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Lesões Benignas de Glândulas Salivares

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 São glândulas exócrinas que produzem 
saliva, fluido que possui funções digestivas, 
lubrificantes e protetoras; 
 Existem as glândulas salivares maiores 
(parótida, submandibular e sublingual) e as 
glândulas salivares menores, mais presentes 
em palato e lábio inferior; 
 O parênquima da glândula consiste da 
união dos: 
└ Ácinos: unidades secretoras que podem 
ser esféricas (ácinos serosos) ou 
tubulares (túbulos mucosos); 
└ Ductos: são ramificações que liberam a 
saliva produzida para o meio bucal; 
apresentam três tipos, o ducto 
intercalares (próximos ao ácinos), 
estriados (intermediário) e o ducto 
excretor (de maior calibre e leva a 
saliva para a cavidade oral); 
└ Células mioepiteliais: apresentam 
função de contração, presentes na 
unidade secretora e nos ductos 
intercalares. 
 
 Glândulas salivares maiores: 
└ Parótida: exclusivamente secreção 
serosa, rica em proteínas, enzimas e 
anticorpos; 
└ Submandibular: compostas por 
glândulas serosas e mucosas, com 
secreção 80% serosa e 20% mucosa; 
└ Sublingual: predominante secreção 
mucosa, com secreção viscosa, rica em 
carboidratos e água. 
 Glândulas salivares menores: 
└ Encontradas em toda a mucosa oral e 
língua, exceto na mucosa mastigatória 
(região anterior do palato duro e 
gengiva); 
└ Apresentam secreção mucosa, exceto as 
glândulas de Von Ebner, encontradas na 
língua, que são puramente serosas. 
 
Lesões Reacionais
• Mucocele/Rânula
• Sialolitíase
• Cisto de retenção mucoso
• Sialometaplasia necrotizante
• Lesões induzidas por radiação e 
medicamentos
Lesões infeciosas
• Sialodenite
Lesões associada a distúrbios 
imunológicos
• Lesão linfoepitelial benigna
• Síndrome de Sjogren
Neoplasias benignas
• Adenoma Pleomófico
• Tumor de Warthin
 Lesão comum em tecido mole resultante da 
ruptura de um ducto de glândula salivar e 
do extravasamento de mucina para dentro 
dos tecidos moles vizinhos; 
 Etiologia: trauma local, entre outros; 
 Não é um cisto verdadeiro, pois não 
apresenta revestimento epitelial interno. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Aumentos de volume mucosos arredondados 
com tamanho de 1 a 2 mm a centímetros – 
nódulo ou bolha; 
 Mais comum em crianças e jovens, sem 
predileção por sexo; 
 Superfície lisa; 
 Coloração azulada, quando o 
extravasamento é mais superficial na 
mucosa; 
 Quando mais profundos, apresenta 
coloração comum da mucosa; 
 Lesão flutuante, compressível; 
 Histórico clínico comum: aumento de volume 
recorrente que se rompe periodicamente e 
libera seu conteúdo fluido; 
 Comum mais em lábio inferior (80%), sendo 
lateralmente à linha média; outros sítios 
comuns: assoalho, mucosa jugal, língua; 
 Assintomático. 
 
HISTOPATOLÓGICO 
 Cavidade pseudocística com área de 
mucina extravasada; 
 Circundada por tecido de granulação 
reacional; 
 Numerosos macrófagos espumosos; 
 Infiltrado inflamatório crônico e ductos 
dilatados. 
 Aumento do número de vasos; 
TRATAMENTO 
 Algumas mucoceles se rompem e cicatrizam 
sozinhas; 
 Casos crônicos: excisão cirúrgica local 
└ Remoção da glândula salivar menor que 
possa estar localizada dentro da lesão 
quando a área for excisada; 
└ O tecido excisado deve ser submetido à 
avaliação microscópica para 
confirmação diagnóstica e descartar a 
possibilidade de neoplasias; 
 Menos comum: marsupialização e laser CO2. 
 Mucoceles que ocorrem no assoalho de 
boca, associados à glândula sublingual ou 
submandibular; 
 Causas: trauma e fatores genéticos. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Aumento de volume arredondado flutuante, 
de coloração azulada, no assoalho bucal; 
 Lesões profundas podem apresentar 
coloração normal da mucosa; 
 Geralmente, se desenvolvem como grandes 
massas que preenchem o assoalho bucal e 
elevam a língua; 
 Em geral, a rânula se localiza lateralmente 
à linha média; 
 As rânulas podem se romper e liberar seu 
conteúdo e, então, formam-se novamente; 
 
RÂNULA CERVICAL/MERGULHANTE 
 Variante clínica não usual; 
 Ocorre quando a mucina extravasada 
disseca através do m. milo-hioide e produz 
o aumento de volume dentro do pescoço; 
 Um aumento de volume 
concomitante no 
assoalho bucal pode ou 
não estar presente; 
 Imagens de TC e IRM: 
exibem uma discreta 
extensão da lesão 
dentro do espaço 
sublingual (“sinal de cauda”); 
HISTOPATOLÓGICO 
 Semelhante à da mucocele em outras 
localizações clínicas; 
TRATAMENTO 
 Remoção da glândula sublingual e/ou 
marsupialização; 
 Marsupialização: 
└ Consiste na remoção da porção superior 
da lesão intraoral; 
└ Geralmente pode ser bem-sucedida 
para rânulas pequenas e superficiais; 
 Excisão cirúrgica: 
└ Com ou sem remoção da glândula; 
└ A dissecção meticulosa do limite da 
lesão pode não ser necessária para sua 
resolução, mesmo para as rânulas 
mergulhantes; 
└ Caso seja possível a identificação da 
porção específica da glândula 
sublingual que originou a lesão, a 
excisão parcial da glândula pode ser 
bem-sucedida. 
 Sialólitos: são estruturas calcificadas que se 
desenvolvem dentro do sistema de ductos 
das glândulas salivares; 
 Etiologia: acredita-se que surgem pela 
deposição de sais de cálcio ao redor de um 
ninho de debris dentro da luz do ducto; 
└ Esses debris podem incluir muco espesso, 
bactérias, células epiteliais ductais ou 
corpos estranhos; 
└ A causa é incerta; 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Local mais comum: glândula 
submandibular (80% dos casos); 
└ O longo, tortuoso e ascendente ducto de 
Wharton e sua secreção mucoide 
espessa podem ser responsáveis por sua 
tendência à formação de cálculo salivar. 
 Também podem se formar dentro das 
glândulas salivares menores: lábio superior 
e da mucosa jugal; 
 Pode ocorrer em qualquer faixa etária, 
acometendo mais adultos e idosos; 
 Aumento de volume (tumefação) da 
glândula associada, com frequente 
episódios esporádicos de dor, 
especialmente durante as refeições; 
 Se o cálculo é localizado próximo à porção 
terminal do ducto: palpação de uma massa 
endurecida abaixo da mucosa; 
 
 Exame radiográfico: massa radiopaca, 
sendo visualizadas principalmente em 
radiografia oclusais ou panorâmicas; 
└ Outros: sialografia, a ultrassonografia e 
a tomografia computadorizada. 
TRATAMENTO 
 Pequenos sialólitos: ordenhamento, com 
massagens suaves, levando o cálculo em 
direção ao canal de saída; 
 Prescrição de sialogogos (drogas que 
estimulam a salivação), aplicação de calor 
no local e aumento de ingestão de líquidos, 
principalmente ácidos, como suco de limão; 
 Grandes sialólitos: remoção cirúrgica; 
└ Caso a glândula esteja com dano 
inflamatório, também deve ser 
removida; 
└ Em glândulas salivares menores: excisão 
também das glândulas associadas; 
 Obs: pilocarpina – estimula a salivação, 
sendo indicada em casos de xerostomia; 
escopolamina – diminui a salivação, 
indicado em casos de sialorreia. 
 Doença autoimune crônica sistêmica que 
envolve as glândulas salivares e lacrimais, 
resultando em xerostomia (boca seca) e 
xeroftalmia (secura ocular); 
 É resultante da lesão linfoepitelial benigna 
+ sintomas (xeroftalmia, xerostomia e 
outras doenças autoimunes); 
 Etiologia é desconhecida: 
└ EBV (Epstein-Barr); 
└ HTLV (Vírus Linfotrópico de Células 
Tumorais); 
└ Influência genética. 
 Os efeitos nos olhos geralmente são 
chamados de queratoconjuntivite sicca 
(“seca”), e a apresentação clínica de 
xerostomia e xeroftalmia é, às vezes, 
também chamada de síndrome sicca; 
FORMAS DA DOENÇA 
 Primária: síndrome sicca isolada 
(xerostomia e xeroftalmia); 
 Secundária: síndrome sicca + outras 
doenças autoimunes; 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Não é uma condição rara – prevalência de 
0,5% e afeta mais mulheres de meia idade; 
 Envolve outras mucosas (nasal, vaginal) e 
pele; 
 Glândulas salivares apresentam-se 
aumentadas em volume bilateral e sensíveis; Pode estar associada a qualquer outra 
doença autoimune, sendo a mais comum a 
artrite reumatoide; 
 Principal sintoma oral: xerostomia, causada 
pelo decréscimo das secreções salivares; 
 A saliva pode se apresentar espumosa, com 
perda do reservatório usual de saliva no 
assoalho da boca; 
 Queixas: dificuldades durante a deglutição, 
alterações de paladar ou dificuldades em 
usar próteses removíveis; 
 Língua: geralmente se torna fissurada e 
exibe atrofia das papilas; 
 A mucosa oral pode se apresentar vermelha 
e dolorida, como resultado de uma 
candidíase secundária; 
 As úlceras causadas por próteses e a 
queilite angular são comuns; 
 A falta da ação de 
limpeza da saliva 
predispõe o 
paciente a cáries, 
especialmente as 
cervicais; 
ACHADOS LABORATORIAIS 
 A velocidade de hemossedimentação é 
elevada, e os níveis de imunoglobulinas (Ig) 
séricas, especialmente IgG, são altos; 
 Variedade de autoanticorpos produzida; 
 Fator reumatoide positivo (60% dos casos); 
 Anticorpos antinucleares (ANAs) também 
estão presentes em 75% a 85% dos 
pacientes, principalmente anti-SS-A (anti-
Ro) e antiSS-B (anti-La) na forma primária. 
HISTOPATOLÓGICO 
 Infiltração linfocítica nas glândulas 
salivares, que leva à destruição das 
unidades acinares; 
 Lesões mais avançadas resultam em um 
padrão conhecido como lesão linfoepitelial 
benigna (sialoadenite mioepitelial); 
 As células ductais e as células mioepiteliais 
se tornam hiperplásicas (ilhas 
epimioepiteliais), ao longo de toda a 
proliferação linfoide; 
 A biopsia busca agregados inflamatórios 
crônicos focais, compostos por 50 ou mais 
linfócitos e plasmócitos: quanto maior o 
número de focos (mais de 12 ou focos 
confluentes), maior é a correlação com o 
diagnóstico. 
 
TRATAMENTO 
 Tratamento de suporte, pois não há cura; 
└ Para xeroftalmia: uso periódico de 
lágrima artificial, uso de óculos escuros, 
selamento do ducto de drenagem 
lacrimal; 
└ Para xerostomia: uso salivas artificiais, 
balas ou chicletes sem açúcar; produtos 
de higiene oral que contenham 
lactoperoxidase, lisozima e lactoferrina, 
sialogogos e aplicações diárias de flúor. 
 Acompanhamento multiprofissional: 
oftalmologia, odontologia, reumatologia. 
 Tumor misto benigno; 
 Neoplasia de glândula salivar mais comum: 
50% a 77% das neoplasias da parótida, 
53% a 72% dos tumores da glândula 
submandibular, e 33% a 41% dos de 
glândula salivar menor; 
 Derivados de uma mistura de elementos 
ductais e mioepiteliais; 
 Estroma variado, mas não é 
verdadeiramente uma neoplasia mista; 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Aumento de volume firme, indolor e de 
crescimento lento; 
 Pode ocorrer em qualquer faixa etária, 
sendo mais comum em adultos jovens e de 
meia idade; 
 Neoplasia de glândula salivar menor 
primária mais comum na infância; 
 Discreta predileção pelo sexo feminino; 
 Nas glândulas salivares maiores, é mais 
comum em parótida e submandibular; 
 Em glândulas salivares menores é mais 
comum em palato, lábio superior e mucosa 
jugal. 
 O palato é a localização mais comum (50 a 
65% dos casos; 
 Pode alcançar grandes proporções. 
 
 
 Em parótida ocorre mais no lobo superficial 
e se apresenta como um aumento de volume 
no ramo da mandíbula, à frente da orelha; 
 A dor e a paralisia do nervo facial são 
raras. 
 Inicialmente, o tumor é móvel, mas se torna 
menos móvel com seu crescimento; 
HISTOPATOLÓGICO 
 Lesão normalmente encapsulada e bem 
circunscrita, podendo a cápsula ser 
incompleta ou exibir infiltração pelas 
células neoplásicas; 
 O parênquima da lesão é composto de uma 
mistura de epitélio glandular e células 
mioepiteliais dentro de um fundo 
semelhante ao mesênquima; 
 O epitélio forma ductos e estruturas císticas, 
ou pode ocorrer na forma de ilhas ou 
cordões de células; 
 Células escamosas produtoras de queratina 
ou células produtoras de muco também 
podem ser vistas; 
 Presença de degeneração mixoide; 
TRATAMENTO 
 Excisão cirúrgica: 
└ Em lobo superficial da glândula 
parótida: parotidectomia superficial, 
com identificação e preservação do 
nervo facial; 
└ Em lobo profundo da glândula parótida: 
a parotidectomia total, se possível com 
a preservação do nervo facial; 
└ Em glândulas submandibulares são mais 
bem tratados pela remoção total da 
glândula com a neoplasia; 
└ Os do palato duro são excisados 
abaixo do periósteo, incluindo a mucosa 
sobrejacente; 
└ Em outros sítios orais, em geral a lesão é 
enucleada através de incisão local. 
 Possibilidade de recidiva e transformação 
maligna (carcinoma ex-adenoma 
pleomórfico). 
 Cistadenoma Papilar Linfomatoso; 
 Neoplasia benigna que ocorre quase 
exclusivamente na glândula parótida; 
 É o segundo tumor benigno mais comum da 
glândula parótida (5% a 22% de todas as 
neoplasias da glândula parótida); 
 Patogênese é incerta (fumo, EBV); 
└ Tumores podem se originar de tecido 
glandular heterotópico encontrado em 
linfonodos da glândula parótida; 
└ Proliferação do epitélio do ducto da 
glândula salivar associado à formação 
secundária de tecido linfoide; 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Se apresenta como um aumento de volume 
nodular de crescimento lento e indolor na 
glândula parótida; 
 As lesões podem ser firmes ou flutuantes à 
palpação; 
 O tumor ocorre mais frequentemente na 
cauda da parótida, próximo ao ângulo da 
mandíbula, e pode ser notado muitos meses 
antes de o paciente procurar tratamento; 
 Tendência de ocorrer bilateralmente (5% a 
17% dos casos relatados) 
 A maioria dos tumores bilaterais não ocorre 
simultaneamente, mas é 
metacrônica (ocorrendo 
em momentos distintos); 
 Comum em adultos de 60 
a 70 anos (pico), com 
predileção pelo sexo 
masculino; 
HISTOPATOLÓGICO 
 Mistura de epitélio ductal e um estroma 
linfoide; 
 Epitélio de natureza oncocítica, formando 
colunas uniformes de células que circundam 
espaços císticos; 
 A camada interna luminal consiste em 
células colunares altas com núcleo central, 
levemente hipercorado e alinhado em 
paliçada; 
 O epitélio delimitante exibe múltiplas 
projeções papilares que se projetam para 
dentro dos espaços císticos; 
 Áreas focais de metaplasia escamosa ou de 
prosoplasia das células mucosas podem ser 
observadas; 
 O epitélio é mantido por um estroma 
linfoide que, frequentemente, exibe 
formação de centros germinativos; 
 
TRATAMENTO 
 Remoção cirúrgica; 
 Taxa de recorrência de 2% a 6% após a 
cirurgia; 
 Tumores malignos de Warthin (carcinoma 
ex-cistadenoma papilífero linfomatoso) têm 
sido relatados.

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