Neutrófilos: Células do Sistema Imune

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Células do sistema
imune:
neutrófilos
Imunologia
São característicos da imunidade inata.
No primeiro grupo, os fagócitos, estão presentes os
neutrófilos e os macrófagos.
Presença de glânulos,
sem coloração básica
ou ácida (daí vem o
nome ''neutrófilos'');
Polimorfonucler (o seu
núcleo pode assumir
mais de uma forma);
Possuem moléculas de
adesão e receptores
na sua membrana;
Vida curta;
Não tem o complexo
de golgi muito
desenvolvido: não tem
capacidade de
secreção;
Tem mitocôndrias;
Não tem muita
funcionalidade no
retículo
endoplasmático: não é
um bom sintetizador
de proteína quando
está maduro.
Características
Na figura: exemplo de moléculas que estão presentes na
membrana dos neutrófilos.
CD: abreviação de proteínas de membrana.
CD11 e CD18: moléculas de adesão.
CD32: receptores de imunoglobulinas.
CD11b, CD18 e CD35: receptores de anticorpos.
Na figura, enzimas presentes no interior dos grânulos dos
neutrófilos.
Lisozima: ação bactericida.
Defensinas: ação bactericida.
Lactoferrina: se liga ao ferro, fazendo com que o
neutrófilo sequestre o ferro do meio extracelular (o
ferro é um importante fator de crescimento de
microrganismo, logo, a lactoferrina torna mais difícil o
crescimento de bactérias no meio).
Colagenase: quebra o colágeno, podendo levar a
degradação de bactérias e tecidos.
Gelatinase: degrada bactérias e tecidos.
Elastase, catepsina B e beta-glucoronidase: ação
bactericida, além de degradar bactérias e tecidos. A
beta-glucoronidase ativa uma subst. altamente
inflamatória (fator de necrose tumoral). 
Mieloperoxidase: é característica do neutrófilo. É uma
metaloproteinase - tem uma parte proteica associada
à um íon de cobre. É associada com um processo
chamado de explosão respiratória, ela converte
radicais livres de oxigênio, hidrogênio e cloro em
hipocloreto (uma subst. com ação bactericida, água
sanitária). O hipocloreto tem uma grande capacidade
de provocar lesão nas bactérias, porém ele não possui
uma ação seletiva. Desse modo, acaba lesionando os
tecidos do organismo. 
Morfologia
O neutrófilo é uma célula segmentada, com a presença de
2 até 5 segmentos de núcleo. 
Primeira imagem à esquerda, no canto inferior direito:
neutrófilo em formato de ferradura, chamado de
bastonete. A forma de bastonete é uma forma jovem e
indica alterações no funcionamento da produção de
neutrófilos pela medula óssea. 
Na segunda imagem, há um neutrófilo com um maior
número de segmentações (5).
O número de neutrófilos é um indicador do status de uma
infecção: um indivíduo normal tem uma determinada faixa
de valores (consultar tabela com valores de referência). 
Relações Externas
Funções
O neutrófilo é um
fagocito (mas não é
excelente);
Destruição de
microrganismos no meio
extracelular: devido a sua
capacidade de se
autodestruir e lançar a
sua cromatina pro meio
extracelular.
Mecanismos
Explosão Respiratória:
O neutrófilo possui um sistema chamado ''INOS'': uma
proteína presente no interior dos fagossomos do
neutrófilo. Ela é uma enzima fagocitadora de óxido nítrico
induzida. 
A presença do patógeno no interior do sistema faz com
que o aminoácido aginina reaja com o oxigênio e produza
óxido nitroso. A presença do óxido nitroso com radicais
livres de oxigênio, que por sua vez são produzidos por um
complexo enzimático chamado ''complexo NADPH
oxidase'', libera o radical livre de oxigênio que se junta
com o óxido nitroso e forma um outro radical reativo,
denominado ''óxido nítrico''. 
O óxido nítrico, por si só, já é capaz de provocar a
destruição parcial das bactérias. Mas, além do óxido
nítrico, os radicais livres de oxigênio produzidos pela ação
da NADPH oxidase, também vão levar a formação de
peróxido de hidrogênio, uma outra espécie reativa no
interior da célula. 
Além desses radicais livres, o neutrófilo também possui
radicais livres de cloro. 
Como é feita a produção desses radicais livres de
cloro?
O peróxido de hidrogênio reage com o cloro no interior do
fagossoma pela ação catalítica da mieloperoxidase (MPO)
e forma água e hipocloreto. 
O hipocloreto é extremamente reativo e ele destrói o
patógeno que está no interior do fagossomo. 
Algumas vezes, quando um 
patógeno entra em contato
com um neutrófilo, o núcleo 
do neutrófilo se desorganiza
e a cromatina do interior do 
núcleo é lançada para o meio
extracelular, prendendo as 
bactérias que estão nesse 
meio. Além disso, as 
mieloperoxidase também são
levadas junto com a
cromatina do núcleo 
(responsáveis pela produção 
do hipocloreto). Como
resultado, as bactérias são 
destruídas.