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Aula 6 Dimensionamento à compressão: perfis não sujeitos à flambagem local Brasília, 2021 DISCIPLINA: Estruturas de aço CENTRO UNIVERSITARIO ESTÁCIO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Prof. Dasiel Hernández Fernández, MSc. Eng. INTRODUÇÃO Definição: Denomina-se coluna uma peça vertical sujeita à compressão centrada. Exemplos de peças comprimidas axialmente: • componentes de treliças; • sistemas de travejamentos; • pilares de sistemas contraventados de edifícios; INTRODUÇÃO Tração Vs. Compressão: • Ao contrário do esforço de tração, que tende a retificar as peças, o esforço de compressão tende a acentuar o efeito da curvatura inicial. • Os deslocamentos laterais produzidos compõem o processo de flambagem por flexão. • A flambagem da peça tende a reduzir sua capacidade de carga. INTRODUÇÃO Chapas da seção: • As chapas componentes de um perfil comprimido podem estar sujeitas à flambagem local; • É um fenômeno de instabilidade caracterizado pelo aparecimento de deslocamentos transversais à chapa; • Observa-se a deformação de ondulações; INTRODUÇÃO DIMENSIONAMENTO Critério de dimensionamento: Força axial resistente de cálculo: A força axial de compressão resistente de cálculo, Nc,Rd, de uma barra, considerando os estados limites últimos de instabilidade por flexão, por torção ou flexo-torção e de instabilidade local, deve ser determinada pela expressão: DIMENSIONAMENTO Carga crítica de flambagem por flexão • Carga P pequena → elemento retilíneo e encurtamento; • Aumento progressivo de P até que → elemento sofre flexão súbita com perda da estabilidade → FLAMBAGEM (deflexão lateral): a barra não consegue suportar mais acréscimos de força. • Barra de eixo perfeitamente reto; • Carga aplicada no centroide da seção transversal; • Birrotulada; • A barra mantêm-se com deslocamentos laterias nulos até atingir a carga crítica: carga axial máxima que uma coluna pode suportar quando está na iminência de sofrer flambagem. DIMENSIONAMENTO Carga crítica de flambagem por flexão • Força axial de flambagem elástica; • Carga de Euler; • Carga de flambagem elástica; • Carga crítica elástica. Um pilar é esbelto se as dimensões da seção, em comparação com o seu comprimento, forem pequenas. O grau de esbeltez pode ser expresso pela relação: Onde: l é o comprimento e r é o raio de giro inercia e área 𝑟 = 𝐼𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎 Á𝑟𝑒𝑎 Carga crítica de flambagem por flexão para outras condições de extremidades • Substituir L por KL → comprimento efetivo de flambagem • “O comprimento efetivo de flambagem equivale ao comprimento real de uma barra birrotulada, de mesmo material e mesma seção transversal, que tenha a mesma carga crítica de flambagem que a barra real considerada” DIMENSIONAMENTO Coeficiente de flambagem - K (anexo E.2 da NBR): DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Hipóteses de Euler: • material indefinidamente elástico • resistência infinita Realidade do aço: • não é indefinidamente elástico • possui resistência limitada • tensões residuais do processo de fabricação • imperfeições geométricas como desvios de retilineidade DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Barras com curvatura inicial • Valor máximo aceito pela NBR 8800:2008 → flecha de 1/1500 do vão, no meio deste. • Barras de eixo reto → Eixo indeformável até a força de compressão atingir a força axial de flambagem • Barra com curvatura inicial → Deslocamento lateral aumentado com o acréscimo da força de compressão. Diagrama tensão deformação do aço DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Diagrama tensão deformação do aço • O grau com o qual a estrutura cristalina se deforma depende da magnitude da tensão aplicada; • Tensões baixas: relação entre tensão e deformação → lei de Hooke com comportamento linear: E = Módulo de Elasticidade ou de Young DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Expressão de Euler válida para Fe ≤ fy DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Expressão de Euler válida para Fe ≤ σp DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Tensão de proporcionalidade: diferença entre a resistência ao escoamento do aço e máxima tensão residual de compressão. Hipérbole de Euler valida em regime elástico Explicitando o índice de esbeltez, encontra-se um limite até o qual a flambagem ocorre em regime elástico. Caso contrário, em regime inelástico. **Depende apenas do tipo de aço. DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Resistência a compressão no regime inelástico → Fórmula de Engesser DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Resumindo: • Colunas esbeltas → flambagem em regime elástico; • Colunas de esbeltez intermediária → maior influência das imperfeições geométricas e das tensões residuais; • Colunas curtas → a tensão última é tomada igual ao escoamento do material. DIMENSIONAMENTO Tensão crítica de flambagem por flexão Resumindo: • Colunas esbeltas → flambagem em regime elástico; • Colunas de esbeltez intermediária → maior influência das imperfeições geométricas e das tensões residuais; • Colunas curtas → a tensão última é tomada igual ao escoamento do material. DIMENSIONAMENTO Fator de redução χ: Fator de redução associado a resistência a compressão, indicativo da força axial resistente de barras comprimidas com curvatura inicial associado ao índice de esbeltez reduzido. • λ0 é o índice de esbeltez reduzido, dado por: DIMENSIONAMENTO Gráfico χ (figura 10 da NBR): DIMENSIONAMENTO Tabela χ (figura 10 da NBR): DIMENSIONAMENTO Força axial de flambagem elástica- Ne (anexo E.1): a) para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia x da seção transversal: b) para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia y da seção transversal: c) para flambagem por torção em relação ao eixo longitudinal z: DIMENSIONAMENTO Limitação do índice de esbeltez
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