicas:
· Tumefação bilateral difusa das glândulas salivares;
· Secura da boca e olhos;
· Indolor ou dolorosa;
· Mulheres são mais acometidas;
· Secura de outras mucosas;
· Sialoadenites e doenças auto-imunes da tireoide;
· Artralgias e mialgis;
· Pele seca e úlceras;
· Alterações nervosas e renais;
· Linfomas e leucemias. 
· A síndrome de sjogren primária ocorre quando há 4 dos 6 critérios positivos, desde que a histologia ou sorologia dê positivo;
· A síndrome de sjogren secundária ocorre quando um critério subjetivo positivo, além de 2 ou mais quesitos positivos do 3, 4 e 5. (ver tabela).
· Tratamento: 
· Suporte oftalmológico e odontológico;
· Anti-inflamatórios e imunossupressores;
· Tendência para desenvolver linfomas;
Adenoma pleomórfico
Principal neoplasia benigna, também é o mais comum;
Composto de células mioepitelias e células ductais;
Padrão variável: parênquima e estroma tumoral (tumor ‘misto’ benigno);
Localiza-se predominantemente em glândulas salivares maiores, principalmente na parótida, e as glândulas salivares menores são o segundo grupo mais acometido, principalmente o palato, entretanto também tem grande acometimento em glândulas submandibulares;
Hitopatologia: 
Cápsula fibrosa fina com solução de continuidade;
Células epiteliais ductais e mioepiteliais;
Metaplasias do conjuntivo.
Aspecto macroscópico: evidencia a capsula fibrosa periférica, uma massa esbranquiçada de superfície compacta e brilhosa.
Descrição histológica: nesse aumento é mais fácil identificar as células ductais e mioepiteliais. As células ductais apresentam morfologia mais cuboide e pavimentosa e se encontram ao redor das estruturas ductiformes, o núcleo pode variar de hipercromático. Adjacente as células ductais, se encontram as células mioepiteliais, que são contráteis e com morfologia extremamente variada no adenoma pleomórfico. Geralmente têm núcleo amplo, cromatina mais frouxo, citoplasma evidente e morfologia variada.
Tratamento: excisão cirúrgica, se bem removido tem baixa taxa de recorrência.
 
Tumor de Warthin (cistoadenoma papilífero linfomatoso)
etiologia incerta, podendo estar associada ao fumo;
policlonal (existe uma dúvida se ele se trata de uma neoplasia verdadeira)
patogênese: incerta
possivelmente se origina de tecido glandular ectópico (desuso);
vem de um proliferação ductal, surgindo um estroma linfoide secundário ao redor da proliferação ductal.
Localização: predominantemente em parótida, acomete principalmente o lóbulo caudal da parótida, que fica sob o ângulo da mandíbula;
Crescimento lento;
Indolor;
Excelente prognóstico;
Palpação amolecida;
Histopatológico
Proliferação de epitélio ductal num estroma linfoide;
Espaços císticos;
Reentrâncias do epitélio (aspecto papilífero);
Aspecto da proliferação epitelial;
Descrição histológica: papilífero pois pode-se notar projeções papilares.
Descrição histológica: nota-se o revestimento epitelial ductal ao redor das cavidades císticas, que forma projeções papilares.
Descrição histológica: revestimento epitelial de duas a quatro camadas, com células cuboidais ou colunares, citoplasma eosinofilico extremamente granular, chamadas de oncócitos, que refletem o acúmulo de mitocôndrias. Os núcleos podem ser redondos, com cromatina frouxa. 
Tratamento: excisão cirúrgica, recidiva de 6 a 12%

Outros materiais