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Hematopoese: Produção de Células Sanguíneas

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1 Clara Rêgo – 6° semestre 2021.1 
Hematopoese 
 A hematopoese é a dinâmica de produção das células do sangue. Por dia são produzidas 1 trilhão na nossa medula óssea 
(principalmente nos ossos trabeculados), a partir de células tronco que representam apenas 0,1% das células nucleadas da MO. É 
necessário um microambiente normal: sobrevivência das células progenitoras (células tronco dentro da MO), acomodar as células 
em desenvolvimento na MO, e favorecer a interação entre as células. 
 Esse processo acontece desde muito cedo no saco vitelínico na placenta, porém 
ainda só há produção da linhagem vermelha que originará as hemácias. Após 5ª/6ª semana 
de gestação, o fígado e o baço começam a fazer hematopoese também, até que entre o 5° 
e 6° *mês* a medula óssea passa a ser funcionante, então é iniciada a diferenciação da 
série vermelha, branca e plaquetária. Após o nascimento, a criança tem MO funcionante 
em praticamente todo o esqueleto, e à medida que vamos envelhecendo, esse tecido ósseo 
passa a ser substituído por tecido gorduroso, por isso no indivíduo adulto há MO ativa 
basicamente nas vértebras, esterno, costelas e ossos proximais, como a bacia. 
➔ ESTROMA MEDULAR : dá sustentação ao sistema hematopoiético. É comporto 
por seios venosos, os quais dão o caminho, para a entrada das células produzidas, 
à circulação. Além disso, o estroma medular participa da regulação da proliferação 
e diferenciação celular + produção de fatores de crescimento. 
DINÂMICA DA HEMATOPOESE 
 As diferentes células maduras do sangue apresentam características semelhantes, como a vida-média curta (horas a dias) 
e origem comum a partir de células-tronco hematopoiéticas (CTHs) presentes na medula óssea. Essas são as células mais imaturas 
da hierarquia de diferenciação das células sanguíneas, as quais irão se diferenciar em glóbulos vermelhos, leucócitos e plaquetas. 
1. Divisão célula tronco em duas linhagens: mieloide e linfóide (precurosa dos linfócitos T e B) 
2. Diferenciação da linhagem linfóide B acontece na medula óssea e os linfócitos T no timo. 
 
2 Clara Rêgo – 6° semestre 2021.1 
3. Diferenciação mieloide: acontece na medula óssea. Ela se diferencia em eosinófilos, monócitos, granulócitos, basófilos, 
plaquetas e eritrócitos → presentes no sangue periférico. 
 Obs: as células que estão ma MO, não vemos no hemograma, apenas no mielograma. 
 
I. ERITROPOESE : produção da série vermelha. 
 Em condições normais, são produzidas no adulto 200 bilhões de hemácias por dia e a produção é EXCLUSIVAMENTE na 
medula óssea. Situações que há eritropoiese fora da MO, são condições patológicas, como anemia hemolítica (estímulo 
proliferativo intenso) ou como parte de um quadro de proliferação neoplásica do tecido mieloide. 
➔ Expressão de glicoforina A: marcador na linhagem eritroide, usado quando há dúvidas da morfologia de uma célula. 
➔ Receptore de eritropoietina e transferrina: também únicos da linhagem eritroide. 
➔ Eritropoietina: principal fator de crescimento dos eritrócitos. Sua produção é primordialmente renal (90%) e hepática 
(10%). Importante informação, pois em casos de IRC, possivelmente o paciente tem uma anemia devido a diminuição da 
produção de eritropoietina. 
 A dinâmica da eritropoiese: PROERITROBLASTO (mais imaturo da linhagem) → ERITROBLASTOS → RETICULÓCITOS 
(precursora direta da hemácia. Fica na MO por 1 a 3 dias, são liberados no sangue e em 28 horas se tornam hemácias maduras) 
→ HEMÁCIA MADURA. 
Importância da contagem de reticulócitos 
 A determinação da porcentagem de reticulócitos no sangue periférico constitui um importante 
indicador da capacidade funcional da medula óssea diante da anemia: 
▪ Elevação de reticulócitos = indica atividade proliferativa com compensatória por parte da medula 
óssea (como em anemias hemolíticas), 
▪ Baixo número de reticulócitos = enquanto uma porcentagem baixa ou normal em pacientes 
anêmicos indica uma medula hipoproliferativa (anemia por menor produção de hemácias). 
 obs: então como diferenciamos uma anemia hipo e hiperproliferativa? Pelo hemograma com contagem 
de reticulócitos. Alto número de reticulócitos = exemplo anemia hemolítica – medula compensando, por isso 
produção altíssima; baixo número de reticulócitos = anemia hipoproliferativa – medula produzindo pouca hemácia. 
 Obs2: por que no anêmico a porcentagem de reticulócitos pode aparecer aumentada? Pois estes são 
liberados mais precocemente da medula óssea e porque há redução na proporção de células maduras. Ao 
serem liberados mais precocemente, o tempo de maturação dos reticulócitos em circulação aumenta de um 
dia para dois a três dias 
 
 
Elementos que influenciam na eritropoiese 
▪ Se falta eritropoietina nesse desenvolvimento, um eritroblasto não vai conseguir produzir eficientemente 
uma boa quantidade de eritrócitos, sendo esse um caso de anemia hipoproliferativa. 
▪ Se faltar ácido fólico e b12 também terá hipoproliferação e terá anemia. Esse é um caso de anemia 
megaloblástica. 
▪ Se não tem ferro, as células se dividem por tem b12, mas pela falta de ferro não tem hemoglobina, então a 
hemácia fica hipocrômica e hipocítica – anemia ferropriva. 
 Então resumindo, uma falta de elementos essenciais para a eritropoiese (falta ferro, falta b12 ou falta ácido 
fólico) resulta em uma hipoproliferação. 
 E quando vou ter hiperprofileração? Em situações de hemólise, a qual faz a medula hiperproliferar para 
compensar a falta de hemácias circulantes. 
 
 
3 Clara Rêgo – 6° semestre 2021.1 
II. SÉRIE GRANULOCÍTICA : células de defesa – fagocitose e destruição de patógenos: neutrófilos, eosinófilos e 
basófilos. 
 
o Neutrófilos: Essas células são estimuladas por citocinas G-CSF e GM-CSF. Neutrófilos ficam apenas horas no sangue, 
pois vão para os tecidos onde irão fazer suas funções. Na circulação, 50% estão ligados nas paredes dos vasos, para 
facilitar sua passagem para tecidos. 
o Maturação da série granulocítica: mieloblasto → promielócito → mielócito → metamielócito → neutrófilos 
bastonetes (já no sangue periférico) → neutrófilos segmentados. Após estarem no sangue, irão entrar nos tecidos 
em algumas horas. 
 Obs: aumento de bastonetes no sangue periférico = desvio a esquerda. Este pode ser escalonado ou não escalonado. O 
escalonado segue a ordem da maturação, já o NÃO escalonado aparecem granulócitos imaturos sem seguir a ordem, então o 
aparecimento de um representando mais imaturo (como mielócito) já é considerado desvio a esquerda não escalonado. 
o Monócitos e macrófagos: células dispersas no organismo, com intensa capacidade fagocitária, eliminação de 
restos celulares e tecidos lesados, participam como células apresentadoras de antígenos. Também possuem 
passagem rápida pelo sangue, recebendo denominações conforme a localização. 
 
III. LINFÓCITOS: 
 Nos órgãos linfoides primários: expressam pela primeira vez os receptores de antígenos, onde adquirem maturidade 
fenotípica e funcional. Maturação de linfócitos B ocorre na MO, e os linfócitos T no timo. 
➔ Linfócitos T: se diferenciam em CD4, CD8, T citotóxica, T auxiliar... 
➔ Linfócitos B: plasmócito (célula final) → produz imunoglobulina. 
 Já nos órgãos linfóides secundários, presença de células com resposta imune aos antígenos → linfócitos, baço, tecidos 
linfoides das mucosas. 
IV. PLAQUETAS : não possuem núcleo, assim como as hemácias 
 São produzidas a partir da fragmentação do citoplasma dos megacariócitos. São reguladas principalmente pela 
trombopoetina. 
 As plaquetas vivem cerca de 10 dias na circulação, e boa parte é consumida no processo de hemostasia (coagulação). Sua 
sobrevida pode ser reduzida em algumas doenças como púrpuras, ação de drogas...

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