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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: UMA ABORDAGEM PARA CIDADANIA E EDUCAÇÃO
Andrea de Lima Gonçalves
Fernanda Souza Pinheiro de Jesus
Jucilene Valadares da Anunciação
Maria Jeane Souza Pinheiro
Tutor(a) Externo(a): Patrícia Queiroz Andrade
Resumo
O presente trabalho tem como finalidade refletir sobre os aspectos históricos, teóricos e legislativos que se aplicam no lei 8069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente, os direitos e deveres e a maneira que o Estado lida principalmente em relação a educação e cidadania.Com foco também no papel da família e da sociedade diante dos direitos garantidos pelo ECA e a importância de se fazer aplicar o mesmo como instrumento transformador na afirmação da cidadania e na conquista pela educação plena da criança e adolescente. Analisaremos os fatores que dificultam que aplicação do ECA seja exercida para que acorra o estimulo a aprendizagem e construção da cidadania.
Palavras –chaves: ECA, Cidadania, Educação
1 INTRODUÇÃO 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205 consagrou o direito à educação como um direito social, que garante a educação básica, gratuita e universal às crianças e adolescentes, desde os 04 até os 17 anos de idade. E sendo a Educação um direto garantido por lei, as crianças e adolescentes além de serem protegidos pela Constituição Federal eles gozam de uma Estatuto exclusivo para proteção dos seus direitos, o Estatuto da Criança e do adolescente. 
O progresso da democracia após a Constituição Federal possibilitou o envolvimento não só do Governo como de toda a sociedade, em amparar crianças e adolescentes e garantir aos mesmos a obrigação que seja aplicado seus direitos afim de favorecer sua cidadania. Por meio do artigo 227 da Constituição Federal certifica que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura , à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, ou seja fatores principais para prática da cidadania.
O ECA resguarda todos os direitos da criança e adolescente e em consonância com a CF promove através da educação um agente transformador do qual o principal objetivo e intervir na formação da criança e adolescente aplicando as leis e fazendo com que sejam respeitadas, embora muitas das vezes o ECA não seja considerado.
O Brasil ainda não possui uma educação de qualidade que assegure a total formação da criança e do adolescente não apenas no ensino e aprendizagem como também na formação da cidadania, e deixa a desejar no desenvolvimento social. Políticas públicas e educacionais onde preconizem a igualdade, de oportunidades e acima de tudo o direito a educação estão longe de se tornarem uma realidade.
Não pode referir se a Educação e Cidadania sem levar em conta seu principal instrumento protetor para crianças e adolescentes o ECA, que sem dúvida é a garantia para um futuro melhor.
Com o tema intitulado Estatuto da Criança e do Adolescente: Uma abordagem para a cidadania e educação, tem como principal objetivo de que forma o ECA garante sobre a educação de crianças e adolescentes e como torna incentivo para a promoção da cidadania e a importância do Eca na atuação das garantias educacionais. Diante dessa problemática faz necessário a indagação sobre qual a melhor estratégia para que a educação esteja conectada ao ECA para a execução efetiva e a promoção da cidadania.
Para a realização desta pesquisa será utilizado a metodologia do levantamento bibliográfico, a técnica de observação com levantamentos de dados realizado em uma escola da rede Municipal de Ensino de Feira de Santana e entrevista com um representante da escola para que este possa explanar os questionamentos que permitem a aplicação do ECA no cotidiano escolar.
2 BREVE HISTÓRICO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/90 de 13 de julho de 1990 foi concebido por meio do artigo 227 da Constituição Federal de 1988 marco imprescindível para a democracia brasileira. O artigo 227 da CF foi amplamente representado e regulamentado através do ECA, onde a absoluta prioridade da criança e do adolescente tornou-se o principal princípio regulamentador do ECA.
Em 1979 foi criada uma lei mais precisamente o Código de Menores que contemplava apenas menores de 18 anos e que fossem oriundos de pobreza, infratores, em condições de extrema miséria e abandonados.
Em 1989 na Convenção dos Diretos da Criança realizado pela Assembleia das Nações Unidas consagrou os princípios constituíam como um novo paradigma o direito das crianças e adolescestes. A infância seria partir dali um preceito universal;
[...] um período de vida dotado de universalidade, cujos seres assim percebidos eram definidos como em estado de desenvolvimento. Essa classificação instaura um paradoxo: ao mesmo tempo em que a criança e ao adolescente são definidos como portadores de direitos, tal definição firma uma situação de excepcionalidade, reafirmada posteriormente com a promulgação da Convenção Universal dos Direitos da Criança, de 1989, que os definiu como sujeitos de direitos especiais, alvos das políticas de proteção especial. (SCHUCH, 2005, p. 298)
Demostrava-se na ocasião uma preocupação mundial com as questões que envolviam o bem estar das crianças e adolescentes e que fosse oportunizado uma legislação especifica para os mesmos afim de assegurar direitos universais.
Com o peso de mais de um milhão de assinaturas, que não deixavam sombra de dúvida quanto ao anseio da população por mudanças e pela remoção daquilo que se tornou comum denominar «entulho autoritário» – que nessa área se identificava com o Código de Menores – a Assembleia Nacional Constituinte referendou a emenda popular que inscreveu na Constituição Brasileira de 1988 o artigo 227, do qual o Estatuto da Criança e do Adolescente é a posterior regulamentação (PAIVA, 2004, p. 2).
Até a formalização da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente o Brasil por sua vez apresentava uma segregação que despontava desde do Império, onde crianças e adolescentes eram tratados de maneira diferenciada. Aos que possuíam condições eram atribuído tudo que se tinha de melhor qualidade principalmente o que referia-se a educação, já os que não possuíam condições dignas de sobrevivência, viviam em situações de risco ou vulnerabilidade social e ainda os portadores de deficiência física ou intelectual meramente era dada a oportunidade de assistencialismo sem nenhum amparo legal ou especializado.
Com a criação do ECA todas as crianças e adolescentes independe de raça, gênero, religião, condição social, portador de deficiência ou não são iguais perante a lei e podem usufruir de todos os benefícios a ela atribuída. Vale ressaltar que o ECA refere-se tanto aos direitos como aos deveres das crianças e dos adolescentes.
Considera-se criança para a Organização das Nações Unidas o mesmo que é considerado nas leis brasileiras para e criança e adolescente. Na Convenção Sobre os Direitos da Criança, «entende-se por criança todo ser humano menor de 18 anos de idade, salvo se, em conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes» (art. 1º – BRASIL. Decreto 99.710, de 21 de novembro de 1990: promulga a Convenção Sobre os Direitos da Criança. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 22 nov. 1990. Seção I, p. 22256).
Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente «considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade» (art. 2°). 
2.1 O ESTATUTO E O SISTEMA EDUCACIONAL
O Estatuto da Criança e do Adolescente prediz todos os direitos e deveres garantidos às crianças e aos adolescentes em especial a educação, que estabelece o desenvolvimento pleno do indivíduo sobre tudo sua cidadania,além de assegurar o acesso gratuito e a permanência na escola. O ECA também assegura aos pais a participação na vida escolar da criança e do adolescente e ter acesso a proposta pedagógica da instituição escolar.
O Estado por sua vez tem a obrigatoriedade de ofertar o ensino público e gratuito para educação básica. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases onde foi alterada para a Lei 9.394/96, constitui em seu artigo. 4º a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade. Já no artigo 6º reitera o dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças da educação básica a partir dos 4 anos de idade. A escola dentro do seu Projeto Político Pedagógico deve contemplar todos os artigos e capítulos do ECA, uma vez que a escola tem o papel fundamental na formação da criança e do adolescente, permitir que no cumprimento da lei possa oferecer o ensino de qualidade que incentivara a permanecia do aluno combatendo a evasão escolar, um dos maiores desafios do sistema educacional atualmente.
Nesse sentido o ECA estabelece que “respeitar-se os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura” (Art. 58, ECA, p.21). A escola está amparada pela lei e como dever tem que dentro do seu espaço oportunizar o aprendizado e garantir a integridade da criança e do adolescente, diante disso em situações em que a criança e adolescente sintam-se ameaçados quanto pratica de seus direitos a escola deve exercer sua condição de mediadora e sinalizadora.
No âmbito educacional o Estatuto da Criança e Adolescente em seu artigo 53 declara que a criança e ao adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - Direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
O ECA tem respaldo no código penal, uma vez que será penalizado os pais e responsáveis que privarem a criança ou o adolescente do acesso à escola.
Art. 246 – Deixar, sem justa causa, de prover a instrução primária de filho em idade escolar. Pena: 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
A indispensabilidade do ECA na educação formal não redime sua execução na educação não formal e informal, uma vez que a educação inclui a família, a sociedade e a escola.
Os diversos segmentos da educação que contemplam o ECA em suas atividades faz se necessário a integração com órgãos que garantam os princípios e objetivos estabelecidos pelo ECA para que sejam conquistados e efetivados.
3 O ECA E ABORDAGEM PARA CIDADANIA
Para que possamos compreender o que constitui o Estatuto da Criança e do Adolescente- Lei 8069/90 acerca da Política de acolhimento à criança e ao adolescente de maneira a verdadeiramente garantir a total concretização dos direitos infanto-juvenis, compreendendo a necessária implicação dos aspectos -participação popular, descentralização e trabalho em rede de serviços, é imprescindível compreendermos que a política de atendimento estabelece a intervenção de distintos órgãos e autoridades, que possuem atribuições específicas e diferenciadas a exercer, mas têm igual responsabilidade na identificação e construção de soluções dos problemas viventes, tanto no plano individual quanto coletivo do atendimento ao segmento infanto- adolescente principalmente no que remete a concepção de cidadania.
O ECA é considerado um grande marco na sociedade brasileira pois consolidou leis que garantem prioridades e primazias para crianças e adolescentes sem distinções. O ECA serviu de inspiração para que outros países principalmente os latinos americanos colocando os direitos de crianças e adolescentes como prioridade absoluta.
O ECA em seu contexto estimula a construção da cidadania uma vez que, busca incansavelmente a redução das desigualdades e visa erradicar as segregações. Diante de tais circunstancias o ECA transfigura-se em um importante instrumento de transformação social que prevê um novo padrão de sociedade. Para Freire as mudanças da sociedade não devem somente basear-se na educação mais na construção de valores;
Não é a educação que forma a sociedade de uma determinada maneira, senão que esta, tendo-se formado a si mesma de uma certa forma, estabelece a educação que está de acordo com os valores que guiam essa sociedade (FREIRE, 1975, p. 30) 
O ECA sem dúvida é um projeto de excelência para construção de uma sociedade justa e democrática consciente de seu papel para um futuro onde ocorra a participação efetiva cidadã.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Republica do em Aplicação do ECA aos Maiores de 18 anos. Disponível em <http://republicadobrasil.blogspot.com.br/2012/03/aplicacao-do-eca-aos-maiores-de-18-anos.html>        Anais Eletrônico. Visto em 19/03/2018.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
FREIRE, P. e ILLICH, I. Diálogo. Buenos Aires, Búsqueda, 1975
PAIVA, L. D. (2004). Adoção: significado e possibilidades. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Presidência da República Casa Civil Subchefia de Assuntos Jurídicos. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L8069.htm> Anais Eletrônico. Visto em 18/03/2018.
SCHUCH, Patrice. Práticas de Justiça: Uma etnografia do “Campo de Atenção ao Adolescente Infrator” no Rio Grande do Sul, depois do Estatuto da Criança e do Adolescente. Porto Alegre, 2005. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Programa de Pós Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

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