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Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) Autores: Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal 19 de Outubro de 2020 1 38 Bizu Estratégico de Direito Processual Penal- Delegado da Polícia Federal Olá, pessoal. Tudo certo? Neste material, trazemos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Processual Penal, para o concurso de Delegado de Polícia Federal. Com a autorização de novo concurso para Delegado PF, o edital pode sair a qualquer momento. São previstas 300 vagas e queremos que esse material sirva na preparação para que uma das vagas seja sua! O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos através de tópicos do conteúdo programático que possuem as maiores chances de incidência em prova. Todos os bizus destinam-se a alunos que já estejam na fase de revisão (que já estudaram o conteúdo teórico da disciplina). Meu nome é Waleska Alvarenga. Pós-graduada em Direito Penal e Processo Penal. Graduada pela Faculdade de Direito de Ipatinga-FADIPA. Aprovada como Investigadora de Polícia, Delegada de Polícia Civil de Minas Gerais e Delegada de Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Faço parte da equipe do Estratégia Concursos na área de Coaching, Estratégia Questões, Trilhas e Bizus estratégicos. Estou à disposição para o que vocês precisarem. Contem comigo. E lembrem-se: O segredo é não desistir!!! Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 2 38 ANÁLISE ESTATÍSTICA Pessoal, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos em provas de Delegado de Polícia no âmbito da disciplina de Direito Processual Penal. Registre-se que foram cobradas 16 questões de Direito Processual Penal na nossa última prova. Direito Processual Penal Assunto % Introdução do Direito Proc. Penal 6,6% Inquérito Policial 18,8% Ação Penal. Ação Civil 12, 4% Jurisdição. Competência 9,8% Prova 15,7% Prisão e Liberdade Provisória 19, 3% Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 3 38 CADERNO DE QUESTÕES Direito Processual Penal Assunto Bizus Caderno de Questões Introdução do Direito Proc. Penal 1 a 4 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/fd039c53-2f09-4a49-8fb2-1e8f372378b1 Inquérito Policial. 5 a 23 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/ac2e8b50-55a5-4f9d-947e-687cad759d71 Ação Penal. Ação Civil 24 a 30 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/99bf059f-e207-463e-82a1-60f6f60b53c7 Jurisdição e Competência 31 a 39 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/95d56ace-acb0-4f0d-99ad-54299f39207c Prova 40 a 58 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/c1a9e0a9-5db6-4b23-9963-70b52adbc489 Prisão e Liberdade Provisória 59 a 67 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/78032d81-3d62-4c0e-876f-ebb7d2168a13 - Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 4 38 Edital de 2018: 1 Direto processual penal. 1.1 Princípios gerais, conceito, finalidade, características. 1.2 Fontes. 1.3 Lei processual penal: fontes, eficácia, interpretação, analogia, imunidades. 1.4 Sistemas de processo penal. 2 Inquérito policial. 2.1 Histórico; natureza; conceito; finalidade; características; fundamento; titularidade; grau de cognição; valor probatório; formas de instauração; notitia criminis; delatio criminis; procedimentos investigativos; indiciamento; garantias do investigado; conclusão; prazos. 2.2 Atribuições da polícia federal na persecução criminal: Lei nº 10.446/2002; jurisdição; competência; conexão e continência; prevenção; questões e procedimentos incidentes. 2.3 Competência da justiça federal, dos tribunais regionais federais, do STJ e do STF, conflito de competência. 3 Processo criminal: finalidade, pressupostos e sistemas. 4 Ação penal. 4.1 Conceito, características, espécies e condições. 4.2 Sujeitos do processo: juiz, Ministério Público, acusado e seu defensor, assistente, curador do réu menor, auxiliares da justiça, assistentes, peritos e intérpretes, serventuários da justiça, impedimentos e suspeições. 5 Juizados especiais criminais: aplicação na justiça federal. 6 Termo circunstanciado de ocorrência; atos processuais; forma, lugar e tempo. 7 Provas. 7.1 Conceito, objeto, classificação e sistemas de avaliação. 7.2 Princípios gerais da prova, procedimento probatório. 7.3 Valoração. 7.4 Ônus da prova. 7.5 Provas ilícitas. 7.6 Meios de prova: perícias, interrogatório, confissão, testemunhas, reconhecimento de pessoas e coisas, acareação, documentos, indícios. 7.7 Busca e apreensão: pessoal, domiciliar, requisitos, restrições, horários. 8 Prisão. 8.1 Conceito, espécies, mandado de prisão e cumprimento. 8.2 Prisão em flagrante. 8.3 Prisão temporária. 8.4 Prisão preventiva. 8.5 Princípio da necessidade, prisão especial, liberdade provisória. 8.6 Fiança. 9 Sentença criminal. 9.1 Juiz, Ministério Público, acusado e defensor, assistentes e auxiliares da justiça. 9.2 Citação, intimação, interdição de direito. 9.3 Processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos. 9.4 Sentença: coisa julgada, habeas corpus, mandado de segurança em matéria criminal. 10 Processo criminal de crimes comuns. 10.1 Lei nº 11.343/2006 e suas alterações (Tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes). 10.2 Lei nº 12.850/2013 e suas alterações (Crime organizado). 10.3 Lei nº 7.492/1986 e suas alterações (Crimes contra o sistema Financeiro Nacional). 10.4 Lei nº 8.137/1990 e suas alterações (Crimes contra a ordem econômica e tributária e as relações de consumo). 10.5 Lei nº 9.613/1998 e suas alterações (Lavagem de dinheiro). 10.6 Lei nº 8.072/1990 e suas alterações (Crimes hediondos). 10.7 Lei nº 7.716/1989 e suas alterações (Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor). 10.8 Lei nº 9.455/1997 e suas alterações (Crimes de tortura). 10.9 Lei nº 9.605/1998 e suas alterações (Crimes contra o meio ambiente). 10.10 Crimes de responsabilidade (Decreto-Lei nº 201/1967 e suas alterações, Lei nº 1.079/1950 e suas alterações e Lei nº 8.176/1991). 10.11 Lei nº 11.101/2005 e suas alterações (Crimes falimentares). 10.12 Lei nº 8.666/1993 e suas alterações (Crimes nas licitações e contratos da administração pública); Lei nº 12.037/2009 e suas alterações. 11 Lei nº 9.296/1996 (Interceptação telefônica). 12 Lei nº 4.898/1965 e suas alterações (Direito de representação e processo de responsabilidade administrativa civil e penal nos casos de abuso de autoridade). 13 Lei nº 10.826/2003 e suas alterações (Estatuto do desarmamento). 14 Lei nº 5.553/1968 e suas alterações (Apresentação e uso de documento de identificação pessoal). 15 Lei nº 8.078/1990 e suas alterações (Código de Proteção e Defesa do Consumidor). 16 Lei nº 6.001/1973 e suas alterações (Estatuto do Índio).17 Lei nº 8.069/1990 e suas alterações (Estatuto da Criança e do Adolescente). 18 Lei nº 4.737/1965 e suas alterações (Código Eleitoral). 19 Lei nº 7.210/1984 e suas alterações (Execução Penal). 20 Lei nº 5.250/1967 e suas alterações (Lei de Imprensa). 21 Lei nº 9.099/1995 e suas alterações (Juizados especiais criminais). 22 Lei nº 12.830/2013. 23 Lei nº 13.257/2016 e suas alterações. 24 Lei nº 12.737/2012 (Lei de Crimes Cibernéticos). 25 Jurisprudência e Súmulas dos Tribunais Superiores. Abordaremos até o conteúdo do tópico 10, já que a partir do tópico 10.1 está prevista a Legislação Especial, a qual será estudada em material próprio. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 5 38 Princípios Gerais e Sistemas de processo penal 1) Princípios de Direito Processual Penal Inércia - O Juiz não pode dar início ao processo penal, pois isto implicaria e violação da sua imparcialidade. Porém, não impede que o Juiz determine a realização de diligências que entender necessárias para elucidar questão relevante para o deslinde do processo. Devido Processo Legal - Base principal do Direito Processual brasileiro. Trata-se da obediência ao rito previsto na Lei Processual (seja o rito ordinário ou outro), bem como às demais regras estabelecidas para o processo. Presunção de não culpabilidade ou Presunção de inocência - Maior pilar de um Estado Democrático de Direito. Nenhuma pessoa pode ser considerada culpada (e sofrer as consequências disto) antes do trânsito em julgado se sentença penal condenatória. Obrigatoriedade da fundamentação das decisões judiciais - Quando o Juiz indefere uma prova requerida, ou prolata a sentença, deve fundamentar seu ato, o que é determinado pela própria Constituição. Publicidade - Os atos processuais e as decisões judiciais serão públicos. Essa publicidade NÃO É ABSOLUTA, podendo sofrer restrição, quando a intimidade das partes ou interesse público exigir (publicidade restrita). Isonomia Processual - As pessoas são iguais perante a lei, sendo vedadas práticas discriminatórias. Duplo grau de jurisdição - As decisões judiciais devem estar sujeitas à revisão por outro órgão do Judiciário. Tem previsão expressa no Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos), ratificado pelo Brasil. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 6 38 Juiz Natural - Toda pessoa tem direito de ser julgada por um órgão do Poder Judiciário brasileiro. Sendo assim, é vedada a formação de Tribunal ou Juízo de exceção. Vedação às provas ilícitas - A Doutrina dominante admite a utilização de provas ilícitas quando esta for a única forma de se obter a absolvição do réu. Veda-se, também, a utilização de provas ilícitas por derivação (teoria dos frutos da árvore envenenada) 2) Sistemas 3) Interpretação e Integração da Lei Processual Penal A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. ✓ Interpretação extensiva a lei disse menos do que deveria dizer. Por consequência, para que se possa conhecer a exata amplitude da lei, o interprete necessita ampliar o seu campo de incidência. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 7 38 ✓ Aplicação analógica decorre da analogia e somente será utilizada quando não houver norma disciplinando determinando caso. CUIDADO! - O CPP admite aplicação analógica. O CÓDIGO PENAL não admite a aplicação analógica (salvo se for em benefício do réu). 4) Juiz de Garantia A figura do Juiz das Garantias está prevista nos artigos 3º-A a 3º-F do CPP. Estes artigos foram incluídos pela Lei 13.964/19 e tiveram a eficácia suspensa pelo STF em decisão liminar na ADI 6298 (Decisão do Relator, Min. Luiz Fux). No entanto, ainda que estejam temporariamente com eficácia suspensa, sugerimos que leiam esses artigos, pois estarão preparados caso alguma questão cobre conhecimento sobre a existência do instituto e eventual decisão do STF. Inquérito Policial. 5) Conceito e característica do IP- Art. 4º ao art. 23 CPP - Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 8 38 6) Notitia Criminis Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 9 38 7) Notitia criminis inqualificada(denúncia anônima) 8) Formas de Instauração do IP - - - Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 10 38 9) Procedimentos Investigativos 10) Reprodução Simulada dos fatos( art. 7º) 11) Outras incumbências da autoridade policial( art 13) Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público ( MP também pode requisitar diligência, isso já foi pegadinha de prova recente); Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; Representar acerca da prisão preventiva. - - - Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 11 38 12) Prazo para conclusão do IP 13) Destinatário do IP O IP concluído é remetido ao JUIZ. Após, Juiz abre vista ao Ministério Público. Cuidado: Se a questão afirmar que o IP concluído é remetido ao MP, estará errada! Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ PolíciaFederal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 12 38 14) Indiciamento - Info 785). 15) Indiciamento de autoridade com foro por prerrogativa de função Em regra, a autoridade com foro por prerrogativa de função pode ser indiciada. Existem duas exceções previstas em lei: Magistrados (art. 33, parágrafo único, da LC 35/79); Membros do Ministério Público (art. 18, parágrafo único, da LC 75/73 e art. 40, parágrafo único, da Lei nº 8.625/93). Info 825 STF 16) Desindiciamento O Tribunal promove o desindiciamento quando constata constrangimento ilegal no indiciamento. 17) Trancamento do IP Habeas Corpus (ou Mandado de segurança, no caso de porte de drogas para consumo pessoal), quando estivermos diante de: Manifesta atipicidade formal ou material da conduta; Presença de causa extintiva da punibilidade Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 13 38 Instauração de inquérito policial em crime de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, sem prévio requerimento do ofendido ou de seu representante legal; 18) Valor probante de IP O Juiz pode usar as provas obtidas no Inquérito para fundamentar sua decisão, o que o Juiz NÃO PODE é fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante o IP. Os elementos informativos colhidos no IP podem se somar à prova produzida em juízo e, assim, servir como mais um elemento na formação da convicção do órgão julgador.(Lima, Manual de Direito Processual Penal, pág. 112, ed. 220). 19) Vícios no IP O processo penal não pode ser anulado por suposta irregularidade no inquérito, pois as nulidades processuais estão relacionadas apenas a defeitos de ordem jurídica pelos quais são afetados os atos praticados ao longo da ação penal condenatória. (Info 824). 20) Arquivamento 21) Arquivamento Implícito Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 14 38 22) Arquivamento Indireto MP não oferece denúncia por entender que o juízo não é competente. Veja no quadro abaixo: 23) Coisa Julgada no Arquivamento Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 15 38 Ação Penal 24) Condição da Ação Penal Possibilidade jurídica do pedido Interesse de agir Legitimidade ad causam ativa e passiva Pertinência subjetiva para a demanda. 25) Espécies da Ação Penal Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 16 38 Pública Incondicionada Condicionada Representação do ofendido Requisição do Ministro da Justiça Privada Exclusiva Personalíssima Subsidiária da pública 26) Ação Penal Pública Titularidade Ministério Público (MP) Princípios Obrigatoriedade Havendo indícios de autoria e prova da materialidade do delito, o membro do MP deve oferecer a denúncia, não podendo deixar de fazê-lo, pois não pode dispor da ação penal. Indisponibilidade Uma vez ajuizada a ação penal pública, não pode seu titular dela desistir ou transigir. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. Oficialidade A ação penal pública será ajuizada por um órgão oficial. Divisibilidade Havendo mais de um infrator (autor do crime), pode o MP ajuizar a demanda somente em face um ou alguns deles, reservando para os outros, o ajuizamento em momento posterior. Importante ressaltar que o membro do MP não está obrigado a ajuizar a denúncia sempre que for instaurado um inquérito policial. Ele só ajuizará a denúncia se estiverem presentes dois requisitos: Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 17 38 Prova da materialidade Indícios de autoria 27) Representação do ofendido Legitimidade para oferecer a representação Ofendido Representante legal Sucessores (C.A.D.I.) Cônjuge, ascendente, descendente, irmão (nessa ordem). Destinatário da representação Autoridade Policial MP Juiz Formalidade Escrita ou verbal. Pessoalmente ou através de procurador com poderes específicos. Prazo 06 meses! A contar da ciência da autoria delitiva. Sob pena de decadência. Indivisibilidade A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou se representa em face de todos eles, ou não há representação. Retratação Retratação da representação no CPP: Até o OFERECIMENTO da denúncia. Lei Maria da Penha ( 11.340/06): Até o RECEBIMENTO da denúncia, em audiência designada especialmente para essa finalidade (ameaça, por exemplo). Admite-se, ainda, a retratação da retratação. Ou seja, a vítima oferece a representação e se retrata (volta atrás). Posteriormente, a vítima resolve oferecer novamente a representação. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 18 38 28) Requisição do Ministro da Justiça O MP não fica vinculado à requisição do Ministro da Justiça. Ministro da Justiça não sofre decadência. 29) Ação Penal Privada Titularidade Ofendido Representante legal Sucessores (C.A.D.I.) Princípios Oportunidade O ofendido não é obrigado a oferecer queixa-crime. Compete ao ofendido ou aos demais legitimados proceder à análise da conveniência do ajuizamento da ação. Disponibilidade O titular da ação penal (ofendido) pode desistir da ação penal proposta Indivisibilidade O ofendido, embora não seja obrigado a ajuizar a queixa, deve representar contra o fato e não pode escolher representar contra apenas um dos infratores. Ação Penal Privada Exclusiva Legitimidade para ajuizar a queixa-crime Ofendido Representante legal Sucessores (C.A.D.I.) Prazo para ajuizar a queixa-crime 06 meses! A contar da ciência da autoria delitiva. Sob pena de decadência. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle PereiraGonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 19 38 Renúncia Anterior ao ajuizamento da ação penal Tácita ou expressa Indivisível A renúncia em favor a um dos infratores se entende a todos os demais. Unilateral o Não depende de aceitação por parte do infrator. Perdão do ofendido Posterior ao ajuizamento da ação penal Tácito ou expresso Indivisível o O perdão em favor a um dos infratores se entende a todos os demais. Bilateral o Depende de aceitação. Judicial o Quando oferecido pelo querelante dentro do processo. Extrajudicial o Quando o querelante oferece o perdão fora do processo (não o faz em manifestação processual). Perempção (tema recorrente em prova) prosseguir na ação como punição ao querelante que foi inerte ou negligente no processo. Somente cabível nas ações privadas. Atenção: Não cabe na ação penal privada subsidiária da pública. Hipóteses Querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos. Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer legitimado. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 20 38 Querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente. Querelante deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais. Sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. Ação Penal Privada Personalíssima Mesmas regras da ação penal privada exclusiva, com uma diferença: só o próprio ofendido pode ajuizar a ação penal. Não há sucessão processual. Única hipótese = art. 236, CP (Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento. Ação Penal Privada Subsidiária Pública Legitimidade para ajuizar a queixa-crime subsidiária Ofendido Representante legal Sucessores (C.A.D.I.) Somente na inércia do MP o Não cabe, se o MP: ▪ Ajuíza a denúncia; ▪ Requer o arquivamento do IP; ▪ Requisita novas diligências. 30) Acordo de não persecução penal ( art. 28-A) Trata-se de um possível ajuste, no qual o MP formulará uma proposta ao investigado, e se ele aceitar e cumprir as condições impostas, terá extinta sua punibilidade, sem que tenha havido processo criminal. Art. 28-A do CPP, incluído pela Lei 13.964/19(Pacote anticrime) Pressupostos: Reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 21 38 Renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; Prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas; Pagar prestação pecuniária; Cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. Deve ser homologado pelo juiz. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 31) Conceito de Jurisdição Jurisdição é a atuação do Estado consistente na aplicação do Direito vigente a um caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo é solucionar uma crise jurídica e proporcionar a paz social. 32) Da Competência A Competência é a medida da Jurisdição, ou, o limite da Jurisdição, isto é, o conjunto de regras que estabelecem os limites em que cada Juiz pode exercer, de maneira válida, o seu Poder Jurisdicional. Classificação da Competência: Em razão da matéria (ratione materiae) É definida a partir da natureza ou espécie do crime praticado. Ratione personae ou ratione funcionae: Foro por prerrogativa de função, de acordo com a função desempenhada pela pessoa, o cargo por ela ocupado. Territorial (ratione loci) Considera-se o local onde ocorreu a infração (ou outros critérios territoriais) para que seja definida a competência. Competência funcional: refere-se à distribuição de funções entre os juízes. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 22 38 33) Competência em razão da matéria A competência em razão da matéria se divide da seguinte forma: Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos. Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns aos delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente. STF. (Info 933); Competência à Justiça Militar os crimes dolosos contra a vida praticados por militares contra civis cobrado em concursos recentes (Lei 13.491/2017); Crimes contra agência correios: Justiça Federal: Agência Própria Justiça Estadual: Agência Franqueada Justiça Federal: Agência Comunitária 34) Competência em razão do lugar Regra geral, a competência será determinada pelo lugar em que se consumar a infração ( art. 70), mas há exceções. Vejamos: Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 23 38 35) Foro por prerrogativa de Função Tem por finalidade observar a relevância de determinados cargos ou funções públicas; Apenas incidirá nos crimes cometidos durante o cargo ou mandato eletivo e em razão deles, conforme AP 937/RJ. O despacho para intimação das partes para apresentação de alegações finais orais representa marco a partir do qual a competência não mais será alterada, mesmo que a autoridade deixe o cargo que lhe conferia foro especial. Tratando-se de investigado titular de foro por prerrogativa de função, a autoridade policial não pode proceder ao indiciamento sem prévia autorização do Ministro- Relator, sendo que esta autorização também é necessária para a própria instauração do inquérito originário. Súmula Vinculante 45. A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual. processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro 36) Em razão do domicílio do réu Não sendo conhecido o lugar da infração Será regulada pelo lugar do domicílio ou residência do réu. Se o réu tiver mais de uma residência Prevenção. Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu paradeiro - juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada Poderá o querelante escolher ajuizar a queixa no lugar do domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o lugar da infração.Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 24 38 37) Da Conexão e Continência São fenômenos que importam na modificação da competência previamente estabelecida, dispostos nos arts. 76 a 82 do CPP( leia todos eles). 38) Competência da Justiça Federal Previstos no art. 109 da CF; Infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral. Compete à Justiça Federal o julgamento dos crimes de contrabando e de descaminho, ainda que inexistentes indícios de transnacionalidade na conduta (STJ- Info 635). Compete à Justiça Federal o julgamento do crime de redução à condição análoga à de escravo (art. 149 do CP). Compete à Justiça Estadual o julgamento de crimes ocorridos a bordo de balões de ar quente tripulados.( (Info 648 do STJ). 39) Atribuições da Polícia Federal ( art. 144 da CF) § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 25 38 I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. Provas 40) Diferença entre meios de prova, meios de obtenção de prova e fonte de prova Fonte de prova é tudo de onde provém/emana a prova. São anteriores ao processo. Meios de prova: São os instrumentos com os quais se leva ao processo um elemento útil para a decisão. Meios de obtenção de prova: São instrumentos para a colheita de fontes ou elementos de prova. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 26 38 41) Classificação e terminologia das provas Direta: aquela que, por si e com uma única operação inferencial, demonstram o fato objeto da investigação. Indireta: não demonstra o fato diretamente, exige dedução, raciocínio lógico (ex. álibi). Plena: completa e convincente acerca dos fatos, permitindo juízo de certeza. Não plena: ou semiplena, é a prova mais tênue que gera juízo de probabilidade. Real: decorre de coisas materiais (ex. arma), com os sinais nelas deixados. Pessoal: decorre de pessoas (ex. interrogatório, testemunha) e suas impressões. Positiva: procura demonstrar a existência do fato. Negativa: visa demonstrar a inexistência do fato é a contraprova. 42) Das Provas Ilícitas São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. Fruto da árvore envenenada: Teoria que surgiu no direito norte-americano e que estabelece que todas as provas que sejam derivadas (no sentido de provenientes, consequenciais) das ilícitas também não poderão ser aceitas/admitidas no processo. Provas ilícitas por derivação: São aquelas que, embora lícitas na própria essência, decorrem exclusivamente de uma outra prova, considerada ilícita, ou de uma situação de ilegalidade, restando, portanto, contaminadas. Deve existir nexo de causalidade, relação de dependência. Fonte independente: Aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 27 38 Provas Ilícitas: Violam direito material; Provas Ilegítimas: Violam direito processual. Inutilização da prova ilícita: art. 157, § 3º. Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. Admite-se a prova seja ilícita, se for a única que possa conduzir à absolvição do réu, ou comprovar fato importante para sua defesa, em razão do princípio da proporcionalidade, deverá ser utilizada no processo. Segundo STJ, é necessária autorização judicial para acesso as conversas de WhatsApp, ainda que na hipótese de prisão em flagrante do indivíduo. (Info 583) 43) Do Exame de Corpo de Delito Conceito: O exame de corpo de delito é a perícia cuja finalidade é comprovar a materialidade das infrações que deixam vestígios. Nos termos do art. 158 do CPP: Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 44) Crime Transeunte e não-transeunte Crime Transeunte: É aquele que não deixa vestígios Crime Não-transeunte: É aquele que deixa vestígios. 45) Exame de Corpo de Delito Direito e Indireto Direto: Realizado pelo perito diretamente sobre o vestígio deixado. Indireto: O perito realiza o exame com base em informações verossímeis fornecidas a ele. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 28 38 46) Prioridade na realização Prioridade para realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: Violência doméstica e familiar contra a mulher; Violência contra criança adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. 47) Realização do Exame de Corpo de Delito Um perito oficial; Dois peritos não oficiais, os quais devem ser: Pessoas idôneas; Portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente na área específica; Deverão prestar compromisso de bem e fielmente prestar o serviço. 48) Dos Assistentes Técnicos São profissionais indicados pelas partes e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição. Possuem conhecimento técnico, a fim de auxiliar as partes na fase de produção pericial. Atuará somente após admissão do juiz e, após, a conclusãodo ludo dos peritos oficiais. 49) Prazo do laudo pericial Prazo máximo de 10 dias, podendo ser prorrogado. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 29 38 50) Cadeia de Custódia(NOVIDADE) Conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.( art. 158-A). Novidade incluída pela Lei 13.964/19(pacote anticrime). 51) Início da Cadeia de Custódia Preservação do local de crime; ou Procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio Art. 158-A (...) § 2º O agente público que reconhecer um elemento como depotencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por suapreservação. 52) Etapas da Cadeia de Custódia A cadeia de custódia possui 10 etapas (art. 158-B): Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 30 38 53) Interrogatório do acusado recepcionada pela CF. Assim, não se pode fazer a condução coercitiva do investigado, ou réu, para interrogatório sobre os fatos. (ADPF 395/DF e ADPF 444/DF). Caso descumpra, o agente público responsável fica sujeito: Responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade que determinou. Ilicitude das provas obtidas. Responsabilidade civil do Estado. Nulidade do ato jurídico. STF também decidiu que o interrogatório deve ser o último ato da instrução, para que não haja violação ao contraditório e à ampla defesa. 54) Das Testemunhas Procedimento comum ordinário: 8 (oito) testemunhas (CPP, art. 401, caput); Procedimento comum sumário: 5 (cinco)testemunhas (CPP, art. 532); Procedimento sumaríssimo (Lei n° 9.099/95): 3 (três) testemunhas; Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 31 38 Primeira fase do procedimento do júri: 8 (oito) testemunhas (CPP, art. 406, § 3°); Segunda fase do procedimento do júri: 5 (cinco) testemunhas (CPP, art. 422); Procedimento da Lei de drogas: 5 (cinco) testemunhas (Lei n° 11.343/06, art. 54, inciso III); Procedimento ordinário do CPPM: 6 (seis) testemunhas (CPPM, art. 77, alínea "h''). 58) Busca e apreensão Lembre-se do conceito de casa, previsto no artigo 150, §4º, CP; Serendipidade( cobrado 2ª fase Delegado PC-GO e PC-RS) : Encontro fortuito de provas relativas a fato delituoso diverso daquele que é objeto das investigações.. A busca em mulher deve ser realizada, preferencialmente, por outra mulher. A apreensão de documentos no interior de veículo automotor constitui uma espécie de "busca pessoal" e, portanto, não necessita de autorização judicial quando houver fundada suspeita de que em seu interior estão escondidos elementos necessários à elucidação dos fatos investigados. Exceção: será necessária autorização judicial quando o veículo é destinado à habitação do indivíduo, como no caso de trailers, cabines de caminhão, barcos, entre outros, quando, então,se inserem no conceito jurídico de domicílio. (Info 843) A determinação de busca e apreensão nas dependências da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal pode ser decretada por juízo de 1ª instância se o investigado não for congressista. (Info 945 do STF) Segundo STJ, é ilegal decisão judicial que autoriza busca e apreensão coletiva em residências, feita de forma genérica e indiscriminada. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 32 38 Prisão e Liberdade Provisória 59) Conceitos Iniciais Prisão Penal: Decorrente de sentença penal transitada em julgado. Prisão Cautelar Medida cautelar, objeto do processo. Direitos e garantias individuais do preso: Direito ao silêncio, comunicação da prisão, assistência de advogado e audiência de custódia. 60) Execução Provisória da Pena STF mudou entendimento no final de 2019, passando a vedar a execução provisória da pena. Portanto, não é possível a execução provisória da pena mesmo em caso de condenações pelo Tribunal do Júri. (Info 960 STF). 61) Prisão em flagrante Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 33 38 - 62) Lavratura do auto de prisão em flagrante- APF Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 34 38 63) Audiência de Custódia(art. 310) - 64) Fiança Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 35 38 BIZU: Lembre-se que o crime previsto no art. 24-A da Lei 11.340/06(Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência), embora tenha pena máxima cominada em 02 anos, prevê que apenas o juiz poderá arbitrar a fiança. 65) Prisão preventiva- Art. 311 a art. 318 CPP Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 36 38 - 66) Prisão Domiciliar O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: Maior de 80 (oitenta) anos; Extremamente debilitado por motivo de doença grave; Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de6 (seis) anos de idade ou com deficiência Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 37 38 Gestante Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres presas que sejam: Gestantes puérperas (que deram à luz há pouco tempo) mães de crianças (isto é, mães de menores até 12 anos incompletos) mães de pessoas com deficiência. Mas há exceções, nas quais não pode ser deferida a prisão domiciliar: A mulher tiver praticado crime mediante violência ou grave ameaça; A mulher tiver praticado crime contra seus descendentes (filhos e/ou netos); Em outras situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. 67) Prisão temporária- Lei 7.960/89 i. , . ii. Requisitos: Deve haver a conjugação dos incisos: iii. iv. Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br 38 38 Vamos ficando por aqui. Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu! Bons estudos! Charles Chaplin Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias Bizu Estratégico de Direito Processual Penal Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado) www.estrategiaconcursos.com.br