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Sistema Vestibular

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Gabriela	Lacerda	 1	
	
 
 Introdução: 
 
O sistema vestibular controla a capacidade 
de controlar a postura e os movimentos do 
corpo e dos olhos em relação ao ambiente 
através de uma rede de receptores e 
elementos neurais. A maior parte da atividade 
vestibular, ocorre em nível subconsciente. 
 
Componentes do sistema: 
• Aparelho receptor periférico: situa-se no 
ouvido e é responsável pela transdução 
de movimentos e posição da cabeça 
em informação neural. 
• Núcleos vestibulares centrais: conjuntos 
de neurônios no tronco encefálico 
responsáveis por receber, integrar e 
distribuir informações que controlam 
atividades motoras (ex.: movimentos 
oculares da cabeça, reflexos posturais e 
reflexos autonômicos dependentes da 
gravidade e orientação espacial). 
• Rede vestíbulo-ocular: origina dos 
núcleos vestibulares, envolvida no 
controle dos movimentos oculares. 
• Rede vestibuloesinal: coordena 
movimentos da cabeça, musculatura 
axial e reflexos posturais. 
 
 
 Labirinto vestibular periférico: 
 
Possuem receptores sensoriais especializados. 
Localizado lateralmente e posteriormente a 
cóclea no ouvido externo. 
 
O labirinto ósseo é uma concha que contém 
e protege as estruturas vestibulares 
subjacentes. Em seu interior, existe um sistema 
fechado e cheio de líquido, chamado de 
labirinto membranoso: tubos de conexão e 
proeminência. 
 
Os receptores vestibulares se encontram em 
regiões especializadas no labirinto 
membranoso (que está repleto de endolinfa, 
com alto nível de potássio e baixo nível de 
sódio, que cobre os receptores especializados). 
Distúrbios no conteúdo iônico da endolinfa 
levam a antologia vestibular. 
 
Ente os labirintos ósseo e membranoso, temos 
a perilinfa, líquido semelhante ao LCR, com 
alto conteúdo de sódio e baixo para potássio, 
que banha a parte vestibular do VII NC. 
 
A irrigação para o labirinto se faz pela A. 
Labiríntica (ramo da cerebelar anterior inferior). 
 
 
 Doença de Meniére: 
 
Doença de Ménière é uma desordem que 
ocorre na orelha interna e causa crises 
repetidas de: 
Gabriela	Lacerda	 2	
1. vertigem (tontura rotatória), 
2. perda auditiva, 
3. zumbido, 
4. plenitude ou pressão no ouvido. 
 
Os ataques normalmente ocorrem de maneira 
repentina e duram minutos ou até mesmo 
horas. Com frequência, as pessoas não sentem 
nenhum destes sintomas no período entre as 
crises. A causa exata da doença de Ménière 
não é conhecida. Uma hipótese é que o 
líquido que existe dentro da orelha interna se 
acumule, causando aumento de pressão 
dentro desta. 
 
 
 Deiscência de canais semicirculares: 
 
Parte do osso temporal que recobre o canal 
semicircular anterior ou posterior fica muito 
final, criando uma abertura na dura. A 
deiscência do canal expõe o labirinto ósseo. 
 
Os sintomas incluem vertigem e oscilopsia em 
resposta a sons intensos ou manobras que 
alterem a pressão do ouvido ou a PIC. O 
tratamento indicado é o fechamento cirúrgico 
do defeito. 
 
 
 Canais semicirculares e 
 órgãos de otólito: 
 
Os canais semicirculares são responsivo a 
aceleração racional decorrente de rotação 
da cabeça ou do corpo, e os órgãos de 
otólitos são responsivo a aceleração linear. A 
aceleração gravitacional (AGI) é sentida pelos 
otólitos e pode reduzir-se muito durante voo 
espacial. 
 
• Funções dos canais semicirculares: 
 
O ducto semicircular é um ducto cheio de 
líquido com repartição no meio. As células 
ciliadas dos canais semilunares 
complementares esquerdo e direito são 
polarizadas. Quando a cabeça fica 
estacionaria, a endolinfa e a cúpula 
continuam paradas, e as aferentes dos dois 
canais semicirculares horizontais disparam ao 
mesmo tempo. 
 
Os canais semicirculares direito e esquerdo de 
cada par funcional sempre respondem de 
modo oposto a cada movimentos da cabeça 
que os afeta. 
 
Traumatismo craniano ou doença podem 
alterar a atividade do repouso normal nas 
fibras aferentes do VII nervo. Pode ser 
interpretado pelo cérebro com rotação, 
embora a cabeça fique estacionária. 
 
• Funções dos órgãos otolíticos: 
 
As células ciliadas dos receptores da mácula 
não respondem a rotação da cabeça, mas 
são sensíveis a aceleração linear e inclinação 
da cabeça. Quando a cabeça é movida com 
respeito a gravidade, os cristais das otoconias 
são deslocados devido a sua densidade em 
relação a endolinfa, mudando o revestimento 
gelatinoso subjacente nas máculas e 
produzindo deflexão dos esterocílios nas célula 
ciliadas. 
 
 
 
 
 
 
Gabriela	Lacerda	 3	
 Núcleos vestibulares: 
 
A informação neural carregada pelas fibras 
aferentes vestibulares chega até o quatro 
núcleos vestibulares localizados na medula 
oblonga rostral e na ponte caudal. 
 
• Núcleo vestibular superior: 
Súpero-lateral, na parte central da ponte, 
limitado pelo corpo retiforme e pelo IV 
ventrículo. 
 
• Núcleo vestibular medial: 
Assoalho lateral do IV ventrículo, em sua maior 
parte de extensão rostrocaudal. 
 
• Núcleo vestibular inferior: 
Lateralmente ao medial e se estende por 
grande parte da medula oblonga. 
 
O processamento das informações de posição 
e movimento para controle dos reflexos visuais 
e posturais ocorre nos núcleos. Sendos assim, 
os principais alvos para eferente dos núcleos 
vestibulares incluem os núcleos oculomotores, 
os vestíbulo cerebelo, os núcleos vestibulares 
contralaterais, a medula espinal, a formação 
reticular e o tálamo. 
 
 
 Nistagmo: 
 
Ao rotacional a cabeça em 36 graus, os 
reflexos oculares assumem outra forma. Na sua 
fase lenta, o refluxo vestíbulo-ocular posiciona 
os olhos lentamente na direção oposta a do 
movimento da cabeça. 
 
Na fase rápida, olho volta a uma posição 
central após chegar ao limite de percorrer o 
limite da órbita, movendo-se na mesma 
direção da cabeça. A combinação das fases 
compensatórias lentas pontilhadas é 
denominada nistagmo. 
Obs.: o nistagmo pode ser utilizado como 
diagnóstico de integridade do sistema 
vestibular. 
 
Em pessoas normais, as duas orelhas dão 
resultados iguais. Em caso de alteração 
unilateral, o nistagmo estará reduzido ou 
abolido do lado da lesão. 
 
 
 Neurite vestibular: 
 
Vertigem intensa, náuseas e vomito, mesmo 
sem perda de audição ou outras 
anormalidades do SNC concomitantes. 
Acredita-se que envolva edema no nevo 
vestibular, produzido or infecção viral aguda. 
 
 
 Vertigem posicional 
 paroxístico benigna: 
 
Um dos distúrbios vestibulares mais comuns. 
Vertigem é uma percepção especifica de 
movimento corporal, muitas vezes de giro, 
experimentada quando não ocorre o 
movimento real. 
 
Se caracteriza por breves episódios de 
vertigem coincidentes com alterações em 
particular da posição corporal (ex: quando a 
pessoa se vira na cama e se levanta). A 
fisiopatológico ainda não foi bem 
compreendida, mas associa-se a 
anormalidades no canal posterior. 
 
 
REFERÊNCIAS: Resumo da Eduarda Bernis

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