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Educação Inclusiva: Métodos para inserção do aluno especial no ambiente escolar 
Gabriela Debortoli Bonfim
Prof. Maria Margarete de Mello
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (1389) – Trabalho de Graduação 
25/05/2019
RESUMO
Neste trabalho é abordado alguns métodos para a plena inclusão do estudante que possui algum tipo de necessidade educacional, em seu ambiente escolar. Esses métodos visam facilitar o acesso desse aluno especial na aprendizagem em sala da sula, oportunizando um melhor desenvolvimento de suas capacidades. O trabalho possui vasta referência bibliográfica, através de livros, artigos, cartilhas e tratados, levando o leitor a conhecer profundamente os vários aspectos da educação inclusiva e as ações que são empregadas para favorecer a inclusão dos alunos com NEE (necessidades educacionais especiais) no ensino regular. A inclusão de estudantes com necessidades especiais no ensino regular e as metodologias empregadas pelos docentes que atuam com esses estudantes em sala de aula requerem certos conhecimentos referentes à proposta de inclusão que podem contribuir para esse objetivo.
 Palavras-chave: Educação Inclusiva; Métodos; necessidades educacionais especiais. 
1 INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir aborda a utilização de métodos para a inserção do aluno que possui alguma necessidade educacional no ambiente escolar, é mostrado como algumas ações podem facilitar e viabilizar o acesso do aluno que apresenta alguma deficiência na aprendizagem em sala de aula, de modo a oportunizar um melhor desenvolvimento de suas capacidades tanto cognitivas, lúdicas e motoras.
A importância deste trabalho reside no fato que aborda conhecimentos aprofundados em uma revisão da literatura especializada a respeito dos métodos empregados em sala de aula que possam favorecer a inclusão dos alunos com NEE (necessidades educacionais especiais) no ensino regular. Existem várias estratégias e procedimentos pedagógicos de ensino que aliados a outros fatores ajudam na aprendizagem de alunos com NEE (necessidades educacionais especiais), contribuindo consequentemente para a sua inclusão, quando aplicados de forma correta. 
 A inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino regular e as metodologias empregadas pelos professores que atuam com esses alunos em sala de aula requerem certos conhecimentos referentes à proposta de inclusão que podem contribuir para esse objetivo. O grande desafio está em criar condições, buscar recursos e estratégias que favoreçam a participação e o aprendizado dos alunos e, principalmente, oferecer uma educação de qualidade.
Para o autor Amaro (2009, p. 49) os procedimentos pedagógicos são ações, atividades, comportamentos e formas de se organizar e acionar a movimentação da construção do saber, do processo de aprendizado. Eles são organizados em função dos princípios de educação e das finalidades estabelecidas pela articulação de necessidades, possibilidades, contexto temporal, espacial, cognitivo, afetivo, cultural, social, político, vivido pelos sujeitos envolvidos. 
Figueiredo (2002), aponta que os procedimentos pedagógicos são utilizados por meio de atos e recursos e têm como finalidade o alcance dos objetivos de quem iniciou a ação, esperando que os meios sejam adequados e convenientes ao que se pretende.
A partir do objetivo proposto, este trabalho está dividido nos seguintes momentos: no primeiro, aborda-se a contextualização e o embasamento da: educação inclusiva e as políticas educacionais que a regem, além da necessidade de uma formação de qualidade para professores que atuam com alunos que possuem necessidades educacionais especiais, por fim busca-se embasamento teórico para os procedimentos pedagógicos. 
Além desses tópicos, são verificadas metodologias para a plena inclusão dos alunos que apresentam NEE, onde é apresentado alguns recursos pedagógicos adaptados para um aluno que possui Síndrome de Dow e o Transtorno do Espectro Autista, o referido aluno cursa a classe da pré-escola na cidade de Brusque, Santa Catarina onde a autora deste trabalho atua como sua monitora de inclusão. 
 Sussurrofone para desenvolver a audição, melhorar a pronuncia das palavras e a sua consciência fonológica. Bloco de Legos para trabalhar o lúdico através da percepção de cores e formas. Livro de rotinas onde temos o dia a dia do aluno, permitindo que o aluno com necessidades educacionais especiais possa participar das atividades de ensino e aprendizagem com os demais colegas de sala. Por fim letras confeccionadas em madeira para proceder com aprendizagem da identificação do alfabeto. 
Cada metodologia empregada neste trabalho é explicada de forma detalhada para que o leitor possa ter a real percepção dessas atividades inclusivas na sala de aula, bem como seu sucesso para a plena inclusão do aluno que possui necessidades educacionais especiais. Também é informado a descrição dos procedimentos adotados para sua realização, bem como o processo de tratamento dos dados coletados. Por fim, discutem-se os resultados da pesquisa e são expostas as considerações finais a respeito do trabalho realizado, onde apresentado as conclusões e opiniões acerca do presente trabalho.
2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
A construção da educação inclusiva em nossa atual sociedade apresenta-se como uma ação que demanda estudos, pesquisas e políticas públicas, pois incluir não diz respeito somente à inserção, nas escolas regulares, de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE), a escola inclusiva é aquela que atende a todos os alunos. A Declaração de Salamanca (1994, p.5) afirma que: 
O princípio fundamental da escola inclusiva é de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à (sic) todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola. (BRASIL, 1994, p.5). 
A educação inclusiva é uma nova perspectiva no cenário educacional, que além de rever conceitos a respeito de ensino, reconsidera a Legislação que a ampara e levanta vários questionamentos acerca da capacidade inclusiva dos professores, surgindo vários questionamentos a respeito dos conhecimentos necessários para trabalhar com alunos com NEE (necessidades educacionais especiais) e de que forma atuar em relação às dificuldades e potencialidades apresentadas em cada contexto. 
É de suma importância a realização de estudos com discussões sobre a formação docente na medida em que contribuem para a construção do conhecimento referente à inclusão e para que o professor tome conhecimento de suas práticas pedagógicas nas escolas do ensino regular. Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), “(...) o movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação”. Neste documento, a educação inclusiva é constituída de um modelo educacional fundamentado na ideia dos princípios básicos dos direitos humanos, que conceitua igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as características históricas da produção da exclusão dentro e fora das escolas (BRASIL, 2008). 
O paradigma de inclusão escolar aqui adotado não se restringe à criança com deficiência, nem tampouco, de forma mais ampla, àquelas com necessidades educacionais especiais, mas contempla toda criança, em sua vasta diversidade de habilidades e dificuldades (ARRUDA, ALMEIDA , 2014, p.4)
A educação inclusivavisa ampliar a participação de todos os alunos com NEE (necessidades educacionais especiais) no ensino regular, independentemente de quaisquer condições: físicas, culturais, econômicas e sociais dos alunos. Intencionando promover seu acesso e permanência na classe comum do sistema regular de ensino, de forma a potencializar a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos os sujeitos envolvidos.
Para Glat (2007), é fator determinante para a plena inclusão educacional de alunos com necessidades educacionais especiais a construção/criação de espaços escolares acessíveis a todos alunos e que lhes permitam plena mobilidade para participar, juntamente com os demais colegas, de todas as atividades escolares e também atividades externas. Destaca-se a necessidade das adaptações e a confecção de recursos materiais e estratégias de ensino que garantam as condições necessárias de acesso ao currículo para os alunos com NEE (necessidades educacionais especiais), visando à sua autonomia e os seus desenvolvimentos: acadêmico, psicológico e social.
Segundo Arruda; Almeida (2014) alunos com necessidades educacionais especiais devem ter a oportunidade de participar de forma significativa e integral das atividades escolares regulares. Sendo por vezes necessário a utilização de recursos pedagógicos alternativos para inserção pedagógica de acordo com as limitações e condições de cada aluno. 
Entende-se que a relação que a criança tem no seu dia a dia escolar, a interação com os colegas, a participação das atividades, são importantes para que haja um bom desenvolvimento da sua aprendizagem, potencialidades e habilidades.
Falar sobre o processo de aprendizagem das pessoas com necessidades educacionais especiais é falar sobre a possibilidade que toda pessoa tem de conhecer, se organizar e constituir-se como ser humano e como humanidade, mediante processos sociais de emancipação e de ser considerado em sua capacidade de criar e crer, ter experiências, crescer e se estruturar em sua comunidade. (MATO GROSSO, 2012, p. 95 – 96)
O aprendizado do aluno não acontece apenas por meio dos livros, mas também, pela convivência social, pelas possibilidades que lhes são apresentadas, dessa forma, ajudando a criança com deficiência e reconhecer suas capacidades de fazer e conhecer o que está em seu cotidiano.
A inclusão de alunos com NEE (necessidades educacionais especiais) não se restringe aos esforços da escola, inclui também a construção de redes de colaboração com a família e a sociedade fortalecendo o combate à intolerância e às barreiras atitudinais, bem como a compreensão da diversidade no desenvolvimento infantil.
Tanto a integração quanto a inclusão são formas de inserção social, mas enquanto a primeira trata as deficiências como problema social dos sujeitos a segunda considera as necessidades educacionais dos sujeitos como problema social e institucional procurando transformar as instituições. (LIMA, 2006, p.24).
Para que a proposta de uma educação inclusiva possa ter sucesso, se faz necessário um processo de reestruturação de vários aspectos da escola, envolvendo a gestão e os próprios sistemas educacionais adotados pela instituição.
2.1 História da educação inclusiva
Analisando historicamente a educação inclusiva, nos séculos XVII e XVIII, fica evidente que as teorias e as práticas sociais eram discriminatórias. Esse período é conhecido pela ignorância e rejeição da pessoa com deficiência: família, instituições de ensino e a sociedade discriminavam essa parcela da população, excluindo do convívio em sociedade.
As pessoas com deficiência mental eram internadas em orfanatos, manicômios, prisões, que os tratavam como doentes anormais. “[...] na antiguidade as pessoas com deficiência mental, física e sensorial eram apresentadas como aleijadas, mal constituídas, débeis, anormais ou deformadas” (BRASIL, 2001). No decorrer da história, os conceitos e tratamentos para as deficiências foram evoluindo ”conforme as crenças, valores culturais, concepção de homem e transformações sociais que ocorrem nos diferentes momentos históricos” (BRASIL, 2001).
A partir do século XIX ocorre uma significativa mudança com a institucionalização especializada onde indivíduos com deficiência eram segregados nas residências, proporcionando uma “educação” fora das escolas. Já no século XX tem início a valorização da pessoa com deficiência, conforme explica Jannuzi (2004):
A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental prossegue a desencadear algumas ações visando a peculiaridade desse alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas ,há surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros de reabilitação. (JANNUZI, 2004, p. 34)
 No Brasil o atendimento especializado às pessoas com deficiência, teve início com a criação de duas escolas. Em 1854, o Instituto de Meninos Cegos, atual Instituto Benjamin Constant - IBC e em 1857, Instituto dos Surdos Mudos, atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos - INES, ambos no Rio de Janeiro, a fundação desses dois institutos representou um grande avanço no atendimento das crianças com deficiência, abrindo espaço para a conscientização e a discussão sobre a educação inclusiva no Brasil.
Em 1954 surge o movimento das Associações dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), inspirada na organização Nation Association for Retarded Children dos Estados Unidos da América. A fundação da APAE aumentou consideravelmente o número de escolas especiais no Brasil, proporcionando uma maior abrangência as crianças com necessidades educacionais especiais.
2.2 Formações de professores para a educação inclusiva
O autor Rodrigues (2008) explana que, na Educação Inclusiva, a preocupação principal deve ser a de remover as barreiras escondidas que muitas vezes existem nas escolas, como: as condições de acessibilidade, da organização escolar e do currículo. Tais barreiras impedem a inclusão dos alunos com NEE (necessidades educacionais especiais). 
Ele ainda pondera sobre os recursos necessários para que a instituição venha a torna-se inclusiva, podendo destacar o desenvolvimento de programas de formação em serviço que qualifiquem os professores para trabalharem de forma inclusiva e a disponibilização de recursos materiais. Ambos são importantes para responder com qualidade à diversidade discente que existe nas salas de aulas.
O referido autor ainda traz exemplos de recursos materiais e recursos humanos para atender esses alunos: 
Os meios informáticos que permitem em alguns casos (paralisia cerebral e cegueira) diminuir sensivelmente os problemas que a deficiência coloca à escolarização, e o acréscimo de recursos humanos que é também importante para o desenvolvimento de uma política de educação inclusiva não deve haver a tentação, por parte dos sistemas educativos, de pensar que a educação inclusiva é uma forma de baratear a educação. As escolas, para poderem responder competentemente à diversidade dos alunos, necessitam dispor de recursos que, em última instância, as possam tornar concorrenciais com o nível de atendimento das escolas especiais. (RODRIGUES, 2008, p. 38).
Os recursos humanos é fator fundamental para a o desenvolvimento de uma política de Educação Inclusiva, as escolas para poderem responder de forma competente as necessidades especiais dos alunos devem dispor de recursos humanos qualificados em seu quadro de profissionais.
[...] A formação de professores é o lócus da nossa atenção posto que o professor é a figura central na Educação Inclusiva e, uma vez ciente e clarificado sobre as questões presentes na escola e, principalmente, na sala de aula, com suas rotinas, facilidades e dificuldades, encaminha necessidades de respostas e soluções para as situações com as quais se defronta. A formação de professores poderá repercutir na
 gestão educacional, no entendimento sobrea dinâmica social da sala de aula na Educação Inclusiva. (MARQUEZA, 2005, p. 1).
Como se vê, trata-se de um conceito amplo, onde o ensino e a escola é enfatizado, através das formas e condições de aprendizagem, em vez de fazer com que o aluno com necessidades educacionais especiais se ajuste aos padrões de “normalidade” para aprender, confere a escola o desafio de ajustar-se para atender as necessidades desses alunos.
De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) é assegurado aos alunos com necessidades educacionais especiais: currículos, métodos, técnicas e recursos pedagógicos que atendam suas necessidades, além de professores capacitados para contemplar as particularidades desses alunos.
A necessidade de uma formação que proporcione aos professores condições de serem protagonistas de suas práticas pedagógicas de maneira crítica, reflexiva e contextual, a ponto de perceberem que os processos que vivenciam em sala de aula são reflexos de um contexto mais amplo, que envolve, dentre tantas outras questões objetivas, ideologias e utopias, direitos e deveres. (NOZI, 2013, p. 38)
O professor ocupa papel de destaque no processo de inclusão, uma vez que, ele é o mediador do processo de ensino e aprendizagem, por isso é fundamental oportunizar aos professores à participação em cursos, seminários, palestras, que o capacitem para que possa ter os meios necessários para proceder com a plena inclusão em sala de aula dos alunos com NEE (necessidades educacionais especiais). Essas formações devem atender as necessidades de preparo que os professores têm para desenvolver práticas docentes realmente inclusivas. 
A autora de Educação Inclusiva: Com os Pingos nos “is” também aborda o assunto: 
 A Letra das leis, os textos teóricos e os discursos que proferimos asseguram os direitos, mas o que os garante são as efetivas ações, na medida em que se concretizam os dispositivos legais e todas as deliberações contidas nos textos de políticas públicas. Para tanto, mais que prever há que prover recursos de toda a ordem, permitindo que os direitos humanos sejam respeitados, de fato. Inúmeras são as providências políticas, administrativas e financeiras a serem tomadas, para que as escolas, sem discriminações de qualquer natureza, acolham a todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras (CARVALHO, 2004, p. 77)
Portanto, para que a inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino se efetive, possibilitando o resgate de sua cidadania e ampliando suas perspectivas existenciais, é necessário a criação de cursos de capacitação básica de professores, provendo os profissionais de uma base mínima de conhecimentos em necessidades educacionais especiais para atuar em sala de aula.
2.3 Aspectos fundamentais para a inclusão
Para que a inclusão na escola ocorra de forma satisfatória, alguns aspectos centrais são indispensáveis, tais como: prática pedagógica, sociedade e a família. 
De acordo com Raiça (2006) ao realizar a medição dentro do ambiente de aprendizagem na escola inclusiva, os professores deverão incentivar todos os alunos, oferecendo oportunidades adequadas de aprendizagem em que todos terão real participação nas atividades curriculares, independentemente das suas limitações educacionais. As aulas deverão ser organizadas, tendo objetivos claros, que mantenham todos motivados e interessados pelo aprender. No ambiente de aprendizagem, o ritmo de cada um na absorção das situações de aprendizagem deverá ser respeitado, entre todos os companheiros de classe de maneira que toda a turma avance em conjunto.
A função do professor na educação inclusiva é desenvolver diferentes faculdades de concentração e atenção sobre assuntos diversificados, estimulando: o lúdico, o cognitivo e a coordenação motora dos alunos. Sendo assim o desenvolvimento não será estático e preso a modelos, mas dinâmico, criativo e prazeroso, tanto para alunos como professor.
Raiça (2006) afirma que a prática inclusiva caracteriza-se na aprendizagem e não no ensino. Portanto uma escola inclusiva deve focar na verificação constante do crescimento global de cada aluno, onde uma educação individualizada irá satisfazer as necessidades de aprendizagem básicas de cada aluno. Sendo assim, o ambiente de aprendizagem na escola inclusiva deve acontecer de modo que o estudante com necessidades educacionais especiais tenha oportunidade de participar e relacionar-se com todo o ambiente escolar. 
Cabe destacar o papel da interação dos alunos no ambiente escolar, a interação social entre os alunos é essencial para o desenvolvimento e a aprendizagem em sala de aula. 
Piaget (1976) destaca em seus estudos a importância da interação dentro do grupo para o desenvolvimento do indivíduo.
Toda interação social aparece assim como se manifestando sob a forma de regras, de valores, de símbolos. A sociedade mesma constitui, por outro lado, um sistema de interações, começando com as relações dos indivíduos dois a dois e se estendendo até às interações entre cada um deles e o conjunto dos outros, e até às ações de todos os indivíduos anteriores, quer dizer de todas as interações históricas, sobre os indivíduos atuais (PIAGET, 1976a, p. 40).
Além de facilitar a aprendizagem do aluno, a interação social também beneficia a construção da identidade, pois a possibilidade de conviver, de trocar experiências, de brincar, de imitar outras crianças é que permite a construção da personalidade e identidade individual. 
Portanto é necessário que o aluno com necessidades educacionais especiais esteja plenamente integrado ao grupo, possuindo o sentimento de aceitação e de membro do grupo, participando de todas as atividades juntamente com os demais alunos da sala. 
Os alunos com necessidades educacionais especiais não diferem tantos dos demais alunos, possuindo as mesmas necessidades: afetivas, físicas, intelectuais, sociais e culturais. Os alunos com deficiência apresentam necessidades especificas, formas diferentes para aprender e assimilar o que é real. Portanto necessitam de mais tempo para aprender e construir conhecimentos, é necessário compreender essas peculiaridades para obter êxito na inclusão social e escolar.
A família é de extrema importância na vida de todas as pessoas, sendo mais marcante na pessoa com algum tipo de deficiência. A família é o primeiro e mais forte núcleo social, sendo que a forma como a pessoa socializa-se ali, irá interferir diretamente nas relações interpessoais futuras. Sua atuação será observada no ambiente escolar, pois na escola existe opções maiores e variadas de relacionamentos. Sendo assim, as relações familiares é que constituirão a base para as relações futuras, onde teremos o modelo de atitudes para a interação social.
A declaração de Salamanca traz a importância da parceria entre a escola e a família.
A educação de crianças com necessidades educacionais especiais é uma tarefa a ser dividida entre pais e profissionais. Uma atitude positiva da parte dos pais favorece a integração escolar e social. Pais necessitam de apoio para que possam assumir seus papéis de pais de uma criança com necessidades especiais. O papel das famílias e dos pais deveria ser aprimorado através da provisão de informação necessária em linguagem clara e simples; ou enfoque na urgência de informação e de treinamento em habilidades paternas constitui uma tarefa importante em culturas aonde a tradição de escolarização seja pouca. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 13-14)
A escola e a família devem trabalhar juntas para o crescimento do aluno, somente essa parceria, quando bem estabelecida irá facilitar e promover situações de aprendizagem nas áreas: cognitivas, lúdicas e afetivo-social. 
2.4 PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS
Os procedimentos são estratégias pedagógicas planejados e implementados pelos educadores para atingir seus objetivos de ensino, elas envolvem métodos, técnicas e práticas para acessar, produzir e expressar o conhecimento,para o autor Amaro (2009) os procedimentos pedagógicos são:
[...] ações/atividades/comportamentos/formas de se organizar e acionar a movimentação da construção do saber, do processo de aprendizado. Eles são articulados e organizados em função dos princípios de educação e das finalidades estabelecidas pela articulação de necessidades/possibilidades/contexto temporal, espacial, cognitivo, afetivo, cultural, social, político, vivido pelos sujeitos envolvidos. (AMARO, 2009 p. 49).
Outro autor que discorre sobre o tema é Mrech (2005), para ele os procedimentos pedagógicos contemplam: identificação de necessidades, planejamento, acolhimento, análise de materiais, no relato de experiências, na discussão de temas relacionados, no registro e na avalição.
Portanto, os procedimentos são fundamentais na prática do professor, pois são condições criadas por ele para alcançar os objetivos determinados. Julga-se então que os procedimentos pedagógicos fazem parte das ações do professor, como: planejar; refletir; estabelecer relações; trabalhar coletivamente; questionar; avaliar e registrar sua prática docente; e realizar adequações ou adaptações curriculares. São, portanto, alvo de construção constante na prática docente, pois são múltiplos e possíveis de serem utilizados de acordo com as necessidades encontradas em cada contexto de ensino-aprendizagem, visto que é preciso construir novos procedimentos na medida em que há objetivos a se atingir.
As discussões referentes aos procedimentos pedagógicos enfatizam a construção desses para se atingir o objetivo; neste trabalho, levanta-se a questão da importância dos procedimentos para a plena inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no ambiente escolar.
Haydt (2000) afirma que os procedimentos de ensino têm por objetivo contribuir para que o aluno participe ativamente das experiências de aprendizagem, observando, lendo, escrevendo, experimentando, propondo hipóteses, solucionando problemas, comparando, classificando, ordenando, analisando e sintetizando. Ao se analisar esse conceito, verifica-se que os procedimentos podem favorecer a participação do aluno e a sua aprendizagem. Para Santos (2014):
As instituições de ensino que utilizam métodos e procedimentos específicos para o aprendizado do aluno, e que esperam um resultado eficaz, devem focalizar o desenvolvimento dos alunos, além de perceber a interação do aluno nas diversas situações para que se possa dar significado a esse processo. (SANTOS, 2014, p.42)
Para tanto, eles devem ser escolhidos de acordo com os objetivos propostos no processo de ensino e aprendizagem, onde compete ao professor questionar se é coerente ao conteúdo a ser ensinado, se existe condições físicas no ambiente no qual o procedimento de ensino será aplicado, e se são compatíveis com as características dos alunos. Ou seja, o procedimento pedagógico deve adequar-se à sua faixa etária, ao seu nível de desenvolvimento, grau de interesse e estar em conformidade com as suas necessidades educacionais especiais. 
A partir dos conceitos apresentados, pode-se considerar como procedimento pedagógico todas e quaisquer ações que o professor utiliza como meio para favorecer o processo de aprendizagem de seus alunos em relação ao conteúdo academicamente determinado. Compreende-se que a forma como o professor apresenta o conteúdo é de suma importância para o processo de ensino e aprendizagem, por isso é de suma importância que os professores tenham conhecimentos sobre procedimentos pedagógicos, a fim de que estimulem e orientem seus alunos, além de promover atividades que possibilitem a plena inclusão em sala de aula.
Rodrigues (2008) descreve que a dimensão dos saberes também é composta pelos aspectos pedagógicos que fundamentam possíveis intervenções do docente, como os conhecimentos que envolvem os atos de: planejar, avaliar, analisar, registrar e outros, isto é, os procedimentos pedagógicos estão relacionados ao saber fazer do docente.
2.4.1 Procedimentos pedagógicos e a inclusão
Os procedimentos pedagógicos possuem vital importância para a plena inclusão no aluno com necessidades educacionais especiais no ambiente escolar, a partir do desenvolvimento de novas práticas e procedimentos pedagógicos, os alunos com algum tipo de deficiência, passam e ter possibilidades reais de inclusão escolar.
Para que o estudante possa acompanhar o currículo proposto, se faz necessário que o profissional que o atende, traga inovações e novos métodos aperfeiçoados de ensino, oportunizando ao aluno com deficiência, chances iguais perante seus colegas de sala de aula.
Ainda segundo a Cartilha da Inclusão Escolar, escrita por Arruda (2014) “é necessário o estabelecimento de melhores práticas pedagógicas, viabilizando a mudança de paradigma para um novo modelo de ensino e aprendizagem desde a infância até a idade adulta. ”
Para Amaro o autor (2009): 
As atividades e as ações de escuta realizadas nos diferentes procedimentos são relacionadas, ao mesmo tempo, com princípios de constituição do sujeito educador; respeito e valorização da singularidade dos sujeitos; construção da autonomia; realização de atividades educacionais articuladas ás possíveis necessidades e características dos sujeitos vividos; articulação teoria-prática; e construção de atitudes e práticas construtivas, interdisciplinares, cooperativas, solidárias e de respeito mútuo. (AMARO, 2009, pg.186)
Portanto para que a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais possa ocorrer, é indispensável a construção de atitudes e procedimentos pedagógicos, que juntamente com as demais práticas, façam a diferença na vida escolar dos alunos especiais, onde os mesmos passam a ter melhores condições de aprendizado e socialização.
3 CORPO DO TRABALHO: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO
Neste tópico, você acadêmico(a) enuncia uma área de concentração e a justificativa da escolha. Ao optar por uma área de concentração você estará elegendo um campo ou ramo do conhecimento ou atividade, pois segundo Borges-Andrade (2003, p. 165) uma área de concentração “deve agrupar ações e fazê-las convergir para um centro de modo [...] a tornar mais ativo determinado domínio de conhecimento”. Ainda, ao escolher a área de concentração você precisa definir um tema e delimitá-lo, ou seja, é preciso estabelecer limites apresentando, especificamente, qual o seu interesse de estudo.
Veja um exemplo de delimitação:
Área de concentração: Metodologias de Ensino
Tema: Instrumentos de Avaliação do Ensino Fundamental
Observe que a partir da área de concentração (Metodologias de Ensino), optou-se por estudar os Instrumentos de avaliação do Ensino Fundamental. As leituras elencadas, sobre o assunto Metodologias de Ensino, devem permitir um estudo do tema de forma completa possível.
.
3.1 CORPO DO TRABALHO (continuação)
Características peculiares entre o tema e a área de concentração desenvolvida pelos acadêmicos ,.
4 MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho tem como característica ser de cunho qualitativo na temática da educação inclusiva no ambiente escolar, aproximando a pesquisadora e o objeto de estudo através da pesquisa de campo e da descrição dos dados obtidos. E da mesma forma pode ser considerada bibliográfica na medida em que envolve pesquisas bibliográficas. 
Para o desenvolvimento do trabalho a pesquisa bibliográfica foi de fundamental importância, pois quando o tema educação inclusiva é abordado torna-se indispensável trazer para a discussão documentos que fundamentem o conteúdo abordado neste trabalho. Sabe-se que a educação inclusiva vem sendo amplamente discutida nos mais diversos meios da literatura, de leis, cartilhas, normativas, livros e artigos. 
Para a realização deste trabalho, optou-se pelo Centro de Educação Infantil Marli Teresinha Benvenutti Buss, pertencente à rede municipal de ensino, localizada na cidade de Brusque, Estado de Santa Catarina, onde a autora do presente trabalho atua como monitora de inclusão, auxiliando nas atividades inclusivas dos alunos que possuem necessidades educacionais especiais.Um dos alunos matriculados na educação infantil com necessidades especiais que, por meio de laudos médicos foi diagnosticado com Síndrome de Dow e Transtorno do Espectro Autista Leve, possui 5 anos de idade, cursando a turma da pré-escola. Apresenta várias dificuldades de aprendizado, além de baixa coordenação motora, apresenta atraso na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral, sendo necessário a intervenção de uma monitora de inclusão para o auxílio e adaptação das atividades de aprendizado em sala de aula.
Foram feitas observações e análises do processo de desenvolvimento de aprendizagem do aluno com necessidades educacionais especiais, bem como sua capacidade de aprendizado antes e depois da aplicação dos métodos de inclusão.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar as práticas utilizadas em sala de aula, tais procedimentos pedagógicos tendem a contribuir para que o aluno possa desenvolver suas capacidades cognitivas, lúdicas e motoras.
Após a apresentação do emprego das metodologias pedagógicas é realizada a discussão da efetividade ou não dessas práticas, tendo em vista o objetivo proposto, conforme descrito acima, de melhorar o desempenho escolar do aluno com necessidades educacionais especiais. 
A seguir as metodologias pedagógicas utilizadas em sala de aula:
5.1 Sussurrofone
Para que o aluno com necessidades educacionais especiais possa ter plenas condições de aprendizado, se faz necessário adaptações que envolvam material adaptado para que o mesmo possa acompanhar a evolução da turma. 
De acordo com a declaração de Salamica:
O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem sucessivamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 4)
O Sussurrofone é um instrumento muito simples e confeccionado a partir de tubos de PVC, fitas adesivas, possui cerca de 10 centímetros, um tubo reto no centro e dois tubos curvos nas pontas, adornados com fitas adesivas coloridas, tem por objetivo desenvolver a consciência fonológica além de iniciar a aquisição da linguagem oral. 
O aparelho faz com que o aluno escute o som de sua voz através de sussurros, facilitando o reconhecimento fonológico de letras e palavras. Possui semelhanças com um telefone normal, onde o aluno fala de um lado e escuta pelo outro. 
O aluno ao ter contato com o aparelho, ficou surpreso ao escutar o som da própria voz, porém como possui um significativo atraso na fala, teve grande dificuldade em concentrar-se na atividade proposta.
5.2 Bloco de Legos
O jogo de bloco de Legos foi utilizado para incentivar o aluno a trabalhar a parte lúdica, sendo que a palavra lúdico tem origem latina em “ludus”, que significa, em sua essência e originalidade, “jogo”.
 Teixeira (1995) explana sobre o assunto:
- As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança e, neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica; - O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo; As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e ativa as funções psiconeurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento. (TEIXERA apud NUNES, 1995, p. 23)
O lúdico traz um clima em que o jogo utilizado pela atividade lúdica absorve o aluno de uma forma intensa e total, criando um clima de euforia. Este aspecto de envolvimento emocional é que transforma uma simples atividade sem atração em uma atividade com forte influência motivacional, propulsora de vibração e euforia.
No emprego dessa prática, o jogo de blocos de Legos permitiu que o aluno desenvolva a suas capacidades cognitivas, pois apesar das suas dificuldades, consegue desenvolver a compreensão do jogo, que é encaixar as peças para formar um conjunto agrupado, permitindo várias combinações de cores e formas.
5.3 Livro de rotinas
O livro de rotinas é confeccionado com material de EVA colorido, contendo fotos impressas, de sua rotina escolar: roda de conversa com toda a turma, chamada, hora da atividade, lanche, escovação dos dentes, recreação externa com colegas de sala. Além de orientações comportamentais, organização da sala.
Segundo a Cartilha de inclusão Escolar de Arruda; Almeida (2014) “O uso de relógio, calendário e quadros referenciais com rotinas, alfabeto e números, por exemplo, podem auxiliar a organização (temporal e espacial) e memória (retenção e evocação)”
Alunos com TEA frequentemente apresentam exagerado apego a rotinas. Dessa forma, o professor deve facilitar a previsibilidade da rotina usando preditores visuais como agendas ilustradas, calendários e sequência das atividades, indicando o que vai acontecer e em quais momentos. (ARRUDA; ALMEIDA, 2014, p. 22)
O livro de rotinas teve grande êxito em desenvolver a compreensão de tempo e espaço do aluno, fazendo com que o mesmo, tenha conhecimento da sua rotina escolar diária, suas principais atividades e em qual momento elas acontecem no decorrer do dia.
5.4 Alfabeto de Madeira
O Alfabeto de madeira foi amplamente utilizado, para ensinar ao aluno, o som das letras e as vogais, em especial as letras do seu nome. Contendo todas as letras do alfabeto latino, traz uma abordagem diferente para a alfabetização do aluno.
A Cartilha de inclusão Escolar de Arruda; Almeida (2014) pontua que:
Garantir ao aluno com TEA acesso ao currículo escolar por meio de adaptações que envolvam materiais adaptados, jogos pedagógicos, uso de imagens, fotos, esquemas, signos visuais e ajustes de grande e pequeno porte. Permitir o acesso e o uso de materiais e móveis adaptados visando à organização sensório-motora e adequação postural do aluno com TEA. (ARRUDA; ALMEIDA, 2014, p. 22)
O aluno ainda que não tenha desenvolvido completamente a capacidade de reconhecer as letras do seu nome, mostra avanços significados quando comparado a outros métodos utilizados na alfabetização de seus colegas de sala. Por vezes mostra interesse maior no som da primeira letra do seu nome, chegando a quase balbuciar.
6 CONCLUSÃO
Ao fim do trabalho, verificou-se que a educação inclusiva no Brasil, ainda necessita passar por grandes avanços para que possa incluir de forma plena o aluno com necessidades educacionais especiais, de forma geral, falta preparo dos professores para desenvolverem atividades diferenciadas para que estudantes com necessidades especiais possam acompanhar a turma de forma satisfatória. 
Esse preparo se faz necessário para que ocorra a inclusão do aluno especial em sala de aula, portanto o aperfeiçoamento do professor, através de cursos, palestras, formações é de suma importância. Apenas com a efetiva capacitação dos profissionais que atendem os alunos com dificuldade no aprendizado derivado de alguma deficiência é que teremos uma educação inclusiva de qualidade.
Os métodos utilizados em sala de aula permitiram verificar que as introduções dessas práticas, alavancaram de forma significativa as capacidades cognitivas, lúdicas e motoras do aluno. Notou-se um grande potencial dessas atividades a médio e longo prazo, onde o aluno apresentou interesse e curiosidade nas atividades propostas. O trabalho desenvolvido a curto prazo tende a apresentar resultados poucos satisfatórios tendo em vista o apertado espaço de tempo e a necessidade de apresentar resultados positivos, sendo dificultoso mensurar o real impacto e desenvolvimento do aluno.
As metodologias aplicadas neste presente trabalho tiveram por intenção acima de tudo, serem ferramentas para a plena inclusão do aluno do ambiente escolar, proporcionando ao aluno, condições para acompanhar sua turma nas variadas atividades desenvolvidas em sala de aula, estimulando a interação e socialização com seus colegas de sala.
Além dos métodos e práticas se faz necessário aplicar valor humano aos alunos com necessidades educacionais especiais. Conclui portanto que asinstituições educacionais devem oferecer aos alunos com deficiência uma série de estímulos úteis para o seu desenvolvimento. Estímulos corretos, nos momentos certos, acompanhados de amor, carinho, afeto, compreensão e apoio certamente contribuirão para o desenvolvimento do potencial da criança, fazendo com que chegue à idade adulta como um ser feliz e socialmente útil, pois aprendeu no convívio em sociedade.
Acredito que a aplicação dos métodos para a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais atingiu o objetivo proposto, pois conseguiu incluir o aluno no ambiente escolar.
Notei um grande avanço no aprendizado do aluno, onde foi abordado várias áreas do ensino: lúdico, cognitivo, coordenação motora, reconhecimento fonológico, interação e socialização. 
REFERÊNCIAS
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ARRUDA, Marco Antônio; ALMEIDA Mauro de.  Cartilha da inclusão escolar: Inclusão Baseada em Evidências Científicas. Rio Preto: ABDA, 2014. 
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Acesso em: Maio de 2019.
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