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APOSTILA PRÁTICACPD FISICA

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1 
 
 
PESQUISA E PRÁTICA DE ENSINO III: METODOLOGIA DO ENSINO DE FÍSICA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
COORDENADOR LICENCIATURA EM FÍSICA/EAD: SÉRGIO ANTÔNIO PINHEIRO 
AUTOR: TÚLIO DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IPATINGA/MG 
Out./2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 Introdução ........................................................................................................ 4 
2 ALGUMAS TEORIAS DE APRENDIZAGEM ..................................................... 5 
2.1 Aprendizagem significante .Carl Rogers (1902 – 1987). ........................................... 5 
2.2 A teoria da mediação: Lev Vygotsky (1896-1934) .................................................... 6 
2.3 Aprendizagem significativa. David Paul Ausubel ( 1918 - 2008) .............................. 8 
3 Tendências pedagógicas ............................................................................... 11 
3.1 ENSINO POR INVESTIGAÇÃO ................................................................................. 11 
3.2 O papel do professor ............................................................................................ 15 
3.3 Nova realidade do ensino ..................................................................................... 17 
4 HISTÓRIA, PLANEJAMENTO E RECURSOS ................................................ 22 
4.1 O professor de educação básica ............................................................................ 22 
4.2 A história da ciência .............................................................................................. 23 
4.3 Planejamento do ensino e seus elementos básicos. .............................................. 25 
4.4 Interdisciplinaridade e contextualização ............................................................... 28 
5 Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica .............................. 31 
5.1 TÓPICOS PRINCIPAIS RELATIVOS AO ENSINO DA FÍSICA ........................................ 32 
6 PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS .............................................................. 39 
6.1 Planejamento do ensino ....................................................................................... 39 
6.2 Ferramentas que podem ser utilizadas para auxiliar o ensino da física .................. 40 
6.3 Alguns experimentos ............................................................................................ 42 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Imagine que o mundo seja algo como uma gigantesca partida de xadrez sendo 
disputa pelos deuses, e que nós fazemos parte da audiência. Não sabemos quais são as 
regras do jogo; podemos apenas observar seu desenrolar. Em princípio, se observarmos 
por tempo suficiente, iremos descobrir algumas das regras. As regras do jogo é o que 
chamamos de física fundamental (FEYNMAN; LEIGHTON; SANDS, 1963-1965). 
 
Figura 1: Retrato de Isaac Newton (1642-1727) 
 
Fonte: Kneller (1689) 
 
“A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo 
o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais 
elevada descoberta” (NEWTON, 1953). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Antes mesmo de entramos no fascinante mundo da física e tentarmos inserir as 
teorias pedagógicas de vários estudiosos do assunto no universo do aluno, devemos 
inicialmente tentar sentir e entender onde estamos inseridos, de uma maneira geral 
conhecer um pouco melhor a realidade do aluno, sua comunidade escolar, suas 
perspectivas, seus anseios e suas carências. 
O professor deve ser o mediador da aprendizagem científica do aluno, para tanto 
é necessário que haja uma proximidade entre o conhecimento prévio que o aluno detém 
e o conteúdo a ser inserido, a proposta de um processo ensino aprendizagem pode ser 
bem difundida por investigação, por exemplo. 
Em diversas ocasiões, me deparei com questionamentos sobre teorias e práticas 
pedagógicas no ensino da física. Afinal o que tais teorias tem a ver com a física? Na 
verdade, nada! Mas se modificarmos um pouco a pergunta, veremos que elas são 
fundamentais. O que essas teorias e essas práticas pedagógicas tem a ver com o ensino 
de física? Tudo! Não há como separá-las, não há como ousarmos a querer ensinar um 
conteúdo tão rico e complexo sem pensarmos no aprendiz e seu processo de 
aprendizagem, aliás aprendiz somos tomos nós que a cada dia nos aperfeiçoamos e nos 
lapidamos ainda mais. Costumo dizer, como estou em uma região metalúrgica, que não 
podemos tratar os alunos como aço em uma linha de produção, onde as barras, os 
lingotes, sempre saem dentro de um mesmo padrão. Nossos alunos são heterogêneos, 
cada qual possui a sua vivência, cada um acumulou suas experiências, cada um tem 
suas necessidades. O papel do professor é viabilizar o processo ensino-aprendizagem, 
respeitando os limites, as necessidades e anseios dos alunos. 
Para conseguirmos êxito nessa complexa missão de sermos mediadores 
fundamentais para absorção dos conhecimentos físicos dependemos do entendimento 
da “máquina” aluno e como sabemos para contrastar essa máquina é humana, complexa 
e sensível, então necessitamos de colaboração de todas as áreas para termos sucesso. 
Nada melhor que os estudos dos comportamentos, das reações, das estatísticas de 
aprendizagem para formarmos um mapa e diagnosticarmos às necessidades e carências 
de nossos alunos. Então de mente aberta devemos reverenciar toda ajuda possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
2 ALGUMAS TEORIAS DE APRENDIZAGEM 
2.1 Aprendizagem significante .Carl Rogers (1902 – 1987). 
A aprendizagem significante vai além da acumulação de fatos, ela provoca uma 
modificação no comportamento do indivíduo, em suas atitudes, nos passos a serem 
seguidos por ele, ela a aprendizagem significante ocorre quando a matéria de ensino é 
percebida pelo aluno como relevante para seus próprios objetivos. 
Abreviando um pouco às teorias de Rogers podemos destacar alguns agentes 
facilitadores da aprendizagem: 
 
• Os seres humanos têm uma potencialidade natural para aprender. 
• A aprendizagem significante ocorre quando a matéria de ensino é percebida pelo 
aluno como relevante para seus próprios objetivos. 
• A aprendizagem que envolve mudança na organização do eu – na percepção de 
si mesmo – é ameaçadora e tende a suscitar a resistência. 
• As aprendizagens que ameaçam o eu, são facilmente percebidas e assimilada 
quando as ameaças externas se reduzirem ao mínimo. 
• Grande parte da aprendizagem significante é adquirida por meio de atos. 
• A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente do 
processo de aprendizagem. 
• A aprendizagem autoiniciada que envolve a pessoa do aprendiz como um todo – 
sentimento e intelecto – é mais duradoura e abrangente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
2.2 A teoria da mediação: Lev Vygotsky (1896-1934) 
O homem possui natureza social, visto que nasce em um ambiente carregado de 
valores culturais. Nesse sentido, a convivência social é fundamental para transformar o 
homem de ser biológico em ser humano social (VYGOTSKY, 2002). 
A criança nasce apenas com funções psicológicas elementares e, a partir do 
aprendizado da cultura, estas funções transformam-se em funções psicológicas 
superiores (VYGOTSKY, 2002). 
O desenvolvimento do indivíduo é determinado pelo contexto cultural histórico do 
homem de forma individual influenciando e formando um indivíduo. Segundo Lane (1984, 
p. 34) “a palavra se relaciona com a realidade, com a própria vida e com os motivos de 
cada indivíduo. ". 
 
• A formação dos conceitos. 
“O desenvolvimento dos processos que finalmente resultam na formação de 
conceitos, começa na fase mais precoceda infância, mas as funções intelectuais que, 
numa combinação específica formam a base psicológica do processo de formação de 
conceitos amadurece, se configura e se desenvolve somente na puberdade. Antes dessa 
idade, encontramos determinadas formações intelectuais que realizam funções 
semelhantes àquelas dos verdadeiros conceitos, ainda por surgir. No que diz respeito à 
composição, estrutura e operação, esses equivalentes funcionais dos conceitos têm, para 
os conceitos verdadeiros, uma relação semelhante à do embrião com o organismo 
plenamente desenvolvido.” (VYGOTSKY, 1993, p. 49-50) 
 
• A formação dos conceitos, segundo Vygotsky, ocorre em três etapas: 
 
1) A criança ainda pequena para formação de conceitos, ela associa objetos , 
situações a pequenos grupos desorganizados, sem fundamentos. Agregação 
desorganizada. Nessa fase inicia-se às tentativas e erros na formação do 
pensamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
2) A criança começa a associar grupos de objetos de acordo com às relações entre 
os objetos. Associar, tamanhos cores, utiliza determinadas características para 
construir grupos ou classes. Pensamento por complexos. 
3) Exige abstração, uma complexidade maior é exigida para visualisar características 
que associem determinados objetos e ou situações. Conceitos potenciais. 
 
Ao percorrermos brevemente por esses processos de desenvolvimento do ser 
humano, obviamente, percebemos que as três etapas ocorrem simultaneamente com o 
desenvolvimento e interações das relações sociais do indivíduo. 
 A interação social que provoca a aprendizagem deve ocorrer dentro de uma zona 
de desenvolvimento potencial, mas, ao mesmo tempo, tem um papel importante na 
determinação dos limites dessa zona. O limite inferior, é, por definição, fixado pelo nível 
real de desenvolvimento do aprendiz. O superior é determinado por processos 
instrucionais que podem ocorrer no brincar, no ensino formal ou informal, no trabalho. 
Independente do contexto, o importante é a interação social. 
 A escola tem o papel de fazer a criança avançar em sua compreensão do mundo 
a partir de seu desenvolvimento já consolidado e tendo como etapas posteriores, ainda 
não alcançadas. 
 
 
 
Agora imaginando vários grupos de crianças na mesma faixa etária, ou jovens, 
grupos de regiões e culturas bem distintas, retirando uma criança, “amostra”, de cada 
grupo e colocando-as em uma sala de aula, ao ser apresentados a diversas situações, 
cada indivíduo terá uma reação única diante das situações. Muitas vezes esse é o 
contexto da sala de aula, alunos com diferentes perfis, valores etc... Então o ambiente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
social que cada um vivenciou até agora, será determinante para o seu desenvolvimento, 
para assimilação dos conceitos até mesmo para o seu interesse em sala de aula. 
Extrapolando um pouco mais, vivemos atualmente em mundo de oportunidades, 
os diversos alunos que tem acesso a esse material, nesse módulo do curso, a essa aula, 
podem estar a centenas de quilômetros um do outro, cada qual com sua cultura, com o 
seu ambiente social, seus valores. Significa dizer que somos uma turma super 
heterogênea, e nesse caso específico curso a distância, mas em uma sala presencial nos 
deparamos com uma adversidade enorme, então como poderemos interagir de maneira 
a conseguir apesar das diferenças, dos pré requitos, de uma maneira eficiente atrair a 
atenção e interesse dos alunos ? Entre outros questionamentos. Os estudantes vindos 
de situações sociais distintas apresentarão conceitos, comportamentos, interesses, 
valores diferentes o que torna o processo de aprendizagem uma situação ainda muito 
mais complexa. 
 
2.3 Aprendizagem significativa. David Paul Ausubel ( 1918 - 2008) 
“Para Ausubel, aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma 
nova informação relaciona-se com um aspecto especificamente relevante da estrutura de 
conhecimento do indivíduo, ou seja, este processo envolve a interação da nova 
informação com uma estrutura de conhecimento específica, conceito subsunçor.” 
(MOREIRA, 2011, p. 161) 
Segundo Ausubel ao inserir qualquer conceito, esse conceito irá se “ancorar” em 
algum conceito preexistente na estrutura cognitiva, já existente, do aprendiz, que se 
relaciona com o novo tópico, ampliando tal estrutura cognitiva. Os processos de repetição 
dos conceitos ou retomada dos mesmos servem para fortalecer a estrutura cognitiva já 
existente e reforçar ampliar cada vez mais a estrutura preexistente. 
Caso não haja uma estrutura cognitiva na qual um novo conceito possa “ancorar” 
será criada uma nova estrutura onde o conceito será ancorado e desenvolvido. 
Neste caso temos alguns conceitos Aristotélicos, ou seja, alguns conceitos que de 
alguma maneira foram formados de uma maneira errônea de acordo com a vivência do 
aluno gerando interpretações equivocadas do aluno em relação a determinados temas, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
o que é muito comum, no caso específico devemos reestruturar o conceito básico 
existente na estrutura cognitiva do aluno. 
Um exemplo clássico de conceitos errados é o da visão que em algumas situações 
se assemelha aos primeiros conceitos referentes a visão da história. Ele é mais evidente 
quando pedimos ao aluno a desenhar um ser vivo vendo um objeto qualquer, na maioria 
dos casos os alunos representam a luz saindo dos olhos do observador e atingindo o 
objeto representação muito comum. Para memorizar costumo dizer: Nós não somos 
super-heróis. 
Ao iniciar uma aula é sempre importante tentar ativar áreas cognitivas relativas ao 
conteúdo, sempre reforçando e ativando a área na qual o conhecimento deve ser 
ancorado. 
 
 
 
 
 
ALGUMAS CONCLUSÕES... 
Ao estudarmos apenas essas teorias de aprendizagem obtemos algumas 
conclusões interessantes: 
O conceito da grandeza força, por exemplo. Primeiro como é difícil expressar o significado 
de força, ele pode ser associado a diversas magnitudes: magnética, gravitacional, 
eletrostática, elástica, etc... para não abranger demais, mas ainda assim o aluno tem 
dificuldade para expressar o que é uma força. Ainda devemos classificar força como 
grandeza vetorial, diferenciando-a de outras grandezas vetoriais como velocidade por 
exemplo. Sempre precisamos estar atentos com os conceitos trabalhados, antes de nos 
aprofundarmos devemos nos certificar se o conteúdo básico para desenvolvermos a 
sequência está bem desenvolvido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
• Antes de iniciarmos qualquer conteúdo é interessante colocar o tema no contexto 
do aluno, mostrar situações onde aplicamos tais conceitos e sua importância, 
como vimos: A aprendizagem significante ocorre quando a matéria de ensino é 
percebida pelo aluno como relevante para seus próprios objetivos. 
• O professor deve ter o cuidado de não ser o único protagonista da aula, ele deve 
a todo momento convidar aos alunos a participarem da aula, emitirem suas 
opiniões, pois A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa 
responsavelmente do processo de aprendizagem. 
• Deve-se verificar os conhecimentos dos alunos sempre ao inserir um novo tema. 
O processo de aprendizagem eficiente necessita de conceitos básicos para 
“ancorar” nossos temas. Conceitos básicos consistentes geram resultados 
expressivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
3 TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS 
3.1 ENSINO POR INVESTIGAÇÃO 
 
Figura 2: Investigando 
 
Fonte: DENAIP (2015) 
 
O ensino por investigação tem se tornado uma poderosa ferramenta no ensino da 
Física. Através desse método o professor apresenta situações problemas que levam ao 
aluno a refletir, a questionar, a elaborar e ou construir modelos físicos para a situação 
apresentada. Os resultados obtidos por meio da ferramenta são realmente 
surpreendentes, principalmente em aulas práticas nas quais inserimos umasituação 
problema que incentiva o aluno a buscar uma solução, diferente dos antigos roteiros 
“engessados” que levavam ao aluno a preencher tabelas e formulários de maneira 
mecânica que não fazem o menor sentido para o aluno. Os problemas levantados 
poderão ser utilizados para introduzir ou fechar conteúdos, com objetivo de promover 
uma nova interação do aluno com o tema estudado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
O ensino por investigação tem como objetivo aguçar o interesse científico do 
aluno, tornando-o mais participativo, reflexivo, enfim, desmistificando a disciplina e 
promovendo um ensino da ciência cada mais participativo e interativo. 
 Perez e Castro (1996) mostram os aspectos a serem explorados em uma 
atividade investigativa: 
 
1) Apresentar situações problemáticas abertas; 
2) Favorecer a reflexão dos estudantes sobre a relevância e possíveis interesses das 
situações propostas; 
3) Potencializar análises qualitativas significativas, que ajudem a compreender e 
acatar situações planejadas e a formular perguntas operativas sobre o que se 
busca; 
4) Considerar a elaboração de hipóteses como atividade central da investigação 
científica, sendo esse processo capaz de orientar o tratamento das situações e de 
fazer explícitas as preconcepções dos estudantes; 
5) Considerar as análises com atenção nos resultados (sua interpretação física, 
confiabilidade etc.), de acordo com conhecimentos disponíveis, das hipóteses 
manejadas e dos resultados das demais equipes de estudantes; 
6) Conceder uma importância especial às memórias científicas que reflitam o trabalho 
realizado e possam ressaltar o papel da comunicação e do debate na atividade 
científica; 
7) Ressaltar a dimensão coletiva do trabalho científico, por meio de grupos de 
trabalho, que interajam entre si. 
 
Os trabalhos investigativos não necessariamente devem ser executadas em um 
laboratório, mas caso sejam realizados em laboratório, eles jamais devem ser realizadas 
de forma mecânica na qual os alunos vão preenchendo inúmeras tabelas, 
mecanicamente apenas seguindo instruções, ou roteiro, as práticas devem capacitar ao 
aluno a elaboração de hipóteses, que levem ao confrontamento com as leis existentes 
ou mesmo que as confirme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
Segundo Carrasco (1991) as aulas de laboratório devem ser essencialmente 
investigações experimentais pelas quais se pretende resolver um problema. Essa é uma 
boa definição para a abordagem do laboratório aberto e pode ser estendida para outras 
atividades de ensino por investigação. Em uma atividade de laboratório dentro dessa 
proposta, o que se busca não é a verificação pura e simples de uma lei. Outros objetivos 
são considerados como de maior importância, como por exemplo, mobilizar os alunos 
para a situação de um problema científico e, a partir daí, levá-los a procurar uma 
metodologia para chegar à solução do problema, às implicações e às conclusões dela 
advindas. 
O ensino por investigação tem como objetivo formar uma nova geração de 
estudantes, cada vez mais críticos e autônomos, essa prática faz com que o aluno tome 
gosto pelo estudo de ciências e se reaproxime da física. 
Segundo Travers (1973, p. 1119)são os seguintes objetivos pedagógicos a serem 
atingidos: 
 
I. Habilidades – de manipular, questionar, investigar, organizar, comunicar. 
II. Conceitos – hipóteses, modelos teóricos; 
III. Habilidades cognitivas – pensamento crítico, solução de problemas, aplicação, 
sínteses; 
IV. Compreensão da natureza da ciência – empreendimento científico, cientistas e 
como eles trabalham, a existência de uma multiplicidade de métodos científicos, 
inter-relações entre ciência e tecnologia e entre várias disciplinas científicas; 
V. Atitudes – curiosidade, interesse, correr risco, objetividade, precisão, 
perseverança, satisfação, responsabilidade, consenso, colaboração, gostar de 
ciência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
• INVESTIGANDO... 
 
Temas como calor e temperatura são confundidos constantemente. Um 
experimento simples podemos começar a introduzir os conceitos e diferenciá-los. Pedir 
ao aluno que coloque uma das mãos sobre a tábua da sua mesa e a outra sobre o metal 
da mesa. Após alguns segundos questione quem tem maior temperatura, metal ou 
madeira. Ótima introdução ao tema por investigação. 
 
 
 
Poderíamos encerrar determinado tema com uma aula por investigação 
possibilitando ao aluno a desenvolver sua conclusão e depois posteriormente enriquecer 
tal conclusão. 
Essa foi uma breve introdução da complexidade envolvida no processo ensino-
aprendizagem da física. O professor necessita antes de mais nada estar envolvido e 
disposto ao enorme desafio de promover a interação entre o aluno e a física de maneira 
que desperte nele o interesse e o entusiasmo para inseri-lo no mundo científico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
3.2 O papel do professor 
O professor é o mediador entre a iniciação científica, o aprendizado e o aprendiz. 
Sua empatia pode facilitar o processo. Seu entusiasmo e sua curiosidade podem 
influenciar o aluno. 
 
Figura 3: Professor 
 
Fonte: Fonseca (2018) 
 
Para conduzir corretamente o processo o professor deve estabelecer algumas 
regras: 
 
• Não é permitido aos alunos, fazerem comentários que diminuam ou denigram a 
imagem do colega, tais comentários além de desagradáveis, fazem com que o 
aluno se sinta constrangido em manifestar sua opinião novamente. 
Procure pelo menos outras duas teorias de aprendizagem dos autores citados acima ou 
outros autores que você consiga identificar como mais relevantes para nossa realidade. 
Como poderíamos adaptar o tema escolhido ao ensino de determinado conteúdo. Planeje 
sua aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
• Os alunos devem se manifestar quando não entenderem um determinado assunto 
e pedir ao professor que explique novamente. (Parece óbvio, mas um numeroso 
número de alunos não se manifesta quando tem dúvida). 
• Os alunos devem respeitar os demais alunos, o professor e a instituição. 
 
Essas são as regras básicas de convívio, elas não devem ser aplicadas de maneira 
agressiva, mas repetidas em várias ocasiões, afim que fique bem claro às regras do jogo. 
Dependendo da situação muitos estudantes tem dificuldades em conviver e se adaptar 
às regras de convivência. 
Além das regras o professor tem suas missões, objetivos: 
 
• Ter entusiasmo ao compartilhar conteúdos, com o objetivo de disseminar o 
interesse e curiosidade do aluno pela física. 
• Incentivar e valorizar qual tipo de participação séria da aula, mesmo que o 
comentário o conceito estiver incorreto, o professor deve valorizar a participação 
do aluno. 
• Fazer sondagens antes de iniciar efetivamente a aula, recordando conceitos e 
reforçando-os. 
• Procurar valorizar o aluno como pessoa, incentivando-o aprimorar cada vez mais. 
• Promover através de sua postura exemplos de pontualidade, ética, respeito, 
humanidade etc... 
• Ter o foco em promover a formação do ser humano, muitos alunos vêm de lares 
desestruturamos, outros nem tem lares. 
• Estimular aos alunos a pensarem, questionarem e emitir sua própria opinião, 
conseguindo resolver situações problemas e não serem meros repetidores de 
fórmulas e ou conceitos. 
 
O professor deve ter o conhecimento de sua significância, sua responsabilidade e 
principalmente ter a consciência que é referência para muitos jovens, suas atitudes, 
posturas, manias possivelmente serão admiradas e copiadas pelos seus alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Uma prática que nada tem a ver com a Física e que aplico rotineiramente em 
minhas aulas é incentivar os alunos a leitura, não apenas leitura de assuntos relacionados 
à Física mas literatura em geral, o professor deve estar comprometido com a formação 
do aluno em primeiro lugar, os conceitos da ciência tem sua grandeimportância mas 
primeiro vem a formação do aluno e depois a formação de seus conhecimentos 
científicos. 
Depois de toda essa cartilha pode parecer que quem elaborou esse material não 
conhece a realidade da sala de aula. Muito pelo contrário, ainda estou dentro da sala de 
aula, consigo perfeitamente diferenciar a sala de aula, o aluno ideal sabendo que ambos 
não existem da realidade. Mas o que é o professor além daquele cara que acredita que 
com suas pequenas atitudes pode influenciar e minimamente acrescentar valores na vida 
dos alunos e dos que estão em sua volta, esse é o nosso papel. 
 
 
 
3.3 Nova realidade do ensino 
De um momento para o outro fomos inseridos em uma realidade de ensino 
completamente nova e desafiadora. De uma hora para outra, nós professores, tivemos 
que nos readequar a nova inédita realidade, aulas online. Esse novo desafio fez com que 
instantaneamente os professores se reinventassem para atender essa nova demanda, 
com inúmeros desafios. 
Na condução das aulas presenciais professores com o mínimo de vivência em sala 
de aula conseguem ter a percepção de como as aulas estão sendo ministradas em 
termos de assimilação dos alunos, mesmo se houver pouca participação dos alunos, 
pouco envolvimento, por estar presencialmente diante dos alunos é possível que o 
professor consiga detectar a assimilação ou não dos conteúdos ministrados, pelas 
Procure relembrar em seus cursos presenciais o(a)s professora(e)s que mais marcaram 
positivamente em sua trajetória estudantil. Faça o mesmo para os que marcaram 
negativamente. Anote as características marcantes de cada um. Agora você tem em mãos 
as características que você precisa desenvolver e as que necessita evitar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
fisionomias e comportamento dos alunos. Estar presencialmente diante dos alunos 
possibilita o acompanhamento das atividades, tarefas, verificar se o aluno tentou ou fez 
as atividades extraclasse e assim traçar uma estratégia, podemos dizer que quase 
individual, para resgatar os alunos com deficiências em atenção, falta de cumprimento 
de tarefas, falta de interesse nas aulas etc... 
As possibilidades de acompanhamento da turma presencialmente, possibilita ao 
professor ter um termômetro do andamento dos conteúdos, é possível então parar, 
refazer, rever, exemplificar de outra maneira caso seja detectado alguma dúvida ou 
dificuldade, mesmo sem o aluno se expressar pelo semblante de alguns, pelas posturas 
o professor consegue detectar possíveis deficiências e direcionar alguma atenção nos 
tópicos detectados. 
A presença do professor em sala de aula é um fator que pode ser motivador para 
os alunos, assim como é possível criar alguns vínculos que possibilitem a aproximação 
do professor aos alunos, trabalhando em conjunto, presencialmente é possível estimular, 
não explicitamente, alunos que demonstram algum tipo de desinteresse a participarem e 
serem “resgatados”, o professor presencialmente tem essa capacidade, pode reverter 
situações se aproximar dos alunos etc... 
Bem-vindo à nova realidade, aos novos desafios, a partir de 2020 os métodos de 
ensino a distância foram incorporados ao sistema de educação e o professor deve mais 
uma vez se reinventar para esse novo desafio. O ensino a distância torna a atividade 
docente quase que totalmente impessoal, impossibilitando o trocar de olhares, a 
cumplicidade e suas consequências no processo ensino aprendizagem. 
Não é fácil sentar-se diante de uma tela de computador e sem ver a clientela dar 
uma aula, a primeira sensação que temos é de estar falando sozinho, é horrível. O 
professor não consegue perceber a recepção do conteúdo ministrado, ou mesmo se o 
aluno está assistindo a aula ou simplesmente com o computador ligado, mas fazendo 
outras atividades. 
Embora a máquina, a tecnologia consiga cada vez mais apresentar uma variedade 
muito maior de recursos, não necessariamente esses recursos atraem a atenção dos 
alunos ou fazem com que o processo ensino aprendizagem seja de excelência. Trabalhar 
com ensino requer o envolvimento do professor no processo, em todo o processo. Então 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
a partir desse momento, 2020, os professores precisam reinventar práticas pedagógicas 
e comportamentais para vencerem esse novo desafio e fazer com que o aluno se 
interesse pela aula e participe, principalmente participe das aulas. 
 
Buscando alternativas.... 
Consigo ter os meus cinco minutos de glória na aula, sei disso porque algumas 
ocasiões quando os alunos chegam atrasados na aula falam: Nossa perdi a melhor parte 
da aula. Sempre que começo a aula, tenho uma rotina para tentar estimular o aluno a 
participar que funciona muito bem, todos participam, sem manifestam dão risadas .... 
funciona só na hora do aquecimento... Ao chegar na aula sempre faço o aquecimento, 
que consiste em pedir aos alunos para digitarem determinadas letras no chat, digite j, por 
exemplo, e aguardo alguns segundo, depois solicito mais outra letra, e encerro sempre 
com uma terceira letra o aquecimento. Em seguida faço uma conexão mental com algum 
aluno qualquer, dependendo da turma são os pais dos alunos que participam, muito 
interessante isso. A conexão mental consiste nada mais nada menos que uma 
brincadeira, onde o aluno escolhido ou voluntário, deve adivinhar o objeto fictício que 
tenho em mãos, mas inicialmente devemos nos conectar mentalmente. A conexão 
consiste de eu emitir uns sons e o aluno repetir o som, faço também três sons, e então 
ameaço perguntar ao aluno qual objeto que tenho em mãos, mas antes da pergunta falo 
uma pequena frase, que as últimas palavras dão a dica clara do objeto. E ai finalmente 
pergunto qual objeto, é um momento que consigo fazer com que todos os alunos xse 
envolvam na aula, o participante, abre o microfone e câmera se quiser os demais digitam 
a palavra no chat. 
Você deve estar se perguntando: O que tem minha aula em especial para ser 
mencionada aqui? Respondo que a princípio nada, não houve nenhum efeito de 
imediato, mas assim como nós professores os alunos também estão se adaptando a nova 
realidade, só que agora participar da aula torna-se um pouco mais difícil, pois todos estão 
observando quem participa, em uma sala de aula presencial os alunos estão bem mais 
dispersos, quando um aluno pergunta algo ao professor, pode ser que boa parte da turma 
não esteja prestando atenção no que ele está perguntando então é mais simples. Em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
uma aula a distância, não temos certeza se todos alunos que estão conectados estão 
assistindo a aula, mas a sensação de quem fala é de que todos estão atentos. 
Existe ainda uma grande diferença das aulas online e das aulas gravadas, mas 
ambas requerem desenvolvimento de técnicas e habilidades dos professos para 
estimularem aos alunos a participarem das atividades. Essa participação é fundamental 
para atingirmos o desenvolvimento do conteúdo e da aprendizagem. 
As aulas a distância tem também uma característica que a difere muito das aulas 
presenciais, quando estamos no chão da sala de aula acabamos de ministrar um 
determinado conteúdo remos a possibilidade de dar uma pausa e solicitar aos estudantes 
que façam uma atividade similar, então de acordo com o retorno dessa atividade 
seguimos em frente, ou retomamos um tópico. O mesmo não ocorre em aulas remotas, 
em muitos casos em aulas online, os alunos não se manifestam então no nosso caso de 
estudo da física, nos deparamos com um problema que é não termos parâmetros se 
devemos retomar ou não o que fizemos. Descarto a possibilidade de interromper a aula 
com frequência para esperar o aluno desenvolver determinada atividade, no meu caso 
específico constatei que interromper a aula e esperar que os alunos desenvolvam 
determinadas atividades não é nenhum um pouco produtivo. Então quase sempre minhas 
aulas online são aulas que os alunos nãointeragem muito, embora sempre tento fazer 
no início da aula atividades que relaxem os alunos e ainda tento promover a sua 
participação. 
Apesar das atividades propostas dentro da sala consigo alternar a aula, tornando-
a menos cansativa, um bom recurso a ser utilizado são os experimentos em laboratórios 
virtuais, eles costumam atrair bastante a atenção dos alunos. É praxe na minha prática 
sempre encaminhar alguns vídeos de minha própria autoria do Youtube. 
 
• OLHANDO O LADO DO ALUNO 
Tenho em casa uma filha adolescente, cursando o segundo ano de Ensino Médio, 
considero ela interessada, com interesse um pouco acima da média, só um pouquinho, 
no resto igual a todos estudantes. Constatei que em algumas disciplinas ela não tem 
muita preocupação em assistir a aula. Quando é uma aula que tem haver com os seus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
interesses ela participa bastante, nos demais casos apenas fica diante da tela 
observando, me fazendo pensar se ela realmente está se envolvendo com aquela aula. 
O grande desafio é despertar o interesse dos alunos ao participarem da aula, bem 
participar da aula de uma maneira produtiva, pois conforme mencionei sempre faço o 
aquecimento em minhas aulas e uma brincadeira de conexão mental e eles adoram, 
houve aluno que até perguntou se quando as aula presenciais retornarem se vou 
continuar com a conexão mental, alguns pais até participam, mas são no máximo cinco 
minutos de aula, improdutivos em termos de desenvolvimento de conteúdo, mas presumo 
que são fundamentais no processo que tento desenvolver para conseguir que os alunos 
participem mais das aulas. Considero que com o passar do tempo essas brincadeiras 
consigam deixar os alunos mais leves e consequentemente mais participativos. 
O recurso está aí, as tecnologias estão aí, precisamos nos adequar a elas e 
conseguir um nível de envolvimento tal que com essas tecnologias os alunos consigam 
ser estimulados a participar, obtendo assim um resultado mais significativo. 
As aulas a distância vão existir cada vez mais, mas o professor agente motivador, 
condutor do processo ensino aprendizagem, veja bem o professor é o mediador e não o 
que detém a verdade e concentra todas as informações o processo é cada vez mais um 
processo de troca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
4 HISTÓRIA, PLANEJAMENTO E RECURSOS 
4.1 O professor de educação básica 
Infelizmente hoje no Brasil temos uma boa parte de professores pouco capacitados 
e desinteressados com o desempenho ou desenvolvimento dos alunos, e para piorar a 
situação, muitos ainda não têm uma formação adequada, são profissionais de outras 
áreas que atuam no magistério, sem a mínima formação, aptidão ou interesse em 
assuntos voltados para a educação ou ciência. 
Vamos focar no outro lado, no estudante que está de posse desse material e que 
está envolvido no processo, que quer aprender e entender a difícil arte do magistério. 
Bem-vindo ao fascinante mundo da ciência, do engrandecimento, da colaboração e 
principalmente das realizações de contribuir para o aprimoramento de nossos jovens 
estudantes. 
O ensino básico é a base da pirâmide educacional, a condução dos temas nos 
ensinos fundamentais de maneira satisfatória em termos de conhecimento científico e 
prazerosa de forma a atrair o aluno é de fundamental importância para todo o processo 
educacional, se devidamente estimuladas as crianças do ensino fundamental poderão 
despertar para o mundo científico. 
 
Oportunidades... 
As escolas particulares atualmente começam a despertar o interesse de começar 
a inserir a física de uma maneira mais acentuada no ensino fundamental, com feiras de 
ciências, experimentos. É uma tendência relativamente nova, poucos professores no 
ensino fundamental estão capacitados para trabalhar a física, possibilitando assim uma 
nova tendência no mercado para professor de física. Com criatividade e força de vontade 
o novo professor pode montar uns kits com práticas simples para o ensino fundamental, 
com seus respectivos roteiros e atender essa lacuna tão carente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
Alguns exemplos de possibilidades de prática: 
 
• Microscópio laser; 
• Pêndulos; 
• Espelhos e lentes; 
• Câmera escura; 
• Simulações virtuais, etc... 
 
 
 
4.2 A história da ciência 
O processo histórico do desenvolvimento da ciência caminha junto com o 
desenvolvimento da humanidade. Não há nenhuma possibilidade desvincular o avanço 
da humanidade de seu desenvolvimento tecnológico que foi propulsionado pelo avanço 
da ciência. A história da física não deve ser considerada como uma disciplina, mas ela 
deve ser utilizada para enriquecer a disciplina e promover a aprendizagem. 
Matthews (1995) apresenta pontos relevantes para inserção da história da Ciência 
no ensino da Física. 
 
• A história da ciência não deve ser incluída no ensino como mais um item do 
currículo, mas deve ser incorporada à disciplina para dar maior abrangência aos 
estudos. Estes, quando consideram aspectos históricos, filosóficos e sociológicos, 
melhoram e enriquecem a compreensão do conteúdo. 
• Tanto no ensino de ciência quanto na formação de professores, a utilização da 
história, da filosofia e da sociologia é defendida sob a abordagem contextualiza, 
tendo em vista o contexto ético, social, histórico, filosófico e tecnológico. 
 
Pesquise na internet boas práticas que podem serem feitas no ensino fundamental, com 
baixos custos, monte as práticas elabore cuidadosamente seus roteiros como se fosse 
apresentá-los nas escolas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
• Existe uma relação significativa entre episódios da história científica e herança 
cultural das pessoas. 
• O ensino da ciência que usa aspectos filosóficos e históricos em suas reflexões 
humaniza as idealizações científicas, tornando-as mais compreensíveis. 
• A história e a filosofia das ciências apoiam o estudo dos conteúdos científicos 
mediante o uso de relações com as concepções prévias e a mudança conceitual. 
 
Vários conceitos físicos formam modificados ou aprimorados no decorrer do 
tempo, o acompanhamento histórico desses conceitos e ou outras situações podem 
enriquecer o conteúdo assim como ajudar a associá-lo aos conhecimentos prévios dos 
alunos. 
 
• A existência do éter como um meio material que envolvia o universo foi durante 
muito tempo uma verdade, os conceitos de propagação da luz foram inicialmente 
desenvolvidos considerando a presença do éter. 
• Arquimedes ( 287-212 a.C.) segundo consta a lenda saiu pelado na rua gritando 
“Eureka! Eureka! Após desvendar um mistério, do rei de Siracusa, utilizando os 
conceitos de empuxo e densidade. 
• Isaac Newton não descobriu a gravidade quando uma maçã caiu em sua cabeça, 
já trabalhava o problema há tempo a maçã foi o gatilho. 
• Como foi medida a velocidade da luz, do som, como foi determinada a massa da 
Terra, etc... houveram muitos erros e acertos ao logo de todos esses processos e 
adaptações e readaptações de leis de acordo com a evolução dos experimentos. 
 
Existe uma riqueza imensa em fatos históricos científicos aos longos dos tempos, 
esses fatos devem ser inseridos para enriquecer as aulas, para mudar o contexto de uma 
aula para mantermos a atenção do aluno para então retornarmos ao contexto anterior. 
Além de muito interessantes e ricos os fatores históricos podem ser utilizados para mudar 
a abordagem de um tema, para trazer o aluno a interagir com o professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
4.3 Planejamento do ensino e seus elementos básicos. 
Os conceitos teóricos devem ser trabalhados antes de se inserir as equações de 
cada tema. É necessário ter o conhecimento dos conceitos, suas aplicações e 
funcionalidades para que às equações e gráficos sejam um complemento do conteúdo, 
utilizado para comprovar numericamente o que foi estudado teoricamente.As equações, 
gráficos, valores numéricos só fazem sentido quando o aluno sabe expressar o 
significado do número encontrado. 
No estudo da hidrostática por exemplo, necessitamos trabalhar diversos conceitos 
antes de sairmos calculando a pressão em uma determinada profundidade de um fluido, 
antes de calcularmos o empuxo. Precisamos entender que às fórmulas, embora 
fundamentais, são apenas uma ferramenta para comprovarmos numericamente a teoria. 
Para obtermos êxito em qualquer assunto precisamos de conceitos básicos sólidos e bem 
formados. 
Antes de iniciarmos o estudo propriamente dito da hidrostática precisamos nos 
certificar que determinados conceitos estão bem sólidos para que novos conceitos sejam 
ancorados, o Ausubel que o diga. 
 
• VERIFICANDO PRÉ-REQUISITOS 
 
• O que é densidade? Neste caso associamos e trabalhamos conceitos de massa e 
volume e podemos nos deparar com controvérsias inesperadas. Quem pesa mais 
um quilo de concreto e um quilo de isopor? 
• O que é pressão? Qual a diferença de pressão de uma força física e pressão de 
um fluido? Por que sob os trilhos das linhas férreas existem várias estacas? O que 
aconteceria se não houvessem tais estacas? 
• O que são grandezas vetoriais e escalares? Classifique as grandezas a seguir 
como vetoriais e escalares: densidade, pressão, força etc... 
 
Após trabalhados e revistos os temas básicos podemos chegar ao ponto de 
começar a formular o conteúdo, não o inverso. Em muitas ocasiões em que no ensino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
médio o conteúdo está focado em fórmulas faço a leitura que o professor não possui 
conhecimento do conteúdo então fica muito mais fácil trabalhar pois a física vira um 
elemento meramente matemático. O erro está em um ponto da fórmula e não em um 
conceito mal entendido. Chamo atenção a essa importante situação trabalhe para que os 
conteúdos estejam bem apurados, verifique a assimilação dos conteúdos e então insira 
às fórmulas. 
Existem diversas maneiras de trabalhar o conteúdo: sala de aula invertida, por 
investigação, entre outros, é importante promover o debate dos alunos sobre o tema, e 
sempre tentar trazer o aluno para a aula o aluno não pode ser um simples expectador em 
sala de aula, não funciona. 
Sempre tenho resistências às aulas chamadas geminadas. É um detalhe que 
parece insignificante, mas estudos comprovam que a atenção não pode ser mantida 
durante 50 minutos, aulas geminadas seriam 90, 100 minutos simplesmente impraticável 
e improdutiva. O professor deve quebrar a cada 15 minutos o elemento disruptor, fazendo 
uma anedota sobre o tema, algumas perguntas, utilizando vídeos, sempre alternando o 
foco um pouco. Precisamos durante a aula mudar a dinâmica para manter a atenção de 
nossos alunos. 
Parece estranho que no tópico planejamento para o ensino e seus elementos 
básicos não venha uma lista tipo: densidade, massa específica, pressão, pressão 
atmosférica, princípio de Pascal... no caso da hidrostática. Planejar uma aula, planejar o 
desenvolvimento de um determinado assunto vai muito além de listar a sequência dos 
tópicos a serem estudados que é uma mera formalidade. A questão vai muito mais além 
deve-se elaborar uma sequência ou linha de pensamentos e ou raciocínio que permita a 
construção do tema desejado inicialmente conceitos separados, depois associação dos 
conceitos e finalmente o fechamento do conteúdo com fórmula e gráficos. Em momento 
algum estou dando uma importância insignificante a fórmulas e ou gráficos acho que eles 
são fundamentais, mas defendo que só conseguiremos utilizar tais ferramentas se 
tivermos os conceitos básicos bem formulados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
• EDUCAR PARA COMPETÊNCIAS 
 
O professor da educação básica tem em suas mãos uma oportunidade de mudar 
o perfil da educação. No ensino médio sempre existe o repetido dilema entre aprender o 
conteúdo e vencer o programa, em sua maioria as escolas trabalham para vencer um 
programa para no fim fazer um vestibular, ENEM, ou vestibulares seriados. Sempre o 
mesmo dilema, em muitas situações o que vale é vencer o calendário e ver todo conteúdo 
a tempo. 
No ensino fundamental é possível trabalhar no intuito de formar os conhecimentos 
e não o passar para vencer o calendário. Nesse caso é possível de uma maneira muito 
mais eficiente disseminar a ciências. Cada vez mais a educação caminha para aprimorar 
as competências. 
Desenvolver competências não significa acumular conteúdos, desenvolver 
competências no mundo atual significa saber utilizar os conhecimentos adquiridos para 
aplicá-los em situações problemas, o aluno passa a não ser mais apenas um acumulados 
de dados, fórmulas ou termos, ele passa a ter ferramentas, habilidades, para aplicar o 
conhecimento acumulado para resolver determinado tipo de situação. Isso requer um 
professor muito mais preparado, um professor que consiga promover tais transformações 
no processo ensino aprendizagem. Situação difícil porque o professor muitas vezes foi 
educado em toda sua formação desde o ensino fundamental até sua graduação e ou 
especialização memorizando, decorando fórmulas e conceitos. Então para se adequar 
ao novo perfil o professor deve se reinventar. Aplicar práticas novas, e totalmente 
diferentes às que vivenciou e ou foi educado. 
Na atualidade o processo de ensino se depara com uma realidade externa 
totalmente dinâmica, com transformações instantâneas. Porém dentro da escola o 
 
Escolha um conteúdo de física que você gosta, procure elaborar uma aula a partir das 
equações do tópico escolhido. Agora faça o caminho inverso veja as fórmulas do tópico 
escolhido e procure desenvolver conceitos que te façam compreender cada particularidade 
da fórmula, desenvolva bem os conceitos e finalmente exponha a fórmula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
panorama de mudanças é lento e imperceptível em relação as mudanças do meio 
externo, e o professor muitas vezes também se encontra estagnado. 
 
 
 
 
4.4 Interdisciplinaridade e contextualização 
A pedagogia de projetos vem como uma importante ferramenta pedagógica, pois 
tem a capacidade de articular os saberes aprendidos, mobilizar o conhecimento, 
relacionando-os com a prática. A interdisciplinaridade deve fazer parte do projeto 
pedagógico, as disciplinas se interligam, na verdade, elas não fazem sentido 
isoladamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ensino por investigação se mostra como uma eficiente ferramenta para despertar a 
curiosidade e interesse dos alunos, pequenas experiências mesmo em sala de aula, ou no 
pátio, ou em laboratórios servem para instigar o aluno e ajudar um pouco a mudar a 
realidade. 
Em paralelo o professor deve conduzir os temas para desenvolver as competências que 
serão fundamentais para formação dos novos cidadãos. A escola deve formar pessoas 
críticas, sociáveis, aptas para enfrentar o novo mundo suas situações e tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
• SUGESTÃO DE PRÁTICA 
 
Vamos imaginar uma viagem de Ipatinga MG a Recife PE. Inicialmente vamos abrir 
um mapa com as rodovias e os possíveis trajetos para viagem, então escolhemos o 
trajeto e marcaremos com um círculo algumas regiões quatro, cinco, seis regiões 
aleatórias, então é possível estudarmos os trajetos entre cada região 
interdisciplinarmente, a geografia vai descrever o relevo, o clima, a história vai descrever 
os fatos históricos relevantes dos locais, a biologia exibir a flora e fauna, a física o tempo 
da viagem, o gasto de combustível, a velocidade média etc... esse projeto pode ser 
aplicado tanto em ensino médio como em ensino fundamental, e pode ser repetido com 
a mesma turma no ano seguinte, acrescentando novos itens e ou conceitos estudados. 
Esse tipo de trabalho não requer maiores investimentos, apenas um pouco de criatividade 
do professor, sem mais custos adicionais. 
Procure discretamente se informar sobrea formação dos professores, sobre suas 
capacitações etc... certamente você irá se surpreender em situações nas quais um 
determinado professor ministre uma determinada disciplina e não tenha nenhuma 
formação para tal disciplina. Ou em outras situações encontrará um mesmo professor 
com duas disciplinas que não tem nada haver. 
Procure ainda verificar se nas escolas de sua região existem projetos de ciência, 
projetos interdisciplinares etc... 
Lembre-se sempre que esses questionamentos essas são no intuito de 
informativos para traçar uma painel da situação do ensino em nossa região e como como 
futuros professores podemos ajudar no sentido de melhorar o perfil e trazer novas 
práticas de ensino, novas sugestões de atividades para nos aproximarmos do perfil ideal, 
na qual o foco é sempre despertar o interesse do aluno e facilitar seu desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sugira uma atividade em que poderia desenvolver um trabalho interdisciplinar. Elabore 
duas práticas que serviriam como ensino por investigação no ensino fundamental ou 
médio, a primeira prática seria para inserir um novo assunto diante da turma e a segunda 
prática seria para finalizar o mesmo assunto. Elabore um roteiro descrevendo os objetivos 
da prática, os itens que deveriam ser “descobertos” pelos alunos, para introduzir e finalizar 
o conteúdo que você escolheu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) são normas obrigatórias para a 
Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de 
ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação 
(CNE). 
 
Figura 4: BNCC 
 
Fonte: Batista (2018) 
Artigo 5º. O ensino médio em todas suas formas de oferta e organização, baseia-
se em: 
I Formação integral do estudante; 
II Trabalho e pesquisa como princípios educativos e pedagógicos, 
respectivamente; 
III Educação em direitos humanos como princípio nacional norteador; 
IV Sustentabilidade ambiental como meta universal; 
V Indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a 
historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem 
como entre teoria e prática no processo ensino-aprendizagem; 
VI Integração dos conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico-
profissionais realizada na perspectiva das interdisciplinaridades e da 
contextualização; 
VII Reconhecimento e aceitação da diversidade da realidade concreta dos 
sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de 
trabalho e das culturas a eles subjacentes; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
VIII Integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da 
tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular. 
[...] (BRASIL, 2012, p. 2) 
 
5.1 TÓPICOS PRINCIPAIS RELATIVOS AO ENSINO DA FÍSICA 
• A área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias na Educação Básica 
 
A área de Ciências da Natureza deve contribuir com a construção de uma base de 
conhecimentos contextualizada, que prepare os estudantes para fazer julgamentos, 
tomar iniciativas, elaborar argumentos e apresentar proposições alternativas, bem como 
fazer uso criterioso de diversas tecnologias. O desenvolvimento dessas práticas e a 
interação com as demais áreas do conhecimento favorecem discussões sobre as 
implicações éticas, socioculturais, políticas e econômicas de temas relacionados às 
Ciências da Natureza. 
A BNCC da área de Ciências da Natureza e suas propõe ampliar e sistematizar as 
aprendizagens essenciais desenvolvidas até o 9º ano do Ensino Fundamental. Isso 
significa, em primeiro lugar, focalizar a interpretação de fenômenos naturais e processos 
tecnológicos de modo a possibilitar aos estudantes a apropriação de conceitos, 
procedimentos e teorias dos diversos campos das Ciências da Natureza. Significa, ainda, 
criar condições para que eles possam explorar os diferentes modos de pensar e de falar 
da cultura científica, situando-a como uma das formas de organização do conhecimento 
produzido em diferentes contextos históricos e sociais, possibilitando-lhes apropriar-se 
dessas linguagens específicas. 
No Ensino Fundamental, a BNCC da área de Ciências da Natureza e suas 
Tecnologias propõe um aprofundamento conceitual nas temáticas Matéria e Energia, 
Vida e Evolução e Terra e Universo. 
 
• Competências específicas de Ciências da Natureza e suas tecnologias para 
o Ensino Médio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
1) Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações 
entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem 
processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as 
condições de vida em âmbito local, regional e/ou global. 
2) Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos 
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução 
dos seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis. 
3) Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e 
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens 
próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem 
demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e 
conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes 
mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). 
 
Propõe também que os estudantes ampliem as habilidades investigativas 
desenvolvidas no Ensino Fundamental, apoiando-se em análises quantitativas e na 
avaliação e na comparação de modelos explicativos. Além disso, espera-se que eles 
aprendam a estruturar linguagens argumentativas que lhes permitam comunicar, para 
diversos públicos, em contextos variados e utilizando diferentes mídias e tecnologias 
digitais de informação e comunicação (TDIC), conhecimentos produzidos e propostas de 
intervenção pautadas em evidências, conhecimentos científicos e princípios éticos e 
responsáveis. 
A BNCC propõe que os estudantes aprofundem e ampliem suas reflexões a 
respeito das tecnologias, tanto no que concerne aos seus meios de produção e seu papel 
na sociedade atual como também em relação às perspectivas futuras de 
desenvolvimento tecnológico. Desse modo, propõe continuidade ao tratamento dado no 
Ensino Fundamental, etapa na qual as tecnologias foram abordadas sob uma perspectiva 
de aplicação de conhecimentos e análise de seus efeitos sobre a saúde e a qualidade de 
vida das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
• COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1 
 
Nesta competência específica, os fenômenos naturais e os processos tecnológicos 
são analisados sob a perspectiva das relações entre matéria e energia, possibilitando, 
por exemplo, a avaliação de potencialidades e de limites e riscos do uso de diferentes 
materiais e/ou tecnologias para tomar decisões responsáveis e consistentes diante dos 
diversos desafios contemporâneos. Dessa maneira, podem mobilizar estudos referentes 
a: princípios da conservação da energia e da quantidade de movimento; leis da 
termodinâmica; fusão e fissão nucleares; espectro eletromagnético. 
 
 (EM13CNT101) Analisar e representar as transformações e conservações em 
sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para 
realizar previsões em situações cotidianas e processos produtivos que priorizem o 
uso racional dos recursos naturais. 
 (EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para 
avaliar as potencialidades e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso 
cotidiano, na saúde, na indústria e na geração de energia elétrica. 
 (EM13CNT106) Avaliartecnologias e possíveis soluções para as demandas que 
envolvem a geração, o transporte, a distribuição e o consumo de energia elétrica, 
considerando a disponibilidade de recursos, a eficiência energética, a relação 
custo/ benefício, as características geográficas e ambientais, a produção de 
resíduos e os impactos socioambientais. 
 
 COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2 
 
Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos 
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução do 
Universo. Ao reconhecerem que os processos de transformação e evolução permeiam a 
natureza e ocorrem das moléculas às estrelas em diferentes escalas de tempo, os 
estudantes têm a oportunidade de elaborar reflexões que situem a humanidade e o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
planeta Terra na história do Universo, bem como inteirar-se da evolução histórica dos 
conceitos e das diferentes interpretações e controvérsias envolvidas nessa construção. 
Para isso, nessa competência específica, podem ser mobilizados conhecimentos 
relacionados a: espectro eletromagnético; modelos cosmológicos; astronomia; 
gravitação; mecânica newtoniana; previsão do tempo; entre outros. 
 
 HABILIDADES 
 
 (EM13CNT201) Analisar e utilizar modelos científicos, propostos em diferentes 
épocas e culturas para avaliar distintas explicações sobre o surgimento e a 
evolução da Vida, da Terra e do Universo. 
 (EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, nos 
seres vivos e no corpo humano, interpretando os mecanismos de manutenção da 
vida com base nos ciclos da matéria e nas transformações e transferências de 
energia. 
 (EM13CNT204) Elaborar explicações e previsões a respeito dos movimentos de 
objetos na Terra, no Sistema Solar e no Universo com base na análise das 
interações gravitacionais. 
 (EM13CNT205) Utilizar noções de probabilidade e incerteza para interpretar 
previsões sobre atividades experimentais, fenômenos naturais e processos 
tecnológicos, reconhecendo os limites explicativos das ciências. 
 
 COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 3 
 
Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e 
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens 
próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas 
locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos 
variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de 
informação e comunicação (TDIC). Em um mundo repleto de informações de diferentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
naturezas e origens, facilmente difundidas e acessadas, sobretudo, por meios digitais, é 
premente que os jovens desenvolvam capacidades de seleção e discernimento de 
informações que os permitam, com base em conhecimentos científicos confiáveis, 
analisar situações-problema e avaliar as aplicações do conhecimento científico e 
tecnológico nas diversas esferas da vida humana com ética e responsabilidade. 
Discussões sobre as tecnologias relacionadas à geração de energia elétrica (tanto 
as tradicionais quanto as mais inovadoras) e ao uso de combustíveis, por exemplo, 
possibilitam aos estudantes analisar os atuais modos de vida das populações humanas 
e a dependência a esses fatores. Nessa competência específica, espera-se que os 
estudantes possam se apropriar de procedimentos de coleta e análise de dados mais 
aprimorados, como também se tornar mais autônomos no uso da linguagem científica. 
Para tanto, é fundamental que possam experienciar diálogos com diversos públicos, em 
contextos variados e utilizando diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e 
comunicação (TDIC). 
Além disso, para o desenvolvimento dessa competência específica podem ser 
mobilizados conhecimentos relacionados a: produção de armamentos nucleares; 
desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias de obtenção de energia elétrica; 
mecânica newtoniana; equipamentos de segurança. 
 
 HABILIDADES 
 
 (EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, 
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos 
explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar 
conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva 
científica. 
 (EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, 
resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos – interpretando gráficos, 
tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações, elaborando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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textos e utilizando diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e 
comunicação. 
 (TDIC) –, de modo a promover debates em torno de temas científicos e/ou 
tecnológicos de relevância sociocultural. 
 (EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas 
das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a 
apresentação dos dados, a consistência dos argumentos e a coerência das 
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de 
informações. 
 (EM13CNT306) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas, aplicando 
conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso de equipamentos e 
comportamentos de segurança, visando à integridade física, individual e coletiva, 
e socioambiental. 
 (EM13CNT307) Analisar as propriedades específicas dos materiais para avaliar a 
adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas, 
arquitetônicas ou tecnológicas) e/ou propor soluções seguras e sustentáveis. 
 (EM13CNT308) Analisar o funcionamento de equipamentos elétricos e/ou 
eletrônicos, redes de informática e sistemas de automação para compreender as 
tecnologias contemporâneas e avaliar seus impactos. 
 (EM13CNT309) Analisar questões socioambientais, políticas e econômicas 
relativas à dependência do mundo atual com relação aos recursos fósseis e discutir 
a necessidade de introdução de alternativas e novas tecnologias energéticas e de 
materiais, comparando diferentes tipos de motores e processos de produção de 
novos materiais. 
 (EM13CNT310) Investigar e analisar os efeitos de programas de infraestrutura e 
demais serviços básicos (saneamento, energia elétrica, transporte, 
telecomunicações, cobertura vacinal, atendimento primário à saúde e produção de 
alimentos, entre outros) e identificar necessidades locais e/ou regionais em relação 
a esses serviços, a fim de promover ações que contribuam para a melhoria na 
qualidade de vida e nas condições de saúde da população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elaborando um roteiro de aula de acordo com o novo BNCC. Objetivos: 
 
 (EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, 
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos 
explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar 
conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva 
científica. 
 (EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas 
das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a 
apresentação dos dados, a consistência dos argumentos e a coerência das 
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de 
informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS 
A seguir é mostrado um tipo de planejamento de ensino, esses planejamentos se 
modificam de escola para escola, muitas vezes parecem ser simples procedimentos 
burocráticos, mas na verdade são uma importante ferramenta para traçar as estratégias 
e procedimentos a serem tomados no decorrer do desenvolvimento das respectivas 
unidades de ensino.6.1 Planejamento do ensino 
 Conteúdos: 
 Competência Específica 1: princípios da conservação da energia 
 Metodologia: (algumas metodologias de aprendizagem ativa virão a seguir) 
 Aulas expositivas, exercícios, simulações virtuais e exemplos de aplicação. Aulas 
práticas se possível. 
 Recursos de ensino: 
 Simulações virtuais Phet. 
 Avaliação: 
 
Os processos avaliativos devem estar presentes em todas as etapas do processo 
ensino-aprendizagem e não apenas no fechamento do conteúdo. Ao longo da etapa as 
atividades de aprendizagem ativas podem ser utilizadas como avaliações, na verdade 
elas são muito mais que isto é uma ferramenta para diagnosticar o desenvolvimento do 
conteúdo. No fim do processo deve-se também aplicar uma avaliação não podendo 
conter surpresas em termos do que foi trabalhado em sala. Sugiro que o longo da etapa 
o conteúdo seja trabalhado com exercícios com um grau de dificuldade um pouco maior 
que serão cobrados nas avaliações. 
 
 Objetivos: São as Habilidades a serem desenvolvidas de acordo com BNCC. 
 Novas tendências da educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O desenvolvimento das tecnologias e a rapidez das informações nos coloca cada 
vez mais em um mundo mais dinâmico e interativo. O aluno tem em suas mãos uma rica 
fonte de informações, online. O processo ensino-aprendizagem muitas vezes visto como 
retrógrado precisa de se reinventar, novas didáticas e ferramentas disponibilizam ao 
professor recursos para diminuir a distância da realidade da escola a realidade do aluno. 
O professor caso tenha interesse também temem suas mãos tecnologias de ponta e as 
últimas práticas pedagógicas que se aproximam da realidade do aluno, tornando as aulas 
mais interessantes, mais atrativas e menos obsoletas. Cabe ao professor a inquietude e 
a busca constante de novos recursos didáticos e novas tecnologias. 
 
6.2 Ferramentas que podem ser utilizadas para auxiliar o ensino da física 
Existem inúmeros canais que disponibilizam conteúdos de física na internet, 
filmes, animações podem ser uma maneira agradável de implementar conceitos de uma 
maneira que chamem atenção dos alunos. 
 
 
 
Aulas práticas virtuais podem ser implementadas com auxílio de softwares, 
possibilitando a interação dos alunos em sala de aula e ainda permitem que os alunos 
façam as simulações em casa, nos próprios computadores e ou smartphones. 
Promovendo um ensino prático virtual possibilitando alternâncias de situações, esses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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softwares podem ser baixados, nesse caso não necessitariam de uma rede de internet 
para serem utilizados. As simulações podem ser feitas no algodoo, Phet e outros 
softwares de física. 
 
 
 
 Aprendizagem ativa. Existem ainda aplicativos que promovem um processo 
interativo de ensino e aprendizagem. São conjuntos de práticas pedagógicas que 
conseguem promover um a aprendizagem por outro ângulo, na qual o aluno participa de 
maneira ativa no processo ensino-aprendizagem. Alguns aplicativos: socrative, plickers, 
peer instruction. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Exemplo de como utilizar a ferramenta aprendizagem ativa. 
 
A aprendizagem ativa é uma ferramenta que possibilita um novo e eficiente 
conceito no processo ensino-aprendizagem. Utilizando a sala de aula invertida, o 
professor elabora uma atividade prévia a ser vista pelo aluno, um vídeo, um texto, uma 
reportagem etc... Os alunos são colocados em duplas, ou grupos. O professor lança uma 
pergunta e os alunos debaterão entre si durante alguns minutos em seguida darão a 
resposta, seja por aplicativo ( plickers, socrative ), por cartão de papel e outros, de acordo 
com os índices de acertos o professor continua ou não a sequência de perguntas se 
determinados conceitos tem um baixo índice de acerto o professor retoma o conteúdo de 
outra maneira. 
O interessante é que em tais atividades, se bem conduzidas, é possível identificar 
em qual(is) ponto(s) os alunos não absorveram o conteúdo e retrabalhar os tópicos 
necessários. Não é preciso chegar a um final de etapa de um tema para identificar em 
uma avaliação que os alunos não assimilaram o assunto. 
As resistências na utilização de tais tecnologias e ou métodos são imensas, pois, 
sempre somos resistentes a situações em que não possuímos o conhecimento 
necessário. Hoje em dia na plataforma Youtube existem diversos vídeos explicando 
detalhadamente a utilização de cada ferramenta de maneira fácil e prática. 
 
6.3 Alguns experimentos 
Cito a seguir alguns experimentos simples que podem ser utilizados com baixo 
investimento, que podem ser utilizadas como estudo por investigação. 
 
 Resistência do ar 
Deixe cair simultaneamente duas folhas de papel idênticas, de uma mesma altura. 
Elas chegam ao solo ao mesmo tempo? Pegue uma das folhas e coloque sobre a capa 
de um caderno, ou livro. Solte novamente o caderno com a folha em cima e a outra folha 
de uma mesma altura. Elas, as folhas, chegam ao solo ao mesmo tempo? Agora faça 
uma bolinha amassando uma das folhas, deixe cair da mesma altura junto com a outra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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folha que não foi amassada. Elas chegam ao solo ao mesmo tempo? Abandone um 
pedaço de isopor e um pedaço de madeira. Quais as conclusões que a turma chegou? 
 
 Resistência do ar e aceleração da gravidade 
Após debates e conclusões deve-se diferenciar atmosfera e aceleração da 
gravidade, abandona-se dois objetos idênticos de uma mesma altura na Terra e na lua. 
Eles gastarão o mesmo tempo para atingir o solo? Se acoplarmos um paraquedas nos 
dois objetos e abandonarmos os dois da mesma altura novamente. A ação de acoplar o 
paraquedas vai interferir no tempo de queda dos objetos? 
 
 Verificação da Pressão atmosférica 
Em uma lata, pode ser de refrigerante, coloque um pouco de água em seu interior 
cerca de 2cm. Aqueça a lata até a água ferver. O vapor d’água sai da lata arrastando 
consigo um pouco do ar existente no interior da lata. Pare de aquecer a lata e tampe o 
orifício da lata para impedir que o ar retorne ao seu interior. Agora leve a lata para debaixo 
de uma torneira e deixe um pouco de água fria cair no lado externo da lata. O vapor no 
interior da lata vai se condensar diminuindo assim a pressão interna da lata. Será 
perceptível então perceber a pressão atmosférica esmagando um pouco a lata. 
 
 Pressão atmosférica 
Coloque água um copo até faltar um pouco mais que um centímetro e meio para 
encher completamente o copo. Coloque agora uma folha de papel um pouco maior que 
o diâmetro do copo coloque suas mãos a firmar o papel ao longo de toda borda do copo. 
Mantendo sua mão pressionando o papel sobre a borda do copo, gire o copo 180°, agora 
com o copo virado para baixo você não precisa mais segurar o papel a pressão 
atmosférica se encarregará de manter o papel. 
 
 Inércia 
Dentro de um veículo em movimento retilíneo uniforme, com um pequeno objeto 
em mãos pode ser uma borracha, atire o objeto para cima, na altura de sua cabeça por 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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exemplo observe que o objeto cairá novamente em suas mãos. O objeto não caiu antes 
nem depois de suas mãos ele caiu exatamente em suas mãos. Repita a operação no 
momento que o automóvel estiver acelerando, o resultado será o mesmo? 
 
 Inércia perigosamente 
Coloque um forro liso sobre a mesa e sobre o forro coloque uma xícara. Puxe 
rapidamente o forro da mesa. O que ocorreu com a xícara que estava sobre o forro? 
JUSTIFIQUE. 
 
 Velocidade tangencial à trajetória 
Com uma borracha presa a um barbante, coloque-a para girar, então 
observaremos um movimento circular. Supondo que consiga fazer com que a borracha 
gire com a mesma velocidade, que é tangente a trajetória. Se recordarmos que 
velocidade é uma grandeza vetorial então não podemos afirmar que a velocidade é 
constante, a velocidade varia em direção apenasseu módulo é constante. Se durante o 
movimento soltarmos a corda poderemos confirmar que a velocidade é sempre 
tangencial a trajetória, quando deixarmos de fazer a força na corda para fazermos o 
movimento circular a borracha se deslocará em linha reta. 
 
 Trajetória oblíqua 
Podemos construir nosso próprio modelo de trajetória obliqua. Utilizando um cabo 
de vassoura marque ao longo do cabo a cada dez centímetros. A partir da terceira marca, 
que na verdade consideremos a primeira marca com barbante, pendure uma bolinha em 
um barbante, distância da bolinha ao cabo de vassoura, comprimento do barbante 1 cm. 
Na próxima marca, a segunda (2) marca com o barbante, pendure uma bolinha com um 
barbante de comprimento de 4 cm (22). Na terceira marca com o barbante coloque a 
bolinha em um barbante de comprimento 9 cm (32). E assim repita a operação até atingir 
a última marca no cabo de vassoura. Mantendo a vassoura na horizontal, ou inclinando 
a vassoura como queira, as bolinhas mostrarão um esboço da trajetória de um objeto 
lançado da maneira que o cabo de vassoura indicar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Órbitas elípticas 
Colocando duas tachinhas presas a uma folha a uma pequena distância uma da 
outra uns seis centímetros por exemplo. Prendendo um barbante de uns oito centímetros 
às duas tachinhas colocando um lápis movendo o lápis pelo barbante conseguiremos 
traçar uma trajetória elíptica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
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Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, DF: Ministério da Educação, [2012]. Disponível 
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DENAIP. Uma investigação só termina com o flagrante?. Departamento Nacional de 
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FONSECA, A. A. D. Professores não podem esconder sua visão política dos alunos. 
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VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

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