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Sexualidade na Terceira Idade - resumo

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1 Grupo de Estudo – Saúde do Idoso 
Sabrina Feitosa 
As mudanças anatômicas e fisiológicas 
acontecem universalmente, entretanto é um 
processo diferente para cada sujeito 
(BALLONE, 2008; como citado em 
GUIMARÃES, 2016). 
A própria biologia humana já impõe dois 
processos diferentes: o processo da 
sexualidade na velhice é diferente para o 
homem e para a mulher. Na mulher, ocorre o fim 
do período reprodutivo. No homem, não há 
ainda definido o fim da capacidade da 
fecundidade (GUIMARÃES, 2016). 
O modo como ambos os sexos reagem frente a 
esse processo também é diferente. Segundo 
Ballone (2008; como citado em GUIMARÃES, 
2016), a principal preocupação da mulher 
são as mudanças estéticas, enquanto a 
principal preocupação masculina é a 
disfunção erétil, muitas vezes, essa mesma 
preocupação gera ansiedade, alimentando o 
ciclo vicioso da disfunção. 
As mudanças biológicas na mulher começam 
por volta dos 40 anos com a entrada no 
climatério que é um período de transição entre 
as fases reprodutiva e não reprodutiva, período 
que se estende até cerca de 65 anos. É neste 
período que a menopausa acontece 
(MASTROROCO, 2002; como citado em 
GUIMARÃES, 2016). 
Após a menopausa, os hormônios sexuais 
femininos passam a ser produzidos em menor 
quantidade no organismo feminino. Em 
consequência, acontecem as seguintes 
mudanças: 
• os ovários se tornam menores; 
• as trompas de falópio se fazem filiformes; 
• o útero regride ao seu tamanho pré-púrbere; 
• o endométrio e a mucosa do colo uterino se 
atrofiam; 
• a vagina se torna mais curta e menos 
elástica; 
• a mucosa vaginal se torna mais delgada e 
friável; 
• a capacidade de lubrificação da vagina 
diminui (BALLONE, 2008; como citado em 
GUIMARÃES, 2016). 
Há ainda os sintomas neurovegetativos que 
são resultantes da falta de estrogênio: fogachos 
(ondas de calor), sudorese, cefaleias, 
palpitação, vertigem e zumbido 
(MASTROROCCO, 2002; como citado em 
GUIMARÃES, 2016). 
As alterações biológicas vaginais dão origem à 
dispareunia (dor na relação sexual), apesar 
disso, as mulheres ainda mantêm a capacidade 
multi-orgasmica. Há também a queda de 
produção de andrógenos (hormônios sexuais 
masculinos) que os autores têm relacionado à 
queda no desejo sexual - todavia, é preciso 
avaliar primeiro qual o conceito de sexo para a 
mulher atendida antes de definir que a razão da 
diminuição do desejo sexual é biológica 
(BALLONE, 2008; como citado em 
GUIMARÃES, 2016). 
Um auxílio para a mulher nessa fase pode ser a 
Terapia de Reposição Hormonal (TRH) que 
tem capacidade para resolver os sintomas que 
a incomodam no dia a dia, como os fogachos, 
até a vida sexual, aumentando a capacidade de 
lubrificação vaginal e o desejo. Seus benefícios 
não se atêm apenas ao contexto sexual, a TRH 
também ajuda nos níveis de colesterol, a 
coagulação do sangue, a preservação da 
capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos 
 
 
2 Grupo de Estudo – Saúde do Idoso 
Sabrina Feitosa 
e na prevenção e tratamento da osteoporose 
(GUIMARÃES, 2016). 
A TRH, entretanto, também apresenta efeitos 
colaterais, como: aumento da pressão arterial, 
aumento dos triglicerídeos, maior probabilidade 
de formação de coágulos nos vasos sanguíneos 
e indução de alguns tipos de cânceres 
(GUIMARÃES, 2016). 
Devido aos efeitos colaterais da TRH, seu uso 
deve ser bem analisado. Cabe ressaltar que o 
modo mais saudável de manter a saúde dos 
órgãos sexuais femininos é praticando o ato 
sexual, pois o orgasmo aumenta a irrigação 
vascular da vagina e a prática sexual estimula a 
musculatura da vagina, deixando-a lubrificada e 
flexível (GUIMARÃES, 2016). 
As alterações sexuais biológicas nos 
homens provadas pelo envelhecimento são: 
• disfunção erétil; 
• precisa de mais estimulo para que a ereção 
ocorra; 
• precisa de mais tempo para chegar ao 
orgasmo que também se torna menor; 
• as ereções noturnas involuntárias diminuem; 
• o período refratário após a ereção aumenta; 
• a ejaculação também diminui e se torna mais 
demorada; 
• o líquido pré-ejaculatório também diminui; 
• a capacidade de reprodução começa a 
diminuir aos 40 anos, mas se mantém até os 
90 anos; 
• o hormônio testosterona também diminui, a 
partir dos 55 anos, podendo diminuir o 
desejo sexual (GUIMARÃES, 2016). 
Como já foi dito, os problemas de ereção são os 
que mais incomodam os homens. A principal 
causa para esses problemas é o transtorno 
vascular. O principal tratamento atual é a 
medicação com Sildenafil (Viagra) que age 
aumentando o fluxo sanguíneo para o pênis, 
tornando a estrutura peniana enrijecida. Apesar 
disso, vale ressaltar que, esse remédio não é 
indicado para homens que têm vida sexual 
saudável, mas desejam aumentar seu 
desempenho sexual (PAZOLINI, 2003; como 
citado em GUIMARÃES, 2016). 
A sociedade atual tende a quantificar a atividade 
sexual por meio do coito e, como o coito é menor 
durante a velhice, muitos idosos adotam a 
abstinência de modo progressivo 
(GUIMARÃES, 2016). 
Outro ponto é visão social do “velho safado” que 
seria o idoso que gosta de sexo. Esse 
estereótipo influencia os idosos a inibirem 
seus desejos sexuais, pois sentem culpa e 
vergonha por tê-los (GUIMARÃES, 2016). 
Fatores estressores também influenciam na 
sexualidade do idoso, como viuvez, perda da 
importância em seus papeis sociais, nível 
socioeconômico e saúde (GUIMARÃES, 2016). 
A menopausa pode ter como efeito psicológico, 
na mulher, depressão, dúvidas sobre seu papel 
na sociedade, início da síndrome do ninho vazio 
com os filhos adolescentes tendo mais 
independência (GUIMARÃES, 2016). 
Os papeis sociais em torno da menstruação 
(reprodução, educação dos filhos, dona de casa, 
etc.) resultam em frustração, no momento em 
que a mulher se dá conta de que viveu toda sua 
vida em função do marido e dos filhos e, em 
contrapartida, ninguém se dedicou à ela da 
mesma forma (SALGADO, 1996; como citado 
em GUIMARÃES, 2016). 
Contudo, nem sempre a menopausa se 
desdobrará dessa forma. Algumas mulheres 
vivem mais intensamente sua sexualidade 
durante a menopausa por terem certeza de que 
não irão mais engravidar (GUIMARÃES, 2016). 
Guimarães (2016) propõe que os papeis sexuais 
modernos resultam em uma crise de 
identidade feminina: antes, a mulher 
simplesmente se conformava quando o parceiro 
não podia mais ter ereções, atualmente, com a 
existência do Viagra, a mulher exige que seu 
parceiro lhe dê prazer. Como consequência, 
pode-se notar em alguns casais o “efeito 
Viagra”: o homem com necessidade de 
satisfazer a mulher, faz uso de remédios que o 
 
 
3 Grupo de Estudo – Saúde do Idoso 
Sabrina Feitosa 
auxiliem nisso. Assim, hoje sexo é valorizado ao 
ponto das pessoas o buscarem para ter prazer. 
Com o sexo sendo tão valorizado, as mulheres 
com vida sexual ativa passam a sofrer de 
ansiedade inibitória (medo de sofrer de 
dispareunia). Enquanto mulheres idosas 
enfrentam a falta de parceiros, uma vez que 
os homens tendem a morrer mais cedo. Apesar 
disso, a sexualidade pode ser vida sem um 
parceiro, por exemplo: usando a masturbação 
(GUIMARÃES, 2016). 
Segundo Ballone (2008, como citado em 
GUIMARÃES, 2016), “qualquer sinal de 
impotência provoca grande preocupação nos 
homens em geral e no idoso, em particular”. 
Assim como nas mulheres, o envelhecimento 
também pode provocar depressão em homens 
idosos. 
GUIMARÃES, Helena Cardoso. Sexualidade na 
Terceira Idade. Revista Portal de Divulgação, 
[S.I.], n. 47, p. 37-46, fev. 2016. Disponível em: 
https://revistalongeviver.com.br/index.php/revist
aportal/article/download/569/625. Acesso em: 
02 set. 2021. 
Veja também: 
Legado de Paul B. Bates à Psicologia do 
Envelhecimento

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