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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO 
DOENÇA MENTAL E PERICULOSIDADE CRIMINAL NA PSIQUIATRIA CONTEMPORÂNEA: ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS E MODELOS ETIOLÓGICOS
RIO BRANCO – AC
2021
MITJAVILA, M. R.; MATHES, P. G. Doença mental e periculosidade criminal na psiquiatria contemporânea: estratégias discursivas e modelos etiológicos. Rev. Physis, v 22 (4):1377-1395. Rio de Janeiro, 2012.
 Maria Helena Guedes da Silva[footnoteRef:1] [1: Especialista em Educação Inclusiva; Pós-Graduanda em Gestão do Sistema Penitenciário e Direitos Humanos pela Universidade Federal do Acre- UFAC.] 
	Nesse artigo, os autores discutem a dimensão dos diversos e possiveis sentidos existentes no viés psiquiátrico da periculosidade criminal e a relação existente com a saude mental. Com bases em estudos de manuais e livros de psiquiatria forenses foram estabelecidas estratégias para interpretar o estudo da criminalidade pela psiquiatria.
	Os autores explicam que apesar de não existir conseso na literatura médica sobre a relação entre saude mental e criminalidade, o campo juridico-penal, sempre atribuiu a medicina psiquiátrica a competência técnica e amparo legal ´para determinar a periculosidade criminal de um indivíduo doente ou portador de transtorno mental. Os autores citam a nelvragia existente entre a relação indivíduo e instituições sociais e o papel relevante na construção e regulação dessas relações, desempenhado pela esfera juridica.
	Os autores ainda, definem que, na psiquiatrias forense não ouve muita evolução da relação entre a doença mental e as leis, tanto quanto ouve da doença mental em si e, que as preocupações com as providencias legais a serem tomadas de acordo com a integridade mental do individuo se sobrepõem a preocupação com as causas e classificações das doenças psiquiátricas.
	Os autores tecem uma narrativa cronológica sobre a relação loucura e crime e os conceitos que foram cunhados ao longo do tempo para estabelecer essa relação. Abordam a teoria de diferentes autores sobre a criminalidade e doença mental, como a “degenerescência como predisposição que apresentava traços morais e - principalmente - físicos se tornará peça-chave das relações entre loucura e criminalidade” de acordo com Morel; a teoria do criminoso nato de Cesare Lombroso, que partiu da teoria da degeneração de More. Para Lombroso, o crime é um fenômeno natural do ser humano que pode ser prevenido.
	No Brasil, atualmente, as políticas públicas voltadas para os sistema penal seguem um postulado diversificado e eclético, que se revelam nos diferentes procedimentos adotados, quanto a sanção aplicada contra o crime e contra o criminoso que, ora reforçam a repressão do ato em si, definido na lei como crime ou contravenção penal, ora priorizam o comportamento do indivíduo, intervindo em seu suposto potencial criminoso. 
	 O indivíduo doente mental que comete um crime e a instituição que o guarda, o manicômio judiciário ou hospital de custódia e tratamento, se colocam no mesmo contexto das políticas criminais, que fazem parte do sistema penitenciário. 
	A periculosidade que, como diferentes autores exlicam, difere do "potencial criminógeno" ou capacidade de delinqüir, encontra-se no rol ecletico do postulado penal, que abre espaço para um outro viés nas políticas penais brasileiras que não a pena privativa de liberdade mas, a medida de segurança, procedimento que se diz preventivo. 
	O doente mental, no Brasil, possui estatuto jurídico ambiguo. Sua doença é o que mobiliza seu ato criminoso e lhe exclui da culpa e responsabilidade. Por sua vez, a punição é transformada em “tratamento” e a prevenção são as medidas de segurança, fundamentadas em sua periculosidade, que é um risco incerto que se expressa em um futuro tambem incerto e por esse motivo revelam a fragilidade do sistema. 
	Resta-nos perguntas que, com certeza exigem muito mais estudo e reflexão: qual a solução para o criminoso doente mental? Que instituição seria adequada e que tipo de tratamento ou punição seria melhor aplicado para esse tipo de criminoso?

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