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TCC ALINE (finalizado)

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2
CENTRO UNIVERSITÁRIO FMABC
FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
ALINE FERREIRA SERAFIM DE OLIVEIRA
FATORES QUE INFLUENCIAM A SEXUALIDADE DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: REVISÃO INTEGRATIVA
SANTO ANDRE
2020
ALINE FERREIRA SERAFIM DE OLIVEIRA
FATORES QUE INFLUENCIAM A SEXUALIDADE DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: REVISÃO INTEGRATIVA
Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao Centro Universitário Saúde ABC, como requisito parcial para obtenção do título de Especialização em Atenção ao Câncer. 
Orientadora: Profa. Ma. Luciane Morelis de Abreu.
SANTO ANDRE
2020
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho em primeiro lugar à minha família, pessoas que foram responsáveis diretas pela minha formação, diante da grandeza de cada uma que, admiráveis em suas essências, estímulos e incentivos, me impulsionaram a buscar vida nova a cada dia e que, por inúmeras vezes aceitaram se privar de minha companhia devido aos meus estudos, concedendo-me a oportunidade de me dedicar ainda mais tanto na área profissional como na pessoal.
A todos, colegas, professores e pessoas que cruzaram meu caminho e que de alguma forma ajudou e me incentivou durante esses anos de curso. Mas, em especial a todos os profissionais de enfermagem e farmácia, que buscam incessantemente o aprimoramento do conhecimento, que é de fundamental importância para uma assistência cada vez mais holística e humana.
AGRADECIMENTOS
Em especial, a Deus, pois sem sua ajuda divina não conseguiria percorrer este grande caminho, principalmente pelo dom que me foi dado, que, consciente, sempre soube que teria que abdicar de várias coisas em prol de minha profissão, cuja solidariedade deveria vir em primeiro lugar.
Aos meus amados familiares, que não mediram esforços, possibilitando assim, mesmo muitas vezes em silêncio, que os meus objetivos fossem alcançados. 
A todos os profissionais da FMABC, que contribuíram com informações e serviços para a concretização desse trabalho.
À minha orientadora Profa. Ma. Luciane Morelis de Abreu que me incentivou e me impulsionou à compreender como é importante conquistarmos nossos objetivos. 
A todos os professores, que de alguma forma contribuíram para esta formação, me ensinando e me conduzindo em meu trabalho.
Enfim, a todos, que me ajudaram a enxergar a atitude do que é ser realmente um verdadeiro profissional e a importância do trabalho em equipe multiprofissional.
“Se fui capaz de ver mais longe, é porque me apoiei em ombros de gigantes.”
ISAAC NEWTON
RESUMO
Uma das principais causas de óbito de mulheres no Brasil é o câncer de mama. Infelizmente esse não é o único problema relacionado a essa patologia, já que junto ao diagnóstico, vem associado o estigma de morte, medo e diversos comprometimentos não só relacionados à saúde física da mulher, mas também ao seu bem estar psíquico e a sua qualidade de vida, o que acaba por englobar também a sua sexualidade. Método: O presente estudo utilizou como método a Revisão Integrativa da Literatura, a qual tem como finalidade reunir e resumir o conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado. A busca ocorreu nas bases de dados multidisciplinares, SciELO, Bireme e Google Acadêmico. Foram selecionados artigos indexados por meio dos seguintes descritores: “libido”, “hormonioterapia”, “câncer de mama”, “sexualidade”, “mulheres”, “problemas”, “cuidados”, “enfermagem”, “farmácia”, “qualidade”, “vida” e suas diversas combinações. Resultados: No final da pesquisa a amostra ficou composta por 23 artigos indexados nas bases indexadoras, que se enquadravam nos objetivos deste estudo, em alguns deles sendo relatadas experiências e, em outros trazendo resultados de pesquisa sobre determinados cenários sobre os problemas sexuais apresentados pelas mulheres com câncer de mama submetidas ao tratamento de câncer de mama. Os resultados foram fundamentados na avaliação crítica dos estudos selecionados, tendo realizado comparação dos estudos e das temáticas abordadas frente ao objeto de pesquisa proposto. Conclusão: Analisando os artigos se pode concluir que é imprescindível a presença de um profissional capacitado para orientar, informar e tirar dúvidas relacionadas a todos os fatores que possam afetar diretamente a sexualidade da mulher com câncer de mama.
Palavras-chave: Câncer de mama; Equipe multiprofissional; Sexualidade; Qualidade de vida.
ABSTRACT
One of the main causes of death of women in Brazil is breast cancer. Unfortunately, this is not the only problem related to this pathology, since with the diagnosis, it is associated with the stigma of death, fear and various commitments not only related to the woman's physical health, but also to her psychological well-being and her quality of life. life, which also includes their sexuality. Method: This study used the Integrative Literature Review as a method, which aims to gather and summarize the scientific knowledge already produced on the subject investigated. The search took place in the multidisciplinary databases, SciELO, Bireme and Google Scholar. Indexed articles were selected using the following descriptors: "libido", "hormone therapy", "breast cancer", "sexuality", "women", "problems", "care", "nursing", "pharmacy", "quality””, “ Life ”and its various combinations. Results: At the end of the research, the sample consisted of 23 articles indexed in the indexing bases, which fit the objectives of this study, in some of them being reported experiences, and in others bringing results of research on certain scenarios about sexual problems presented by women. with breast cancer undergoing breast cancer treatment. The results were based on the critical evaluation of the selected studies, having compared the studies and the themes addressed in relation to the proposed research object. Conclusion: Analyzing the articles, it can be concluded that the presence of a trained professional is essential to guide, inform and clarify doubts related to all factors that may directly affect the sexuality of women with breast cancer.
Keywords: Breast cancer; Multiprofessional team; Sexuality; Quality of life.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
2 OBJETIVO	15
3 REVISÃO DE LITERATURA	16
3.1 Sobre sexualidade	16
3.2 Sobre Qualidade de Vida	17
3.3 Sobre os aspectos psicológicos	19
4 MÉTODOLOGIA	22
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO	25
5.1 O cuidado em suas diversas formas	55
5.2 A importância da prestação do cuidado farmacêutico a mulheres com câncer de mama	61
6 CONCLUSÃO	76
7 REFERÊNCIAS	78
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, o câncer de mama tem se tornado um problema de saúde pública tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento (VIEIRA et al., 2014).
 	Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres desde 1980 em todo o mundo (TESSARI et al., 2001) e o segundo tipo de câncer mais frequente (CAMPANHA, 2007; BRASIL, 2004) e, a cada ano causa 502.000 óbitos, ou seja, 7% das mortes por câncer; quase 1% de mortes por todas as causas. Assim, mais de 1 milhão de novos casos são diagnosticados anualmente, sendo que, sua incidência está aumentando em países europeus, afetando até uma em cada 16 mulheres.
	Estima-se que, nos Estados Unidos, são diagnosticados 200.000 novos casos por ano. Já dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que, no Brasil, em 2003 foram diagnosticados 33.590 casos de câncer de mama (CESTARI; ZAGO, 2005).
	Já dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA apud Sociedade Brasileira de Mastologia, 2020) revelam que, no Brasil, estimam-se 66.280 casos novos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022 Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminino ocupa a primeira posição mais frequente em todas as Regiões brasileiras, com um risco estimado de 81,06 por 100 mil na Região Sudeste; de 71,16 por 100 mil na Região Sul; de45,24 por 100 mil na Região Centro-Oeste; de 44,29 por 100 mil na Região Nordeste; e de 21,34 por 100 mil na Região Norte.
	Assim, Boreng et al., (apud Tessaro et al., 2001) asseveram que o câncer de mama é mais comum em mulheres na faixa de 45 a 65 anos, sendo que pouco menos de 5% dos casos ocorrem em mulheres abaixo de 30 anos; a curva de incidência tem dois picos: aos 50 e aos 70 anos.
	O câncer de mama é, provavelmente, o tipo de tumor que mais amedronta as mulheres, tanto por sua alta prevalência, como por seus efeitos psicológicos e físicos (BRASIL, 2009). E um dos fatores que mais afeta as mulheres com câncer de mama é a sexualidade. Vários estudos mostram essa constatação (SANTOS et al., 2014; VIEIRA et al. 2014; CESNIK; SANTOS, 2012). 
Após o diagnóstico e estadiamento da doença, será discutido com a paciente as opções de tratamento. Nesse momento, é importante pesar os benefícios de cada opção terapêutica contra os possíveis riscos e efeitos colaterais. Existem vários tipos de tratamentos para o câncer de mama que irão variar de acordo com o tipo de tumor e do estágio da doença.
O tratamento para o câncer de mama deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar visando o atendimento integral das pacientes. As modalidades de tratamento incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. As decisões terapêuticas são baseadas em parte no estadiamento, porém o tamanho do tumor, o tipo e o grau histológicos, o status linfonodal, os níveis dos receptores de estrogênio e progesterona no tecido tumoral, o status menopausal e as condições clínicas gerais da paciente são também imprescindíveis na instituição do tratamento adequado. Em geral, são usados dois ou três métodos de tratamento (SALVAJOLI; SOUHAMI; FARIA, 2004).
Os métodos de tratamento baseiam-se tratamentos locais e tratamentos sistêmicos.  A terapia local visa tratar um tumor localmente, sem afetar o resto do corpo. Os tipos de terapia local utilizados para o câncer de mama incluem a Cirurgia e a Radioterapia. (American Cancer Society, 2019). A cirurgia tem como objetivo a retirada do tumor, podendo ser mastectomia (retirada de toda a mama), conservadora (retirada apenas da parte da mama onde se localiza o tumor) ou linfadenectomia (retirada dos linfonodos próximos a mama). Enquanto a radioterapia, tem como objetivo o controle local, a fim de destruir o tumor ou as células tumorais remanescentes, também chamadas de micrometástases. É comumente realizada após a cirurgia (WERUSTSKY, 2013). 
 A terapia sistêmica se refere ao uso de medicamentos que podem ser administrados por via oral, intramuscular, subcutânea, tópica, intratecal, intra-abdominal ou diretamente na corrente sanguínea por via endovenosa, para atingir as células cancerígenas em qualquer parte do corpo. A forma de aplicação da quimioterapia não interfere no seu efeito (Wisintainer, 2013). Dependendo do tipo de câncer de mama, diferentes tipos de tratamentos sistêmicos podem ser usados, incluindo; quimioterapia, hormonioterapia, terapia alvo, e imunoterapia (American Cancer Society, 2019). O tratamento sistêmico é divido em dois tipos, de acordo com o estágio da doença. Em estágios iniciais tem intuito curativo, já em estágios avançados, tem intuito paliativo (WERUSTSKY, 2013).
A sexualidade é um conceito que envolve vários aspectos. Villela e Arilha (2003) entendem ser a construção sócio-histórica permeada pela cultura, que resulta das sensações corporais relacionadas ao prazer sexual, dos discursos produzidos sobre tais sensações e das normas sociais de permissão e interdição da experiência ou ato que provoca a sensação. Contudo, a sexualidade pode ser radicalmente modificada durante o curso da vida de uma pessoa, sobretudo quando ocorre o adoecimento por uma doença grave como o câncer de mama.
No ser humano o ato sexual não é, como em outros animais, um ato puramente biológico. Ele envolve sentimentos, experiências anteriores, história familiar, orientação sexual, características físicas e até espiritualidade; todos esses aspectos influenciam a percepção sexual das pessoas e sua maneira de envolvimento com o ato sexual.
Em 2006, um grupo de consultores técnicos da Organização Mundial de Saúde, com a intenção de contribuir para a discussão a respeito da saúde sexual, definiu sexualidade da seguinte maneira:
“Sexualidade é um aspecto central do ser humano durante toda sua vida e abrange o sexo, as identidades e os papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. A sexualidade é experimentada e expressada nos pensamentos, nas fantasias, nos desejos, na opinião, nas atitudes, nos valores, nos comportamentos, nas práticas, nos papéis e nos relacionamentos. Embora a sexualidade possa incluir todas estas dimensões, nem todas são sempre experimentadas ou expressadas. A sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, cultural, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2006)”.
Sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contato, ternura e intimidade; ela integra-se no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influência também a nossa saúde física e mental (OMS, 2014)
A sexualidade tem, assim, muitas dimensões e múltiplas funções. Ao longo dos anos, a nossa sexualidade ou o modo como a vivemos vai sendo diferente. A sexualidade integra o conhecimento, as atitudes, os valores ou os comportamentos sexuais dos indivíduos. A expressão da sexualidade é influenciada por fatores de natureza ética, espiritual, cultural e moral (APF,2014).
A sexualidade não se reduz, portanto, à prática e ao prazer orgástico centrado no aparelho genital adulto, o qual será apenas o seu confluente terminal e último. Existe muito antes, muito antes dessa possibilidade. Existe sustentada na relação em geral” (MILHEIRO, 2001).
	Dessa forma, a escolha desse tema se deve por notar que existe uma grande preocupação entre as mulheres com câncer de mama com sua sexualidade, assim pretende-se trazer informações que possam contribuir com relação a essa questão. É importante ressaltar que é perfeitamente possível manter uma vida sexual ativa durante o tratamento, entretanto é importante e necessário ressaltar que muitos fatores interferem não apenas na vida sexual da mulher, mas também em vários outros aspectos após um diagnóstico de câncer de mama. Alguns deles são: o medo, angústias, cirurgias e consequências, perda do cabelo, mudanças físicas, cansaço (BARRIOS, 2013).
Para tanto, a problemática está em responder o seguinte questionamento: quais os fatores que influenciam a sexualidade em mulheres com câncer de mama?
A partir de então, esse estudo tem como objetivo identificar os fatores que influenciam a sexualidade de mulheres com câncer de mama.
	Assim sendo, como esse estudo envolve duas áreas da saúde, a Farmácia e a Enfermagem; tem-se como objetivo específico da Farmácia analisar os cuidados farmacêuticos relacionados a qualidade de vida sexual em mulheres com câncer de mama e como objetivo específico da Enfermagem analisar os cuidados de enfermagem relacionados a qualidade de vida sexual em mulheres com câncer de mama.
2 OBJETIVO
	Este estudo teve como objetivo identificar os fatores que influenciam a sexualidade de mulheres com câncer de mama.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Sobre sexualidade
A sexualidade é algo inerente ao ser humano e nos acompanha durante toda a nossa vida, sendo que está presente no nosso modo de ser. O exercício da sexualidade engloba o relacionamento sexual que pode perdurar por toda a vida da pessoa ou sofrer alterações devido a fatores internos e externos. Os fatores externos estão ligados a espaço físico para sua execução, às interferências de outras pessoas e, os internos, incluem patologias ou medicações que interferem no desejo, no funcionamentodos órgãos genitais ou no aspecto psicológico.
Sabemos que, quando as pessoas adoecem, elas tendem a ter uma desatenção para as atividades lúdicas e para atividades que estão relacionadas ao prazer, à alegria de viver e, às vezes, comprometem sua qualidade de vida. O relacionamento sexual é um dos aspectos que podem ficar comprometidos e os profissionais de saúde geralmente não dão ênfase nesse aspecto por falta de formação adequada para essa abordagem, seja por não considerá-la importante ou pelo fato de a pessoa doente ficar inibida de realizar questionamentos sobre essa área (LUND-NIELSEN e col., 2005).
No caso de mulheres com câncer de mama, há alteração direta em um órgão tido como erótico e ligado à prática sexual. Estudos sobre a sexualidade em mulheres mastectomizadas afirmam que a autoimagem delas fica alterada e que isto é um fator que interfere no exercício da sexualidade (CLAPIS, 1996, SILVA; MAMEDE, 1998, ROSSI; SANTOS, 2003).
Os tratamentos são agressivos, com graves sequelas físicas que incidem na sexualidade e, principalmente, na vida sexual. Os procedimentos cirúrgicos abrangem a mastectomia e cirurgias conservadoras da mama (nodulectomia e quadrantectomia), que alteram a aparência, a sensibilidade e a funcionalidade das mamas. A dissecção dos linfonodos axilares pode ocasionar o linfedema, com comprometimento da simetria corporal e movimentação do braço. As demais modalidades terapêuticas (quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal) acarretam efeitos colaterais como náuseas, vômitos, fadiga, alopecia, menopausa induzida, redução da lubrificação vaginal, redução da excitação sexual, dispareunia e anorgasmia (WHITE, 2004; PANJARI e col., 2011).
3.2 Sobre Qualidade de Vida
O conceito qualidade de vida tem sido foco de muitos estudos nas últimas décadas, nas mais diferentes áreas do conhecimento, e vem recebendo conotações diferentes, a depender da época e do contexto em que tem sido utilizado. Inicialmente, esse conceito era relacionado ao poder aquisitivo e à condição de vida proporcionada por ele, porém, com o avanço das pesquisas, observou-se que essa abordagem se tornou insuficiente para tal avaliação. (relatório mundial Genebra: OMS; 2002).
A OMS define qualidade de vida como:
“Qualidade de Vida foi definida como a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações". Envolve o bem espiritual, físico, psicológico e emocional; além de relacionamentos sociais; saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida.” (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998)
Qualidade de vida relacionada à saúde e estado subjetivo de saúde são conceitos afins, centrados na avaliação subjetiva do paciente, mais necessariamente ligados ao impacto do estado de saúde sobre a capacidade do indivíduo viver plenamente. Entretanto qualidade de vida é mais geral e inclui uma variedade potencial maior de condições que podem afetar a percepção do indivíduo, seus sentimentos e comportamentos relacionados com o seu funcionamento diário, incluindo, mas não se limitando, à sua condição de saúde e às intervenções médicas (WHOQOL, 2004).
Apesar de haver inúmeras definições, não existe uma definição de qualidade de vida que seja amplamente aceita. Cada vez mais claro, no entanto, é que não inclui apenas fatores relacionados à saúde, como bem-estar físico, funcional, emocional e mental, mas também outros elementos importantes da vida das pessoas como trabalho, família, amigos, e outras circunstâncias do cotidiano, sempre atentando que a percepção pessoal de quem pretende se investigar é primordial (GILL & FEISNTEIN, 1994).
TANI (2002) aborda que, a exemplo da qualidade de vida, determinados aspectos da nossa vida como a felicidade, amor e liberdade, mesmo expressando sentimentos e valores difíceis de serem compreendidos, não se tem dúvida quanto a sua relevância.
Medidas quantitativas de qualidade de vida poderiam servir como indicadores para nortear estratégias de intervenção terapêutica e criar parâmetros para definição de ações no sentido de promoção de saúde individual ou coletiva. Embora seja consensual a relação entre saúde e qualidade de vida e sua importância na promoção de saúde, na prática clínica não é usual inferi-la (CERQUEIRA, CREPALDI, 2000).
O interesse em conceitos como "padrão de vida" e "qualidade de vida" foi, inicialmente, compartilhado por cientistas sociais e filósofos. O crescente avanço tecnológico dentro da área da saúde trouxe, como consequência, condições crônicas e aumento da sobrevida dos pacientes. A oncologia foi a especialidade que se viu confrontada com as necessidades de se avaliar a qualidade de vida dos seus pacientes (GANZ, 2000).
A avaliação da qualidade de vida considera a percepção subjetiva do paciente, isto é, um passo importante em direção a uma abordagem mais abrangente e humanista para o tratamento do câncer. Esta tendência é bem documentada na literatura, devido ao aumento do número de estudos de câncer da mama que registram resultados de avaliação de qualidade de vida (MOSCONI, COLOZZA, DE LAURENTIIS, et al., 2001).
O procedimento de mastectomia e a própria neoplasia maligna da mama instalada podem afetar a autoestima e, consequentemente, a qualidade de vida (QV) das pacientes. A qualidade de vida está ligada ao impacto da sociedade e do estado de saúde geral de cada indivíduo e possui relação com a possibilidade de que as pacientes possam viver plenamente com seu comportamento diário, hábitos familiares normais, tendo sua própria aceitação (BROCHONSKI, RODRIGUES, et al., 2017).
A realização de pesquisas sobre qualidade de vida em mulheres com câncer de mama é de suma importância para o levantamento dos domínios afetados em detrimento dessa neoplasia maligna, o que possibilita o planejamento das intervenções direcionadas à reabilitação das mulheres que convivem com o câncer de mama, doença altamente estigmatizada (LOBO, FERNANDES, et al., 2008).
Percebe-se neste sentido, a necessidade de cuidado longitudinal às mulheres com câncer para garantir o cuidado integral, com intuito de resolução dos problemas não somente de saúde, mas os aspectos que englobam seu bem estar como um todo (Aguiar FAR, Sousa TC, et al, 2018).
3.3 Sobre os aspectos psicológicos
O diagnóstico é vivido tanto pela paciente quanto pela família como um momento de intensa angústia, onde a possibilidade de morte e mutilação fazem-se presentes de forma pregnante. Os sentimentos mais comuns apresentados pela mulher com câncer de mama são: raiva, tristeza, inquietação, ansiedade, angústia, medo e luto. Cada paciente vivencia de forma individual essa experiência, acerca de seu diagnóstico e dos aspectos psicossociais envolvidos nesse processo, podendo utilizar-se da negação como perigoso mecanismo de defesa nesta circunstância.
A descoberta desta neoplasia pode abalar intensamente a identidade da mulher dado a mama ser um órgão que está relacionado à feminilidade, ao prazer, sensualidade, diferença de sexos, sexualidade, além de estar intensamente ligada à maternidade, uma vez ser fonte de alimento para o bebê.
Para Vieira, Lopes e Shimo, (2007). “O câncer de mama desestrutura a mulher no sentido de trazer para a sua convivência a incerteza da vida, a possibilidade de recorrência da doença e a incerteza do sucesso do tratamento.” 
A reação da paciente em relação ao seu diagnóstico depende principalmente de suas características de personalidade e da doença. “A mulher passará por várias fases de conflito interno que oscilam desde a negação de doença [...] até a fase final onde há a aceitação da existência do tumor” (Maluf, Mori e Barros, 2005).
O tempo de espera durante o qual os dados dos exames são analisados e confirmados é traduzido em sinais de ansiedade, angústia e desamparo podendo ser preenchido com pensamentos de morte e pânico.(BERGAMASCO E ANGELO, 2001)
MALUF, MORI E BARROS, (2005), afirmam:
“Na realidade, o processo de luto pelo qual passa a mulher com câncer de mama é um momento em que esta tem a possibilidade de entrar em contato com seus conteúdos internos e os chocar com a nova realidade, elaborando isso, para que possa refazer psiquicamente sua autoimagem, através do contato com uma nova realidade, neste caso, o câncer de mama. Porém, este processo é doloroso, sendo acompanhado desde uma tristeza até uma profunda depressão, além de sentimentos como angústia, medo e desesperança.” (p. 152)
Estudos prospectivos que avaliaram a qualidade de vida de mulheres submetidas à mastectomia demonstraram que elas sentiram piora não só na imagem corporal, mas também na vida sexual, limitações no trabalho e até mesmo mudanças nos hábitos e atividades de vida diária (ENGEL et al., 2004)
Mesmo quando o tratamento permite a preservação da mama e ocorre apenas a retirada do tumor, observa-se que a indicação causa medos e crises nas doentes. “No imaginário social, a mama costuma ser associada a atos prazerosos – como amamentar, seduzir e acariciar –, não combinando com a idéia de ser objeto de uma intervenção dolorosa, ainda que necessária” (GOMES, SKABA & VIEIRA, 2002, p. 200-201).
O câncer de mama ainda é um dos mais temidos dos cânceres pelo fato de acometer uma parte valorizada do corpo da mulher e, que em muitas culturas, desempenha função significativa na sexualidade da mulher e sua identidade. 
Para Negrine (In Regis e Simões, 2005) a mulher com câncer de mama torna-se uma pessoa duramente atingida física, psicológica e socialmente, tanto pela doença como pelo tratamento. Aceitar sua nova condição, e adaptar-se à nova imagem de seu corpo, exige um esforço muito grande para o qual, muitas não estão preparadas.
O câncer de mama e seu tratamento, muitas vezes mutilador, podem conduzir a mulher a alterações na sua autoimagem, perda funcional, alterações psíquicas, emocionais e sociais. Essas incertezas frente ao câncer acarretam fases, caracterizadas como luto, que é um conjunto de reações diante de uma perda. Estas fases do luto são: negação e isolamento, raiva, barganha, depressão, aceitação. As pacientes reagem diferentemente a tais notícias, dependendo de sua personalidade, do estilo e do modo de vida pregressos. (KÜBLER-ROSS, 2005)
O impacto psicológico causado pelo câncer de mama traz uma significativa repercussão na vida da paciente. Quando esse momento é vivido com conhecimento e compreensão, através de um apoio psíquico, torna-se possível o entendimento dos seus medos e angústias que podem interferir em uma resposta ao seu tratamento terapêutico.  Desta forma, é importante que o acompanhamento multidisciplinar e especializado seja promovido à paciente com dedicação e confiança, oferecendo assim, o reestabelecimento da saúde em seu sentido mais amplo.
4 MÉTODOLOGIA
O estudo utilizou o método de revisão integrativa da literatura, que tem como finalidade reunir, e resumir o conhecimento científico, antes produzido sobre o tema investigado. Avalia, sintetiza e busca nas evidências disponíveis a contribuição para o desenvolvimento da temática (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008). Esta estratégia propõe a discussão crítica dos métodos, fontes, objetivos e resultados, permitindo elaborar conclusões quanto ao campo de conhecimento demarcado.
De acordo com Mendes et.al (2008), a preparação de uma revisão integrativa presume os seguintes passos: seleção de uma questão sobre o tema de escolha que seja norteadora assim como suas hipóteses, definição de critérios de inclusão e exclusão da amostra, definição de características dos estudos antecedentes a este, análise de dados, interpretação dos resultados obtidos e apresentação da revisão integrativa.
Etapa 1 - Realiza-se a identificação do tema, seleção de hipóteses ou questões que norteiam a pesquisa para a revisão integrativa, delimitou-se o tema buscando responder as questões norteadora: quais os fatores que influenciam a sexualidade em mulheres com câncer de mama?
 Etapa 2 - O levantamento bibliográfico foi efetuado pela Internet, demarcando a produção científica nacional e internacional ao período de 2003 a 2019, indexada nas bases de dados SciELO e Bireme e Google Acadêmico.
Foram selecionados artigos indexados por meio dos seguintes descritores: “libido”, “hormonioterapia”, “câncer de mama”, “sexualidade”, “mulheres”, “problemas”, “cuidados”, “enfermagem”, “farmácia”, “qualidade”, “vida” e suas diversas combinações.
Nesta pesquisa bibliográfica foram considerados como critérios de inclusão para busca dos artigos os seguintes parâmetros: (1) artigos publicados entre 2003 e 2019; (2) redigidos na língua portuguesa ou espanhola; (3) que disponibilizavam o resumo nas bases indexadoras; (4) que apresentavam resultados empíricos; (5) publicados em periódicos disponibilizados online e na íntegra, seja no site da própria revista; (6) que atendessem os critérios estabelecidos para escolha do tema em questão. 
Como critérios de exclusão foram estabelecidos os parâmetros: (1) apresentação sob formato de dissertação, editorial, resenha, comentário ou crítica; (2) relatos de pesquisa que não guardavam relação direta com a temática investigada.
Após o levantamento bibliográfico realizado pela Internet, foram examinados através dos resumos um total de 64 artigos que apresentaram um ou mais dos descritores usados para a realização da seleção.
No final da pesquisa a amostra ficou composta por 23 artigos indexados nas bases indexadoras, que se enquadravam nos objetivos deste estudo, em alguns deles sendo relatadas experiências e, em outros trazendo resultados de pesquisa sobre determinados cenários sobre os problemas sexuais apresentados pelas mulheres com câncer de mama submetidas ao tratamento de câncer de mama.
Segue abaixo um fluxograma da seleção dos artigos:
Figura 01 - Fluxograma Seleção de Artigos
Busca dados/artigos: 
(n=80)
Examinados por Resumo
(n= 64)
Artigos Selecionados
(n= 23)
SciELO - 08
Bireme – 04
Google Acadêmico -11
Artigos não adequados aos critérios estabelecidos
(n= 41)
Artigos excluídos por duplicidade
(n= 06)
Etapa - 3 Para direcionar a análise elaborou-se um formulário de identificação, que foi preenchido para cada artigo da amostra, permitindo a organização de informações relativas à sua identificação e dos autores, fonte de obtenção e características da publicação, objetivos, características do estudo, análise dos dados e principais resultados, bem como limitações e recomendações sugeridas. Os dados foram organizados segundo os conteúdos examinados e explorados em termos de frequência absoluta.
Etapa 4 - A avaliação dos estudos foi realizada através uma análise crítica dos estudos selecionados, observando os aspectos metodológicos, a similaridade entre os resultados encontrados. Sendo esta análise realizada de forma minuciosa, buscando respostas para os resultados diferentes ou conflitantes nos estudos.
Etapa 5 - Os resultados foram fundamentados na avaliação crítica dos estudos selecionados, tendo realizado comparação dos estudos e das temáticas abordadas frente ao objeto de pesquisa proposto.
Etapa 6 - Como conclusão desta revisão integrativa, foi realizada elaboração do resumo das evidências disponíveis, com a produção dos resultados (a síntese do conhecimento é apresentada a seguir nos resultados).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A apresentação dos resultados e a discussão deste estudo serão realizadas simultaneamente neste tópico, para facilitar o entendimento do processo de análise.
Na fase de discussão dos resultados encontrados e fundamentada por uma avaliação crítica, realizou-se a comparação destes resultados com o conhecimento teórico, identificando, a partir desta comparação, possíveis conclusões e implicações resultantes da revisão integrativa realizada.
A amostra deste estudo foi constituída de 23 artigos, que corresponderam ao seguinte critério de inclusão: Levantamento bibliográfico efetuadopela Internet, demarcando a produção científica nacional e internacional ao período de 2003 a 2019, indexada nas bases de dados SciELO e Bireme e Google Acadêmico. Sendo selecionados artigos indexados por meio dos seguintes descritores: “libido”, “hormonioterapia”, “câncer de mama”, “sexualidade”, “mulheres”, “problemas”, “cuidados”, “enfermagem”, “farmácia”, “qualidade”, “vida” e suas diversas combinações.
Foi realizado uma primeira leitura, para verificar se o material selecionado era concernente ao assunto do estudo proposto. Foi observado seus conteúdos em relação com a qualidade de vida sexual de mulheres com câncer de mama, objetivos, metodologia, resultados e discussões, conclusões e recomendações dos autores.
Quanto a metodologia dos estudos selecionados, foram observados 07 tipos metodologias aplicadas conforme a tabela abaixo:
Quadro 1 - Apresentação da metodologia utilizada nos artigos selecionados para o estudo. Santo André,2020.
	Metodologia
	Estudo do tipo bibliográfico, descritivo, exploratório
	Estudo qualitativo
	Estudo descritivo
	Revisão sistemática
	Revisão de literatura
	Revisão integrativa
	Estudo longitudinal a partir de dados secundários
	Quantidade de Artigos
	05
	05
	02
	04
	01
	05
	01
Após nova leitura do material, foi elaborado um quadro que contém o título dos artigos, suas respectivas fontes e autorias, os objetivos, o referencial teórico utilizado, a metodologia, os resultados ou conclusões e as principais recomendações dos autores.
Quadro 2 - Apresentação da síntese dos artigos incluídos na Revisão Integrativa: Identificação do estudo, título, autores, fontes de informação, objetivos, metodologia e principais resultados. Santo André,2020.
	Artigo
	Título
	Autoria
	Periódico
	Fonte
	Objetivos
	Metodologia
	Resultados/
Conclusões/
Recomendação
	01
	Relações entre qualidade de vida, câncer de mama e hormônio
terapia.
	Tatiana Barbieri Santana; Dayane de Aguiar Cicolella; Cristine Kasmirscki; Karina Amadori Stroschein Normann; Tanisa Lanzarini.
	Revista Cuidado em Enfermagem - CESUCA - v. 4, n.5 p. 38-46, janeiro / 2018 
	Google acadêmico
	Revisar as produções científicas brasileiras sobre a temática da qualidade de vida de mulheres com câncer de mama, em tratamento com hormonioterapia.
	Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, descritivo, exploratório. A coleta de dados foi realizada por meio do levantamento de artigos científicos.
	 A partir das publicações selecionadas foi possível conhecer que o tratamento hormonal apresenta influência na sexualidade da mulher, sendo considerado um importante fator relacionado à qualidade de vida. O prejuízo na função sexual está relacionado a baixa autoestima, medo de perda da fertilidade, transição menopausa durante o tratamento e história de relacionamento conjugal considerado insatisfatório.
	02
	Sexualidade em oncologia
	Heloisa Junqueira FleuryI , Helena Soares de Camargo PantarotoII, Carmita Helena Najjar Abdo
	Medicina sexual - Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 
	Bireme
	Avaliar a disfunção sexual baseadas em modelos que combinam aspectos psicológicos e biológicos em pacientes oncológicos
	Estudo do tipo bibliográfico, descritivo, exploratório. A coleta de dados foi realizada por meio do levantamento de artigos científicos
	A maior sobrevida de pacientes com câncer, obtida pelos recentes avanços de diferentes abordagens terapêuticas, tornou essencial a intervenção ampla, visando o bem-estar físico, psicológico, social, relacional e sexual desses pacientes e de suas parcerias. Um grande desafio é atender às questões relacionadas à sexualidade do(a) paciente e da(o) parceira(o), para que ambos possam desenvolver aceitação e adaptação às alterações provocadas pelo câncer e às sequelas dos tratamentos
	03
	Vivência da sexualidade após o câncer de mama: estudo qualitativo com mulheres em reabilitação
	Elisabeth Meloni Vieira; Daniela Barsotti Santos; Manoel Antônio dos Santos; Alain Giami
	Revista Latino-Americana de Enfermagem. maio-jun. 2014:
	Google acadêmico
	Compreender as repercussões psicossociais e culturais do câncer de mama e seus tratamentos na sexualidade de mulheres.
	Trata-se de estudo qualitativo, embasado na Teoria dos Scripts Sexuais com participação de 23 mulheres entrevistadas e participantes de grupos focais.
	Cada categoria foi relacionada a um nível dos scripts sexuais. No nível cenário cultural destacou-se um discurso sobre sexualidade que inclui definições de atratividade sexual e sexualidade. No nível scripts interpessoais focaliza-se a categoria comunicação sobre sexualidade estabelecida com o parceiro e com profissionais de saúde; e no nível scripts da subjetividade analisam-se os relatos de melhora, piora e ausência de alterações na vida sexual após o câncer. A experiência do câncer envolve aspectos culturais, relacionais e subjetivos que interferem na vida sexual, assim, o profissional de saúde deve estar atento a eles para melhorar a atenção integral em saúde.
	04
	Comprometimento da Sexualidade de Mulheres com Câncer de Mama
	Ana Inêz Severo Varela, Luciana Martins da Rosa, Natália Sebold, Ana Gabriela laverde, Amarildo Maçaneiro, Alacoque Lorenzini Erdmann
	Revista Enfermagem em Foco; 2017 
	Google acadêmico
	Identificar os obstáculos relacionados à sexualidade e à vida sexual de mulheres com câncer de mama
	pesquisa descritiva, que incluiu dez mulheres submetidas à mastectomia ou quandrantectomia residentes no município de Florianópolis, selecionadas pelo método bola de neve. Dados obtidos por entrevistas semiestruturadas, realizadas entre março e maio de 2014, submetidos à análise de conteúdo e sustentados teoricamente por estudos afins
	Os obstáculos encontrados envolvem o enfrentamento familiar e pessoal comprometidos e a alteração sexual e ginecológica. Conclusão:
apesar do avanço científico e tecnológico, permanece a necessidade de cuidado integral e individualizado à mulher, aos companheiros e aos familiares
	05
	Câncer de mama e sexualidade: considerações
	Sônia Maria Rolim Rosa Lima, Ana Lucia Ribeiro Valadares
	Arquivos Médicos Hospitalares da Faculdade Ciências Médicas Santa Casa São Paulo. 2014
	Google acadêmico
	Este artigo visa abordar diferentes ítens que possam exercer influência de modo direto ou indireto na sexualidade dessas mulheres assim como a sua compreensão
	Estudo do tipo bibliográfico, descritivo, exploratório. A coleta de dados foi realizada por meio do levantamento de artigos científicos
	A maior sobrevida de pacientes com câncer, obtida pelos recentes avanços de diferentes abordagens terapêuticas, tornou essencial a intervenção ampla, visando o bem-estar físico, psicológico, social, relacional e sexual desses pacientes e de suas parcerias. Um grande desafio é atender às questões relacionadas à sexualidade do(a) paciente e da(o) parceira(o), para que ambos possam desenvolver aceitação e adaptação às alterações provocadas pelo câncer e às sequelas dos tratamentos
	06
	Qualidade de vida de mulheres com câncer de mama
	Délio Marques Conde, Aarão Mendes Pinto-Neto, Ruffo de Freitas Júnior, José Mendes Aldrighi
	Revista Brasileira de Obstetrica, 2006 
	Scielo
	Identificar dos fatores relacionados à qualidade de vida e a compreensão da forma como esses fatores contribuem para a percepção da qualidade de vida em mulheres com câncer de mama
	Revisão Sistemática
	A análise dos diversos fatores que contribuem para a qualidade de vida sugere que a sua influência é mais intensa nos primeiros anos que se seguem ao diagnóstico e ao tratamento antineoplásico. Maior experiência e familiaridade com terapias alternativas para o alívio dos sintomas climatéricos e para a prevenção e tratamento da perda de massa óssea são objetivos a serem alcançados por aqueles envolvidos com a assistência de mulheres com câncer de mama. Dessa forma, estaremos mais próximos do conceito de assistência integral à saúde da mulher e contribuindo paramelhor qualidade de vida dessas mulheres
	07
	Impacto do Tratamento do Câncer de Mama na Qualidade de Vida
	Renata Cardoso, Alexandre Almeida Barra, Rosangela Correa Dias, Ana Silvia Diniz Makluf
	Revista Brasileira de Cancerologia, 2008 
	Google acadêmico
	Investigar o impacto do tratamento de câncer de mama sobre a qualidade de vida
	Revisão de Literatura
	Apesar de alguns conflitos encontrados na literatura, percebe-se neste estudo de revisão que, de modo geral, existe grande influência do tratamento para câncer de mama na vida dessas mulheres. Observa-se que a mastectomia apresenta relação negativa com a qualidade de vida, bem como a quimioterapia e a radioterapia. Dos sintomas decorrentes dos tratamentos, pode-se relatar que a fadiga, a depressão, os sintomas da menopausa, os sintomas na mama e no braço são os mais relacionados negativamente. Este estudo vem reafirmar a necessidade da informação sobre as consequências dos tratamentos para câncer, orientação sobre a nova condição, além de suporte psicológico durante todo o tratamento
	08
	Câncer de mama e seus efeitos sobre a sexualidade: uma revisão sistemática sobre abordagem e tratamento
	Beatriz Daou Verenhitach, Juliana Nonato Medeiros, Simone Elias, Afonso Celso Pinto Nazário
	Revista Femina - Estudo realizado no Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – São 
	Bireme
	Identificar as causas dos diferentes tipos de disfunção sexual em mulheres com câncer de mama
	Revisão Sistemática de Literatura
	: Prejuízos na função sexual podem ser um dos aspectos mais problemáticos da vida após o câncer de mama, com impacto persistente por anos após o tratamento e associado a sérios efeitos adversos físicos e emocionais. Redução na frequência de relações, incapacidade de atingir orgasmo e menor satisfação sexual resultam de vários fatores, incluindo fadiga, dor, estressores psicossociais, prejuízos na imagem corporal e autoestima, além da menopausa secundária à quimioterapia e suas consequências, tais como secura vaginal, fogachos e ganho de peso. Preocupação recorrente entre portadoras de câncer de mama são as sequelas emocionais e físicas, o sentimento de não ser sexualmente atraente ou de perda da feminilidade, além do impacto no parceiro e no relacionamento conjugal. Esta revisão demonstra que há evidência científica de efeitos significativos do câncer de mama sobre a sexualidade, tanto nos aspectos físicos quanto psicológicos
	09
	Enfrentando a mastectomia: análise dos relatos de mulheres mastectomizadas sobre questões ligadas à sexualidade
	Tânia Pires Duarte, Ângela Nobre de Andrade
	Estudos de Psicologia 2003 
	Scielo
	Este trabalho se propôs a investigar como seis mulheres mastectomizadas, com idades de 37 a 55 anos, e com tempo de cirurgia de 1 ano e meio a 8 anos, percebiam a sua sexualidade
	Como técnica de coleta de dados optou-se por entrevistas
não-dirigidas, que tiveram uma duração média de 60 minutos.
Esse recurso metodológico permitiu que as entrevistadas falassem livremente sobre o processo de adoecer e as questões relacionadas à vivência da sexualidade
	Análise das categorias possibilitou compreender não somente algumas faces da realidade das mulheres mastectomizadas a partir de sua própria percepção, como também as formas adotadas por elas para enfrentar a doença, assim como os diversos modos de expressar a sua sexualidade. As entrevistadas revelaram que antes do câncer eram mais sociáveis e alegres; porém, após a doença tornaram-se reservadas, tristes e procuram isolar-se do contato social. Além disso, no que se refere aos relacionamentos amorosos, associam a sexualidade ao aspecto genital, e durante as relações sexuais sentem-se inibidas, e tentam ocultar a mama mutilada
	10
	Desconfortos físicos decorrentes dos tratamentos do câncer de mama influenciam a sexualidade da mulher mastectomizada
	Vanessa Monteiro Cesnik, Manoel Antônio dos Santos
	Rev Esc Enferm USP, 2012 
 
	Scielo
	Objetiva analisar a produção científica dedicada à sexualidade da mulher com câncer de mama após a mastectomia, com foco na interferência dos desconfortos físicos decorrentes dos tratamentos sobre sua vida sexual
	Revisão Integrativa
	Os achados evidenciaram que, mesmo quando existe intensa e satisfatória vida sexual no período prévio à doença, fatores como estresse, dor, fadiga, insulto à imagem corporal e baixa autoestima, decorrentes dos tratamentos, podem desorganizar o funcionamento sexual da mulher acometida. É necessário sensibilizar os profissionais para acolherem o tema em políticas e estratégias preventivas, diagnósticas e terapêuticas
	11
	Fatores associados à persistência à terapia hormonal em mulheres com câncer de mama.
	Cláudia Brito; Margareth Crisóstomo PortelaI; Mauricio Teixeira Leite de Vasconcellos
	Rev Saúde Pública 2014 
	Scielo
	Analisar os fatores associados à persistência à hormonioterapia para câncer de mama visando à melhoria da qualidade do cuidado prestado
	Estudo longitudinal a partir de dados secundários. Foi analisada uma coorte de 5.861 mulheres com câncer de mama registradas em diferentes bancos de dados do Instituto Nacional de Câncer e do Sistema Único de Saúde. Todas as pacientes foram tratadas nesse hospital, que dispensa a medicação gratuitamente, e o período de seguimento foi de janeiro de 2004 a outubro de 2010
	Das mulheres com câncer de mama, 69,0% não persistiram ao término de cinco anos do tratamento hormonal, aumentando o risco de uma resposta clínica inadequada. Os resultados mostram aspectos do cuidado que podem conduzir a melhores respostas ao tratamento
	12
	O impacto psicológico do câncer de mama
	Maria Fernanda de Matos Maluf, Lincon Jo Mori , Alfredo Carlos S. D. Barros
	Revista Brasileira de Cancerologia 2005
	Bireme
	Promover o conhecimento do impacto psicológico produzido pelo câncer de mama através da revisão da literatura internacional
	Para esta revisão, foi utilizada uma pesquisa no Medline, entre 1980 e 2004, cruzando-se os unitermos "câncer de mama x aspectos psicológicos" além da pesquisa em livros da área de Ginecologia e Psicologia, que abordavam temas como câncer de mama, luto e morte, psicologia hospitalar, entre outros
	Através do conhecimento e da compreensão dos processos psíquicos porque passam a mulher com câncer de mama, durante todas as fases do tratamento, torna-se possível o entendimento de sua dinâmica psíquica: seus medos, angústias e fantasias que podem interferir em uma melhor resposta ao tratamento. Desta forma torna-se imprescindível a formação de uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos e médicos, para que juntos proporcionem à mulher com câncer de mama, um atendimento humanitário, completo, promovendo assim o restabelecimento da saúde em seu sentido mais amplo: o indivíduo visto como um todo, ou seja, como um ser biopsicossocial, que se relaciona com o meio em que vive, mas que precisa estar em harmonia consigo próprio
	13
	A onco-psiquiatria no câncer de mama – considerações a respeito de questões do feminino
	Fábio Scaramboni Cantinelli; Renata Sciorilli Camacho; Oren Smaletz; Bárbara Karina Gonsales; Érika Braguittoni; Joel Rennó Jr
	Rev. Psiquiatria Clínica. 33; 2006
	Scielo
	O objetivo desta revisão foi fazer um apanhado conciso, porém relevante, de algumas dessas questões. Entendemos que muitos dos tópicos levantados neste artigo são por si só temas de revisões, e, por mais amplo que tenha pretendido ser este artigo, outras questões também igualmente importantes podem ter sido excluídas
	Revisão de Literatura
	: Dessa forma, relevamos o seguinte em relação a tudo o que foi levantado: manter vigilância quanto aos aspectos psíquicos de mulheres acometidas com câncer de mama e à sua QV, em especial à imagem corporal, saúde e desconfortos físicos, trabalho e vida sexual. Esperamos que este artigo acrescente àqueles que estudam o tema, abra interesse em outros e possa servir como foco de possíveis discussões sobre o assunto
	14
	A Sexualidade da Mulher com Câncer de Mama:Análise da Produção Científica de Enfermagem
	Simone Mara de Araújo Ferreira, Marislei Sanches Panobianco, Thaís de Oliveira Gozzo, Ana Maria de Almeida
	Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2013 Jul-Set 
	Scielo
	Objetivou analisar o conhecimento produzido pela enfermagem brasileira sobre a sexualidade de mulheres com câncer de mama, visando a melhoria do cuidado de enfermagem
	Revisão integrativa
	Os resultados mostraram que a sexualidade das mulheres, muitas vezes, está restrita à prática sexual, e apenas alguns relatos mostram a sexualidade como algo mais abrangente. As mulheres acometidas pelo câncer de mama apresentam comprometimento no exercício da sexualidade, e o apoio do companheiro auxilia no enfrentamento, sendo percebido como muito significativo em todas as etapas da doença. A análise dos estudos evidencia uma assistência de enfermagem que não contempla esse aspecto do cuidado, necessitando de reestruturação. Essa assistência deve ser estendida aos parceiros e deve ultrapassar a dimensão biológica
	15
	Sexualidade e câncer de mama: uma revisão sistemática da literatura
	Daniela Barsotti Santos, Manoel Antônio dos Santos, Elisabeth Meloni Vieira
	Saúde Soc. São Paulo, v.23, n.4, p.1342-1355, 2014
	Scielo
	O objetivo deste estudo foi compreender como o câncer de mama e seus tratamentos afetam a vivência da sexualidade da mulher acometida
	Revisão sistemática qualitativa de artigos científicos
	Há necessidade de novos estudos a respeito dos aspectos culturais da sexualidade, diversidade sexual, relacionamento com o parceiro, formação do profissional de saúde e intervenções em sexualidade no contexto do câncer de mama
	16
	Refletindo sobre a sexualidade da mulher mastectomizada
	Anézia Moreira Faria Madeira; Geovana Brandão Santana Almeida; Maria Cristina Pinto de Jesus
	REME – Rev. Min. Enferm.; 11(3):254-257, jul/set, 2007
	Bireme
	Neste estudo, objetivou-se compreender o significado que a mulher atribui ao ter a mama extirpada ou parcialmente mutilada
	A fenomenologia foi utilizada como trajetória metodológica da pesquisa
	Este estudo permitiu refletir sobre a importância de se fazer uma reestruturação da assistência prestada à mulher mastectomizada não só por enfermeiros assistenciais, docentes, responsáveis pela formação dos futuros profissionais, mas por toda equipe de saúde. Evidencia-se a necessidade de apoio e orientação à equipe de saúde como suporte emocional apara a continuidade da trajetória de vida dessa mulher
	17
	: Sexualidade no pós-operatório de câncer de mama
	Débora Miranda Carvalho; Carolina Martins; Laura Ferreira de Rezende
	Pensamento Plural: Revista Científica do , São João da Boa Vista, v.5, n.2, 2011 
	Google acadêmico
	O objetivo deste trabalho foi avaliar a sexualidade de pacientes no pós-operatório de câncer de mama em suas diversas fases
	Este trabalho foi realizado através da aplicação do questionário Quociente Sexual Feminino (QS-F), realizado em um único momento, com a participação de 11 pacientes mastectomizadas com relação conjugal estável
	Observou-se que cinco das pacientes possuem vida sexual de regular a bom, quatro desfavorável a regular e duas das pacientes de ruim a desfavorável. Foi possível observar que as pacientes apresentaram maior prejuízo em relação à satisfação sexual e ao orgasmo
	18
	Sexualidade na mulher com câncer de mama
	Claudia Fernandez Rodrigues , Florence Zanchetta Coelho Marques
	Revista Oncologia: DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO – 
	Google acadêmico
	O objetivo do presente artigo se propõe a revisar estudos que abordaram saúde sexual em mulheres que tiveram diagnóstico de câncer
	Revisão bibliográfica através da pesquisa de artigos científicos de revisão ou originais na base de dados PubMed
	Evidenciou-se uma abordagem pouco efetiva dos profissionais que acompanham pacientes com câncer e que as próprias pacientes não costumam relatar queixas sexuais nas consultas médicas. A dispareunia é a principal queixa e alguns tratamentos estão disponíveis, como lubrificantes, hidratantes vaginais, estrogênio tópico ou laser vaginal. Para disfunções sexuais, a melhor abordagem é a que envolve fármacos associados à terapia sexual
	19
	Considerações sobre a saúde sexual de mulheres com câncer: Uma Revisão Integrativa da Literatura
	Lina Alves Sousa Brito; Pedro Walisson Gomes Feitosa; Jacyanne Gino Vieira; Italo Constâncio de Oliveira; Carmelita Maria Silva Sousa; Lina Maria Vidal Romão; Allex Alves Sobral de Sousa; Francisco Rafael Soares de Sousa; Willma José de Santana
	Revista Multidisciplinar e Psicologia - V.13, N. 45. p. 750-762, 2019 
	Google acadêmico
	Esse trabalho objetiva reunir os conhecimentos produzidos acerca da influência do câncer na saúde sexual de mulheres, a fim de propor estudos e discussões necessárias para cristalização do cuidado em saúde integral de mulheres
	Foi realizada uma revisão integrativa da literatura com busca de artigos em diferentes bases de dados, resultando em um conjunto de 10 artigos com diferentes abordagens e informações quanto ao tema em estudo
	Conclui-se, em análise aos resultados obtidos, que as variáveis da sexualidade feminina, em generalidade, sofrem alteração no período da enfermidade, sendo de maior para menor impacto causado pela doença a auto-imagem, a função sexual, o relacionamento com o parceiro, e a qualidade de vida
	20
	Nossa vida após o câncer de mama: percepções e repercussões sob o olhar do casal
	Dayane de Barros FerreiraI , Priscila Moreira Farago , Paula Elaine Diniz dos ReisII, Silvana Schwerz FunghettoII
	Revista Brasileira de Enfermagem - Brasília 2011 mai-jun 
	Scielo
	Conhecer as repercussões do câncer de mama na vida de casais, mulheres mastectomizadas e seus companheiros
	Estudo qualitativo, realizado no Ambulatório de Mastologia de um hospital público do Distrito Federa
	Conclui-se que ocorrem mudanças significativas na vida do casal e que o apoio mútuo é necessário para um melhor enfrentamento da patologia, seguido pelo amparo familiar
	21
	Mastectomia: As cicatrizes na sexualidade feminina
	Jucimere Fagundes Durães Rocha , Priscila Karolline Rodrigues Cruz , Maria Aparecida Vieira , Fernanda Marques da Costa , Cássio de Almeida Lima
	Revista de Enfermagem UFPE on line. Recife nov., 2016 
	Google acadêmico
	Descrever os reflexos da mastectomia sobre a sexualidade das mulheres atendidas no Programa Saúde da Mulher
	Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, com 14 mulheres submetidas à mastectomia total em Montes Claros/MG. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevista individual semiestruturada, em seguida, foi realizada a análise a partir da técnica de análise do conteúdo
	A experiência da mastectomia é diversificada e distinta para cada mulher, envolve implicações sobre identidade, corporiedade e sexualidade
	22
	Qualidade de vida nos pacientes oncológicos: revisão integrativa da literatura latino-americana
	Alexandra Paola Zandonai I, Fernanda Mara Coelho Cardozo II, Isabo Nayru Gonzales Nieto III, Namie Okino Sawada IV
	Revista Eletrônica de Enfermagem online Goiás dezembro de 2010 
	Google acadêmico
	Os objetivos foram caracterizar a produção científica latino americana sobre QV em pacientes oncológicos adultos; identificar aspectos relacionados à QV nesta população; identificar os instrumentos utilizados para avaliar a QV
	Uma das estratégias metodológicas para realizar a prática baseada em evidências é a revisão integrativa. A amostra resultou em 25 artigos, nos quais havia uma alta concentração de estudos na subcategoria QV nos diferentes tipos de câncer
	Observamos uma carência em estudos que avaliem a QV em jovens portadoras de câncer de mama. Argumenta-se que essas jovens podem necessitar de intervenções que são especificas como as relacionadas com os sintomas da menopausa precoce, problemas com relacionamentos, função sexual e imagem corporal. Sentimos a falta de envolvimento e comprometimento do enfermeiro, com pesquisas sobre QV uma vez que este é responsável pela assistência prestada ao pacientes, além de possuir uma bagagem práticae científica que o habilita para o desenvolvimento de tal tarefa. Recomendamos um aprofundamento na temática QV com aplicações de instrumentos clínicos confiáveis e válidos, uma vez que este transparece o elo entre a necessidade de intervenções e uma assistência de qualidade prestada pelos profissionais de saúde
	23
	Alterações da autoestima em pacientes oncológicos submetidos ao tratamento quimioterápico
	Francisco Braz Milanez Oliveira, Bárbara Mônica Lopes e Silva, Bianca Santos Soares, Brunna Matos Sousa, Chrisllayne Oliveira da Silva, Francilene Pinho Barbosa, Francimar Ribeiro da Silva, Et Al.
	Revista Eletrônica Acervo Saúde / Electronic Journal Collection Health | ISSN 2178-2091 publicado em dezembro de 2018 
	Google acadêmico
	Analisar as produções científicas sobre a avaliação da autoestima de pacientes oncológicos, submetidos ao tratamento quimioterápico
	Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde foi formulada a seguinte questão PICo (não-clínica): Quais as evidências cientificas apontam as mudanças na autoestima dos pacientes oncológicos submetidos ao tratamento quimioterápico.
	O tratamento quimioterapico pode ser considerado um fator determinante nas alterações da autoestima, pois possibilita a ocorrência de inúmeros impactos na vida do paciente oncológico, tais coomo, fisíco, emocionais e sociais
A partir de uma primeira análise, foi possível observar que dos 23 artigos selecionados, os enfoques embasavam as seguintes abordagens: 14 deles abordam a questão da sexualidade, 04 abordam a qualidade de vida e 05 abordam a questão de fatores psicológicos. 
Nos artigos categorizados com o enfoque “Sexualidade”, os autores destacam as questões do diagnostico, e o tratamento em suas variadas formas como fatores que interferem diretamente na sexualidade das mulheres. No estudo sobre (Sexualidade e Oncologia, 2011); apontou-se numa metanalise, que é encontrado incidência de disfunção sexual em 40% a 100% em pacientes submetidos a tratamento oncológico. Em pacientes com câncer fatores como uso de medicamentos, alterações fisiológicas, cirurgias, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia são fatores que trazem a disfunção sexual nesses pacientes oncológicos. 
Nos artigos de revisão literária, vemos que nos estudos analisados há uma evidência de que a maioria das mulheres tem uma visão da sexualidade centrada nos órgãos genitais e no relacionamento sexual. Os relatos trazem a associação da sexualidade com imagem corporal. No estudo sobre câncer de mama e sexualidade, vemos que a imagem corporal da mulher é severamente afetada quando submetida ao tratamento da doença. 
Os estudos mostram que o primeiro ano após o diagnóstico é o mais suscetível a prejuízos na função sexual. As mulheres com câncer de mama apresentam maior incidência de disfunção sexual devido ao pós cirúrgico, ganho de peso, perda de cabelo e à dificuldade do parceiro compreender seus sentimentos e relação a sua baixa autoestima.
Um estudo qualitativo realizou entrevista com 23 mulheres abordando um roteiro estruturado sobre a vivência da sexualidade após o câncer de mama. Neste estudo as participantes relataram como enxergavam a questão da sexualidade, e como pontuaram como enfrentaram essa questão após o câncer de mama.
Neste estudo, algumas participantes relataram que se achavam bonitas, porém não sexualmente atraente após o câncer de mama. Para elas a atratividade sexual está relacionada com a beleza corporal com estar magra, estar com a pele e os cabelos bonitos. Dentro deste aspecto elas expressaram sentimentos de angústia e menos valia por causa das alterações corporais após o tratamento.
Ainda neste estudo outras mulheres se sentiam angustiadas pois referiam que é dever da esposa ou parceira manter relações sexuais com seus parceiros sempre que estes desejassem, poque elas entendiam essa questão como obrigação, mesmo que a libido não estivesse aflorada para a prática do ato sexual e que por isso muitas vezes por praticaram por obrigação sentiam-se ainda mais desvalorizadas e com sua sexualidade diminuída.
Em nosso país a exposição do corpo é muito valorizada a beleza corporal feminina atrelada á juventude, sendo o corpo considerado um capital que garantiria á mulher que personifica o padrão culturalmente exaltado uma porta de acesso ao sucesso nas relações sexuais e amorosas. (GOLDENBERG, 2010).
Houve alguns relatos neste estuda da piora da vida sexual do casal depois do câncer, foi observado que a sexualidade feminina possui uma plasticidade erótica maior que a masculina, segundo (WOERTMAN, BRINK, BODY, 2005) a mulher sofre maior pressão dos padrões socioculturais de beleza e atratividade sexual, sendo assim a aparência corporal e dificuldades da função sexual feminina que podem prejudicar a vivência da sexualidade. 
 	Em outro estudo com pesquisa descritiva, foi realizado entrevista com 10 mulheres sobre o enfrentamento do comprometimento e alterações na sexualidade após o câncer de mama, que evidenciou um problema em relação a autoestima dessas mulheres uma vez que elas ficaram fragilizadas e prejudicadas corporalmente após o tratamento agressivo do câncer. Elas se sentiram rejeitadas por seus companheiros. Em seus relatos disseram que seus maridos se viram desesperados para o enfrentamento do processo do adoecer e tratamento do câncer de mama, seus parceiros não sabiam lidar com as mudanças, não tinha informações pertinentes ao câncer, não sabiam se quer como tocar em suas mulheres. Em um dos estudos de revisão sistemática foi evidenciado também que os seus parceiros temiam quanto a questão da morte de suas parceiras e isto é um fator de grande preocupação. O despreparo dos companheiros é evidente acarretando piora significativa no relacionamento afetivo e consequentemente piora no aspecto sexual. 
Outra análise de revisão de literatura, mostrou que a indiferença e o temor de ser rejeitada e abandonada agravam ainda mais a auto-organização e a restruturação. A falta de compreensão do parceiro significa muitas vezes fracasso nesse processo de enfrentamento. A opinião e a posição do parceiro são tão significativas que, quando a mulher não possui parceiro, ela se sente aliviada pelo fato de não ser cobrada ou julgada, não precisam dar satisfações. (MADEIRA, ALMEIDA, JESUS,2007)
 	A análise evidencia que mesmo diante de todas as dificuldades que a mulher esteja enfrentando em decorrência do câncer, para muitas pessoas do seu convívio e muitas vezes para ela mesma; ela não pode esquecer o seu papel social enquanto esposa, que entre outras funções, que ela deve servir sexualmente para seu parceiro. Essa questão se relaciona com as concepções da sexualidade feminina na sociedade. Essa pressão da sociedade dificulta a retomada da atividade sexual pela mulher que tem a necessidade básica de intimidade, intimidade essa que inclui respeito, comunicação e contribuição mutualista.
A maioria dos artigos analisados mostram que a autoimagem em grande parte das mulheres com câncer de mama é considerada de forma negativa, eu que a imagem corporal interferiu na sua sexualidade.
Outros dois estudos de revisão bibliográfica, que abordam a sexualidade da mulher com câncer de mama; apontou que em um estudo de Gilbert e colaboradores (2009), os parceiros de pessoas acometidas por câncer, incluindo o de mama, mostram que existe a ausência do desejo sexual da mulher acometida estresse e exaustão relacionados ao cuidado; a infantilização da parceira pelo parceiro ou a visão da parceira como um “ser doente”; e crenças sobre condutas sexuais “aceitáveis” no contexto do cuidado do câncer. Os parceiros íntimos admitiram a diminuição da frequência de relações sexuais com as parceiras, acompanhada de sentimentos de desapontamento, raiva e tristeza (GILBERT e col., 2009).
Estes dois estudos também apontaram outros resultados que mostram que alguns tratamentos para o câncer podem gerar consequências negativas para a função sexual da mulher, como cirurgias que distorcem a anatomia feminina, quimioterapia, a radioterapia, hormonioterapia(uso de inibidores da aromatase e Tamoxifeno), entre outros.
Foram identificados também as queixas físicas nestes artigos revisados. A dispareunia e a principal queixa dentre pacientes com câncer e pode estar relacionada a atrofia da mucosa vaginal com consequente diminuição da lubrificação natural pela baixa produção de estrogênio da mucosa ou, menos comumente, alterações da dimensão vaginal, como estenoses e encurtamentos. 
A diminuição do interesse sexual ou diminuição da libido também e queixa comum e pode estar relacionada a inúmeras causas orgânicas, como a própria dispareunia.
Alguns tratamentos para câncer estão diretamente relacionados com essa queixa de dor cirúrgicas que afetam psicologicamente, hormonioterapia, quimioterapia onde alguns tipos induzem a falência ovariana e se relacionam a efeitos que indiretamente comprometem a função sexual. 
Apesar de todos estes estudos mostrarem que o câncer de mama influencia diretamente na sexualidade das mulheres, pudemos observar em um dos estudos de revisão bibliográfica apontou em uma amostra de grupo de mulheres com câncer de mama já apresentavam índices de insatisfação com a vida sexual antes do diagnóstico e que, no entanto, os tratamentos não foram preditores para redução da qualidade de vida sexual. 
Ainda sobre a questão da sexualidade, cinco artigos trataram sobre mulheres que foram submetidas a mastectomia e como isso influenciou na sexualidade.
Em um artigo de revisão bibliográfica o estudo constatou que as principais causas de desconforto físico que afetam a sexualidade foram: falta de lubrificação vaginal, dor, fadiga e ondas de calor decorrentes da terapêutica para o câncer de mama e da menopausa precoce induzida pelo tratamento. Os desconfortos físicos foram mencionados como justificativas para diminuição do desejo sexual e da frequência das relações sexuais. (TALHAFERRO, LEMOS, OLIVEIRA, 2007).
Estudo mostrou que as mulheres submetidas à mastectomia relataram maiores escores de dificuldade com lubrificação vaginal do que as submetidas à cirurgia conservadora. Em outra investigação observou-se que, considerando os diversos tratamentos para o câncer de mama, 37% das mulheres entrevistadas vivenciarem secura vaginal e 24% relataram que sentiam dor durante as relações sexuais (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2009.)
Segundo o estudo muitas mulheres relataram que a falta de interesse sexual era devida às complicações físicas como a secura vaginal. As mulheres submetidas a mastectomia total relatam piora no relacionamento íntimo por causa da falta de desejo, excitação, lubrificação e consequentemente dor no ato sexual.
Os outros 4 estudos que tratam sobre mastectomia, são estudos qualitativos que trazem através de estudo descritivo estruturados a partir de entrevistas individuais.
Estes estudos apontam que no câncer de mama, em função do desfiguramento e da baixa auto- estima a maioria das pacientes apresentam alguma forma de disfunção sexual. Os tratamentos realizados junto à mastectomia como a quimioterapia, podem gerar algumas disfunções sexuais, como a perda do desejo sexual e a dispareunia, além de problemas orgânicos como náusea, vômito e alopecia que afetam a sexualidade das pacientes.
O sentimento de mutilação relacionado às alterações de imagem corporal em consequência da mastectomia radical, é a queixa manifestada por 90% das mulheres, sendo esta uma das principais causas das disfunções sexuais entre as mulheres, devido a sua inabilidade em relaxar e desfrutar a relação em consequência da alteração da imagem corporal (MALUF, 2008).
A mastectomia, é um tratamento agressivo que traz para as mulheres consequências físicas, sociais, e psicológicas, que trazem incertezas, medos e ansiedade. A mama retirada frequentemente gera uma reação negativa para a mulher.
Em um desses estudos é apontado que os seios, entre outros meios e linguagens corporais utilizados na conquista de relacionamentos pessoais, são considerados, socialmente, um símbolo ligado à sexualidade, à feminilidade, ao erotismo e à capacidade de atrair o parceiro. Nesse sentido, algumas mulheres, ao sentirem-se incomodadas pela ausência da mama, passaram por algumas mudanças no que se refere à intimidade com o companheiro, sentindo-se constrangidas em
momentos íntimos da vida a dois (GASPARELO, SALES, MARCON, et al, 2010).
Merleau-Ponty, ao abordar a sexualidade corpórea, chama nossa atenção para o corpo encarnado, pulsátil, vivo. Aquele que interage com o mundo percebido e
estabelece com ele uma relação de reciprocidade. Na situacionalidade da extirpação parcial ou total da mama, a mulher passa a (re)significar o seu mundo vivido. O mundo percebido, a relação com o outro ficam afetados, já que lhe falta uma parte do corpo.
	No caso da sexualidade, lembramos que ela não se resume ao seio. A sexualidade da mulher operada de câncer de mama pode até melhorar, se for realmente importante na sua vida e se, na companhia do parceiro, sabendo ele também lidar com a nova situação, encontrarem os dois, juntos, novas formas de continuar com uma relação sexual gratificante (VITIELLO, 1997).
Por ser a mama um órgão visível, palpável e estético, a mulher mastectomizada se sente incompleta e mutilada. Na intercomunicação entre os sexos, e em todo o seu contexto social, a mulher utiliza as mamas como um meio de excitação sexual nos momentos de intimidade, de forma que sua ausência pode provocar rompimentos desses momentos de prazer (GASPARELO, SALES, MARCON, et al, 2010)
	Nestes artigos as mulheres confirmam com seus relatos que após o processo cirúrgico da mastectomia ocorre por vezes a diminuição ou perda de sensibilidade na área da cicatriz, essa perda de sensação gerada faz com que não haja estimulação através do mamilo, e essa perda na sensação do prazer faz com que sua atividade sexual seja prejudica. 
Além disso o fato elas relatam que o fato de não ter a mama ou parte dela, gera sentimento de vergonha, de que há algo estranho, e que por consequência seus parceiros não vão ter o mesmo desejo por elas. 
Através da revisão destes estudos pudemos perceber o quanto a sexualidade é afetada na vida da mulher desde quando ela recebe o diagnóstico, ao longo do trameto e mesmo depois do processo do enfrentamento da doença, uma vez que as consequências físicas, emocionais e psicológicas podem perdurar pelo restante de suas vidas. 
Já nos artigos categorizados com o enfoque em “Qualidade de vida”, os autores destacam os fatores relacionados ao tratamento de câncer de mama que acabam por impactar direta ou indiretamente na qualidade de vida das mulheres.
No estudo sobre (Impacto do tratamento de câncer de mama na qualidade de vida, 2008); indicou-se numa revisão de literatura, que diante do diagnóstico de câncer de mama, a mulher passa por situações de grande angústia, tristeza e ansiedade ao relacioná-lo com a possibilidade de óbito. Durante todo o período de tratamento, a paciente precisa de diversas adaptações por conta dos sintomas vivenciados. Os efeitos relacionados à qualidade de vida auxiliam essas mulheres a reconhecerem as necessidades para adaptações.
São utilizados diversos instrumentos de avaliação de qualidade de vida, assim como existem desacordos na literatura relacionados aos efeitos associados ao tratamento de câncer de mama, mas o que fica evidente, é que este, apresenta grande impacto na vida das mulheres, que precisam receber orientações fidedignas a cerca das consequências do tratamento, assim como suporte psicológico durante e após o tratamento.
Em uma revisão de literatura é abordado sobre o grande número de opções de tratamento para o câncer de mama, devido a isso e também a alta tecnologia para identificação do diagnóstico, é notado que a sobrevida dessas mulheres tem aumentado. Tem aumentado também as pesquisas de medidas de qualidade de vida relacionada à saúde. Essas pesquisas permitem que sejam avaliados os impactos relacionados aos aspectos físicos, psicológicos, psicossociais, fontes de suporte familiar e social, assim como mensurar a eficácia e custos do tratamentodessas mulheres. 
Alguns autores relatam que as mulheres sofrem redução da qualidade de vida com o passar do tempo, enquanto outros sugerem aumento na saúde global (LOTTI, 2008). Para tal, foram utilizados alguns instrumentos genéricos e específicos para medir qualidade de vida das pacientes. 
 	Foi possível observar diante desse estudo que mulheres mastectomizadas, têm piora da qualidade de vida em relação às mulheres submetidas ao tratamento conservador de mama, independente da faixa etária. Entretanto, o bem estar emocional foi similar entre todas elas. Outros sintomas que são frequentemente observados durante o tratamento com quimioterapia são náuseas e vômitos, o que tende a diminuir o índice de qualidade de vida das pacientes. Porém após passar vários anos do tratamento, quase não são mencionados.
	Outro aspecto relacionado à diminuição da qualidade de vida das mulheres é o afastamento das mesmas do trabalho, assim como de todas as suas outras atividades usuais diárias. 
	Esse estudo de revisão de literatura mostra que de modo geral, o tratamento de câncer de mama tem grande influência na qualidade de vida das mulheres, o que reitera a necessidade de orientar acerca da nova condição e fornecer o suporte psicológico durante o período do tratamento.
	 Em outra revisão integrativa da literatura (Qualidade de vida nos pacientes oncológicos, 2010), o intuito foi checar a qualidade de vida de pacientes oncológicos adultos, com diversos tipos de câncer, dentre os tipos, o câncer de mama em mulheres.
	Novamente é verificado que as pesquisas relacionadas à qualidade de vida desses pacientes são essenciais para que se possa identificar os fatores alterados devido à patologia e planejar as intervenções e reabilitação destes. 
	Foi observado que os aspectos mais afetados são: psicológico, mental, relações sociais e físicos: onde a dor, as mudanças físicas, vitalidade e fadiga são os que mais trazem prejuízos aos pacientes dentro desse aspecto.
	Neste estudo, 5 artigos verificaram que mulheres diagnosticadas com câncer de mama, apresentaram impactos principalmente nos aspectos emocionais e sexuais, o que altera consideravelmente a qualidade de vida dessas pacientes.
	De acordo com a revisão em questão, observou-se que as mulheres diagnosticadas com câncer de mama são comumente acometidas por depressão, ansiedade e baixa função emocional, o que contribui para a diminuição da qualidade de vida (ZANDONAI, 2010). E ainda, verificou-se que a angústia dessas mulheres está mais relacionada aos sintomas ou fatores do tratamento assim como a perda de habilidades e relacionamentos, sejam eles sociais ou familiares.
	Ao fim deste estudo, os autores recomendam um aprofundamento na temática de qualidade de vida, através da aplicação de instrumentos clínicos confiáveis, com o intuito de otimizar a assistência prestada pelos profissionais da saúde.
	Já em um estudo bibliográfico exploratório (Relações entre qualidade de vida, câncer de mama e hormonioterapia, 2018), foi possível verificar quão a sexualidade da mulher é influenciada pela hormonioterapia, dado que esse é um fator muito relacionado à qualidade de vida.
	A hormonioterapia, um dos tipos de tratamento utilizado para o tratamento de câncer de mama, interfere e afeta a qualidade de vida das mulheres que são submetidas a esta. O estudo em questão, teve como pretensão, devido a carência relacionada ao tema e devido ao impacto que o câncer de mama pode ocasionar em diferentes aspectos de qualidade de vida da mulher, encontrar estratégias de prevenção primária, diminuição de ocorrências e maior cuidado com diagnóstico e qualidade de vida (SANTANA,2018).
	Levantou-se a questão acerca dos sentimentos dos companheiros (a) das mulheres com câncer de mama, já que estes também são afetados. Logo, não só a paciente, mas também seus parceiros (a) necessitam de suporte, isso refletirá na autoestima e qualidade de vida da família como um tudo.
	
Dessa forma, conclui-se nesse estudo, que há poucas publicações relacionadas à qualidade de vida deste público, sendo necessário um futuro aprofundamento, a fim de trazer melhorias para a mulher com câncer de mama e também a sua família.
	Em outra revisão de literatura (Qualidade de vida de mulheres com câncer de mama, 2006), foram analisados os principais aspectos que são avaliados diante dos resultados da terapia antineoplásica: sobrevida global, sobrevida livre da doença, assim como a qualidade de vida. O que auxilia tanto pacientes quanto profissionais da saúde a melhor direcionarem a modalidade terapêutica que mais se adeque.
	Nesse estudo, foi possível observar que os autores levantam a questão de que a diferença de idade das mulheres acaba por impactar mais ou menos no sentido positivo ou negativo, a qualidade de vida das mesmas. 
	Tanto as mais jovens quanto as mais maduras referiram impacto positivo acerca da dieta, atividade física e envolvimento com religião. Entretanto, todas referiram impacto negativo no âmbito amoroso. 
	Outros pesquisadores relataram que as mulheres mais jovens, apresentam maior estresse emocional, maior dificuldade em adotar atitude positiva frente ao diagnóstico e a ter maior habilidade em conviver com os efeitos adversos do tratamento (CONDE, 2006).
	Foi visto também que mulheres submetidas à mastectomia, relatam maiores problemas relacionados à sua autoimagem, independente da idade. 
	Já as mulheres que estão sendo tratadas com quimioterapia, em relação as que já foram tratadas da mesma forma e aquelas que não têm histórico de neoplasia de mama, acabam desenvolvendo comprometimento principalmente relacionado aos aspectos psicológicos e físicos, mas que com o passar dos anos, isso iria diminuindo.
	Assim como em outro estudo já mencionado aqui, os autores desta revisão referem os prejuízos à qualidade de vida apresentados pelos cônjuges das mulheres com câncer de mama, o que acaba por comprometer a qualidade de vida de ambos, devido ao estresse emocional desenvolvido. Mulheres plenamente satisfeitas em seus relacionamentos referem bem estar psicológico.
	Os diversos fatores contribuintes á qualidade de vida tendem a apresentar maior influência nos primeiros anos após o diagnóstico e tratamento de câncer de mama. Foi percebido que não é incomum que nos cinco anos consecutivos ao diagnóstico, que a qualidade de vida dessas mulheres seja referida como boa ou excelente, de acordo com a revisão em questão.
	Logo, os autores levantam algumas alternativas necessárias para que seja dada assistência integral a saúde da mulher, de forma a contribuir para a qualidade de vida das mesmas.
	 Nos artigos categorizados com o enfoque nos “aspectos psicológicos”, os autores destacam os fatores relacionados ao tratamento que acabam por impactar direta ou indiretamente neste âmbito da vida das mulheres acometidas pelo câncer de mama.
É amplamente reconhecido que as neoplasias malignas são um grande problema de saúde pública e geralmente levam ao óbito, por isso quando do diagnóstico de câncer a pessoa passa não só por alterações na funcionalidade de seu corpo de forma física, mas também passam por uma forte mudança que afetam seu psicológico, afetando os pacientes emocionalmente.
Reconhecem-se como as condutas terapêuticas mais utilizadas no tratamento das neoplasias as cirurgias, as quimioterapias e as radioterapias.
Cada vez mais é estabelecida pelos pesquisadores a ligação entre os hormônios femininos como desencadeadores de síndromes psiquiátricas. Assim quadros como depressão puerperal ou na menopausa possuem forte correlação com o balanço dos hormônios reprodutivos da mulher.
Assim a hormonioterapia pode acarretar os mesmos sintomas depressivos, além de disforia e insônia, o que causam ainda mais desconforto a vida das mulheres com câncer de mama.
Muitos estudos preocupam-se não só com os aspectos físicos do diagnóstico de neoplasia, mas também com a alteração da parte psicológica do paciente. 
Alguns deles abordam as alterações na autoestima, sendo esta definida como o afeto positivo que o indivíduo tem por

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