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4 
 
Quando recebi a carteira do CRECI pensei: - “Agora sou um corretor”. 
Legalmente sim, mas de fato ainda não. 
Descobri isso logo no início, quando fui sabatinado pelos clientes com 
perguntas que me deixaram numa “saia justa”: 
 
- “Gostei do terreno. Posso construir a garagem no subsolo, meu comércio no 
térreo e morar no andar de cima?”. 
 
Eu olhava para o cliente e pensava: 
 
- “Esse cidadão não tem o que fazer? Como é que eu vou saber? Ele que 
pergunte na prefeitura! ”. 
 
Outro me perguntou: 
 
- “A garagem faz parte da área útil do apartamento?”. 
 
É óbvio que o problema não era o cliente, era eu, a minha falta de 
informação. 
 
O CRECI fez sua parte: certificou-se de que eu apresentava os requisitos 
para a prática lícita da profissão e me deu a formação básica necessária. 
Estar um passo adiante é responsabilidade de cada um. Quem faz 
faculdade é bacharel; se almeja o título de Mestre ou Doutor precisa ir 
além, abraçar outro nível de informações. 
 
Tentando obtê-las, para me aprimorar, nasceu a ideia deste livro. Uma 
obra de consulta para que os novos corretores sofram menos com 
questões que só os anos e a experiência lapidam, como em qualquer 
profissão. 
 
Daí também a estratégia de apresentá-lo em forma de glossário, pois como 
obra de referência, precisa ser fácil de ser consultada, já que são mais 
1.100 temas, conceitos e práticas contidas nela. 
 
Dessa forma, se a dúvida é saber que documentação é essencial à uma 
transação imobiliária lícita e segura basta procurar por DOCUMENTAÇÃO 
IMOBILIÁRIA. Lá, além do conceito, estão os principais documentos, a 
relevância de cada um, onde são obtidos e o prazo de validade deles. 
 
Quer saber o que é uma carta de adjudicação ou não sabe a diferença 
entre área útil e privativa? Procure por CARTA DE ADJUDICAÇÃO, ÁREA 
ÚTIL e ÁREA PRIVATIVA, respectivamente. Fácil assim. 
 
Alguns temas ou conceitos podem parecer inicialmente tolos, óbvios, mas 
não são; ex.: CLIENTES. Nele abordo posturas e cuidados que o corretor 
deve ter e como atuar junto a cada perfil (pois não são todos iguais) e até 
5 
 
mesmo como atender a clientes com têm necessidades especiais. E mais: 
contrariando a máxima já ultrapassada, o cliente nem sempre têm razão. 
Um mesmo conceito pode estar presente em mais de um ponto desta obra, 
face aos diversos prismas de abordagem. Para facilitar o acesso a todos os 
pontos onde determinado conceito é citado basta pressionar a tecla “Ctrl” 
e, em seguida, a tecla “F”. Na tela aparecerá a caixinha “Localizador”. 
Escreva nela o que busca (ÁREA ÚTIL, p. ex., em minúsculo ou 
maiúsculo) e clique em “Próximo” até achar o tema na ótica desejada. 
 
Alguns conceitos, sobremodo os jurídicos, apresentam, no seu final, a sua 
fundamentação legal, para quem deseje se aprofundar neles. 
 
Apesar do cuidado e carinho com que esta obra foi realizada não espere 
verdadeiras teses sobre cada tema. Tentei ao máximo evitar explicações 
longas e chatas, sem abrir mão de um bom volume de informações, 
escrever de forma objetiva e numa linguagem o mais amigável possível 
para um fácil entendimento. 
 
Outro ponto importante é que esta obra envolve uma ampla gama de 
entidades e legislações (municipais, estaduais e federais). Assim, ela não 
deve ser lida como definitiva e inquestionável, posto que a dinâmica do 
tempo promove mudanças conceituais e legais, além da lacuna que 
sempre haverá entre a data da publicação da obra, ou de sua última 
atualização, e o momento de sua consulta já que, mesmo com o advento 
da informática, é pouco viável atualizar e publicar uma obra diariamente. 
 
Correções e sugestões para o aperfeiçoamento desta obra são bem-vindas. 
Remeta-as para o e-mail paulomota@creci.org.br. 
 
Por fim, agradeço a todos que gentilmente dividiram seus conhecimentos 
comigo e me refinaram profissionalmente. Por isso eu também os divido, 
num gratificante círculo vicioso. Há, contudo, quatro pessoas em especial 
que contribuíram muito para que este livro hoje exista: 
 
Carla Borges Jordão da Mota, minha revisora e linda esposa, o Dr. 
Alexandre Karlay de Castro, amigo cuja competência e saber fazem dele, 
sem dúvida, um dos melhores advogados de nossa área, a quem coube a 
revisão geral dos temas que envolvem os aspectos legais deste trabalho, ao 
amigo e colaborador Dr. Adilson Rodrigues de Barros e ao Dr. José 
Augusto Viana Neto, nosso simpático presidente, que gentilmente me 
abriu as portas do CRECI, abraçando este projeto e sua divulgação. 
 
Vocês ajudaram a transformar um sonho em realidade. 
 
Paulo Henrique Correia Jordão da Mota 
 
CRECISP 50.770 
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7 
 
O maior sonho de qualquer pessoa em sua vida produtiva é ter sua casa 
própria. O patrimônio subsequente, uma vez concretizado o da casa 
própria, é mais fácil de ser obtido. O mercado imobiliário vive da 
realização desse sonho. 
 
Contudo, a forma de atender essa demanda mudou muito após 1960. 
 
A década de 60 foi o auge da “Guerra Fria” entre a Rússia e os Estados 
Unidos. O governo norte-americano temia que um ataque russo às suas 
bases militares deixasse suas informações sigilosas vulneráveis. Por isso 
criou um modelo compartilhamento de informações, descentralizado. 
Dessa forma se, p. ex., o Pentágono fosse atacado, as informações lá 
armazenadas não seriam perdidas. Essa foi a semente da Internet. 
 
Contudo, a primeira transmissão de um e-mail da história só ocorreu em 
29 de outubro de 1969. Desde então o mundo mudou de forma 
irreversível. Semeada a Internet colheu-se o fruto da globalização. O 
mundo, em menos de 50 anos, teve uma transformação maior do que os 
20 séculos que o precederam. 
 
E o que nossa atividade tem a ver com esses fatos? Tudo. Nossa forma de 
trabalhar, por força deles, mudou, teve de adaptar-se. Alguns exemplos: 
 
 
Principal mídia para venda de 
imóveis: Jornal.
Sites e Portais imobiliários.
Segunda mídia, sobremodo
para venda de casas: plantões
e, depois, as placas. 
Segunda mídia: Placas (baixo
custo e retorno crescente); 
depois os plantões (alto custo 
e retorno decrescente).
Atuação local, regional. Global e compartilhada.
Foco no Comprador.
Antes da Internet Depois da Internet
MERCADO IMOBILIÁRIO
Imagens: www.pixabay.com - Arte: Paulo Henrique C. J. Mota
 Foco no Vendedor: bons imóveis na 
internet, com boas fotos e textos bem 
elaborados são as principais fontes captadoras 
de "leads".
8 
 
Por isso, fico pasmo quando ouço um corretor falar de boca cheia que é 
corretor há muito tempo e que sempre vendeu muito bem sem precisar 
dessa parafernália toda da Internet. É verdade, alguns venderam muito, 
mas também é verdade que quase não vendem mais. Vivem do passado, 
como um museu. Comportam-se como peças de um. 
 
O mundo mudou e com ele o perfil do mercado imobiliário. Os clientes não 
querem mais “apresentadores de imóveis”, querem consultores altamente 
especializados, rápidos, com pleno domínio do mercado imobiliário. 
 
Os clientes não toleram mais informações demoradas, vagas, 
superficiais ou erradas. Quando pedem informações sobre um imóvel 
querem tê-las de imediato e com qualidade. Demorou? Cinco minutos 
depois eles não precisam mais de você: navegaram, foram para 
concorrência, e já as tem. 
 
 
Ilustração: www.pixabay.com 
 
Quase dois mil anos depois de Cristo só uma coisa não mudou na história 
da humanidade: INFORMAÇÃO É PODER. O profissional de hoje não 
vende imóveis; vende informações que motivam a realização de negócios! 
O Google, por exemplo, nunca produziu um único palito de fósforo, mas 
por ter domínio global das informações vale mais do que grandes e 
poderosas multinacionais. 
 
Na era da inteligência artificial, onde a informação é somente um meio,os 
corretores de sucesso são os que não brigam com a tecnologia (usam-na 
para alavancar negócios), planejam o trabalho (fazem acontecer, não 
contam com a sorte para que aconteça), estão atentos às tendências do 
mercado, sabem administrar o tempo e são objetivos. Esses profissionais 
existem. Conheço vários. Pena que sejam, quando muito, 10% do todo. A 
maioria dos demais desparecerá fruto da seleção natural. 
 
Esta é a intenção deste livro: ajudá-lo no tocante às informações 
essenciais de nossa área e à qualidade delas. Contudo, a velocidade da 
resposta que o cliente e o mercado exigem nenhum livro pode dar, 
dependem exclusivamente de você. 
 
Boa leitura. 
Paulo Mota 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
ABÓBADA 
 
Do grego kupellon, significa pequena taça. Também chamada de ogiva, 
cúpula ou domo, é o teto côncavo (como uma taça), cuja forma e 
classificação variam de acordo com o grau do arco: gótica (marca da 
arquitetura árabe), de luneta (no colonial americano) e outras. 
 
 
Imagem: www.pixabay.com 
 
 
ABREVIAÇÕES, ABREVIATURAS e SIGLAS 
 
Diferentemente do que muitos acreditam, são conceitos distintos. 
 
A abreviação é a forma reduzida de uma palavra ou a omissão fonética de 
parte dela, até o limite que não comprometa seu entendimento. Exemplos: 
 
- Metrô: é abreviação de metropolitano. 
- Moto: é abreviação de motocicleta. 
- Micro: é abreviação de microcomputador. 
- Fone: é abreviação de telefone. 
- Foto: é abreviação de fotografia. 
- Pneu: é abreviação de pneumático. 
 
A abreviatura* é a representação de uma palavra através de suas sílabas 
ou de letras. 
 
Aproveito para apresentar algumas mais comuns para que sejam 
corretamente grafadas nos contatos por escrito com os clientes no dia a 
dia: 
 
* Para abreviatura dos meses use as três primeiras letras do mês e um ponto, exceto para 
o mês de maio, que não admite abreviatura: jan., fev., mar. abr., maio, jun., jul., ago., set., 
out., nov. e dez. . 
11 
 
 
PALAVRA/EXPRESSÃO ABREVIATURA
Administração Adm.
Alameda Al.
Almirante Alm.
Ante Meridiem (antes do meio-dia) A.M. ou a.m.
Aos Cuidados de A/C 
Apartamento Ap. ou Apart.
Assembleia Assemb.
Associação Assoc.
Atenciosamente At.te ou Atte. 
Avenida Av.
Capitão Cap.
Centímetro(s) cm
Código Cód.
Comandante e Comércio Com.
Companhia Cia.
Complemento Compl.
Conselheiro cons. ou conselh.
Conta Corrente C/C
Coronel Cel.
Crédito Créd.
Decreto Dec.
Departamento e Deputado Dep. ou Deps. (plural)
Desembargador Desemb.
Digníssimo DD.
Distrito, Dom e Dona D.
Doutor(es) e Doutora(s) Dr./Drs. ou Dra./Dras.
12 
 
 
PALAVRA/EXPRESSÃO ABREVIATURA
Edifício Ed. ou Edif.
Em Mãos E.M.
Embaixador Emb.
Engenheiro Eng.
Estrada Est.
et cetera (e assim por diante) etc.
Excelentíssimo Exmo.
exempli gratia (por exemplo) e.g.
Exemplo Ex.
Fotografia Fot.
Frei Fr.
General Gal. ou Gen.
Grama (unidade de massa) g
Grau Celsius ºC
Hora(s) h
Idem Id.
Ilustríssimo(a) Il.mo(a)
Júnior Jr.
Jurídico Jur.
Largo L.
Latitude Lat.
Legislação Leg.
Limitada Ltda.
Litro L/l
Longitude Long.
Major Maj. ou maj.
Marechal Mal.
13 
 
 
PALAVRA/EXPRESSÃO ABREVIATURA
Meritíssimo MM.
Metro(s), metro quadrado e cúbico m, m² e m³
Milímetro(s) mm
Minuto(s) min
Monsenhor Mons.
Município(s) mun.
Nacional Nac.
Nordeste N.E.
Noroeste N.O.
Norte N.
Número Num. ou nº
Observação Obs.
Oeste O
Organização Org.
Padre Pe.
Página(s) Pág. ou págs.
Para p/
Personal Computer PC
Polegada(s) Pol.
Por exemplo P. ex.
post meridiem (depois do meio-dia) P.M. ou p.m.
post scriptum (pós-escrito) P.S.
Professor(a) Prof. ou Profa.
Quilograma(s) Kg
Quilômetro(s) e quilômetro(s) quadrado Km e KM²
Referência Ref.
Remetente rem.te ou Remte.
14 
 
 
 
 
PALAVRA/EXPRESSÃO ABREVIATURA
Residência Res.
Rodovia Rod.
Rua R.
Santa/Santo Sta. / Sto.
São S.
Sargento Sarg.
Seção Seç.
Secretaria e Secretária sec. ou secr.
Segundo (medida de tempo) s.
Senhor(a) Sr. ou Sra./Srª.
Sine Die (sem data marcada) s.d ou s/d
Sociedade Anônima S/A ou S.A.
Sudeste S.E.
Sudoeste S.O.
Também tb.
Telefone Tel.
Tenente Ten. ou ten.
Travessa Trav.
Unidade Un.
verbi gratia (por exemplo) v.g.
Versus (contra) Vs. ou vs.
Vila V.
Volt(s) (unidade de tensão elétrica) V ou v
Vossa Excelência V.Exª.
Water-Closet (banheiro) W.C.
Watt(s) (medida de potência) W
15 
 
Já a sigla é um tipo de abreviatura, muito comum nos textos científicos e 
jornalísticos, formada pelo conjunto das letras iniciais de nomes, órgãos, 
empresas, associações, organizações, entidades ou instituições. Ex.: 
 
- ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
- BB: Banco do Brasil. 
- CEF: Caixa Econômica Federal. 
- CEP: Código de Endereçamento Postal. 
- CRECI: Conselho Regional de Corretores de Imóveis. 
- IOF: Imposto sobre Operações Financeiras. 
- ONU: Organização das Nações Unidas. 
- ONG: Organização Não Governamental. 
- RSVP: Répondez S´il Vous Plaît (responda, por favor). 
 
 
ABRIGO 
 
Local para proteger pessoas do sol e das chuvas (pontos de ônibus 
cobertos, p.ex.). Nos prédios com estacionamento no térreo, é a cobertura 
feita para proteger os veículos dessa mesma ação. 
 
 
ACABAMENTO 
 
Conjunto de trabalhos que finalizam uma construção ou reforma (pintura, 
revestimentos, pisos, colocação de metais...). 
 
 
AÇÃO ANULATÓRIA 
 
Ação que objetiva anular uma decisão judicial já julgada (transitada em 
julgado). Sua caducidade é de até dois anos da decisão inicial. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art. 138; Lei nº 13.105, 
Código de Processo Civil, art. 392, 966, § 4º, 657. 
 
 
AÇÃO DE DESPEJO 
 
Ação judicial impetrada pelo proprietário de um imóvel para obrigar seu 
ocupante a desocupá-lo (o locatário, p. ex., por falta de pagamento). 
 
Fundamentação: Lei nº 8.245/91, “Lei do Inquilinato”, art. 59; Lei nº 12.112/09. 
 
 
AÇÃO JUDICIAL 
 
Pedido formal encaminhado ao Poder Judiciário para que se resolva uma 
situação de conflito entre duas partes. 
 
16 
 
AÇÃO MONITÓRIA 
 
É a ação utilizada para cobrar cheques ou outros títulos (notas 
promissórias, p.ex.) vencidos, desde que haja prova escrita do negócio que 
originou a dívida. No caso de um cheque a prova pode ser a Nota Fiscal 
emitida, se nela constarem os dados do cheque dado em pagamento. O 
prazo para entrar com essa ação é de até cinco anos contados da data de 
vencimento do cheque ou título. 
 
Fundamentação: Lei nº 9.079/95, Lei nº 13.105, Código de Processo Civil, art.700 a 702. 
 
 
AÇÃO PAULIANA 
 
Ação movida por um credor contra um devedor inadimplente para anular 
a transferêcia ou venda feita de um bem que seria usado para quitar a 
dívida junto a ele numa ação de execução. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.158 a 165. 
 
 
AÇÃO REIPERSECUTÓRIA 
 
Ação que persegue (persecutório) um bem em função de uma obrigação 
não cumprida pelo devedor para recebimento do crédito devido ou tomada 
de bem do devedor, mesmo que em poder já de terceiros. 
 
Fundamentação: Lei nº 6.015/73 inciso 1 do art. 167; Lei nº 10.406/2002 - Código Civil 
Brasileiro, art.158 a 165; Lei nº 13.105, Código de Processo Civil, art. 828. 
 
 
AÇÃO REVISIONAL 
 
Ação que um locador move para que o valor do aluguel seja atualizado 
pelo valor de mercado. Não pode ser impetrada se já houver um prazo 
acertado para a desocupação do imóvel pelo locador. 
 
Fundamentação: Lei nº 8.245, “Lei do Inquilinato”, art. 68 e 69. 
 
 
ACESSÃO 
 
Forma legal do proprietário de uma área, a chamada área principal, 
agregar a ela área acessória à sua, tornando-se seu legítimo proprietário. 
 
Um exemplo são as ilhas formadas por rios, que depositam areia trazida 
por sua correnteza defronte à propriedade de alguém. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código CivilBrasileiro, art.1248 a 1259. 
 
17 
 
ACLIVE -> ver TERRENO. 
 
 
ACORDO DE RECOMPRA (REPO) ou PACTO DE RETROVENDA 
 
Também chamado de REPO (repurchase agreement, acordo de recompra) 
ou Acordo de Reporte, é uma forma de contrato em que o comprador 
assume o compromisso de revender o imóvel ao vendedor, e este o de 
recomprá-lo, por um valor e data pré-especificados. 
 
A diferença entre o valor pago pelo comprador no início do REPO e o valor 
que ele recebe no final é o seu retorno financeiro e pode ser um percentual 
ao ano ou mesmo uma taxa (taxa repo). Um acordo REPO é semelhante a 
um empréstimo com garantias, com a diferença de que a propriedade do 
título fica com o comprador. Ver também CLÁUSULA DE RETROVENDA. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.505 a 508. 
 
 
AD CORPUS -> ver VENDA E COMPRA AD CORPUS. 
 
 
AD MENSURAM -> ver VENDA E COMPRA AD CORPUS. 
 
 
ADEGA 
 
Que adega ou cave, em francês, é o local adequado à guarda e 
conservação de vinhos (e azeites) todos sabem, mas e sua origem? 
 
O registro mais antigo da guarda de vinhos está no Egito. Pinturas 
datadas de 3.000 a.C. já apresentavam o processo de vinificação. 
 
Para os cristãos, a origem está no Gênesis (Velho Testamento), da Bíblia, 
com Noé e o dilúvio. A Bíblia, contudo, não diz isso claramente: 
 
Gênesis 7:1-24 
 
“Disse o Senhor a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca... De todos os 
animais tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea... Porque, 
passados sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta 
noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz. ...E 
houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.”. 
 
Gênesis – Capítulo 8:5-17 
 
"E foram as águas indo e minguando...; no décimo mês, no primeiro dia do 
mês, apareceram os cumes dos montes. Então falou Deus a Noé: Sai da 
18 
 
arca, tu com tua mulher, e teus filhos e as mulheres de teus filhos, todo o 
animal que está contigo... Povoem a terra e se multipliquem.”. 
 
Gênesis – Capítulo 9:3-29 
 
...“Tudo quanto se move será para vosso mantimento; assim como a erva 
verde. A carne, porém, com sua vida, com seu sangue, não comereis. ...E 
começou Noé a lavrar a terra, e plantou uma vinha. E bebeu do vinho e 
embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cão, o pai de 
Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de 
fora. Então tomaram uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, 
e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai... E viveu Noé 
novecentos e cinquenta anos, e morreu.”. 
 
Não há como afirmar que a longevidade de Noé se deveu ao vinho, 
tampouco que a primeira adega se deva a ele, mas sem dúvida foi dele, 
segundo a própria Bíblia, o primeiro pileque registrado da história. 
 
Certo é que na antiguidade as adegas eram subterrâneas, em cavernas, já 
que elas protegiam os vinhos da luz, ofereciam temperatura menor e 
umidade do ar maior do que as apresentadas na superfície. 
 
Uma adega, para ser legitimamente caracterizada demanda materiais 
adequados, temperatura baixa e constante, controle da umidade do ar e 
garrafas armazenadas com 30 graus de inclinação (para que se possa ver 
o rótulo de cada uma e para cobrir a rolha com o vinho, de forma que não 
resseque e o proteja do ar). Preciosismo? Há vinhos que o merecem. 
 
 
ADIANTAMENTO DA LEGÍTIMA 
 
É o adiantamento que o titular faz, em vida, de parte de seus bens, 
através de doação, a um dos futuros herdeiros. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.538, 541 e 544. 
 
 
ADJUDICAÇÃO 
 
Adjudicar vem do latim adjudicare, fusão de ad (significa “para”, 
preposição que designa orientação, no sentido de) com judicare (juiz). Daí 
adjudicar ser a entrega de algo para alguém por determinação judicial. 
 
A ordem para essa ação judicial é a adjudicação, feita através de um 
documento chamado Carta de Adjudicação. Ex.: um juiz define que a 
propriedade de um imóvel deixa de ser de seu dono original, o 
transmitente, e passa a ser de um credor, o chamado adquirente, para 
quitação de uma dívida que o transmitente tem com ele. 
 
19 
 
O adquirente fica com a posse e o domínio do imóvel e não precisa fazer 
nova escritura, pois essa carta lhe dá o direito de transferir o imóvel, na 
matrícula, diretamente para o seu nome. A adjudicação também cabe no 
caso de herança; motivo: na herança há a partilha dos bens pelos 
herdeiros, contudo, se só há um único herdeiro, não há como se fazer 
uma partilha, razão pela qual a figura jurídica que cabe neste caso é a 
carta de adjudicação. 
 
Fundamentação: Lei nº 13.105, Código de Processo Civil, art. 659, parágrafo 1º, art. 825 e 
art. 876 a 878. 
 
 
ADMINISTRADORA CONDOMINIAL 
 
Empresa prestadora de serviços especializada na administração de 
condomínios e seus aspectos legais, administrativos e operacionais. 
 
 
ADOBE ou ADOBO 
 
Tijolo oriundo da mistura de barro, areia, estrume (por vezes), fibra vegetal 
e água. Típico das construções antigas, ainda é utilizado nos países árabes 
e em algumas regiões pobres no centro e no norte do Brasil. 
 
Essa mistura normalmente é amassada com os pés, colocada em moldes 
de madeira e seca à sombra, para evitar rachaduras. Só após endurecer é 
que é colocada ao sol (não é queimada no forno) para finalizar a secagem. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
ADQUIRENTE 
 
Aquele que compra, que adquire, algo. 
 
 
ADRO -> ver ÁTRIO. 
20 
 
ADUELA 
 
Nome da superfície interna ou externa de uma abóbada e às pedras e 
tijolos que compõe superfícies curvas. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
AFASTAMENTO -> ver RECUO. 
 
 
AFORAMENTO 
 
Ato de conceder direitos e obrigações de uma propriedade pública a uma 
pessoa, chamada de enfiteuta, frente ao pagamento de um valor anual; a 
enfiteuse. Para maiores informações busque LAUDÊMIO. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.2.038 e Lei nº 
3.071/1916, art. 678 a 694. 
 
 
AGENTE FINANCEIRO 
 
Instituição autorizada pelo Banco Central a captar, intermediar e aplicar 
recursos financeiros no segmento imobiliário e da construção civil. 
 
Algumas instituições autorizadas para tal: os conglomerados, bancos 
comerciais e múltiplos, a Caixa Econômica, as cooperativas de crédito, os 
bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de 
crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, 
sociedades de arrendamento mercantil, sociedades de investimento, 
agências de fomento, companhias hipotecárias e administradoras de 
consórcios. 
 
 
 
21 
 
AGLOMERADO 
 
Placa de madeira, prensada a quente, composta da mistura de serragem, 
partículas de madeira, aglutinante (cola, resina) e finalizada com duas 
lâminas externas de madeira. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
Hoje há outras formas de aglomerado, como o OSB – Oriented Strand 
Board (prancha de fios orientados), utilizado por arquitetos em paredes 
(graças à sua facilidade de uso e de colocação: cola e parafusos) e em 
coberturas (boa base para mantas termoplásticas e para telhas asfálticas). 
Resistente a cupins (por causa da resina que envolve as lascas de 
madeira), tem um custo relativamente baixo. 
 
 
AGRAVO ou AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
Recurso apresentado contra a decisão de um juiz que deferiu (concedeu) 
ou indeferiu (não concedeu) algum pedido dentro de um processo. O 
agravo, contudo, só cabe frente a decisões que não tenham extinguido o 
processo. 
 
Fundamentação: Lei nº 13.105, Código de Processo Civil, art. 1.015 a 1.020. 
 
 
AGREGADO LEVE -> ver CINASITA. 
 
 
AGRIMENSURA 
 
Técnica para medir e demarcar terras, obter dados topográficos, 
geodésicos, hidrográficos, fotogramétricos e outros. Seu profissional é o 
agrimensor. 
 
 
 
 
22 
 
ÁGUA ou ÁGUA DE TELHADO 
 
Cada uma das superfícies inclinadas de um telhado. Inicia na cumeeira 
(topo do telhado) e segue até a beirada,onde está a calha para escoamento 
da água das chuvas; daí o termo água. 
 
Ilustração: www.fkcomercio.com.br 
 
 
ÁGUA-FURTADA 
 
Aresta criada pelo encontro de duas águas, para onde convergem as águas 
das chuvas que caem sobre o telhado. 
 
Ilustração: www.fkcomercio.com.br 
 
 
 
 
23 
 
ÁGUA-MESTRA 
 
Nome das águas trapezoidais dos telhados. As triangulares são as 
tacaniças. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
AIRBNB -> ver ALUGUEL. 
 
 
ALAMBRADO 
 
Cerca que delimita um terreno. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
ALÇADA -> ver VALOR DE ALÇADA. 
 
24 
 
ALÇAPÃO 
 
Abertura horizontal, no piso, para dar acesso ao porão, ou no forro, para 
dar acesso ao sótão, comunicando um pavimento com outro. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
ALCOVA 
 
Pequeno quarto de dormir, ou mesmo para servir de depósito, sem 
janelas. Daí, no século XIX, ser chamada do “quarto dos prazeres” já que, 
sem janelas, oferecia maior privacidade. 
 
 
ALDRAVA 
 
Também chamada de batente de porta, é a peça presa à porta de entrada 
da casa, usada pelo visitante para bater com ela na sua base e chamar os 
moradores. Surgiu na idade média para substituir o bater de palmas dos 
visitantes nem sempre ouvido pelos moradores. 
 
 
Imagens: www.pixabay.com 
 
 
ALICERCE -> ver FUNDAÇÃO. 
 
 
25 
 
ALIENAR ou ALIENAÇÃO 
 
É transferir uma propriedade ou direito para alguém, a título oneroso 
(venda de um imóvel) ou não (doação). 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art. 1.275; Lei nº 13.105, 
Código de Processo Civil, art. 879 a 881. 
 
 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 
 
É a transferência de um bem, de um devedor para seu credor, para 
garantia de um empréstimo feito. O devedor fica com a posse direta do 
imóvel para seu uso e o credor (bancos, consórcios e até particulares) com 
sua posse indireta, com seu domínio. Uma vez quitado o empréstimo, o 
comprador adquire a propriedade definitiva do bem. 
 
Fundamentação: Lei nº 9.514/1997. 
 
 
ALMA 
 
Parte central de uma viga metálica. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
ALPENDRE ou TELHEIRO 
 
Cobertura suspensa, por si só ou apoiada em colunas, sobre portas e 
vãos, geralmente na entrada das casas e prédios. 
 
 
Imagem: www.pixabay.com 
26 
 
ALQUEIRE (ALQ.) 
 
Alqueire deriva do árabe al-káil: medida de capacidade de um saco. O 
conceito veio para o Brasil com nossos colonizadores: os portugueses 
chamavam de alqueire ao volume de um saco, à área de plantio mínima 
necessária para enchê-lo (chamada “terreno de um alqueire”). 
 
Essa medida de superfície está em desuso face às suas variações pelas 
regiões do Brasil: em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás equivale a 
48.800 m², em São Paulo a 24.200 m² e, na Região Norte, a 27.225 m². 
 
Isso fez com que hoje o hectare, equivalente a 10.000 m², seja a medida 
mais utilizada para medir grandes áreas (fazendas, loteamentos rurais...). 
 
 
ALTERAÇÃO DE LIMITES 
 
Alterar os limites de uma área sem o devido embasamento legal é Crime 
de Usurpação: apropriação ilegal, do todo ou parte, de coisa imóvel alheia. 
 
Fundamentação: Decreto-Lei 2.848, Código Penal, art. 161. 
 
 
ALTO-RELEVO 
 
Saliência que sobressai tridimensionalmente numa superfície plana. 
Comum na arte clássica e nas esculturas (realçando as sombras de acordo 
com o ângulo da iluminação), ainda é usado em fachadas de edificações e 
também na forração e valorização das paredes, inclusive internas. 
 
 
Imagens: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
ALUGUEL 
 
Pagamento feito pelo locatário ao proprietário do imóvel (locador) em 
contrapartida pelo seu uso por determinado período contratual. Suas 
regras estão definidas pela chamada “Lei do Inquilinato” (Lei no 
8.245/91). 
27 
 
Uma dúvida recorrente é: se o locatário sai antes do prazo contratado 
como se calcula a multa pelo descumprimento do prazo pré-estabelecido? 
Resposta: ela é proporcional ao tempo não cumprido do contrato. 
Exemplo: 
 
 
 
Uma novidade no universo da locação, com ampla expansão, é o AIRBNB, 
sigla do inglês Air Bed and Breakfast (cama de ar e café da manhã), que 
chegou ao Brasil em 2012. 
 
É uma forma de aluguel por temporada que permite a uma pessoa alugar 
um imóvel, ou só um espaço dele, diretamente com seu proprietário, o 
anfitrião, em quase todo o mundo, por um período curto ou longo, seja 
um mero sofá para um pernoite, um quarto (compartilhado ou não), uma 
suíte (simples ou luxo), um castelo, uma ilha, um barco ou até um iglu. 
 
A ideia é locar para viajantes um espaço ocioso da casa do anfitrião, ou 
um imóvel dele desocupado, permitindo-lhe auferir uma receita extra. 
Diferentemente da locação, o proprietário continua responsável pelas 
contas (IPTU, condomínio, luz, água, gás, internet...) e pela manutenção 
do imóvel (algo que os usuários levam em conta, já que o Airbnb costuma 
ser algo mais caro que o aluguel convencional. É fazer a análise 
custo/benefício e optar pela melhor saída). 
 
Como Funciona 
 
O espaço é disponibilizado no site da Airbnb e o interessado faz uma 
reserva nele. O anfitrião recebe o hóspede e o Airbnb paga o anfitrião em 
até 24 horas do check-in (entrada) dele eliminando, assim, o risco dele 
“sumir” sem pagar. Embora se baseie na confiança, por segurança, o 
Airbnb checa previamente as informações dos anfitriões e dos hóspedes. 
 
Feito o ckeck-out (saída) do hóspede, ele e anfitrião fazem, no próprio site, 
a avaliação um do outro. O anfitrião avalia se o comportamento do 
hóspede foi adequado às regras da sua casa e o hóspede se o anfitrião o 
recebeu dentro dos parâmetros de higiene, conforto e respeito esperados. 
 
Os números publicados no site do AIRBNB em 2017 já impressionavam: 
mais de 200 milhões de hóspedes catalogados, mais de 191 países 
Valor Mensal R$ 5.000,00 Multa Contratual: 3 aluguéis R$ 15.000,00
Início 01/02/2017 Multa - Valor Mensal R$ 500,00
Término 31/07/2019 Multa - Valor Diário R$ 16,67
Prazo 30 meses Tempo de Ocupação 11 meses e 14 dias
Tempo Não Ocupado 18 meses e 17 dias
Cálculo: 18 meses x R$ 500,00 R$ 9.000,00
Desocupação 14/01/2018 Cálculo: 17 dias x R$ 16,67 R$ 283,39
Valor da Multa R$ 9.283,39
Locação Contratada
Entrega das Chaves
Parâmetros Para o Cálculo da Multa
28 
 
praticantes em mais de 65 mil cidades do mundo. Só castelos, havia mais 
de 1.400 disponíveis para quem puder desfrutar desse luxo. É entrar 
nesse site, escolher a cidade do mundo que quer se hospedar, definir as 
datas de entrada e saída e ver as opções, das mais acessíveis às mais 
luxuosas. 
 
A origem do Airbnb 
 
Joe Gebbia e Brian Chesky, estudantes de design e colegas de classe, 
sonhavam em serem empreendedores. Em 2007 abandonaram seus 
empregos e foram para San Francisco empreender, mas as coisas não 
foram como planejaram, o dinheiro acabou e não tinham mais como pagar 
suas contas, incluindo o aluguel do apartamento que moravam. Havia, 
nesse apartamento, espaços que não eram ocupados por eles. 
 
Ao saberem de uma conferência sobre design na cidade e que todos os 
hotéis estavam lotados, ofereceram aos participantes da conferência uma 
cama de ar para dormirem e também, no pacote, o café da manhã: daí o 
nome Air Bed and Breakfast, ou simplesmente Airbnb. 
 
O Airbnb cresceu tanto que, em 2016, já era considerada uma das 
empresas mais valiosas do mundo, avaliada em 25 bilhões de dólares. 
 
Seu impacto no mercado de locação foi de tal ordem que cidades como 
Barcelona (Espanha), Nova York e San Francisco (EUA), Paris (França) e 
Berlim (Alemanha) têm limitado a ação da AIrbnb por força do impacto 
nas suas redes locatícias e hoteleiras. Outra modalidade, em menor 
escala, é o Couchsurfing (couch = sofá - https://www.couchsurfing.com). 
 
Fundamentação: Lei no 8.245/91, art. 17 a 26, https://www.airbnb.com.br/ 
 
 
ALUGUEL POR TEMPORADA 
 
Contrato de aluguel com prazo máximo de 90 dias para uso durante férias, 
realização de cursos, trabalhos temporários,tratamento de saúde ou 
execução de obras no imóvel do locatário, por exemplo. É a única forma de 
locação que permite a cobrança adiantada do valor acertado. 
 
Fundamentação: Lei no 8.245/91, “Lei do Inquilinato”, art.48, 49 e 50. 
 
 
ALUVIÃO 
 
Depósito de cascalho e areia que se forma junto às margens dos rios, 
trazidos pela correnteza e pela erosão produzida por eles. É uma das 
causas previstas pela Lei para aquisição de propriedade por acessão. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.1248 e 1250. 
 
29 
 
ALVARÁ 
 
Alvará é uma autorização judicial ou administrativa (órgão público) 
concedida a um particular para determinada prática. O alvará judicial só 
pode ser concedido por um magistrado (juiz). Exemplos de alvará judicial: 
alvará de soltura (para um preso) ou o alvará para venda de um imóvel. 
Exemplo de alvará administrativo: alvará para execução de uma obra. 
 
 
ALVARÁ DE VENDA ou ALVARÁ PARA VENDA 
 
O alvará judicial de venda e compra é obrigatório, dentre outros motivos, 
para que um imóvel que envolva vendedores incapazes, mesmo que 
relativamente, possa ser vendido. Também pode ser requisitado para a 
venda de um determinado imóvel de uma herança que ainda não foi 
partilhado. 
 
São absolutamente incapazes de exercer os atos da vida civil os menores 
de dezesseis anos, os enfermos ou deficientes mentais sem o necessário 
discernimento para a prática desses atos e os que, mesmo por causa 
transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
 
São relativamente incapazes os maiores de dezesseis e menores de dezoito 
anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os que, por deficiência 
mental, tenham o discernimento reduzido, os excepcionais sem 
desenvolvimento mental completo e os pródigos (os que gastam mais do 
que possuem, de forma compulsiva). Os índios têm a capacidade regulada 
por legislação especial. 
 
Trâmite básico para sua emissão: um advogado faz uma petição ao juiz 
para que autorize uma venda, de vendedor total ou parcialmente incapaz 
de assiná-la. O juiz solicita a um promotor público que analise se a pessoa 
incapaz está tendo seus direitos preservados. Em estando, o juiz poderá 
designar um perito judicial para avaliar se a venda está dentro do valor de 
mercado, ou mesmo aceitar pareceres comerciais de imobiliárias para 
então autorizar a venda, definindo um valor mínimo obrigatório para ela. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.3º a 5º. 
 
 
ALVENARIA 
 
Construção feita com tijolos, blocos e/ou pedras, dispostos em fiadas 
horizontais, sobrepostas, unidas com argamassa, formando paredes, 
muros e alicerces. 
 
Quando a alvenaria tem a função de sustentar o peso da construção (p. 
ex., da laje, do telhado) chama-se alvenaria estrutural, ou alvenaria 
autoportante; quando não, de alvenaria de vedação, já que sua função é 
30 
 
separar o ambiente externo do interno e, internamente, cada ambiente e 
cômodo. 
 
 
AMORTIZAÇÂO 
 
Redução de uma dívida através do pagamento periódico de suas parcelas 
(p. ex., de um financiamento) até sua quitação. 
 
 
ANDAIME 
 
Estrutura em forma de plataforma, muito usada na construção civil, 
montada para alcançar e executar serviços nos pavimentos superiores das 
obras. Também pode ser usado para escorar algo. 
 
 
Imagem: www.pixabay.com 
 
Fundamentação: Assossiação Brasileira de Normas técnicas - ABNT 6494 e a NR 18. 
 
 
ANDAR 
 
Espaço entre dois pavimentos consecutivos. 
 
Fundamentação: Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo – Lei nº 
11.228/92 
 
 
ANODIZAÇÃO 
 
Tratamento químico, muito usado na superfície do alumínio, para 
melhorar sua resistência à corrosão e possibilitar sua pintura. 
 
 
 
31 
 
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART) 
 
A ART é uma exigência legal frente a uma obra para que seja identificado 
o profissional (devidamente cadastrado no CREA) responsável por ela. 
 
Fundamentação: Lei nº 6.496/77. 
 
 
ANTECÂMARA DE SEGURANÇA ou PULMÃO DE SEGURANÇA 
 
É o espaço entre dois portões paralelos que serve para impedir o acesso de 
pessoas e veículos ao imóvel antes da identificação dos mesmos graças ao 
intertravamento dos portões de acesso. 
 
O primeiro portão á aberto na chegada do morador e, em seguida, 
fechado; só então o segundo portão é aberto, após a identificação do 
veículo e seus ocupantes, evitando assim a entrada de outro veículo “por 
carona”. O ideal é que o primeiro portão seja aberto pela portaria e o 
segundo pelo condômino com sua chave pessoal ou através de leitura 
biométrica evitando, assim, o acesso de carros clonados. 
 
Em se tratando de segurança a regra básica, e inegociável, é: segurança 
não admite exceções. Por isso, na chegada de um veículo, as janelas do 
carro devem ser abertas e, além disso, à noite, as luzes internas devem ser 
acesas e os faróis apagados para perfeita identificação do veículo e dos 
seus ocupantes. Uma senha, palavra, código ou sinal pré-definidos deve 
ser usada para alertar a portaria (física ou virtual) que o morador está 
acompanhado de assaltantes, não de amigos ou parentes. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
32 
 
ANTECESSOR 
 
Aquele que antecede o atual proprietário de um imóvel. Se este adquiriu o 
imóvel num prazo inferior a 10 anos é obrigatória a análise documental 
também dos antecessores para eliminar qualquer risco de ação executiva 
contra os antecessores com reflexo futuro no imóvel transacionado. 
 
A responsabilidade dos antecessores não está na Lei; é jurisprudencial, 
mas o prazo limite de responsabilidade civil está no Código Civil Brasileiro 
vigente e é de dez anos, embora parte do mercado pratique o prazo de 
cinco anos. Se há ação sabida sobre os antecessores ou imóvel, esse prazo 
não caduca. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art. 205. 
 
 
ANTEPROJETO 
 
Estudo que antecede um projeto de execução, onde são apresentados os 
parâmetros necessários para essa execução, prazo, forma de execução, 
custo e outros necessários à prévia análise e aprovação dos interessados. 
 
 
ANTESSALA 
 
Aposento que antecede a sala principal; sala de espera; antecâmara. 
 
 
ANTICRESE 
 
Do grego antíchresis (contra) e chrêsis (uso), significa uso contrário, 
porque quem recebe os frutos oriundos do bem não é o seu proprietário e 
sim um credor dele. 
 
É uma garantia contratual em que o devedor transfere para o credor a 
posse de um bem para que o credor desfrute dos rendimentos desse bem 
até que a dívida seja quitada. Ex.: Um imóvel locado. O credor é quem 
passa a receber o valor do aluguel, até que a dívida seja quitada. Se esse 
contrato for superior a 30 salários mínimos tem de ser lavrado em 
escritura pública e inscrito no Registro Imobiliário. 
 
A anticrese, a penhora e a hipoteca, embora tenham em comum o direito 
real de garantia, são figuras juridicamente distintas. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, Capítulo IV, art.1.506 a 
1.510. 
 
 
 
 
33 
 
ANÚNCIOS 
 
Anúncio me remete à ideia de jornal impresso, coisa fora de moda e, por 
isso mesmo, com resultados inexpressivos na atual venda de imóveis. 
 
Anunciar é publicar, noticiar. Prefiro o termo divulgar: que é levar algo ao 
conhecimento do maior número de pessoas. Bobagem dialética? Acho que 
não. 
 
O principal canal para divulgar a venda de um imóvel, hoje, é a internet, 
através dos sites imobiliários, portais especializados e redes sociais. Mas é 
preciso cuidados para que a divulgação seja eficaz: 
 
 Informar sempre o local do imóvel 
 
É o primeiro filtro que o cliente usa, incluindo o bairro. Por incrível 
que pareça, o valor é o segundo filtro. Está cada vez mais comum 
informar o endereço do imóvel, sem o número dele no logradouro. 
 
 Informar sempre o valor de venda; salvo esteja acima do mercado. 
 
O cliente sempre filtra o valor limite que gostaria de investir ou que 
entende ser compatível com suaspossibilidades de pagamento ou 
negociação. Imóvel sem o valor de venda não aparece no filtro. 
 
 As fotos devem ser de ótima qualidade e retratar o imóvel com 
fidelidade. Tirar fotos escuras, com ênfase nos móveis e não nos 
espaços e com roupa íntima pendurada no banheiro é o fim da picada. 
 
O primeiro estímulo do ser humano, sobremodo nas compras, é o 
quanto a imagem que vê o atrai. É ela que o impulsiona a pedir mais 
informações sobre o viu e que, a princípio, despertou seu interesse. 
 
 Elaborar um bom texto, com os verdadeiros diferenciais do imóvel: 
 
“Lindo Imóvel”, “Imóvel de Alto Padrão”, “Localização Nobre”, “Não 
Deixe de Visitar” estão longe de qualquer diferencial, são meros e 
cansativos lugares comuns e as pessoas estão cansadas deles. 
 
“Vista permanente para o Parque do Ibirapuera”, “Rua tranquila a 200 
metros do metrô” são diferenciais. Identifique-os e divulgue-os. Todo 
imóvel tem um, basta saber explorar. 
 
 
APARTAMENTO COBERTURA 
 
Aquele situado no último andar de um prédio, com um ou mais pisos, com 
ou sem espaços de lazer ao ar livre (churrasqueira, piscina...). 
 
34 
 
Se tiver dois pisos é uma cobertura duplex; se tiver três, triplex; se tem 
um único piso é uma cobertura penthouse. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
APARTAMENTO DUPLEX 
 
Apartamento que ocupa dois andares do prédio esteja ou não na cobertura 
do prédio. Se estiver, é uma cobertura duplex. 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
35 
 
APARTAMENTO FLAT 
 
Flat (apartamento, em inglês) se difere dos demais apartamentos por ser 
habitado predominantemente por hóspedes e minimamente por 
moradores, já que sua vocação é servir de estadia temporária. 
 
Exatamente por ter foco na hospedagem costuma apresentar serviços 
como, p. ex., recepção, restaurante, lavanderia e um conjunto de unidades 
decoradas e mobiliadas, de forma padrão: as unidades do pool, 
reservadas para locação, diária ou não. 
 
A receita auferida pelo pool é rateada entre os proprietários dessas 
unidades. 
 
 
APARTAMENTO GARDEN ou GIARDINO 
 
Garden (jardim, em inglês), ou Giardino (jardim, em italiano) é o 
apartamento que fica no andar térreo do prédio e que possui, 
diferentemente dos demais apartamentos tipo, um jardim, ou quintal. Uns 
poucos, de alto padrão, têm até churrasqueira e piscina. 
 
 
APARTAMENTO LOFT 
 
Loft vem do inglês e significa sótão. Sua origem tem controvérsias: na 
América do Norte, com o aproveitamento dos galpões e indústrias ociosos 
adaptados para espaçosas moradias ou, no sul da França, na década de 
50, com os apartamentos da Cité Radieuse, do arquiteto Le Corbusier. 
 
Como esses espaços tinham pé-direito alto o quarto era construído num 
mezanino, dando-lhe privacidade e preservando, assim, o amplo espaço de 
baixo, onde eram instaladas a sala e cozinha. 
 
Hoje o mercado de lançamentos usa esse termo para traduzir a ideia de 
um imóvel amplo, com planta diferenciada, pé-direito duplo, espaços 
abertos e integrados, cozinha estilo americana e suíte no mezanino. 
 
 
APARTAMENTO PADRÃO -> ver APARTAMENTO TIPO. 
 
 
APARTAMENTO PENTHOUSE 
 
Apartamento na cobertura do prédio, com um único piso, sem divisão de 
andares, ou seja, de uma única laje, normalmente com um terraço 
espaçoso, oferecendo a sensação de uma casa suspensa. 
 
36 
 
O conceito nasceu em 1920, em Nova York, quando arquitetos americanos 
abraçaram o desafio de criar, no topo do Hotel Plaza, um apartamento de 
luxo aproveitando o amplo espaço disponível, equivalente ao de uma casa, 
e com o privilégio da vista para o Central Park. Virou sinônimo de luxo. 
 
Outra famosa penthouse, também em Nova York, concluída em 1925, 
ficava na Park Avenue, 1040 (foto abaixo), propriedade da editora Conde 
Nast, palco de cobiçadas festas da editora e da sociedade local. 
 
 
Imagem: http://sighswhispers.blogspot.com.br/2009/07/conde-nasts-penthouse-at-1040-park.html 
 
 
APARTAMENTO QUITINETE, KITCHENETTE ou KITNET 
 
É um apartamento muito pequeno (algo até 35 m²), com apenas um 
quarto e banheiro. A pequena cozinha é muitas vezes embutida num 
pequeno recuo (daí Kitchenette - cozinha pequena, em inglês). 
 
 
APARTAMENTO STUDIO 
 
Apartamento tipo, com uma única laje (o Loft, confundido com o Studio, 
tem duas), comumente com pé-direito maior que o padrão e com poucas 
paredes internas, basicamente as que delimitam o quarto, a cozinha 
(normalmente “tipo americana”) e o banheiro. 
 
 
APARTAMENTO TIPO 
 
Cada unidade-padrão de um edifício, que não seja de cobertura ou 
Garden, e que não fuja à planta e área básica das demais unidades como 
um todo. Ver imagem de APARTAMENTO COBERTURA. 
 
 
 
 
37 
 
APARTAMENTO TRIPLEX 
 
Apartamento que ocupa três andares do prédio. Se ocupar a cobertura do 
prédio é, então, uma cobertura tríplex. 
 
 
APICOADO 
 
Acabamento rústico, usado normalmente no piso de áreas externas, 
obtido através de batidas de marteletes ou de instrumentos que 
desbastam a superfície pedra, deixando-a rugosa, antiderrapante. 
 
 
APLIQUE 
 
Enfeite, em relevo, aplicado sobre a superfície de paredes ou muros. 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
APONTAMENTO 
 
Qualquer informação registrada na matrícula do imóvel e/ou nas 
certidões necessárias à realização do negócio que indique (aponte) a 
existência de ações, pendências, irregularidades ou execuções sobre o 
imóvel e/ou vendedores que possam comprometer a segurança e licitude 
da negociação no presente ou no futuro. 
 
 
APOSENTO 
 
Cada ambiente de um imóvel. Sinônimo também de quarto. 
 
 
APRUMAR 
 
Colocar na vertical, acertar a verticalidade de paredes, colunas e 
esquadrias através do uso de um prumo. 
38 
 
AQUECIMENTO CENTRAL DE ÁGUA 
 
Hoje, por razões ecológicas e de economia, o tipo mais comum é o 
aquecedor a gás, dentre outros tipos e finalidades: 
 
 A gás: pode ser de passagem (a água passa pelo aquecedor que a 
devolve quente para a tubulação) ou por Boiler (caldeira, em inglês), 
que é um sistema de acumulação (a água fica acumulada num cilindro 
metálico e permanece aquecida graças às chamas do gás). 
 
 Elétrico: também é de passagem ou acumulação (boiler). Chuveiros e 
torneiras elétricas são, tecnicamente, aquecedores de passagem. 
 
 Solar: instalado no telhado ou laje das casas, usa a luz solar para 
aquecer a água através de placas de aquecimento com células 
fotovoltaicas ou fotoelétricas ligadas por uma bomba a um cilindro de 
acumulação. Possui uma resistência e funciona como um boiler para 
manter a água quente à noite ou em dias nublados. 
 
 Híbrido: mais moderno, reúne duas ou mais formas de aquecimento, 
usadas conforme a demanda e necessidade do momento. Pode ser 
elétrico e a gás, elétrico e solar e assim por diante. 
 
 Caldeira: basicamente é um grande reservatório de água, comum em 
hotéis e hospitais, com o aquecimento por eletricidade ou gás. 
 
 
AQUESTO 
 
São todas as propriedades e bens materiais adquiridos por um casal na 
vigência do casamento. 
 
 
AR CONDICIONADO 
 
Saber o que é BTU e diferenciar os tipos de ares é essencial, ainda mais 
num país tropical, para esclarecer as dúvidas dos compradores. 
 
BTU, abreviação de BRITISH THERMAL UNIT (Unidade Térmica 
Britânica), é a unidade de potência de resfriamento dos ares-
condicionados e a base de cálculo para resfriar um ambiente é de 600 
BTUs por metro quadrado. 
 
Se um ambiente tem 18 m², 10.800 BTU bastariam; portanto, um 
aparelho de 12.000 BTU seria mais do que suficiente, mas pode não ser: 
faltou considerar se ele tem varanda, seu número de janelas, a insolação 
que sofre e quantas pessoas estão lá habitualmente. Se os 18m² são de 
uma sala com uma varanda, duas janelas, com o sol incidindo das 11 às 
15 horas e com três pessoas habitualmente nele, serão necessários mais 
39 
 
do que 12.000 BTU. O grande problema, normalmente, não é o aparelho 
de ar-condicionado, é seu mau dimensionamento na hora da compra. 
 
Atualmenteo tipo de ar mais vendido é o Split, composto de duas 
unidades: a condensadora (externa ao ambiente) e a evaporadora (que fica 
em cada ambiente para refrigerá-lo). 
 
 
 Condensadora Evaporadora 
 
Outro tipo é o Cassete, instado no teto de ambientes amplos, num forro de 
gesso. 
 
Cassete 
 
 Imagens: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
Em ambientes com grande demanda de potência como shoppings, 
cinemas, prédios corporativos, bancos, teatros e centros de eventos o 
modelo mais usado é o Fan Coil (do inglês: dispositivo de refrigeração), 
que usa água gelada para o resfriamento, ao invés de gás, e que oferece 
mais de 100 TR (1 TR = 12 mil BTUs = 1.200.000 BTUs). 
 
Dicas: 
 
 A faixa de temperatura ideal para que as pessoas se sintam 
confortáveis num ambiente, sem grande perda da umidificação do ar 
provocada pelo ar-condicionado, está entre 20° e 24 ° (a maioria dos 
homens prefere 20°, as mulheres 24°, por razões metabólicas). 
 
 Preferir aparelhos com tecnologia inverter (ou futuramente similar), 
pois regula o uso e a velocidade do compressor à temperatura 
desejada e reduz consideravelmente o consumo de energia elétrica, 
além de usar gás ecológico (o mundo agradece). 
 
 
ARBITRAMENTO 
 
Avaliação de um bem, normalmente feita um perito (também chamado de 
árbitro), nomeado por um juiz. 
 
 
40 
 
ARCADA 
 
Sequência de arcos sustentados por pilares ou colunas. 
 
 
Imagens: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
ARE 
 
Medida de área, pouco utilizada, correspondente a 100m². Símbolo: ”a”. 
 
 
ÁREA BRUTA LOCÁVEL (ABL) 
 
É a soma de todos os espaços disponíveis para locação de lojas, salas, 
boxes e quiosques num shopping, por exemplo. 
 
 
ÁREA COMUM ou ÁREA DE USO COMUM 
 
Área coberta ou descoberta compartilhada por todos os moradores de um 
prédio ou condomínio, que não seja de uso privativo; a área que não é de 
um único morador. Ex.: a portaria, o lobby de entrada, corredores, áreas 
de circulação, vagas indeterminadas da garagem, jardins e locais de lazer 
(piscina, churrasqueira, quadras, salão de jogos...). 
 
Fundamentação: ABNT - Norma Técnica 12.721. 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
ÁREA CONSTRUÍDA (AC) ou ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL 
 
É a soma das áreas cobertas, incluindo as paredes, de todos os 
pavimentos de uma edificação. 
 
Ilustração: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
Por esse motivo áreas descobertas como sacadas, ou terraços de 
coberturas, não entram nesse cálculo e sim no cálculo da área construída 
não computável. Veja a diferença de conceitos: 
 
Área Construída Computável 
 
É a soma das áreas cobertas de todos os pavimentos de uma edificação 
consideradas para o cálculo do COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO e 
da TAXA DE OCUPAÇÃO (para mais informações, ver justos títulos). 
 
Área Construída Não Computável 
 
É a soma das áreas cobertas de uma edificação não consideradas no 
cálculo do coeficiente de aproveitamento. Ex.: o pavimento térreo, o 
apartamento do zelador (até 60 m²), o ático e as áreas de lazer dos 
edifícios, áreas de circulação e estacionamento de veículos, terraços 
abertos de todos os pavimentos e cobertura e floreiras com até 0,4m. 
 
Fundamentação: Lei Municipal nº 13.885/2004, art. 2º, II, III e IV. Lei nº 11.228/92. 
 
 
 
 
 
42 
 
ÁREA DE LAZER 
 
Não carece de explicação, mas é interessante saber que lazer vem do latim 
licere: aquilo que é lícito (permitido); eu complementaria dizendo “lícito, 
legal e socialmente”. O falecido sociólogo francês Dumazedier, estudioso 
do assunto é autor, em minha opinião, de uma ótima definição de lazer: 
 
"... um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre 
vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se, entreter-se ou 
ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua 
participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-
se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." 
 
 
Imagem: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
Você sabia que Aristóteles e outros filósofos gregos, por volta de 384 anos 
A.C., eram avessos ao trabalho? Para eles o trabalho era obrigação dos 
escravos e degradava os homens livres, presenteados pelos deuses com o 
ócio exatamente para poderem dedicar-se à elevação do espírito, aos 
exercícios físicos e os jogos da inteligência. 
 
 
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) 
 
É toda área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função 
ambiental de preservar os recursos hídricos (rios, nascentes, córregos...), a 
paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, a fauna, a flora e o 
solo, para assegurar o bem-estar das populações humanas. 
 
Fundamentação: Lei Federal nº 12.651/12, art. 3º, II. 
 
 
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) 
 
É a Unidade de Conservação de Uso Sustentável com área em geral 
extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos 
abióticos (em que não há vida), bióticos (em que há vida), estéticos ou 
43 
 
culturais importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das 
populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade 
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a 
sustentabilidade do suo dos recursos naturais, podendo conter áreas de 
domínio público e/ou privado. 
 
Fundamentação: Lei Federal nº 12.651, art. 4º, 5º e 6º e Lei nº 10.050, Quadro 1. 
 
 
ÁREA DE SERVIÇO 
 
Área onde fica o tanque, a máquina de lavar roupas, de secar, varal, mesa 
de passar, ou seja, aquela destinada à lavanderia do imóvel e também aos 
aposentos dos empregados da residência. 
 
 
ÁREA DE SERVIDÃO 
 
Servidão vem do latim servitus: o que serve, escravo. 
 
A área de servidão é a faixa de terra de uma propriedade que serve de 
passagem de aquedutos (água e gás, p. ex.), de linhas de transmissão de 
energia, de trânsito de pessoas ou mesmo destinada à preservação da 
vista, ventilação e outros usos que sirvam ao bem coletivo. 
 
Em termos jurídicos significa que um prédio (que em direito não significa 
edifício, e sim imóvel, edificado ou não) passa a ter um benefício (prédio 
dominante) com relação a outro prédio (prédio serviente), o imóvel 
serviente vai servir ao dominante para atender a uma necessidade dele. 
Ex.: os moradores de determinado prédio usam o corredor lateral de outro 
para poderem ter acesso à rua. 
 
Exemplo de servidão para preservação de vista e ventilação: moradores de 
um prédio, de frente para o mar, querem garantir que o único terreno que 
existe entre eles e o mar não sofra uma edificação, para não se privarem 
da vista e da brisa do mar. Para tanto eles se cotizam e oferecem ao dono 
do terreno, contratualmente, um valor para que não possa vendê-lo para 
qualquer construção que comprometa a vista e a ventilação do prédio. 
Pode, por exemplo, vender para fazer uma casa térrea. Feito o acordo e o 
pagamento, eles e o proprietário da área, fazem o registro da servidão de 
vista e ventilação no cartório, condição obrigatória para sua validação. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.1378 a 1386. 
 
 
ÁREA DE TERRENO ou ÁREA TOTAL DE TERRENO (AT) 
 
Corresponde às medidas de um terreno, edificado ou não, tanto em metros 
lineares quanto em metros quadrados. Ex.: Terreno com 10m metros de 
44 
 
frente, 20m em cada lateral e fundos com 10m, perfazendo uma área total 
de 200m². Ilustração adiante: 
 
Ilustração: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
 
ÁREA DE VASSOURA - ver ÁREA ÚTIL. 
 
 
ÁREA EDIFICADA 
 
Área total coberta da edificação. 
 
Fundamentação: Lei nº 11.228/92 - Código de Obras e Edificações do Município de São 
Paulo. 
 
 
ÁREA INCORPORADA e ÁREA NÃO INCORPORADA 
 
Essas duas informações estão na Certidão de Dados Cadastrais do 
Imóvel, no Município de São Paulo, e fazem parte do cálculo do IPTU. 
 
A área incorporada é a área total construída no terreno (imagem adiante). 
 
A área não incorporada é a que excedera três vezes a área ocupada pela 
edificação no terreno, no caso de imóvel situado na primeira subdivisão da 
zona urbana; cinco vezes, na segunda subdivisão da zona urbana, e dez 
vezes, além do perímetro desta última. 
 
45 
 
 
Ilustração: Paulo Henrique C. J. Mota 
 
Fundamentação: Lei Municipal nº 10.235/86, art. 9º. 
 
 
ÁREA NON AEDIFICANDI 
 
Do latim non (não) e aedificatione (edificação), é a área onde não é 
permitida nenhuma construção, seja por restrições legais ou contratuais. 
 
Exemplos: as áreas de recuo de um imóvel; na faixa de 15 metros de terra 
contados a partir da linha que define a faixa de domínio das rodovias. 
 
Fundamentação: Lei nº 6.766/79, inciso 3º, art. 4º. 
 
 
ÁREA PRIVATIVA 
 
É a soma das metragens das áreas do imóvel, cobertas ou não, incluindo 
as paredes, vagas de garagem e depósitos (no caso de apartamentos), de 
uso e acesso exclusivo de seu proprietário. Ela subdivide-se em: 
 
Principal: espaço para uso exclusivo de moradia, computadas as paredes 
do imóvel mais sacada/terraço. 
 
Acessória: também de uso exclusivo, mas fora dos limites físicos da área 
de moradia. Ex.: vagas de garagem escrituradas (vagas de garagem 
indeterminadas são área comum), o depósito exclusivo da unidade e o hall 
social (um apartamento por andar). 
 
Fundamentação: ABNT - Norma Técnica 12.721. 
46 
 
ÁREA TOTAL (AT) 
 
A área total dos apartamentos é o resultado da soma da área privativa 
mais a área de uso comum. 
 
Fundamentação: NBR 12.721/2005 e glossário IBAPE 
 
 
ÁREA ÚTIL (AU) 
 
É a soma dos espaços internos de um imóvel usados exclusivamente para 
habitação dos moradores, descontadas as áreas das paredes e pilares. Por 
isso as sacadas, garagens e o depósito, mesmo escriturados e com 
domínio único do morador, não são área útil: são áreas privativas (não se 
habita essas áreas). Há cartórios que, na matrícula, registram a sacada 
como área útil privativa. 
 
Antigamente a área útil era chamada de área da vassoura, pois só era 
área útil o que podia ser varrido no espaço interno da moradia. Como o 
interior das paredes não pode ser varrido, não é área útil. Essa analogia 
até hoje é utilizada em alguns estados brasileiros. 
 
 
ÁREA VERDE URBANA 
 
Espaços, públicos ou privados, com predomínio de vegetação, 
preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no Plano 
Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, 
indisponíveis para construção de moradias, destinados aos propósitos de 
recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos 
recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens 
e manifestações culturais. 
 
Fundamentação: Lei 12.651, art. 3º, XX 
 
 
ARGAMASSA 
 
Massa usada para unir ou revestir pedras, tijolos ou blocos, resultando na 
chamada alvenaria. É feita com a mistura de areia, cimento, cal e água. 
 
 
ARGILA EXPANDIDA -> ver CINASITA. 
 
 
ARMAZÉM -> ver GALPÃO. 
 
 
 
47 
 
ARQUITETURA 
 
Do grego arkhé (primeiro, principal) e tékhton (construção), é a arte de 
projetar e edificar ambientes observando, dentre outros parâmetros, a 
estética, o conforto e a funcionalidade. 
 
Cabe ao arquiteto, dentre outras atribuições, projetar e/ou coordenar a 
construção e a reforma de edificações. Na poética visão de Goethe (escritor 
e pensador alemão, falecido em 1832): 
 
“Arquitetura é música petrificada”. 
 
 
ARRAS 
 
Do latim arra (pagamento feito antecipadamente). Daí esse termo ser 
comumente utilizado como sinônimo de sinal, de valor de pagamento 
inicial (entrada) num contrato. É também o valor indenizatório que caberá 
a título de multa caso o comprador se arrependa da negociação. 
 
Se o sinal, na celebração de um contrato, é dado como princípio de 
pagamento é chamado de arras confirmatória, ou simplesmente arras. 
 
Se no contrato há cláusula de arrependimento e o sinal serve de multa, de 
pena, compensação pelo arrependimento, chama-se arras penitencial. 
 
Fundamentação: Lei nº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.417 a 420. 
 
 
ARRENDAR ou ARRENDAMENTO 
 
Forma de contrato semelhante à locação na qual o locador cede a alguém, 
por prazo, condições e valores pré-definidos, o uso e gozo de um imóvel 
capaz de produzir frutos financeiros; bastante usado no âmbito rural. 
 
Fundamentação: Decreto nº 59.566/66. 
 
 
ARRESTO 
 
Medida judicial cautelar de apreensão de bens patrimoniais de um 
devedor como garantia do pagamento de uma dívida com uma ação em 
andamento ou iminente. Ele é pedido quando há receio de que o devedor 
possa se desfazer de seu patrimônio comprometendo o recebimento da 
dívida. 
 
É a medida cautelar que antecede a penhora e só se extingue com o 
pagamento da dívida ou com a penhora executada. 
 
48 
 
É comum haver confusão entre os conceitos de arresto, sequestro e 
penhora: embora o arresto e o sequestro sejam medidas cautelares de 
apreensão de bens para garantir o recebimento de dívidas, no arresto a 
finalidade é garantir o recebimento do valor devido; no sequestro é 
garantir o recebimento de bens que cubram o valor devido. Ex.: 
 
Paulo emprestou R$ 100 mil para o João seu, agora, ex-amigo, que não 
pagou uma dívida no prazo combinado e sequer deu qualquer satisfação. 
Como se não bastasse Paulo descobre que João, o caloteiro, está vendendo 
seus bens. Se Paulo não fizer algo vai ficar sem o dinheiro e sem ter como 
cobrar o João, que está correndo para não ter mais bens em seu nome. 
 
O advogado de Paulo lhe oferece duas possibilidades, antes que João se 
desfaça de todos seus bens: o arresto ou o sequestro dos bens de João. 
João ainda tem em nome dele um bonito sítio que vale seguramente o 
valor que deve ao Paulo. O advogado explica que: 
 
No arresto o juiz impede que esse sítio seja vendido, para garantia da 
dívida dele para com o Paulo. Aqui o objetivo é receber o dinheiro, não o 
sítio. Se João não pagar a dívida no prazo estabelecido pelo juiz o sítio 
será judicialmente penhorado para quitar a dívida em dinheiro. Assim, no 
arresto é objetivo é o recebimento do valor devido, não o sítio do João. 
 
No sequestro Paulo, através de seu advogado, pede ao juiz o sítio do João 
como garantia do pagamento. Se João não o pagar na forma e prazo 
definidos pelo juiz, Paulo, que não confia na capacidade e intenção de 
pagamento do João, fica com o sítio e ponto final, ou seja, o foco é o bem 
do devedor, gerando uma ação para entrega de bens em garantia. 
 
Fundamentação: Lei nº 13.105, Código de Processo Civil, art. 813 a 821. 
 
 
ARRIMO 
 
O mesmo que amparo, escora. Ver MURO DE ARRIMO. 
 
 
ART DÉCO -> ver ESTILO ART DÉCO. 
 
 
ART NOUVEAU -> ver ESTILO ART NOUVEAU. 
 
 
ARTE MUSIVA -> ver MOSAICO 
 
 
ASNA -> ver TESOURA. 
 
 
49 
 
ASSEMBLEIA DE INSTALAÇÃO DO CONDOMÍNIO 
 
Reunião inaugural entre os condôminos, representantes da incorporadora 
e/ou construtora do empreendimento e da futura administradora do 
condomínio para eleição de seu síndico, subsíndico e conselheiros. 
 
Fundamentação: Lei nº 4.591, art. 9º. 
 
 
ASSEMBLEIA GERAL 
 
Reunião entre condôminos e administradora (quando há), com pauta - a 
chamada ordem do dia - previamente definida para análise e aprovação 
de assuntos de interesse do condomínio. As decisões aprovadas na 
assembleia, registradas em ata, são obrigatórias para todos os moradores. 
 
Fundamentação: Lei nº 4.591, art. 24. 
 
 
ASSENTAR 
 
Colocar e ajustar tijolos, blocos, pisos, pastilhas e outros acabamentos. 
 
 
ASSINAR A ROGO 
 
Rogar é pedir. A assinatura a rogo é a condição legal para que uma 
pessoa impossibilitada de assinar (por não saber escrever ou por estar 
com a mão machucada, p. ex.) peça (rogue) a outra, capaz, que assine (a 
rogo) um documento por ela (ex.: assinatura de um contrato de venda e 
compra ou de uma escritura). 
 
Para tanto é necessária a presença e assinatura de três testemunhas que 
confirmem a legitimidade dessa assinatura. 
 
Fundamentação: Leinº 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro, art.215, § 2o. 
 
 
ASSOALHO 
 
Denominação de todo piso, feito com diversos tipos de materiais; mais 
comumente, de madeiras ou tábuas. 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) 
 
A ABNT, fundada em 1940, é uma entidade privada, sem fins lucrativos, 
responsável pela publicação das Normas Brasileiras (ABNT - NBR) e pelos 
programas para certificação de produtos, sistemas e rotulagem ambiental. 
 
50 
 
ATA NOTARIAL 
 
Instrumento público pelo qual o tabelião de notas narra um fato 
presenciado ou verificado por ele, descrito e registrado nessa ata, 
comprovando-o como verdadeiro para todos os efeitos legais. Ela serve de 
prova num eventual processo judicial. 
 
 
ATENDIMENTO A CLIENTES 
 
Os clientes não são todos iguais e nem sempre têm razão, como diz a 
máxima ultrapassada. 
 
O comprador quer o melhor imóvel pelo menor valor, mas quando está 
vendendo quer o maior valor, mesmo que seu imóvel eventualmente não 
valha o que pede. 
 
O vendedor quer o maior valor, mesmo que seu imóvel eventualmente não 
valha o que pede, mas quando está comprando quer pagar o menor valor 
pelo melhor imóvel. 
 
Conciliar necessidades e expectativas diferentes exige de nós posturas, 
abordagens e estratégias distintas. 
 
Primeiro passo para o bom atendimento 
 
Estar preparado atendê-lo. Parece óbvio, mas não é. Sempre perguntei a 
cada corretor, em todas as equipes de gerenciei, sua microrregião de 
atuação e qual o tipo de imóvel que domina. É impossível alguém 
conhecer todas as casas comerciais e residenciais, apartamentos, 
condomínios, galpões, flats, salas, lojas, terrenos e conjuntos da zona sul, 
mesmo residindo e atuando nela. Quem tenta fazer isso não tem foco; por 
isso não acerta o alvo. Por isso falo em microrregião, dentro da zona. 
 
Feito isso, tabulo as respostas numa planilha e quando um cliente “sem 
dono” aparece vejo quem domina a região e o produto que o cliente almeja, 
para dirigi-lo a quem possa atendê-lo com maior assertividade. Para mim, 
o corretor que não consegue se especializar em pelo menos uma 
microrregião é ruim em muitas. 
 
Suponhamos que na minha equipe eu tivesse oito corretores e que dois 
clientes chegassem à recepção, simultaneamente. Um querendo ver casas 
no Alto da Boa Vista e outro na Chácara Santo Antônio. A tabela de focos 
de atuação que tenho mostra que: 
 
51 
 
 
 
 Tenho cinco corretores especializados em casas no Alto da Boa Vista e 
um na Chácara Santo Antônio 
 
 Tenho bairros com atendimento fragilizado, vulnerável: um corretor 
para Campo Belo, um para a Chácara Santo Antônio, um para o Itaim, 
um para o Jardim Petrópolis e um para Moema. Se um deles adoece, 
tira férias ou sai da equipe, não tenho ninguém para atender os 
clientes dessa região de atuação. 
 
Mas como isso é foco de análise e ações gerenciais vou voltar à 
necessidade de especialização dos corretores. 
 
O corretor, para estar preparado para o atendimento, precisa se 
especializar numa área geográfica, para poder dominá-la, e que lhe 
permita um rápido deslocamento por ela. Isso poupa desculpas para o 
cliente pelo atraso, poupa gasolina e permite apresentar ao cliente as 
respostas desejadas, no tempo desejado, com a qualidade desejada. 
 
Se ele souber planejar o trabalho e administrar o tempo pode desenvolver, 
ainda, o que chamo de foco especializado: conhecer todos os imóveis de 
sua microrregião e conseguir, ainda, se especializar, p. ex., nos 
condomínios de casas da região: quantos são, quantos tem três, quatro ou 
mais dormitórios, qual a faixa de valores de cada um, suas idades, 
construtoras, quais tem maior área de terreno, qual o nome e telefone de 
cada zelador deles, quais tem elevador, piscina, área gourmet, etc. 
 
Bairros (17) Artur Berenice Caetano Durval Evelin George Ilza Joana Totais
Alto da Boa Vista 1 1 1 1 1 5
Brooklin (Monções) 1 1 2
Brooklin Velho 1 1 2
Campo Belo 1 1
Campo Grande 1 1 2
Chácara Flora 1 1 1 1 4
Chácara Monte Alegre 1 1 1 3
Chácara Santo Antônio 1 1
Granja Julieta 1 1 2
Interlagos 1 1 2
Itaim 1 1
Jardim dos Estados 1 1 2
Jardim Cordeiro 1 1 2
Jardim Marajoara 1 1 1 3
Jardim Petrópolis 1 1
Jardim Prudência 1 1 2
Moema 1 1
5 8 2 3 3 6 6 3
CASAS
52 
 
Conheço quem o faça, com sucesso. Se os bairros são contíguos e 
pequenos dá para se especializar neles todos, basta não abraçar um 
campo de ação maior do que o tamanho dos braços. Eu mesmo, quando 
iniciei na corretagem, fiz três bairros contíguos, mas que representavam 
70 ruas residenciais no todo. Mapeei, vi que era possível, e foi: 
 
 
 
Primeiro contato com o cliente 
 
Busque sempre o contato pessoal com ele. Peça para ele vir à imobiliária 
para que conheça sua estrutura de trabalho e para falarem de negócios ou, 
se não for possível, proponha ir até ele, seja na sua residência ou no seu 
escritório. Vá até ele, evite o e-mail antes de conhecê-lo pessoalmente. O 
corpo fala, e o do cliente ainda mais, se estimulado de forma correta e 
pessoalmente. 
Creci 50 .770 Creci 50 .770
Alto da Boa Vista Jardim dos Estados
Acarituba, Rua Agostino Corona, Rua
Alberto Hodge, Rua Alabarda, Rua
Alexandre Dumas, Rua Alfredo Bonino, Rua
Amauri Tadeu Uesugi, Rua Ânfora, Rua
Américo Brasiliense, Rua Aurélia Peres Alvares, Rua
Angêlo Cirello, Rua² Barcas, Rua¹
Arthur Orlando da Silva, Dr, Rua Canumá, Rua
Báculo, Rua Carlo Rainaldi, Rua
Bela Vista², Rua Duarte Moniz Barreto, Rua
Calman de Moritz Tecso, Rua Cap.² Duque de Caxias, Rua*
Conde D´Eu, Rua Luís Martins de Araújo, Rua
Conde de Itú, Rua² Maria Maturano Batista, Rua
Elias Zarzur, Rua Com.² Philipp Lohbauer, Rua
Felipe Figliolini, Rua Dr. Regina Badra, Rua
Francisco Meireles dos Santos, Rua Des. Vigário João de Pontes, Rua*
Fraternidade, Rua da² Vinhedos, Rua dos¹
Friedrich Stoeber, Trav. Visconde de Porto Seguro, Rua
Grahan Bell, Rua² Total: 17 logradouros.
Irineu Marinho, Rua²
Joaquim José Esteves, Rua² Jardim Cordeiro
José Geraldo Rodrigues Alkmin, Rua Min.
José Morales Lopes, Rua Acanga, Rua
Mangabal, Rua Antônio Gontijo de Carvalho, Rua Dr.
Manuel Christi Manzini, Trav. Aziz Nader, Rua
Marechal Deodoro, Rua² Baru, Rua
Mariano da Costa, Rua Cassiano Ricardo, Rua
Marinaú, Rua Evangelina de Toledo Piza Wodianer, Rua
Nove de Julho, Rua² Francisco Malta Cardoso, Rua Dr.
Particular, Rua Gabriel Sylvestre Teixeira de Carvalho, Rua
Paz, Rua da Heron Domingues, Rua
Roberto Cardoso Alves, Rua Min.² Maria Luiza Andrade Martins Roque, Rua
São Benedito, Rua² Raul Polilo, Rua
São José, Rua² Rubens Gomes de Souza, Av. Prof.
São Sebastião, Rua² Sinfônio Silva, Rua
Senador Vergueiro, Rua² Sylos Cintra, Rua Des.
Teixeira de Freitas Urias de Figueiredo, Rua
Versalhes, Rua Total: 15 logradouros.
Total: 38 logradouros.
Borderline Físico de Atuação - Bairros
53 
 
Nunca chegue atrasado. Não conte com a sorte e muito menos com o 
trânsito. É preferível chegar cedo, porque o trânsito estava ótimo, ir tomar 
um café na região ou dar uma volta a pé no quarteirão para prospectar 
oportunidades imobiliárias do que chegar um único minuto atrasado. 
Lembre-se sempre que, seja no local da visita, seja na imobiliária, alguns 
clientes, com medo de chegarem atrasados, chegam antes da hora. Tenha 
o mesmo cuidado. 
 
Feito isso, a primeira impressão que o cliente terá de você, além da sua 
apresentação pessoal, é quanto à sua postura: receba-o com o corpo 
naturalmente ereto, olhe-o nos olhos, sorria espontaneamente para ele, 
tome a iniciativa de estender a mão para cumprimentá-lo (sem quebrá-la) 
e chame-o pelo nome. Esse é o único contato físico que se deve ter com o 
cliente. 
 
 
Ilustração: www.pixabay.com 
 
Abraço, tapinha no braço, apoiar a mão no ombro do cliente, apertar a 
mão dele com força ou com suas duas mãos, chamá-lo por diminutivos ou 
aumentativos (“E aí Paulão, no que eu posso ajudar?” – Deus do céu...!), 
querido, amigão,campeão..., nem pensar. O cliente não veio atrás de 
intimidades, ele só quer um imóvel. A maioria das clientes não fica feliz ao 
ver a corretora, logo no primeiro contato, beijar seu marido, nem o marido 
vendo o corretor beijar a mulher dele. Qualquer coisa nesse sentido tem 
de partir do cliente, única e exclusivamente. 
 
Mesmo assim, cuidado: já atendi clientes mulheres que me 
cumprimentaram com um beijo na saída do primeiro contato e que 
quando voltaram, com o marido, me estenderam a mão. Por isso, mesmo 
voltando sozinhas, nunca tome essa iniciativa. 
 
Ligações para clientes 
 
Independentemente de a voz parecer jovem (a voz engana) opte sempre, 
desde o primeiro contato telefônico, pelo tratamento formal: senhor(ª), 
doutor(ª). Iniciar a ligação chamando o cliente de senhor e acabá-la 
chamando-o de você pode dar a impressão de que você é um profissional 
"espaçoso" e gerar, de cara, uma má impressão, ainda mais se essa 
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pessoa, que você nunca viu é, por exemplo, uma pessoa idosa, um juiz, 
um médico ou um desembargador, habituados ao tratamento formal. 
 
Prospecção das necessidades do comprador (vendedor, ver CAPTAÇÃO 
DE IMÓVEIS). 
 
“Entender Para Atender”: esse é o lema de uma empresa líder no segmento 
de logística no Brasil. Para entender é preciso ouvir. 
 
O problema é que a maioria dos corretores não sabe ouvir. Corta a fala do 
cliente ou atende o celular durante a conversa. Deixa de ouvir o que ele ia 
informar, restringindo a chance de ser assertivo ao lhe oferecer imóveis. 
 
Se há algo que compromete um bom levantamento ou mesmo uma 
negociação é a ansiedade. Controle-a e ouça. Nunca corte a fala do cliente 
e nem tente completar a frase dele. Corretor ansioso: problema. Gerente e 
corretor ansiosos: catástrofe. O bom corretor ouve o cliente sem o 
interromper, pelo tempo que for necessário, para obter o retrato possível 
do que ele deseja. 
 
Faça as perguntas certas 
 
Ouviu com atenção? Então, agora, pergunte sobre tudo que seja relevante 
e que ficou sem resposta durante a fala do cliente, assim você não repetirá 
o refrão de muitos corretores: “Agora é que ele me diz isso?”. Alguns 
exemplos: 
 
 “Que tipo de imóvel o senhor deseja (apartamento, casa, residencial, 
comercial...) e quais são os bairros de interesse?” 
 
 “O senhor iniciou a busca por esse imóvel agora ou já o está procurando 
há mais tempo?” (você pode descobrir que ele já conhece todos os 
imóveis à venda na região ou que quer uma “galinha morta”). 
 
 “Que limite financeiro devo observar na indicação dos imóveis?”, ou, 
 
 “Que valor o senhor pretende investir nessa aquisição?” 
 
Não pergunte quanto ele quer gastar. Ele quer gastar o mínimo 
possível e obter o melhor possível. A resposta para esta forma de 
pergunta é, quase sempre, abaixo do que realmente acaba praticando 
na compra. 
 
 “A forma de pagamento será à vista (cash) ou haverá financiamento”? 
 
 “O senhor depende da venda de seu imóvel ou de permuta para que a 
negociação se concretize”? 
 
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 “O senhor está sendo atendido por outras imobiliárias ou corretores”? 
 
Resposta positiva: 
 
 “Que imóveis o senhor já visitou? Quais gostou, quais não gostou e, 
neles, quais foram os pontos positivos e quais os negativos que 
observou?” 
 
Faça perguntas de forma aberta, pois são mais assertivas. Evite as 
fechadas, as que ensejem um simples “sim” ou “não”. Ex.: 
 
Fechada: - “O senhor moraria numa casa”? 
Aberta: - “Que tal morar numa casa com a segurança de um prédio...”? 
 
Fechada: - “O senhor moraria num apartamento”? 
Aberta: - “Que tal um apartamento que mais parece uma casa suspensa”? 
 
Outro erro é fazer perguntas negativas: 
 
Negativa: - “O senhor não gostou do apartamento”? 
Certo: - “O que o senhor achou do apartamento”? 
 
Não pergunte provocando respostas que não quer ouvir. Anote tudo, não 
confie na memória. O ideal é você ter um checklist com todas as perguntas 
que não podem ser esquecidas. 
 
Conversando com os clientes – compradores ou vendedores 
 
Seja no telefone, seja pessoalmente, a sinceridade é a alma de qualquer 
relação e sinceridade emana da verdade e da transparência. Ponto. 
 
Quem mente ou omite informações, de qualquer espécie, perde a 
confiança da outra parte e dai adeus relação, profissional ou não. Agora 
que ficou claro que você é um profissional correto, por favor: 
 
 Não fale palavrões: - “O senhor vai ver, é uma puta casa...”. 
 
 Fuja dos vícios de linguagem. Ex.: “né, né, né”. O cliente ter de ouvir 
você repetir sempre a mesma palavra em cada frase é irritante. Outro 
exemplo é começar cada frase com “na verdade...”. Isso significa que 
tudo o que disser que não comece por esse cacoete da linguagem é 
mentira... 
 
 Fuja das gírias: - “Vou abrir o jogo com o senhor: hoje não temos nada 
com esse perfil, mas se pintá algo eu aviso” ou “O senhor vai ver, a casa 
é trilegal, show de bola”, “cara, o tempo de venda depende do valor de 
venda que você está querendo” ou ainda “A casa é maravilhosa e só 
custa 1.400 paus”. As duas últimas, em minha opinião, são altamente 
deselegantes. 
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 Evite palavras estrangeiras para dar um ar de sofisticação ao 
atendimento. Você usa alguns termos em inglês, o cliente acha que 
você domina o idioma, passa a falar com você em inglês. Se você não 
domina o idioma vai se arrepender muito da pretensa sofisticação... 
 
 Não use diminutivos: - “Tenho uma casinha igual à sua à venda por 
menos”. Catástrofe! Chamou a casa dele de “casinha” e ainda por 
cima, falou que é cara, ou, “Remeti um link para o senhor de uma 
casinha que entrou em nosso cadastro”, ou seja, bem pequenininha, 
como a disponibilidade financeira dele. É isso? Ele pode interpretar 
assim e não gostar; afinal, é tudo que juntou na vida. 
 
Antes de conduzir os clientes para visitas aos imóveis. 
 
Estude o trajeto que fará com eles, por dois motivos: 
 
1º - A compra começa pelo trajeto para chegar ao imóvel. Se ele tiver 
muito trânsito, vizinhança feia (favelas, imóveis abandonados, pouca 
arborização...) os compradores podem não querer nem entrar nele. 
 
2º - Chegando ao imóvel os compradores podem perguntar sobre imóveis 
com placas ou plantões que estavam no trajeto (preço, dormitórios...). 
Você tem de estar preparado para responder, mesmo sendo de 
congêneres. Se não souber, eles vão contatar o detentor da placa/plantão 
e obter a informação que você não soube dar. Esse cuidado com o entorno 
vale mesmo que o ponto de encontro seja no próprio imóvel. 
 
IMPORTANTÍSSIMO: só leve o cliente para ver um imóvel que o tiver 
conhecido pessoal e previamente. Não se fie só nas fotos dele: você pode 
descobrir na prática que eram de dez anos atrás e que o imóvel está 
detonado. Se você fosse o cliente ficaria motivado a continuar sendo 
atendido por esse corretor? Vai dar crédito e atenção às fotos e indicações 
que ele passar? 
 
Ainda: no contato para conhecer previamente o imóvel, se o proprietário 
vier com a conversa de que prefere que ela já seja feita com o comprador 
junto responda diga que então vai falar com ele para ver em que datas 
estará disponível. Espere umas duas horas e então volte a ligar para ele. 
Diga que o cliente quer ter certeza sobre o estado de conservação do 
imóvel e de como são seus acabamentos e que, por isso, quer que você o 
visite primeiro e forneça essas respostas para então se decidir pela data da 
visita. 
 
Ao ligar para marcar sua visita para conhecer o imóvel não se esqueça de 
perguntar se o preço da ficha está correto, se ele já contempla a comissão 
imobiliária e se foi considerada alguma margem de negociação nesse valor. 
 
Quando em trânsito para conhecer imóveis, acompanhar clientes ou 
dirigindo dentro da sua área de atuação, anote o endereço dos imóveis 
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desocupados ou com placas/plantões de congêneres que não constem do 
seu cadastro. Há como identificar os proprietários. Fale com sua gerência. 
 
Ordem de apresentação dos imóveis.

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