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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP EDUCACIONAL
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
IDENTIFICAÇÃO 
Maria Paula Bueno – RA: 22092525
Produção textual InterdiSciplinar individual
Relação teoria e prática no cotidiano da sala de aula
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2020
MARIA PAULA BUENO
Produção textual InterdiSciplinar individual
Relação teoria e prática no cotidiano da sala de aula
Produção Textual Individual apresentado ao Curso de Pedagogia da Anhanguera 1/2020, para as disciplinas •Avaliação na Educação • História da Educação • Teorias e Práticas do Currículo • Sociologia da Educação • Educação Formal e Não Formal • Didática • Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula
Tutora online: Silvana Maria Batista
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2020
MARIA PAULA BUENO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
REFERÊNCIAS	9
INTRODUÇÃO 
 Os principais objetivos nesse portfólio são: Estabelecer a relação teoria e prática no instante do planejamento de atividades, de modo que elas atendam aos conhecimentos e saberes a serem compreendidos pelos estudantes; Promover uma postura investigativa e de análise crítico reflexiva sobre o que acontece no dia a dia da escola; Formar professores que tenham capacidade de adaptação e flexibilidade para atuação na perspectiva de formação do sujeito crítico e reflexivo A Educação tem passado por constantes mudanças e hoje estamos vivendo em outro tempo, com exemplos diversos dos que vivenciamos. A educação, não só retrata e reproduz a sociedade, mas também projeta a sociedade desejada; assim o homem na busca incessante pelo conhecimento está cada dia mais a mercê da tecnologia. Porém, nos deparamos com diferentes realidades; mas é preciso saber a realidade social, que por vezes é muito mais complexa do que se imagina e as dificuldades de se trabalhar com as tecnologias de informação e de comunicação são ainda maiores na prática pedagógica. Ficando assim evidente que mesmo havendo vontade de aprender (aluno) e qualidade no material e apoio (instituição / professor) é viável considerarmos as dificuldades que essa transferência de conhecimento aconteça. 
 Entre as competências que um professor antenado com seu mundo deve apresentar, entre outras, a competência teórica, a aplicada, a Institucional e a afetiva. Não basta apenas saber. O verdadeiro professor precisa saber: para que ensinar, o que ensinar e como ensinar. É preciso usar esse saber de forma significativa para o aluno; Preparo que não se esgota nos cursos de formação, mas, para o qual há uma contribuição específica enquanto formação teórica.
DESENVOLVIMENTO 
 De acordo com o relato de Carolina e Pedro, nos fica claro que cada professora usa um método diferente ela fala para seu colega Pedro que ao chegar na sala da professora Lourdes, a professora pediu para ela se sentar na última carteira, para não atrapalhar o andamento das atividades. A estudante pontuou que a sala de aula é organizada em fileiras e os alunos não podem conversar sem a autorização da professora. Carolina também sinaliza que a professora pede para os alunos memorizarem os conteúdos, porque isso é sinal de aprendizagem, não sendo permitidos questionamentos no momento de suas explicações. A metodologia adotada pela professora se concretiza por meio da exposição de conteúdos, por isso, ela verbaliza e escreve os saberes a serem adquiridos na lousa, explicando, na sequência, como os exercícios serão realizados. Carolina também relata que o processo avaliativo se dá com a aplicação de uma prova ao final do bimestre, sendo tal instrumento avaliativo reconhecido como revelador de aprendizagens. Pedro fica surpreso com a experiência de Carolina, muito diferente da sua. Ele pontua que a professora Melissa, regente da sala em que esteve no momento do estágio, foi bastante receptiva, envolvendo-o prontamente nas atividades já planejadas. Mas, para isso, era preciso que Pedro tivesse clareza dos objetivos a serem atingidos, o que ele entendeu ao ler o plano de aula da professora regente, que se colocou à disposição para as dúvidas do estagiário. Ao falar sobre a organização da sala, Pedro disse que os alunos se dispõem de diferentes formas, em duplas, trios ou quartetos, pois fazem muitas atividades em grupo e até individualmente, quando o interesse da professora é conhecer como cada aluno compreende os conteúdos trabalhados em sala. Pedro também destacou que a professora inicia a aula perguntando aos alunos o que eles conhecem dos temas em estudo, apresentando-os sempre a partir da realidade das crianças. 
 O futuro professor também observou que a professora organiza, juntamente com os alunos, projetos, sendo a pesquisa um elemento essencial no incentivo ao caráter investigador e criativo dos alunos. Pedro conta que ao final do estágio questionou a professora sobre como seria a avaliação da turma, já que não presenciou nenhuma prova. A professora relatou que é um processo realizado de forma contínua que visa analisar os avanços que os alunos tiveram e os desafios que precisam ser superados no processo de ensino e de aprendizagem, mas ela explicou também que se utiliza da prova, quando necessário, para saber se os alunos estão compreendendo os conteúdos das diversas áreas do conhecimento. A professora Lourdes, infelizmente utiliza o método tradicional em suas aulas ou seja o método de trabalho dela faz com que o aluno cresça pelo próprio mérito a partir do professor que repassa a eles todo o conhecimento obtido pela humanidade, de uma forma extremamente mecânica, fria e crua, e de uma forma generalizadora na qual as particularidades são respeitadas. Nesse método os alunos sempre seriam alunos independente das especificidades, e o professor seria o dono do saber e do conhecimento, deixando assim vigente a posição do professor como sujeito ativo, e o aluno como sujeito passivo, sujeito este que deveria apenas receber o conhecimento e por si só desenvolver suas características sociais, políticas e humanas em geral de uma forma que os menos capazes ficariam para trás nessa escala de desenvolvimento. Com isso podemos notar que a educação no método tradicional vinha direta de um professor que não se preocupava com aluno e sim com o conhecimento repassado, os alunos menos capazes, deveriam procurar um curso que seria mais profissionalizante, ou seja, um curso de puro ensino sem desenvolvimento humano. 
 Vemos então que o professor é o centro do processo educativo e sendo o responsável pela transmissão dos conteúdos ele deve ser muito bem preparado e desta forma é visto como um “Mestre todo poderoso”, o doutor de toda a sapiência e incontestável. A pedagogia tradicional é marcada por um ensino baseado em verdades impostas, os conteúdos repassados eram basicamente os valores sociais acumulados com o passar dos tempos com o intuito de prepará-los para a vida, e esses conteúdos são determinados pela sociedade e ordenados na legislação independente da experiência do aluno e das realidades sociais, fazendo com que a pedagogia tradicional seja vista como enciclopedista. A experiência relevante que o aluno deve vivenciar é a de ter acesso democrático às informações, conhecimento e ideias, podendo assim conhecer o mundo físico e social. Enfatiza-se a disciplina intelectual para o que se necessita de atenção e concentração, silêncio e esforço. 
 A escola é o lugar por excelência onde se raciocina e o ambiente deve ser convenientemente austero para o aluno não se dispersar, de tal forma que o interesse seja dos alunos em geral, o ensino aberto para eles e para eles irem atrás e demonstrarem essa vontade de aprender. O ensino independia do aluno, pois este não tinha o poder de contestar e nem de dar a sua opinião, neste caso cabia ao aluno a função da aprendizagem crua e decorativa, e ao professor a função do ensino direto e sem delongas. O método dos professores, o conteúdo e a avaliação eram todos de poder decisório deles, a explanação oral eraà base do compartilhamento de conhecimento, as aulas eram todas preparadas de forma minuciosa, sendo que a explanação e até a analise eram todas feitas pelo professor, direcionando o aluno para onde se queria, dentre as características do método a aplicação de conteúdo repetitivo de forma que aluno decorasse, a falta de dinamismo fazia com que certos alunos prendessem e outro não, já que a capacidade de aprendizagem varia entre as pessoas, cada um tem sua forma de aprender. Enquanto isso a professora Melissa, é o oposto da Lourdes, ela trabalha com a Pedagogia Libertadora que é o Método Paulo Freire, esse não se detém na mera alfabetização tradicional, baseada principalmente no uso da cartilha, que ele rejeita categoricamente no aprendizado da leitura e da escrita. 
 O educador defende e incentiva o posicionamento do adulto não alfabetizado no meio social e político em que ele vive, ou seja, no seu contexto real. Desta forma, acredita o mestre, é possível acordar a consciência do aluno para que ele seja capaz de exercer seu papel de cidadão e se habilitar a revolucionar a sociedade. Assim, o letrado pode transcender a simples esfera do conhecimento de regras, métodos e linguagens, e ser então inserido na esfera socioeconômica e política da qual fora excluído. O domínio das letras e das palavras é um instrumento para que o adulto alfabetizado elabore sua consciência política, conquistando um ponto de vista integral do saber e do universo que habita. 
 A educação brasileira, pelo menos nos últimos cinquenta anos, tem sido marcada pelas tendências liberais, nas suas formas ora conservadora, ora renovada. Evidentemente tais tendências se manifestam, concretamente, nas práticas escolares e no ideário pedagógico de muitos professores, ainda que estes não se deem conta dessa influência. Paulo Freire, tem uma visão de educação mais humana é levantada pelo autor em contraposição à educação bancária. Tal visão ou concepção é tida como sendo problematizadora e libertadora a medida que a mesma é uma constante busca que visa com que os educandos transformem o mundo em que vivem. Para tanto, os mesmos devem compreender a realidade que os cerca através de uma visão crítica da mesma, respeitando-se sua cultura e história de vida. Tal concepção educacional baseia-se na estimulação da criatividade dos educandos e numa relação de simbiose entre educador e educando a medida em que procurar misturar os papéis dos mesmos, pois crê o autor que ninguém educa ninguém e ninguém educa-se a si mesmo, mas os homens educam-se em comunhão, mediatizados pelo mundo. 
 A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Para isso, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes, pois, embora difunda a ideia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, concluímos com a certeza de que se situarmos o ensino centrado no professor e o ensino centrado no aluno em extremos opostos é quase negar a relação pedagógica porque não há um aluno, ou grupo de alunos, aprendendo sozinho, nem um professor ensinando para ás paredes. Há um confronto do aluno entre sua cultura e a herança cultural da humanidade, entre seu modo de viver e os modelos sociais desejáveis para um projeto novo de sociedade. E há um professor que intervém, não para se opor aos desejos e necessidades ou à liberdade e autonomia do aluno, mas para ajudá-lo a ultrapassar suas necessidades e criar outras, para ganhar autonomia, para ajudá-lo no seu esforço de distinguir a verdade do erro, para ajudado a compreender as realidades sociais e sua própria experiência. Para o autor Paulo Freire, a educação é dividida em duas grandes correntes: a concepção bancária e a concepção problematizadora e libertadora ou humanista. Por educação bancária entende-se a educação tradicional que reflete uma sociedade opressora e discriminatória no qual os alunos são vistos como recipientes vazios que docilmente devem receber os depósitos ou conteúdos programáticos pré-definidos, sendo os educadores, neste contexto, depositantes de conteúdo. Deste ato de depositar, como depositar valores em um banco financeiro, advém o nome de educação bancária. Esta educação libertadora proposta pelo autor tem como pilares fundamentais o diálogo a ação. O diálogo, neste caso, é visto como horizontal e libertador e não um monólogo opressivo do educador sobre o educando. Através do mesmo pode-se gerar críticas e problematizações através de questionamentos fazendo com que o educando aprenda a aprender. Em uma ação de diálogo identifica-se dois elementos fundamentais: os interlocutores, no caso educadores e educandos, e o conteúdo do mesmo. Este, no caso da educação, é justamente o conteúdo programático da educação que nunca devem ser desvinculados da vida dos educandos.
REFERÊNCIAS
 
· LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Democratização da Escola Pública – a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1992. cap. 1. Disponível em: Acesso em 15abr2013
· FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1986.
· FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra (Coleção Leitura), 1997.

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