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RECURSOS_TRABALHISTAS[1]

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Recursos Trabalhistas 
 
1. Parte geral 
→ PECULIARIDADES DOS RECURSOS TRABALHISTAS: Existem diferenças entre os 
recursos cíveis e os trabalhistas. São elas: 
 
• Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: restringe a utilização de 
recursos, quando a decisão objeto do questionamento, é interlocutória, ou seja, 
proferida no decorrer do processo. A CLT prevê que a parte prejudicada pela decisão, 
deve aguardar a decisão final ser proferida, para poder recorrer: 
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes 
recursos 
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo 
próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do 
merecimento das decisões interlocutórias somente em 
recursos da decisão definitiva. 
Entretanto, existem algumas exceções a esta regra: 
 
▪ Exceção 1: Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem 
ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a 
estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes 
alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. 
 
 
 
 
Prevê o cabimento do Recurso Ordinário em face dessa decisão, já que ela é 
terminativa em relação à Justiça do Trabalho, e determina a remessa dos autos para 
outra justiça. 
Exceção 2: súmula nº 214 - decisão interlocutória. irrecorribilidade 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias 
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial 
do Tribunal Superior do Trabalho; Decisão do Trt contrária à súmula ou orientação 
jurisprudencial do Tst: nesta hipótese, cabe Recurso de Revista para o Trt, para que o mesmo 
modifique a decisão na medida em que essa se mostra, presumidamente, errada, contrariando o 
entendimento dos Tribunais Superiores 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; Possibilidade 
de interposição de recurso interno, ou seja, para o próprio tribunal, já que este princípio tem como 
objetivo evitar que recursos sejam interpostos para órgãos de hierarquia superior. 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para 
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante 
o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. É mais comum no dia a dia (e nas provas de concurso), 
cabendo recurso quando o réu alega incompetência territorial e sua alegação é reconhecida, com 
a determinação da remessa dos autos para a Vara do Trabalho vinculada ao Trt. Cabe 
Recurso Ordinário, conforme art. 895 da Clt. 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância 
superior: 
I - Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e 
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e 
II - Das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, 
no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, 
quer nos dissídios coletivos. 
• Inexigibilidade de fundamentação: prevê que os recursos trabalhistas serão 
interpostos por simples petição. Entretanto, essa expressão foi entendida como 
ausência de fundamentação. Portanto, à luz da CLT, não se exige a dialeticidade. 
Contudo, esse princípio foi relativizado pela súmula 422 do TST, que passou a exigir a 
fundamentação nos recursos interpostos perante o TST. Não havendo a necessidade 
de fundamentação de Recurso Ordinário de competência do TRT. 
 
 
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples 
petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as 
exceções previstas neste Título, permitida a execução 
provisória até a penhora. 
Súmula 422, TST: RECURSO. APELO QUE NÃO ATACA OS 
FUNDAMENTOS DA DECISÃO RECORRIDA. NÃO 
CONHECIMENTO. ART. 514, II, do CPC 
Não se conhece de recurso para o TST, pela ausência do 
requisito de admissibilidade inscrito no art. 514, II, do 
CPC, quando as razões do recorrente não impugnam os 
fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que 
fora proposta. 
 
• Efeito meramente devolutivo: essa regra prevê que os recursos trabalhistas 
possuem APENAS efeito devolutivo. Não possuem efeito suspensivo, como ocorre 
no processo civil. A interposição dos recursos não suspende o efeito da sentença. 
Assim, se uma empresa é condenada a pagar indenização, a interposição de recurso 
ordinário não impede seu pagamento, podendo ser executada provisoriamente. 
 
Recurso sem fundamentação é ≠ de recurso com qualquer fundamento! A 
própria súmula diz que as alegações da parte não podem ser dissociadas dos 
fundamentos da sentença. 
O recurso não possui efeito suspensivo automático, porém, o mesmo pode ser concedido, 
caso haja pedido recorrente, por meio de ajuizamento de ação cautelar, conforme a 
súmula 414, I do Tst. 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância 
superior: 
I - Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e 
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e 
II - Das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, 
no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, 
quer nos dissídios coletivos. 
 
SÚMULA Nº 414 - MANDADO DE SEGURANÇA. 
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (OU LIMINAR) CONCEDIDA 
ANTES OU NA SENTENÇA 
I - A antecipação da tutela concedida na sentença não 
comporta impugnação pela via do mandado de 
segurança, por ser impugnável mediante recurso 
ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter 
efeito suspensivo a recurso 
 
 
→ JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E PRESSUPOSTOS RECURSAIS 
 
Quando uma das partes (sucumbente) interpõe um recurso, o Poder Judiciário deve 
fazer duas análises: 
 
• Juízo de admissibilidade 
• Análise dos pressupostos (requisitos) 
 
 
 
• Juízo de admissibilidade: momento em que são analisados os pressupostos 
(requisitos) para a interposição do recurso. Essa análise é feita pelos juízos a quo 
(órgão que proferiu a decisão recorrida. EX: a Vara do Trabalho) e ad quem (órgão 
responsável pela análise do mérito do recurso, hierarquicamente superior). EX: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juízo a quo (3ª Vara) 
Fará o juízo de 
admissibilidade. Se estiverem 
presentes todos os requisitos 
(sendo positivo, o 1° juízo), 
remete os autos para o juízo 
ad quem. 
SENTENÇA 
Prolatada pela 3ª Vara do 
Trabalho de Vitória / ES 
(impugnada por R. Ordinário) 
Juízo ad quem (análise do mérito) 
Fará (novamente) a análise 
dos pressupostos recursais. Se 
entender que são presentes, 
julga o mérito do recurso, 
decidindo pela modificação ou 
manutenção da sentença. 
SÚMULA N.º 435 - art. 932 do CPC. 
aplicação subsidiária ao processo do 
trabalho: Aplica-se subsidiariamente ao 
processo do trabalho o art. 932 do Código 
de Processo Civil. 
 
Atenção!!!! 
 
O Relator pode proferir decisão monocrática nos 
Tribunais, inclusive, no juízo de admissibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - Dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, 
quando for o caso, homologar autocomposição das partes; 
II - Apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária 
do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - Negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiçaem 
julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; 
V - Depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão 
recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; 
VI - Decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado 
originariamente perante o tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 
(cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. 
 
 
• Pressupostos Processuais: são requisitos que o Recurso tem de conter, para ser 
recebido pelo juízo ad quem, são eles: 
 
▪ Cabimento 
▪ Legitimidade 
▪ Interesse recursal 
▪ Tempestividade 
▪ Regularidade formal 
▪ Preparo 
▪ Regularidade de representação 
 
a) Cabimento: consiste na análise do cabimento ou não do recurso, se o objeto do 
recurso é passível de recorribilidade, e se a parte interpôs o recurso adequado. Se a 
decisão recorrida for a sentença, cabe recorrer através da interposição do Recurso 
Ordinário. 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância 
superior: 
I - Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e 
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e 
II - Das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, 
no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, 
quer nos dissídios coletivos. 
 
b) Legitimidade: o recurso pode ser interposto pela parte vencida, por 3° prejudicado e 
pelo MP (como parte ou fiscal da lei) 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância 
superior: 
I - Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e 
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e 
II - Das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, 
no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, 
quer nos dissídios coletivos. 
 
c) Interesse recursal: atrelado à sucumbência, ou seja, a uma situação desvantajosa 
para a parte, criada pela decisão. 
 
d) Tempestividade: o prazo para interpor o recurso é de 8 dias, para interpor ou 
contrarrazoar, marcado pela regra da uniformidade, regulamentado pela Lei n° 
5.584/70. Em situações excepcionais, o prazo recursal pode sofrer suspeição ou 
interrupção. 
Na suspeição, o prazo do recurso volta a ser contado do ponto onde parou. Na 
hipótese de interrupção, é zerado e contado novamente do início 
 
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença 
ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu 
julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão 
subsequente a sua apresentação, registrado na certidão, 
admitido efeito modificativo da decisão nos casos de 
omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco 
no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
 
Exceto para Embargos de declaração, cujo prazo é de 5 dias! 
e) Regularidade formal: está atrelada ao preenchimento dos requisitos, de forma, do 
recurso, destacando-se a OJ n° 120 da SDI- do TST que fala da falta de assinatura, como 
um impeditivo para a admissibilidade do recurso. No caso de as duas petições 
(interposição e as razões) não estiverem assinadas, o recurso não será admitido. Se 
somente uma delas estiver assinada, não haverá a presença de qualquer vício. 
 
 
 
f) Preparo: quantia exigida a título de pagamento de custas processuais e depósito 
recursal, dependendo do recorrente. O não pagamento do preparo enseja em 
deserção e a inadmissibilidade do recurso. 
 
▪ Empregado: realiza apenas o pagamento das custas processuais fixadas na 
sentença. 
▪ Empregador: realiza o pagamento das custas + depósito recursal, sendo 
fixado o valor pelo TST, havendo limite por recurso. 
 
Atenção!!!! 
Quando se fala em preparo, é preciso ficar atento às decisões do TST, em súmulas e 
OJ, são elas: 
 
▪ SÚMULA Nº 161 - DEPÓSITO. CONDENAÇÃO A PAGAMENTO EM PECÚNIA: e não há 
condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os §§ 1º e 2º 
do art. 899 da CLT. O depósito recursal só será necessário quando o recurso tiver por objeto, 
decisão que tenha condenado a pagamento de quantia, ou seja, condenação pecuniária. 
 
Com a alteração da OJ, o juiz deverá conceder o prazo de 5 dias, para 
sanar o vício, antes de declarar a não admissão do recurso 
 
▪ SÚMULA Nº 128 - DEPÓSITO RECURSAL 
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a 
cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da 
condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de 
qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, 
elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal 
efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o 
depósito não pleiteia sua exclusão da lide. Trata dos limites do depósito recursal, que são 
dois: o valor da condenação e o valor máximo, fixado pelo TST, para o recurso. Não há a 
necessidade da parte depositar valor maior que o teto. 
 
▪ SÚMULA Nº 245 - DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO: O depósito recursal deve ser feito e 
comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não 
prejudica a dilação legal. Geralmente, os recursos são interpostos no último dia, oportunidade 
em que se comprova a realização do depósito recursal. Mas, se houver a interposição antecipada 
do recurso, não precisa haver a comprovação do depósito recursal de forma antecipada, também, 
ou seja, a parte tem até o último dia para comprovar a realização do reparo. 
 
▪ SÚMULA 426, TST: DEPÓSITO RECURSAL. UTILIZAÇÃO DA GUIA GFIP. 
OBRIGATORIEDADE: Nos dissídios individuais o depósito recursal será efetivado 
mediante a utilização da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência 
Social GFIP, nos termos dos §§ 4º e 5º do art. 899 da CLT, admitido o depósito judicial, 
realizado na sede do juízo e à disposição deste, na hipótese de relação de trabalho 
não submetida ao regime do FGTS. O depósito recursal deve ser realizado por meio da Guia 
GFIP, que é uma guia do FGTS, contendo informações da previdência. Só não será utilizada 
essa guia, se a lide não se submeter ao regime do FGTS, oportunidade em que o depósito recursal 
deve ser feito com guia bancária comum. 
 
▪ ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 140/TST-SDI-I - - RECURSO. DEPÓSITO RECURSAL E 
CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. DESERÇÃO. 
OCORRÊNCIA. CLT, art. 789 e CLT, art. 899. CPC/1973, art. 1.007, § 2º. 
Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, 
somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto 
no § 2º do art. 1.007 do CPC/2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor 
devido. O depósito recursal deve ser feito na sua integralidade, sem qualquer diferença, a maior 
ou menor (mesmo que a diferença seja mínima), sob pena de deserção. Nesse caso, admite-se a 
complementação do valor, mas não do depósito. 
 
g) Regularidade de representação: orecurso deve ser interposto por advogado, com 
procuração nos autos, caso a parte não tenha se valido do princípio do jus postulandi. 
Se a parte optou por advogado, o mandato deve constar nos autos, exceto na 
hipótese de mandato tácito, oportunidade em que o advogado deve comprovar sua 
representação em ata de audiência, constando o seu nome e número da OAB. 
 
 
 
 
 
 
 
Excepcionalmente, admite-se a interposição de recurso sem a procuração, para 
evitar prescrição e decadência, devendo o instrumento ser juntado em 5 dias, 
prorrogável por mais 5 dias. 
Se a norma não for cumprida, o recurso não será admitido ou as contrarrazões 
serão desentranhadas dos autos. 
https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00054521943-789
https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00054521943-899
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973-1007
SÚMULA Nº 383 - MANDATO. ARTS. 76 E 104 DO CPC. 
FASE RECURSAL. INAPLICABILIDADE 
I - É inadmissível, em instância recursal, o oferecimento 
tardio de procuração, nos termos do art. 104 do CPC, 
ainda que mediante protesto por posterior juntada, já 
que a interposição de recurso não pode ser reputada ato 
urgente. 
II - Inadmissível na fase recursal a regularização da 
representação processual, na forma do art. 76 do CPC, 
cuja aplicação se restringe ao Juízo de 1º grau. 
 
 
→ JUÍZO DE MÉRITO 
 
Será alcançado depois do juízo de admissibilidade, onde se constata a presença de 
todos os requisitos (pressupostos) de admissibilidade pelo juízo a quo e ad quem. 
No juízo de mérito, o juízo ad quem irá analisar um dos pedidos que podem ser 
realizado pelo sucumbente: 
 
• Reforma da decisão – error in judicando 
• Anulação da decisão – error in procedendo 
 
a) ERROR IN JUDICANDO: mais comum no dia a dia, consiste em erro de julgamento, 
ocasião em que o magistrado se equivoca ao julgar, ao analisar as provas, então, 
pede-se a reforma da decisão. Uma vez que o Tribunal reconheça o erro de 
julgamento, deverá dar provimento ao recurso, proferirá uma nova decisão de 
mérito, substituindo a anterior 
 
 
b) ERROR IN PROCEDENDO: o Tribunal analisa se houve erro no procedimento, que 
violem as normas que tratam da realização dos atos processuais, ocasião em que se 
pede a anulação da decisão. Uma vez reconhecido o erro no procedimento, o Tribunal 
deverá dar provimento para anular a decisão, determinando a remessa dos autos 
para o juízo a quo, para que os atos sejam novamente realizados. 
 
 
→ EFEITOS DOS RECURSOS 
Os efeitos são as consequências da interposição dos recursos, são eles: 
 
• Devolutivo: o recurso devolve a matéria para apreciação, pelo Poder Judiciário, tendo 
em vista que o recorrente entende que a decisão não está correta e precisa ser 
modificada. A devolução pode ser parcial ou total, dependendo da vontade da parte, 
posto que o efeito devolutivo pode incidir sobre um ou mais capítulos da decisão. 
 
• Suspensivo: a interposição de um recurso trabalhista não tem efeito suspensivo. 
Logo, não suspende os efeitos da decisão, que desde já, pode ser objeto de execução, 
mesmo antes do trânsito em julgado (execução provisória). 
 
 
 
 
 
• Translativo: esse efeito está atrelado à possibilidade de o Tribunal reconhecer 
matéria de ordem pública, sem a necessidade de alegação ou requerimento das 
partes. Uma vez que o recurso seja interposto, o Tribunal abre a possibilidade de 
• Excepcionalmente, pode haver efeito suspensivo, se houver ajuizamento de 
uma ação cautelar. Assim, a parte interpõe o recurso e ajuíza uma cautelar, 
requerendo o efeito suspensivo. 
 
alguma matéria de ordem pública de ser reconhecida, que podem ser reconhecidas 
de ofício e em qualquer grau de jurisdição. 
 
 
 
• Regressivo: está relacionado à possibilidade de o Magistrado que prolatou a decisão 
impugnada, de retrata-se (juízo de retratação), ao receber o recurso. O efeito é típico 
dos recursos de agravo (instrumento, petição, interno), também sendo vislumbrado, 
em algumas situações, no Recurso Ordinário, como nas sentenças que extinguem o 
processo sem resolução do mérito, sentença de indeferimento de petição inicial e 
sentença de improcedência de liminar. 
 
• Substitutivo: decorre do julgamento de mérito do recurso, gerando a substituição da 
decisão recorrida, pela decisão proferida no recurso. Assim, o acórdão que julga o 
recurso ordinário substituiu a sentença, o acordão proferido no Recurso de Revista 
substitui o acordão do TRT, etc... 
 
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal 
substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto 
de recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Litispendência, coisa julgada, perempção, ausência de condições da ação, 
dentre outros vícios. 
 
Recursos em Espécie 
 
1. Embargos de declaração 
É utilizado quando a decisão apresenta algum vício. Caso o juiz seja omisso na análise 
de algum fundamento formulado pela parte esta deverá opor os embargos de 
declaração, para que assim, o vício seja suprimido. 
 
São espécies de vícios: 
 
 
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença 
ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu 
julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão 
subsequente a sua apresentação, registrado na certidão, 
admitido efeito modificativo da decisão nos casos de 
omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco 
no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
 
Prazo para interposição: 5 dias. Julgamento na primeira sessão ou audiência. 
Não há, via de regra, a expedição de intimação para apresentação de contrarrazões. 
Entretanto, o mesmo artigo traz a hipótese em que a intimação para a apresentação 
. omissão 
. obscuridade 
. contradição 
. manifesto equívoco 
Na análise dos 
pressupostos extrínsecos de 
admissibilidade. 
das contrarrazões é obrigatória: quando houver efeito modificativo (também 
chamado de infringente). 
§ 2o Eventual efeito modificativo dos embargos de 
declaração somente poderá ocorrer em virtude da 
correção de vício na decisão embargada e desde que 
ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias 
 
O efeito modificativo é uma situação excepcional. Ocorre quando, no julgamento dos embargos 
de declaração - onde deveria haver apenas a complementação ou esclarecimento da decisão - 
acontece a sua total modificação. Pode ser que a correção de uma decisão acarrete a sua 
modificação completamente, diferentemente da situação existente no processo, até então. EX: 
saindo de procedência para improcedência. Nesse caso, a parte contrária deve ser intimada, 
obrigatoriamente, para apresentar as suas contrarrazões, no prazo de 5 dias. Após o exercício 
do contraditório, o julgamento dos embargos prossegue normalmente. 
Uma coisa que se deve observar, é que a interposição dos embargos de declaração 
interrompe o prazo do próximo recurso, ou seja, depois da interposição dos 
embargos, o prazo do próximo recurso é contado do zero. 
Ocorre que existem três situações em que não há interrupção. Nesses casos, 
apresentadas alguma das três hipóteses, os embargos não serão admitidos e o prazo 
não será interrompido: são elas: intempestividade, ausência de representação e falta 
de assinatura. 
§ 3o Os embargos de declaração interrompem o prazo 
para interposição de outros recursos, por qualquer das 
partes, salvo quando intempestivos, irregular a 
representação da parte ou ausente a sua assinatura. 
 
O NCPC/2015 prevê ainda, a possibilidade de multa, caso os embargos tenham caráter 
meramente protelatório, tendo em vista a sua utilização para a interrupção de prazo 
dos recursos. 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem 
efeito suspensivo e interrompem o prazo para a 
interposição de recurso. 
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada 
poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se 
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso 
ou, sendorelevante a fundamentação, se houver risco 
de dano grave ou de difícil reparação. 
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos 
de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão 
fundamentada, condenará o embargante a pagar ao 
embargado multa não excedente a dois por cento sobre 
o valor atualizado da causa. 
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração 
manifestamente protelatórios, a multa será elevada a 
até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a 
interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao 
depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda 
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a 
recolherão ao final. 
§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração 
se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados 
protelatórios. 
 
 
 
 
2. Recurso Ordinário 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I - Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e 
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e 
II - Das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais 
Regionais, em processos de sua competência originária, 
no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, 
quer nos dissídios coletivos. 
É o recurso mais utilizado no dia a dia, na justiça do Trabalho. Pode ser utilizado nas 
seguintes situações: 
 
• SENTENÇA – ART. 895, I da CLT: hipótese mais comum de cabimento. A sentença é 
uma das hipóteses de cabimento do RO, tendo em vista que as decisões são passíveis 
de impugnação através desse recurso, independentemente de seu conteúdo, ou seja, 
pode a sentença ser definitiva (que extingue o processo com julgamento de mérito) 
ou terminativa (que extingue o processo sem julgamento de mérito). 
 
• ACÓRDÃO – ART. 895, II da CLT: hipótese bem específica. Para os acórdãos 
proferidos em ações de competência originária do TRT, cabe RO, ou seja, para os 
processos que têm início já no TRT (EX: mandado de segurança, dissídios coletivos, 
ações rescisórias e ações cautelares). Todas essas ações são decididas por acórdãos 
(decisão de um colegiado), cabendo o RO para sua impugnação. 
 
• DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS – ART. 799, §2° da CLT e SÚMULA 214, e, do TST: 
situações excepcionais em que cabe RO imediato contra das decisões 
interlocutórias. 
 
EX 1: se um juiz do Trabalho reconhece a incompetência absoluta da Justiça 
doTrabalho e determina a remessa dos autos para outra justiça, cabe RO dessa 
decisão interlocutória, com o objetivo de manter o processo na Justiça do Trabalho. 
EX 2: se o juiz do Trabalho, após provocação da parte, reconhece a incompetência 
territorial e determina a remessa dos autos para outra Vara do Trabalho, vinculada 
a outro TRT, cabe a interposição de RO em face dessa decisão, para que o processo 
permaneça na mesma Vara de Trabalho em que se encontra. 
 
O prazo para a interposição do recurso é de 8 dias, seguindo a regra da uniformidade 
dos prazos processuais. Deve ser interposto no juízo a quo, aquele que proferiu a 
decisão, que deverá fazer o primeiro juízo de admissibilidade ao recebe-lo, analisando 
os pressupostos processuais (tempestividade, legitimidade, preparo, etc). 
 
Sendo positivo este juízo, o magistrado deve intimar a parte contraria, para 
apresentação de contrarrazões, no prazo de 8 dias. As contrarrazões não são 
obrigatórias, mas consistem em uma ótima oportunidade para mostrar que a decisão 
tomada está correta e, portanto, deve ser mantida. 
 
Transcorrido o prazo para as contrarrazões, apresentadas ou não, os autos são 
remetidos ao juízo ad quem, que realiza o segundo juízo de admissibilidade e, 
considerado positivo, pode ensejar julgamento em colegiado ou de forma 
monocrática. 
 
A decisão em colegiado é a regra geral para os julgamentos nos tribunais, onde os 
magistrados, em conjunto, tomam a decisão e proferem um acórdão com seu 
pronunciamento: 
 
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido 
pelos tribunais. 
 
A decisão monocrática é tomada excepcionalmente, feita por um só magistrado 
(Relator), nos Tribunais, que assume a função de decidir o mérito da questão (o 
mérito do mérito), além de realizar o juízo de admissibilidade. 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - Dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em 
relação à produção de prova, bem como, quando for o 
caso, homologar autocomposição das partes; 
II - Apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e 
nos processos de competência originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou 
que não tenha impugnado especificamente os 
fundamentos da decisão recorrida; 
IV - Negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior 
Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou 
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
V - Depois de facultada a apresentação de contrarrazões, 
dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for 
contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior 
Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou 
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
VI - Decidir o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica, quando este for instaurado 
originariamente perante o tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, 
quando for o caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no 
regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o 
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao 
recorrente para que seja sanado vício ou 
complementada a documentação exigível. 
 
 
SÚMULA N.º 435 - ART. 557 DO CPC. APLICAÇÃO 
SUBSIDIÁRIA AO PROCESSO DO TRABALHO: Aplica-se 
subsidiariamente ao processo do trabalho o art. 557 do 
Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Recurso de Revista 
O recurso de revista, em razão de sua complexidade, diante da Justiça do Trabalho, 
demanda maior acuidade, para análise dos seus requisitos de admissibilidade. 
 
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das 
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos 
Tribunais Regionais do Trabalho, quando: 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe 
houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a 
Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem 
súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo 
Tribunal Federal; 
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, 
Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância 
obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator 
da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e 
literal à Constituição Federal. 
§ 1o O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante 
o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, 
poderá recebê-lo ou denegá-lo. 
§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte 
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da 
controvérsia objeto do recurso de revista; 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htmII - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, 
súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite 
com a decisão regional; 
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos 
jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada 
dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial 
cuja contrariedade aponte. 
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado 
por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que 
foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso 
ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, 
para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão. 
§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas 
Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de 
terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal 
de norma da Constituição Federal. 
§ 3o (Revogado). 
 § 4o (Revogado). 
§ 5o (Revogado). 
§ 6o (Revogado). 
§ 7o A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se 
considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho 
ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência 
do Tribunal Superior do Trabalho. 
§ 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o 
ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art5
citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia 
eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela 
reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, 
mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem 
os casos confrontados 
§ 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido 
recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal 
Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por 
violação direta da Constituição Federal. 
§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial 
e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase 
de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), 
criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011. 
§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, 
o Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, 
julgando o mérito. 
§ 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. 
§ 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção 
Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada 
pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o § 3o poderá ser 
afeto ao Tribunal Pleno. 
§ 14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão 
monocrática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de 
representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou 
intrínseco de admissibilidade. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12440.htm
Cabível para acórdãos do TRT que julgam RO interpostos em dissídios individuais. O 
Recurso de Revista surge como uma forma de se chegar ao TST, em uma ação 
trabalhista ajuizada perante uma Vara do Trabalho. 
EX: João ajuizou uma reclamação perante a Vara do Trabalho de SP, ocasião em que 
houve decisão de improcedência. Contra essa decisão de improcedência, João 
interpôs RO (art. 895, CLT), que deverá ser julgado pelo TRT/SP. O TRT/SP deverá 
proferir um acórdão, que pode ser objeto de Recurso de Revista, desde que o 
fundamento do recurso esteja previsto no art. 896, a, b, c da CLT: 
• Divergência jurisprudencial entre TRT’s em relação à lei federal, violação 
de súmula ou jurisprudência uniforme do TST, violação de súmula 
vinculante do STF 
• Divergência jurisprudencial entre TRT’s em relação à lei estadual, 
convenção ou acordo coletivo, sentença normativa ou regulamento 
empresarial de observância obrigatória em área de mais de um tribunal 
• Violação à lei federal e afronta direta e literal à CRFB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa divergência apontada, faz referência ao §7° do art. 896 da CLT, que diz que a 
divergência entre os tribunais, que enseja a admissibilidade do recurso, tem que ser atual, não 
cabendo divergência quando a matéria já tiver sido objeto de Súmula do Tst ou do Stf, ou 
jurisprudência dominante, na medida em que já estaria pacificada. 
 
§ 7o A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se 
considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho 
ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência 
do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Atenção!!!!! 
Existem duas situações excepcionais: 
 
→ § 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas 
Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de 
terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal 
de norma da Constituição Federal. – no processo de execução: o Recurso de Revista 
proferido no processo de execução só poderá versar sobre afronta direta e literal à 
CRFB. Esse pode ser seu único fundamento. Entendimento também da 
jurisprudência do STF: 
SÚMULA Nº 266 - RECURSO DE REVISTA. 
ADMISSIBILIDADE. EXECUÇÃO DE SENTENÇA: A 
admissibilidade do recurso de revista interposto de 
acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação 
de sentença ou em processo incidente na execução, 
inclusive os embargos de terceiro, depende de 
demonstração inequívoca de violência direta à 
Constituição Federal. 
 
→ § 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido 
recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal 
Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por 
violação direta da Constituição Federal – procedimento sumaríssimo: se a ação 
pertencer a esse rito (até 40 salários mínimos), os únicos fundamentos que poderão 
ser utilizados no recurso são violação `a lei federal, afronta à súmula do TST e 
Súmula Vinculante do STF. Segundo entendimento sumulado do TST, não cabe 
violação à Orientação Jurisprudencial do TST, somente em relação às suas súmulas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
SÚMULA N.º 442. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. 
RECURSO DE REVISTA FUNDAMENTADO EM 
CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. 
INADMISSIBILIDADE. ART. 896, § 6º, DA CLT: Nas causas 
sujeitas ao procedimento sumaríssimo,a admissibilidade 
de recurso de revista está limitada à demonstração de 
violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou 
contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do 
Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade 
a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, 
Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de 
previsão no art. 896, § 6º, da CLT. 
 
O Recurso de Revista terá somente efeito devolutivo, sendo interposto perante o 
Presidente do TRT, a quem cabe a responsabilidade de realizar o juízo de 
admissibilidade, podendo admitir ou não, a decisão fundamentada. 
É ônus da parte demonstrar que a matéria está prequestionada, ou seja, decidida 
efetivamente na decisão recorrida, além de indicar, de maneira explícita e 
fundamentada, qual é a violação à lei, súmula ou orientação jurisprudencial do TST. O 
recorrente deve impugnar todos os fundamentos utilizados pelo prolator da decisão, 
demonstrando que a decisão está equivocada e deve ser modificada pelo TST. 
 
→ LEI N° 13.015/2014 - INCLUSÃO NA CLT – UNIFORMIZAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA QUE 
SERÁ DETERMINADA PELO TST, PARA OS TRT’S, CONFORME O §3° DO ART. 896, CLT: 
O incidente de uniformização da jurisprudência será realizado a pedido das partes, 
Ministério Público do Trabalho ou pelo magistrado (de ofício), culminando com o 
retorno dos autos para o tribunal de origem, para que se proceda a uniformização da 
jurisprudência, sobre aquele determinado tema, evitando-se a proliferação de 
julgados conflitantes com a matéria. 
 
→ DESCONSIDERAÇÃO DE VÍCIOS FORMAIS: § 11 do art. 896 
Quando o recurso for tempestivo, pois o mais importante é que se proceda com o 
julgamento do mérito do recurso. 
 
Por ser considerado como extraordinário, o Recurso de Revista depende da 
demonstração do prequestionamento, para que seja conhecido. Essa demonstração 
de que a matéria do recurso foi efetivamente decidida pelo órgão prolator da 
decisão, conforme entendimento sumulado do TST: 
SÚMULA Nº 297 - PREQUESTIONAMENTO. 
OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO 
I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na 
decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, 
tese a respeito. 
II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja 
sido invocada no recurso principal, opor embargos 
declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o 
tema, sob pena de preclusão. 
III. Considera-se prequestionada a questão jurídica 
invocada no recurso principal sobre a qual se omite o 
Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos 
embargos de declaração. 
 
 
 
4. Agravo de Petição 
O agravo de petição tem apenas um único cabimento: é utilizado quando a parte quer 
impugnar uma decisão proferida no processo de execução. Cabe somente no 
processo de execução. 
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) 
dias: 
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas 
execuções; 
 
O prazo para interposição é de 8 dias, sendo o recorrido intimado para apresentar as 
contrarrazões no mesmo prazo. 
O constante no §1° desse artigo é um pressuposto de admissibilidade dessa espécie 
de recurso, que é a necessidade de delimitação, justificada, da matéria e valores 
objetos de discordância, ou seja, a informação clara dos capítulos da decisão e dos 
valores que estão sendo questionados por meio do recurso, cabendo a execução da 
parte que não é objeto do recurso, isto é, da parte considerada incontroversa: 
SÚMULA Nº 416 - MANDADO DE SEGURANÇA. 
EXECUÇÃO. LEI Nº 8.432/1992. ART. 897, § 1º, DA CLT. 
CABIMENTO 
Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente 
a matéria e os valores objeto de discordância, não fere 
direito líquido e certo o prosseguimento da execução 
quanto aos tópicos e valores não especificados no 
agravo. 
 
Atenção!!! 
A principal hipótese de utilização desse recurso está ligada à decisão que julga dos 
embargos à execução, apresentados conforme a CLT: 
Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, 
terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar 
embargos, cabendo igual prazo ao exequente para 
impugnação. 
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de 
cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou 
prescrição da dívida. 
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, 
poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue 
necessários seus depoimentos, marcar audiência para a 
produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 
5 (cinco) dias. 
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o 
executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo 
ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo 
§ 4o Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as 
impugnações à liquidação apresentadas pelos credores 
trabalhista e previdenciário. 
§ 5o Considera-se inexigível o título judicial fundado em 
lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo 
Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou 
interpretação tidas por incompatíveis com a 
Constituição Federal. 
§ 6o A exigência da garantia ou penhora não se aplica às 
entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou 
compuseram a diretoria dessas instituições. 
 
 
 
5. Agravo de Instrumento 
Diferentemente do que acontece no NCPC, o agravo de instrumento, no processo do 
trabalho, não é utilizado para impugnar decisões interlocutórias. Sua única hipótese 
de cabimento está na alínea b, do art. 897 da CLT, nas decisões que não admitem 
outro recurso. 
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) 
dias: 
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a 
interposição de recursos. 
 
Utilizado para impugnar a decisão que nega a admissibilidade de outro recurso, ou 
seja, na linguagem trabalhista, para destrancar ou recurso, podendo-se falar ainda 
que, se for negado seguimento a um recurso, caberá agravo de instrumento. 
 
 
 
 
O recurso deverá ser interposto no juízo a quo, sendo os documentos elencados no 
§5° do mesmo artigo: 
§ 5o Sob pena de não conhecimento, as partes 
promoverão a formação do instrumento do agravo de 
modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento 
do recurso denegado, instruindo a petição de 
interposição: 
Atenção!!!! 
Havendo inadmissão: 
. equívoco manifesto do juiz: cabe embargos de declaração 
. não sendo equívoco do juiz: cabe agravo de instrumento 
 
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, 
da certidão da respectiva intimação, das procurações 
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, 
da petição inicial, da contestação, da decisão originária, 
do depósito recursal referente ao recurso que se 
pretende destrancar, da comprovação do recolhimento 
das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do 
art. 899 desta Consolidação; 
II - Facultativamente, com outras peças que o agravante 
reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito 
controvertida 
 
 
 
 
 
O prazo para interposição é de 8 dias, cabendo as contrarrazões também em 8 dias, 
havendo uma peculiaridade a respeito da peça de defesa do recorrido: serão 
oferecidas, dentro desse prazo, duas peças de contrarrazões (ao agravo e ao recurso 
inadmitido). 
 
§ 6o O agravado será intimado para oferecer resposta ao 
agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças 
que considerar necessárias ao julgamento de ambos os 
recursos. 
Faz-se necessário observar algumas regras no que tange ao depósito recursal: 
 
• Até a lei n°12.275/2010: não havia depósito recursal 
O ideal é que o tribunal passe 
a julgar o agravo e o recurso 
que teve seu seguimento 
denegado juntos, na mesma 
sessão, com base nos 
documentos juntados, ou seja, 
no julgamento “2 em 1. Não 
sendo possível o julgamento do 
recurso inadmitido, de 
imediato, aplica-se o disposto 
no §7°, que diz que o tribunal 
deliberará sobre o julgamentodo mesmo, observando-se as 
regras internas dos tribunais. 
São 2 contrarrazões para recursos distintos em um único prazo de 8 dias! 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art899
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art899
• Após a Lei n°12.275/2010: é instituído o depósito recursal para o agravo de 
instrumento, com a inclusão do §7° do art. 899 da CLT, que é de 50% do valor que foi 
depositado no recurso inadmitido. 
 
• Após a lei n° 13.015/2014: com a inclusão do §8° do art. 899 da CLT, retirou-se a 
obrigatoriedade do depósito recursal em uma hipótese, que é o agravo de 
instrumento da inadmissão do recurso de revista contra decisão que viola súmula 
ou OJ do TST. 
 
§ 8o Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de 
destrancar recurso de revista que se insurge contra 
decisão que contraria a jurisprudência uniforme do 
Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas 
súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá 
obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no § 
7o deste artigo. 
 
 
 
 
 
 
6. Agravo Interno 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá 
agravo interno para o respectivo órgão colegiado, 
observadas, quanto ao processamento, as regras do 
regimento interno do tribunal. 
Interposto em face de decisão monocrática do Relator, proferida nos moldes do art. 
932 do NCPC. 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em 
relação à produção de prova, bem como, quando for o 
caso, homologar autocomposição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e 
nos processos de competência originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou 
que não tenha impugnado especificamente os 
fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior 
Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou 
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, 
dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for 
contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior 
Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou 
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de 
recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica, quando este for instaurado 
originariamente perante o tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, 
quando for o caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no 
regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o 
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao 
recorrente para que seja sanado vício ou 
complementada a documentação exigível. 
 
Uma vez proferida uma decisão monocrática, a parte prejudicada pode interpor, no 
prazo de 8 dias, o recuso de agravo interno. Aplica-se o mesmo prazo para a 
interposição das contrarrazões. 
O recurso será dirigido ao Relator, que deverá intimar o recorrido para a 
apresentação das contrarrazões, podendo reconsiderar a sua decisão (exercer o juízo 
de retratação), hipótese em que remeterá aos autos do recurso originariamente 
julgado por ele de forma monocrática, para ser julgado pelo colegiado. 
Não havendo retratação, o agravo interno seria remetido para o julgamento pelo 
colegiado, sendo proibido ao Relator, repetir os fundamentos da decisão 
monocrática para negar o provimento ao recurso, devendo demonstrar, se for o caso, 
que o agravo interno é inadmissível ou improcedente com fundamentação específica. 
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos 
fundamentos da decisão agravada para julgar 
improcedente o agravo interno. 
Se o Relator entender que o agravo interno é manifestamente inadmissível ou 
improcedente, condenará o recorrente ao pagamento de multa, que será revertida 
para a outra parte, no valor que varia de 1% a 5% do valor da causa, devendo ser 
depositada como pressuposto de admissibilidade de qualquer outro recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Somente a Fazenda Pública e o beneficiário da justiça gratuita depositarão a 
quantia ao final: 
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao 
depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda 
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento 
ao final. 
7. Embargos no Tst 
Existem duas espécies de embargos que são julgados pelo TST: 
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem 
embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
I - de decisão não unânime de julgamento que: 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios 
coletivos que excedam a competência territorial dos 
Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as 
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, 
nos casos previstos em lei; e 
b) (VETADO) 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou 
das decisões proferidas pela Seção de Dissídios 
Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação 
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou 
súmula vinculante do Supremo Tribunal 
Federal. 
Parágrafo único. (Revogado) 
§ 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser 
atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula 
do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo 
Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória 
jurisprudência do Tribunal Superior do 
Trabalho. 
§ 3o O Ministro Relator denegará seguimento aos 
embargos: 
I - se a decisão recorrida estiver em consonância com 
súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do 
Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com 
iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal 
Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-
la; 
II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, 
irregularidade de representação ou de ausência de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Msg/VEP-412-07.htm
qualquer outro pressuposto extrínseco de 
admissibilidade. 
§ 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá 
agravo, no prazo de 8 (oito) dias. 
 
• Embargos Infringentes: são julgados pela seção de dissídios coletivos, sendo 
interpostos de decisões não unanimes em julgamentos de dissídios coletivos de 
competência originária do TST. Se for instaurado um dissídio coletivo não unânime 
pela SDC, poderá ser interposto recurso de embargos infringentes para a própria 
SDC, em 8 dias, visando reverter a decisão de forma a que o voto minoritário passe a 
vencedor. 
 
• Embargos de Divergência: o recurso é julgado pela SDI – Seção de Dissídios 
Individuais, quando a decisão de turma do TST contrariar acórdão de outra turma 
do TST, acórdão da SDI, súmula do TST, orientação jurisprudencial do TST ou súmula 
vinculante do STF. 
 
• 
 
 
 
 
 
8. Recurso Adesivo 
É uma forma especial de interposição de alguns recursos, não uma espécie recursal 
diferente. 
Art. 997. Cada parte interporá o recurso 
independentemente, no prazo e com observância das 
exigências legais. 
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto 
por qualquer deles poderá aderir o outro. 
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso 
independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras 
deste quanto aos requisitos de admissibilidade e 
julgamento no tribunal, salvo disposiçãolegal diversa, 
observado, ainda, o seguinte: 
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso 
independente fora interposto, no prazo de que a parte 
dispõe para responder; 
II - será admissível na apelação, no recurso 
extraordinário e no recurso especial; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso 
principal ou se for ele considerado inadmissível. 
 
RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO 
TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS: O recurso 
adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, 
no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição 
de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e 
de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele 
veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto 
pela parte contrária. 
 
• Recurso Ordinário 
• Recurso de Revista 
• Agravo de petição 
• Embargos do TST 
 
São as duas formas de interpor esses recursos: 
 
• Forma normal: no prazo legal contado da intimação da decisão 
• Forma diferenciada: no prazo que a parte recorrida possui para apresentar as 
contrarrazões, hipótese em que o apelo é interposto de forma adesiva. Dessa forma, 
o recurso adesivo é apresentado no prazo de contrarrazões, pela parte que não quis 
recorrer da forma normal, por que não tem interesse na reforma da decisão, ou está 
interessada no trânsito em julgado da decisão. 
 
O recurso é chamado de adesivo ou “subordinado”, pois sua admissibilidade fica 
subordinada à admissibilidade do recurso principal, somente sendo admitido se o 
principal for admitido. 
O Prazo é de 8 dias (mesmo prazo das contrarrazões), na hipótese de recurso 
ordinário, agravo de petição, recurso de revista e de embargos, sendo desnecessário 
que a matéria nele veiculada, esteja relacionada com a do recurso interposto pela 
parte contrária. 
 
 
 
Podem ser interpostos de duas formas 
Atenção!!!! 
. O Recurso adesivo é compatível com o 
processo do trabalho 
 
. Só pode ser utilizado nos RO, Recurso de 
Revista, Recurso de agravo de petição, 
recurso de embargos no TST 
. 
. Não é necessário apresentar 
contrarrazões para recorrer 
adesivamente 
 
. O fundamento do Recurso Adesivo não 
precisa estar vinculado ao do recurso 
principal. 
. 
9. Assunção de Competência 
Instituto recém criado e previsto no NCPC, será aplicado ao processo do trabalho por 
determinação da IN n° 39/19 do TST. Resume-se da seguinte forma: em vez do 
recurso, remessa necessária ou outro processo de competência originária do Tribunal 
ser julgado por uma turma (órgão fracionário, menor, com um número menor de 
membros), quem assume o julgamento é um órgão colegiado, com número superior 
de julgadores, diante da importância da questão. 
 
Art. 947. É admissível a assunção de competência 
quando o julgamento de recurso, de remessa necessária 
ou de processo de competência originária envolver 
relevante questão de direito, com grande repercussão 
social, sem repetição em múltiplos processos. 
§ 1º Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, 
o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, 
do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja 
o recurso, a remessa necessária ou o processo de 
competência originária julgado pelo órgão colegiado 
que o regimento indicar. 
§ 2º O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa 
necessária ou o processo de competência originária se 
reconhecer interesse público na assunção de 
competência. 
§ 3º O acórdão proferido em assunção de competência 
vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se 
houver revisão de tese. 
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer 
relevante questão de direito a respeito da qual seja 
conveniente a prevenção ou a composição de 
divergência entre câmaras ou turmas do tribunal. 
 
Não há a necessidade que a matéria que será objeto da assunção de competência seja 
também objeto de múltiplos processos. Não há a necessidade que haja divergência 
ou possibilidade de divergência jurisprudencial nos múltiplos processos que tratam 
da matéria. 
A ideia é que a discussão já tenha sido travada e decidida, antes do surgimento dos 
múltiplos processos, pois atua como uma espécie de prevenção de divergência. Se a 
situação é importante do ponto de vista social ou jurídico, obviamente já surgirão 
demandas relacionadas ao assunto, que já terão destino certo, na medida em que já 
terão sido apreciadas pelo judiciário. 
O procedimento de assunção pode ser iniciado de diversas formas: 
• De ofício, pelo Relator 
• A pedido das partes 
• A pedido do MP ou da Defensoria pública 
 
 
São objeto de assunção de competência: 
 
• Recursos 
• Remessa necessária 
• Processos de competência originária dos tribunais 
 
 
 
 
 
No Direito do Trabalho não existe atuação da Defensoria 
pública, já que a assistência gratuita é prestada pelos 
sindicatos da categoria. 
. Mandado de segurança 
. Ação Cautelar 
. Ação Rescisória, etc. 
Quem julgará o incidente de assunção de competência, é o órgão que for 
determinado pelo Regimento do próprio Tribunal. EX: Tribunal Pleno, tribunais 
menores ou qualquer outro órgão. 
A decisão proferida na assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos 
fracionários, tendo em vista que não faria sentido permitir que os órgãos do judiciário 
decidissem de maneira contrária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas 
Em razão do grande volume de processos, dia a após dia, na Justiça do Trabalho, e da 
morosidade de chegar ao fim dessas demandas, foi criado o Incidente de Resolução 
de Demandas Repetidas – IRDR. 
Dessa forma, com o intuito de agilizar o julgamento dos processos, o legislador criou 
o IRDR, aplicando um mesmo pensamento, uma mesma decisão, em várias ações 
idênticas, evitando o proferimento de decisões diferentes, para casos semelhantes. 
Decisões contraditórias ou diferentes para a mesma hipótese, atinge o princípio da 
isonomia e segurança jurídica, fazendo surgir novos recursos que buscam a reversão 
das decisões, de forma que fiquem iguais a outras decisões proferidas por outros 
juízos. 
Técnica criada para decidir uma matéria que vem sendo discutida em vários processos 
e em que há possibilidade de serem proferidas decisões diferentes, com o objetivo 
de julgá-las de uma vez só, sem risco de contradições, após o julgamento do IRDR, ou 
seja, aplicando aquela decisão aos processos, tratando os iguais de maneira igual. 
 
Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de 
revista fundada em idêntica questão de direito, a 
questão poderá ser afetada à Seção Especializada em 
Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da 
maioria simples de seus membros, mediante 
requerimento de um dos Ministros que compõem a 
Seção Especializada, considerando a relevância da 
matéria ou a existência de entendimentos divergentes 
entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do 
Tribunal. 
 
 
Aplica-se somente ao Tst 
O IRDR pode ser aplicado em qualquer tribunal, desde que, presentes os requisitos 
previstos no NCPC, pois antes de julgar a matéria constante no IRDR, o Tribunal 
analisará se estão presentes esses requisitos: 
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de 
resolução de demandas repetitivas quando houver, 
simultaneamente: 
I - Efetiva repetição de processos que contenham 
controvérsia sobre a mesma questão unicamente de 
direito; 
II - Risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
 
Uma vez instaurado um procedimento, a desistência ou abandono do processo não 
impedirão a análise do mérito do IRDR, pois o julgamento dele é mais importante do 
que o julgamento do processo em que se baseou, tendo em vista que a unificação de 
uma tese pode ser aplicada em várias ações e, dentro do processo, só há o interesse 
das partes. 
§ 1º A desistência ou o abandono do processo não 
impede o exame de mérito do incidente. 
§ 2ºSe não for o requerente, o Ministério Público 
intervirá obrigatoriamente no incidente e deverá 
assumir sua titularidade em caso de desistência ou de 
abandono. 
 
O Ministério Público pode atuar de duas formas: 
• Autor do IRDR 
• Fiscal da lei no incidente 
• Órgão que assume o IRDR, caso haja desistência ou abandono pelo autor 
 
Existe ainda a possibilidade de um novo incidente ser iniciado, caso o primeiro não 
seja admitido. EX: um Tribunal não admite o IRDR por não identificar processos com 
demandas repetidas, suficientes. Com o passar do tempo, novo IRDR é proposto e o 
Tribunal já nota que há quantidade suficiente de processos. 
Quanto à legitimidade, o IRDR pode ser proposto por: 
Art. 977. O pedido de instauração do incidente será 
dirigido ao presidente de tribunal: 
I - Pelo juiz ou relator, por ofício; 
II - Pelas partes, por petição; 
III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, 
por petição. 
Parágrafo único. O ofício ou a petição será instruído com 
os documentos necessários à demonstração do 
preenchimento dos pressupostos para a instauração do 
incidente. 
 
 
• O julgamento cabe ao órgão definido pelos Regimentos internos. Esse mesmo órgão 
ficará prevento para o julgamento de recurso, remessa necessária ou outras ações 
relacionadas ao processo do que se originou o IRDR. 
 
• Deverá haver ampla divulgação do IRDR, no registro eletrônico do CNJ para que 
todos possam saber quais as teses jurídicas que estão sendo discutidas nos tribunais 
 
• O IRDR deverá ser julgado no prazo máximo de 1 ano, tendo preferência sobre 
outros feitos, ressalvados aqueles que envolver réu preso e pedidos de habeas 
corpus, que seguem tendo prioridade de tramitação. , 
A legitimidade é de todos 
aqueles que lidam diretamente 
com o processo, seja de 
maneira parcial ou imparcial, 
pois o maior objetivo é por fim 
à multiplicação de decisões 
contraditórias sobre o mesmo 
assunto, que gera insegurança 
jurídica e sentimento de 
injustiça. 
 
• A admissão do IRDR suspende os prazos dos processos que tramitam no estado ou 
região, por ordem do Relator, para que não sejam decididos antes do IRDR. Depois 
de 1 ano, os prazos desses processos correm normalmente. 
 
• O Relator também pode realizar outros procedimentos relacionados à instrução do 
IRDR 
 
• No julgamento do mérito do IRDR poderá haver sustentação oral do autor e do réu 
do processo originário e do Ministério Público, pelo prazo de 30 minutos, cada. 
 
• Criada a tese jurídica, a mesma será aplicada a todos os processos individuais ou 
coletivos, que tratem da mesma questão de direito e que tramitem na área de 
jurisdição do tribunal julgador do IRDR. 
 
• A tese será aplicada também ais casos futuros que tratem da mesma questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. Reclamação Correicional 
Trata-se de um procedimento e não um recurso. Meio de reclamar a não aplicação 
dos precedentes judiciais, entendimentos sumulados dos tribunais, bem como de 
demonstrar que foi proferida uma decisão em confronto com decisões proferidas 
pelos tribunais. 
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do 
Ministério Público para: 
I - Preservar a competência do tribunal; 
II - Garantir a autoridade das decisões do tribunal; 
III – garantir a observância de enunciado de súmula 
vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em 
controle concentrado de constitucionalidade; 
IV – Garantir a observância de acórdão proferido em 
julgamento de incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de incidente de assunção de 
competência; 
 
Há ainda a possibilidade de cabimento da reclamação quando houver aplicação 
indevida de tese jurídica, que já foi firmada pelo tribunal ou não for aplicada a tese 
referida, o entendimento existente. Se houver entendimento do tribunal ou 
aplicação do entendimento quando não era hipótese, cabe o uso da reclamação. 
§ 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a 
aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação 
aos casos que a ela correspondam. 
Por não se tratar de um recurso, não pode ser utilizada após o trânsito em julgado da 
decisão. Como se tratam de dois institutos distintos - recurso e reclamação – uma 
eventual inadmissão do recurso ou seu julgamento, não prejudica o julgamento da 
reclamação. Os dois procedimentos podem ser movidos simultaneamente. 
É necessário observar: 
• A possibilidade de suspensão do processo ou da decisão objeto da reclamação para 
se evitar dano irreparável, na hipótese em que o Relator verificar a probabilidade de 
a decisão estar realmente contrariando os entendimentos do tribunal e a 
possibilidade de lesão grave à parte prejudicada com a decisão equivocada. 
 
• O beneficiário da decisão tem de ser ouvido em 15 dias e pode apresentar 
contestação no mesmo prazo. Essa norma fundamenta-se no contraditório, na ampla 
defesa e na segurança jurídica. Na medida em que a parte tem em seu favor uma 
decisão, que se presume correta, a mesma só pode ser caçada se submetida ao 
contraditório. 
 
• A parte ou o MP podem propor a reclamação, mas qualquer pessoa, que pode ser um 
terceiro, pode impugnar o pedido do reclamante para desconstituir as afirmações 
feitas. Caso o MP não tenha proposto a reclamação, atuará como fiscal da lei e da 
ordem jurídica, devendo ser intimado para ter vista dos autos por 5 dias e 
apresentando parecer pelo prosseguimento ou arquivamento do feito. 
 
• A vista dos autos ocorrerá após as informações da autoridade que realizou o ato e da 
contestação apresentada pelo beneficiário da decisão ou do ato, que poderá ser 
apresentada em 15 dias. O MP receberá o processo depois da manifestação de todos 
os participantes para dizer, após análise completa dos autos, se a parte que formulou 
o pedido, tem razão ou não.

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