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AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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12
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 Keli Roberta de Campos da Silva¹
 Eliane Chiunza Petrobelli²
Resumo	
O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre a inclusão de alunos com necessidades especiais, com o objetivo de analisar a importância das práticas pedagógicas escolares no sentido de promover a inclusão e aprendizagem. Seus reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, respondendo a seguinte pergunta: De que forma as práticas pedagógicas proporcionam inclusão e aprendizagem? Questionar se as práticas pedagógicas estão ou não contribuindo para que todos os alunos aprendam. E ainda salientar da importância da família acompanhar e se envolver na educação escolar e no processo de aprendizagem de seus filhos, principalmente em casos de deficiência na família. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais não se restringe aos esforços da escola, inclui também a construção de redes de colaboração com a família e a sociedade fortalecendo o combate à intolerância e às barreiras existentes, bem como a compreensão da diversidade no desenvolvimento da criança. A realização deste trabalho será em forma de pesquisa bibliográfica.
Palavras-chave: Práticas Pedagógicas, Aprendizagem, Educação Inclusiva.
1 INTRODUÇÃO
O sistema educacional brasileiro passou por grandes mudanças nos últimos anos e vem tentando cada vez mais respeitar a diversidade, garantindo a convivência e a aprendizagem dos alunos. As estratégias pedagógicas correspondem aos diversos procedimentos planejados e implementados por educadores com a finalidade de atingir seus objetivos de ensino. Elas envolvem métodos, técnicas e práticas explorados como meios para acessar, produzir e expressar o conhecimento.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância das práticas pedagógicas escolares no sentido de promover a inclusão e aprendizagem. Questionar se as práticas pedagógicas estão ou não contribuindo para que todos os alunos aprendam. Pesquisar como está sendo planejado o processo de ensino e aprendizagem para que atinja a inclusão. E ainda salientar da importância da família acompanhar e se envolver na educação escolar de seus filhos.
Pensar em inclusão é algo que exige reflexões e coerência, é necessário um processo seguro e bem planejado, pois corre-se o risco de, ao tentar incluir, excluir. Dentro desta temática nos surge a pergunta: De que forma as práticas pedagógicas proporcionam inclusão e aprendizagem?
A inclusão dos deficientes na escola ainda é um grande desafio, que permeia toda a sociedade, família e a escola. Novas estratégias de ensino, procedimentos e metodologias capazes de auxiliar e inseri-los no mundo cultural são os objetivos de uma escola que trabalha numa perspectiva inclusiva.
O professor e toda equipe pedagógica da escola precisam estar cientes de que o caminho para a construção do conhecimento precisa ser estruturado pelos procedimentos pedagógicos estipulados por toda equipe. Planejar várias estratégias de ensino é uma das metas, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada aluno e os caminhos que o mesmo utiliza para chegar ao conhecimento.
2 AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA INCLUSIVA
Conceber a educação a partir do ponto de vista inclusivo nos incita a refletir e a repensar o sistema educacional a partir da reforma de nossos conceitos e teorias pedagógicas e de nossas ações educativas, com o objetivo de garantir o acesso, a permanência e a participação de todas as crianças nas várias esferas da vida escolar, respeitando e valorizando a diversidade, buscando, desta maneira, coibir a segregação, o isolamento e a exclusão de alunos no sistema escolar e na vida social. Nesse sentido, Mantoan (2005, p. 07) afirma que a escola tem o compromisso primordial e insubstituível, no sentido de “introduzir o aluno no mundo social, cultural e científico; e todo ser humano, incondicionalmente tem direito a essa introdução”.
Diante disso, torna-se importante que os professores sejam potencializados pedagogicamente a fim de atender às peculiaridades apresentadas pelos alunos em salas de aula; considerando a necessidade da capacitação docente, da participação das universidades e dos centros formadores nesse processo de formação continuada docente.
Para tanto, o professor deve estar sempre atento as capacidades de aprendizagem do aluno, diagnosticando seus limites e seus potenciais de aprendizagem. Deve buscar atualizações na sua prática pedagógica não só nos conteúdos curriculares, mas nas interações mediadoras em sala de aula, há a necessidade de que haja práticas pedagógicas inclusivas que interfiram de maneira significativa no processo de aprendizagem e que potencialize uma atitude educativa específica da escola com a utilização de formação profissional, recursos e apoio especializado para garantir a aprendizagem de todos os alunos.
Para o desenvolvimento de uma Educação Inclusiva, uma vez que ações inclusivas não surgem espontaneamente, mas dependerão de ações planejadas, as quais envolvem todos os setores sociais, não se restringindo à educação em si. O atendimento às necessidades educacionais extrapola a esfera meramente escolar e atinge todas as instâncias sociais, desde os setores de saúde e assistência social até o âmbito familiar. Concretizar a idéia de um sistema educacional inclusivo exige um planejamento bastante complexo, que engloba desde as ações a serem implementadas no macrossistema, a partir da elaboração de uma política educacional diferenciada, até as ações pontuais no cotidiano da sala de aula, através de um planejamento pedagógico que atenda à diversidade dos alunos presentes na escola, inclusive daqueles com deficiência.
Quanto às novas concepções sobre as necessidades educativas especiais, destaca-se o artigo 6º da Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994, p. 11), que já prevê a necessidade de estratégias que possibilitem a igualdade de oportunidades educacionais. 
A tendência da política social das passadas duas décadas tem consistido em promover a integração, a participação e o combate à exclusão. Inclusão e participação são essenciais à dignidade e ao desfrute e exercício dos direitos humanos. No campo da educação, estas concepções refletem-se no desenvolvimento de estratégias que procuram alcançar uma genuína igualdade de oportunidades.
Mais do que o princípio da igualdade de direitos, a declaração fala da Inclusão e da busca por estratégias na promoção da educação, refletindo sobre a igualdade de oportunidades, na busca pela efetivação da Inclusão. 
A escola enquanto espaço de promoção da aprendizagem não deve apoiar-se no discurso da inclusão social, onde há a crença de que desde que o aluno esteja inserido no ambiente escolar a tarefa de inclusão já se efetiva. Deve lembrar que a adequação e o uso consciente de recursos e estratégias diferenciadas de ensino fazem-se fator primordial para o sucesso do processo ensino- aprendizagem. Entretanto, isso também exige do profissional uma prática reflexiva crítica e, principalmente, a busca constante de conhecimento e aprimoramento de seus conhecimentos. 
Atendendo aos aspectos legais da inclusão, as políticas públicas centram-se na importância do papel da escola em garantir e efetivar ações de fundamentação, organização e sistematização do seu trabalho a partir de sua proposta pedagógica, assegurando, assim, o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais. 
Para que se efetive a inclusão e que haja uma sala de aula inclusiva, é necessária a adoção de estratégias e ações pedagógicas que permitam o acesso ao currículo básico. É fundamental que o projeto político pedagógico contemple ações diferenciadas que direcionem as práticas a serem adotadas, a partir do planejamento e organização de tais ações, centradas na busca da aprendizagem dos alunos. Quando o professor planeja as atividades, tem que prever várias estratégias, para que o planejamento tenha sentido para os alunose eles devem saber o que estão fazendo e para que servem essas atividades. Seguem algumas estratégias que pode auxiliar o professor na hora de escrever seu planejamento: 
· Construir novos temas ou conteúdos com base nos conhecimentos que os alunos já possuem.
Independentemente da limitação do aluno, cada um, da sua forma, adquire informações, conhecimentos e experiências diárias. O professor pode a partir disso e trabalhar com conteúdos que fazem parte da rotina de cada educando.
· Utilizar de experiências diárias dos alunos.
Ao ensinar um novo conceito, o professor pode incluir exemplos extraídos das experiências diárias dos alunos. Assim, torna-se mais evidente a importância do que está a ensinar.
· Tornar a aprendizagem funcional.
Para dar mais sentido à aprendizagem e tornar clara a sua finalidade, é necessário oferecer oportunidade do aluno aplicar e expressar suas vivências.
· Despertar o interesse pelo conteúdo, por meio de histórias.
Os alunos de qualquer idade apreciam muito histórias, por este motivo o professor deve se utilizar desta estratégia para explicar os mais diversos conteúdos.
· Relacionar aprendizagem com outros assuntos.
O professor deve estar atento, trabalhar com a interdisciplinaridade, reportando sempre uma disciplina à outra, relacionando os novos assuntos com os que já foram aprendidos.
· Excursões e trabalhos de campo.
Devem ser utilizados de forma regular ao longo do ano, construir uma nova aprendizagem que se liga, na prática, àquilo que eles vivenciaram.
· Utilizar jogos e brincadeiras.
Há uma variedade de jogos e brincadeiras que levam as crianças a aprender brincando. Os jogos e as brincadeiras são eficientes recursos pedagógicos que contribuem para uma excelente prática. (OFFIAL, 2013, p. 17).
É necessário que o professor conheça toda a turma, como também todas as especificidades relacionadas ao desenvolvimento de cada aluno. Uma proposta que visa a inclusão é propor atividades diferenciadas que permitam a participação efetiva dos alunos, contribuindo com o desenvolvimento e respeitando a individualidade, através da adaptação da atividade ou dos materiais. 
Cada um com seu ritmo diferenciado de aprendizagem, portanto para se alcançar melhores resultados quando o aluno tem dificuldades para aprender é valorizar essas conclusões compreendendo que só é possível alcançar plenamente o conhecimento através de práticas que valorizem todos os sentidos dando espaços às multiplicidades e aos diferentes olhares e expressões que as traduzem em relação a cada aluno onde todos deverão ser respeitados, considerando que cada um tem seu tempo de aprender e de evoluir seu conhecimento, apoiando para que superem suas dificuldades. 
Jogos e brincadeiras são propostas que podem facilmente ser adaptadas. Aos professores, cabe a tarefa de criar condições favoráveis para atingir os objetivos de sua aula em convergência com a sua área de conhecimento.
A ludicidade amplia o processo de ensino e aprendizagem. As atividades lúdicas se trabalhadas corretamente, proporcionam condições adequadas ao desenvolvimento físico, motor, emocional cognitivo e social. São lúdicas as atividades que propiciam as experiências completa do momento, associando o ato, pensamento e o sentimento. As atividades lúdicas são fundamentais na formação das crianças, e verdadeiras facilitadora dos relacionamentos e das vivências no contexto escolar. Pois a mesma promove a imaginação e, principalmente, as transformações de sujeito em relação ao seu objeto de aprendizagem.
Do ponto de vista sociológica, o brincar tem sido visto como uma forma mais pura de inserção das crianças na sociedade; brincando a criança assimila crenças, costumes, regras, hábitos do meio em que vive. Em relação ao pedagógico, o brincar tem se revelado como uma estratégia poderosa, para a criança aprender desenvolvendo suas habilidades. (FALCÃO, 2002).
As propostas desenvolvidas, na sua maioria, não demonstram muito sucesso, visto que pesquisas apontam um grande número de alunos incluídos que mesmo depois de anos de escolarização evidenciam dificuldades principalmente para ler e escrever. Pode-se observar a importância das práticas pedagógicas serem analisadas e adequadas à educação inclusiva, assim como por exemplo, a relevância de uma criança surda adquirir a Libras como língua materna, para só depois aprender uma segunda língua. 
Conforme diz Quadros (1997), a educação de surdos encontra-se em um momento de transformação no qual escola e educadores tentam superar os vestígios de metodologias, anteriormente utilizadas sem sucesso, em busca de estratégias que possibilitem a educação de alunos surdos de modo efetivo e competente. Além de aprender a adaptar o planejamento e os procedimentos de ensino, é preciso que os educadores olhem para as competências dos alunos, e não apenas para suas limitações. Daniela Alonso, psicopedagoga especialista em Educação inclusiva, destaca a importância de que formação inicial e continuada estejam conectadas ao cotidiano escolar. O planejamento e a organização das estratégias para aprendizagem podem variar de acordo com o estilo do professor. Contudo, é preciso que o planejamento tenha flexibilidade na abordagem do conteúdo, na promoção de múltiplas formas de participação nas atividades educacionais e na recepção dos diversos modos de expressão dos alunos.
O planejamento deve ser contínuo e colaborativo. Ao mesmo tempo, deve valorizar os interesses e atender às necessidades de cada estudante. Isso significa pensar aulas desafiadoras para todos, diversificando as formas de apresentar e explorar os conteúdos curriculares.
O atendimento educacional especializado pode contribuir para um planejamento pedagógico inclusivo tanto na proposição de estratégias diversificadas, considerando os interesses e as necessidades de cada um dos estudantes com deficiência.
Para uma criança com Deficiência visual cabe ao educador proporcionar de maneira mediadora atividades lúdicas adaptadas com propósito pedagógico em sala de aula, podendo fazer demonstração com praticidade aos alunos e tarefas diferenciadas inclusivas no quotidiano, instigar os colegas a refletirem na grande importância de manter a classe organizada quando se tem um deficiente visual na turma. Já o indivíduo com deficiência intelectual cabe ao educador buscar estratégias de atividades com ludicidades adaptadas que o aluno possa criar, refletir, analisar e interagir com os indivíduos ao seu redor. Já uma criança com surdez necessita brincar da mesma maneira que as ouvintes, sendo diferente apenas a forma de se comunicar.
É necessário destacar a importância da educação que a criança recebe. Ela precisa ser adaptada, ou seja, utilizar os meios comunicativos de que a criança necessita, facilitando o conjunto de suas aprendizagens. Esse é um objetivo difícil de alcançar quando a criança surda tem de ser acomodada a modelos educativos que foram estabelecidos pensando-se nas crianças exclusivamente ouvinte.
Aos deficientes físicos, ter algumas limitações não impede que os mesmos com menor mobilidade possam participar de brincadeiras adaptadas e atividades lúdicas permitindo assim, a sociabilização entre as outras crianças, o estímulo da cognição e afetividade.
A ludicidade amplia o processo de ensino e aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, ou seja, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, quanto no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a interpretação, a imaginação, a criatividade, a tomada de decisão, a obtenção e organização de dados, o levantamento de hipóteses e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc. ((CAMPOS, 2006, Apud: SANTOS 2013 p.88)
Para qualquer indivíduo a ludicidade contribui ao desenvolvimento de habilidades, autoestima e desperta o interesse significativo pelas atividades em grupo ou individual.
O brincar na escola proporciona aprendizado instigante, prazeroso, desafiador, constróiconhecimento, obtém bons resultados e disponibiliza a criatividade.
Atividades propostas com ludicidade na infância levam o educando ao divertimento por meio de jogos, sendo necessárias metas de aprendizagens e adaptações dependendo da limitação do aluno para que ele possa interagir nas atividades e desenvolver-se nas habilidades e competências.
2.1 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE ENSINO NA ESCOLA INCLUSIVA
Para que se possa construir uma sociedade inclusiva é preciso antes de qualquer coisa, uma mudança no pensamento das pessoas e na estrutura da sociedade. Isso requer tempo e o que irá desencadear essa mudança é a própria família, logo a sociedade.
Temos que compreender que um professor sozinho pode muito, mas quando um grupo de professores, especialistas, comunidade e família se unem em função de um mesmo objetivo, com certeza esta conquista vai ser maior, por este motivo a inclusão não acontece apenas em uma instância, mas sim em todas elas, todas em favor de um mesmo objetivo, levar o conhecimento, a educação, a todas as pessoas.
Podemos dizer que a inclusão começa em casa, seja em relação aos pais que têm filhos com algum tipo de deficiência, seja com pais que têm filhos sem nenhum tipo de deficiência e que permitem que seus filhos conheçam, se aproximem e convivam com as diferenças. Todos nós estamos incluídos nesta história e enquanto as pessoas não se derem conta disso, apenas os que sofrem o preconceito serão capazes de pensar em alternativas para a transformação social.
O papel dos pais é estimular o comportamento de estudante nos filhos mostrando interesse no que eles aprendem a ensinar a educação básica e preparar os filhos para a vida. Já a escola complementa isso, oferecendo conteúdo e formação educacional.
Com esse envolvimento da família faz com que seja revelada a história da criança, as características, os hábitos, o estilo da comunicação e as modalidades de relacionamento. Com isso, a construção afetiva entre a criança e o professor se desenvolve com mais facilidade, pois acaba sendo um ponto de partida esse conhecimento da vida do aluno. Os pais são agentes indispensáveis no processo educacional dos filhos. A família é a que melhor conhece a criança porque a acompanhou desde seu nascimento e, da mesma maneira, a criança sente-se mais segura estando próxima da sua família. 
A participação dos pais torna-se uma parceria valiosa em todos os sentidos. Para que eles possam acompanhar os trabalhos das crianças, é importante que a instituição os mantenha informados sobre os projetos que estão sendo realizados pelas crianças e os temas estudados para que possam participar na seleção e no envio de materiais, na proposição de experiências, na partilha dos saberes. Steuck,Cristina Danna; (UNIASELVI,2013; p.247).
Atribui-se aos pais a responsabilidade pela formação da autoestima da pessoa com deficiência vinculando-se, portanto, a sua função quanto a formação emocional. Consequentemente os pais contribuem para a superação dos efeitos negativos da deficiência, favorecendo assim, a própria aceitação de sua condição.
É preciso que no processo ensino aprendizagem haja estratégias educativas com flexibilidade para que atenda todos os educandos e os mesmos encontrem desafios nos ambientes estimulantes com ludicidade tanto no lar como na escola.
Para que a inclusão ocorra é necessário um aperfeiçoamento constante dos professores com o domínio de instrumentos e referenciais para evoluir suas práticas pedagógicas. E com a participação da família no ambiente escolar, a inclusão realizada com facilidade.
A família é responsável pelo desenvolvimento psicossocial e maturidade da criança, proporcionando uma sustentação necessária à individuação. Os pais são responsáveis pela sustentação emocional dos filhos, para que estes encontrem sucesso na aprendizagem escolar, orientando-os para lidar com as frustrações em relação aos modelos de aprendizagem formal. Os problemas vividos nas relações familiares vêm acentuando-se, gradativamente, ao longo da história. Porém, nos últimos anos, percebeu-se mudanças drásticas nas famílias. A falta de tempo, os desencontros e a solidão têm sido graves dificuldades para os adultos dentro de suas casas. E para um adolescente, que necessita de apoio e orientação, se não for na família, onde os encontrará? Trabalhar é necessário, porém a sociedade vem impondo um ritmo frenético, no qual a competitividade obriga cada vez mais a produção e, consequentemente, a diminuição do tempo de convívio familiar.
 Os pais não podem se eximir do compromisso na educação dos filhos, eles necessitam ser chamados á responsabilidade, precisam resgatar o sentimento de coparticipação na educação dos mesmos diante da escola e não simplesmente delegar a ela toda a responsabilidade, o êxito ou a culpa pela educação dos filhos. Por outro lado, os professores também devem abrir espaço às famílias. Steuck, Cristina Danna; (Uniasselvi, 2013; p.228).
 
 
Nos tempos atuais, o desempenho dos pais deixa muito a desejar, principalmente, nos modelos de ensino e aprendizagem, pois isto exige prática e acompanhamento do desenvolvimento, já que a criança, ou adolescente não apresenta maturidade suficiente para enfrentar suas dificuldades sem a presença e os limites colocados pelo adulto.
 Para que ocorra um processo colaborativo entre profissionais da escola e familiares é preciso, existir um conjunto de atitudes. São esperados dos familiares os seguintes comportamentos: 
Comunicar-se com os profissionais; ser responsável pela educação do filho; manter expectativas adequadas; aceitar a deficiência do filho; respeitar os profissionais e reconhecer seu trabalho; confiar no trabalho desenvolvido; questionar os profissionais de modo adequado; garantir a frequência do aluno; visitar a escola; participar das atividades. (Silva e Mendes, 2008, p.223). 
A ligação da família com a escola potencializa o processo de ensino e aprendizagem do educando, na etapa educacional. A escola complementa as ações da família e vice-versa. Szymansky (2010, p.22) descreve que “É na família que a criança encontra os primeiros “outros” e, por meio deles, aprende os modos humanos de existir – seu mundo adquire significado e ela começa a construir-se como sujeito”. Para a autora a relação família-escola trata-se de uma parceria entre a escola e pais e/ou familiares dos educandos, conceituando-as ambas responsáveis pela aprendizagem da criança.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica enfatizam a participação da família para a ampliação total do educando desde a primeira etapa de educação. Conforme o Art. 22: “A Educação Infantil tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual, social, complementando a ação da família e da comunidade.” (BRASIL, 2010).
A inclusão escolar tem início na educação infantil, onde se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Do nascimento aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio de serviços de intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social.
Observa-se a importância de se incluir crianças com necessidades especiais nas creches e pré-escolas, uma vez que as convivências favorecerão o processo de socialização com o meio e com outro.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases Nacional, nº 9.394/96, apontado no título V, capítulo II, seção II, art. 29: 
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimentointegral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (BRASIL, 1996, s/p).
No caso da Educação Infantil, deve-se ter muita cautela para trabalhar na perspectiva da inclusão escolar, pois há casos que os educandos ditos normais poderão ser excluídos, devido ao tratamento dado pelo professor, de forma inconsciente, que se diferencia na atenção dada somente a ele.
A importância da família no desempenho escolar do educando, favorecerá tanto nos aspectos motores/físicos, como emocionalmente e intelectualmente. Em suma, para se resultar em um desenvolvimento de qualidade e eficaz, a escola e a família devem caminhar juntas para atingir o alvo comum que é o bem estar e a aprendizagem da criança com necessidades especiais incluída na rede regular de ensino.
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
A presente pesquisa é de cunho bibliográfico e busca por meio de aportes teoricos, saites e artigos referências pertinentes ao tema abordado, com o intuito de dar enfase naspráticas pedagógicas e suas contribuicões nos processoas de inclusão escolar. Os materiais utilizados foram livros, notbook, internet, além de pesquisas em sites da internet.
O trabalho pedagógico se faz necessário para que se possa sempre trabalhar de forma que todos os objetivos sejam alcançados de maneira satisfatória, coerente e eficaz, fazendo análise refletindo a todo o momento o processo de desenvolvimento das ações educativas. Por meios dos aspectos fundamentados nas discussões de alguns autores constata-se de maneira significativa que os alunos incluídos aprendem de forma diferente. 
Segue uma matéria públicada no portal do professor que relata experiências de práticas educativas no context da inclusão escolar.
Jornal Impresso (mec.gov.br)	
 
	 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O brincar e a ludicidade são importantes para a criança com deficiência, pois a mesma necessita de mais estímulos para que suas habilidades cognitivas, motoras, imaginação, autoestima, concentração, confiança e relacionar-se com outras pessoas sejam desenvolvidas. 
Concluímos que o brincar no processo educacional inclusivo é muito importante para o educando, pois contribui ao desenvolvimento de muitas habilidades, fortalece o vínculo afetivo, respeito de regras e incorpora valores de acessibilidade na escola fazendo com que a inclusão seja naturalmente da rotina diária, ou seja, o brincar é coisa séria na educação inclusiva.
A inclusão educacional não se trata apenas de inserir o sujeito em um ambiente, promovendo interações recíprocas entre ele, o meio e o outro. É um processo legal, político e social, o qual necessita da ajuda de pais/familiares, escola e comunidade para ser efetivamente concretizado.
A inclusão é uma realidade presente e viva, na qual me inspira para concluir este trabalho, além de agregar e complementar ainda mais meus conhecimentos sobre como deve ocorrer à verdadeira inclusão, mediante a participação da família correlacionada com a escola.
Observou-se que os jogos e materiais concretos estimulam mais os alunos, despertando o interesse e a participação. Os alunos quando motivados a aprender em ritmos de cooperação retribuem este ato com os amigos e todos se envolvem em um processo de aprendizagem. Há mais aproximação entre os alunos de forma cooperativa, porém esse trabalho só terá resultados plenamente satisfatórios de médio a longo prazo, até que os alunos sintam-se realmente integrados uns com os outros.
ReferênciaS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases Nacional, nº 9.394/96, apontado no título V, capítulo II, seção II, art. 29.
DIDÓ, Andréia Gulielmin. Práticas de ensino em deficiência auditiva. Indadial: UNIASSELVI, 2013.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/588/educacao-inclusiva-desafios-da-formacao-e-da-atuacao-em-sala-de-aula. Acessado em: 12/05/2021.
Disponível em: https://www.diversa.org.br/educacao-inclusiva/como-transformar-escola-redes-ensino/estrategias-pedagogicas/. Acessado em: 12/05/2021.
Disponível em: https://www.pedagogia.com.br/artigos/a_importncia_da_ludicidade1/. Acessado em: 12/05/2021.
Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1485/Coelho_Vania_Maria.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acessado em: 12/05/2021.
	
Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/familia-x-escola-na-inclusao/56552. Acessado em: 12/05/2021.
HORT, Ana Paula Fischer. Educação especial e inclusão escolar. Indaial:UNIASSELVI,2017. 
Disponível em: Jornal Impresso (mec.gov.br). Acessado em 18/05/2021.
OFFIAL, Patrícia Cesário Pereira. Práticas de ensino para deficiência intelectual: matemática, leitura e escrita. Indadial: UNIASSELVI, 2013.
SILVEIRA, Tatiana dos Santos da. Prática pedagógica em deficiência física. Indadial: UNIASSELVI, 2013.
STEUCK, Cristina Danna; Pedogogia da educação infantil. (Uniasselvi, 2013; p. 228).
1 Nome do acadêmico(a):Keli Roberta de Campos da Silva - e-mail: kelisilva569@gmail.com
2 Nome do Professor tutor externo: Eliane Chiunza Petrobelli– e-mail: eliane.chiunza@hotmail.com
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia (PED 3398)

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