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Prévia do material em texto

Bizu Estratégico de
Legislação Penal e
Processual
Bizu Estratégico p/ Polícia Federal
(Delegado)
Autores:
Bruna Caroline Biruel Caracho,
Gabriel Lourenço Carolino,
Waleska Alvarenga, Franco
Gomes Reginato, Danielle Pereira
Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli,
Kauê Salvaterra, Leonardo
Mathias
Bizu Estratégico de Legislação
Penal e Processual
21 de Outubro de 2020
 
 
 
 
 1 
34 
BIZU ESTRATÉGICO DE LEGISLAÇÃO PENAL E 
PROCESSUAL PENAL ESPECIAL – DELEGADO PF 
Olá, futuro(a) delegado(a) federal! Tudo bem? 
Nesse material, trazemos uma seleção de bizus da disciplina de Legislação Penal e 
Processual Penal Especial. 
O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos através 
de tópicos do conteúdo programático que possuem as maiores chances de incidência em 
prova. O material do Bizu Estratégico foi criado com o objetivo de ser uma revisão para os 
últimos dias antes da prova. 
Todos os bizus destinam-se a alunos que já estejam na fase de revisão (que 
estudaram previamente e de maneira aprofundada o conteúdo teórico da disciplina). 
Também é importante, nessa matéria, que você tenha lido a legislação inteira (“lei seca”). 
Posteriormente, esse material também pode ser considerado como um ponto de 
partida para você criar o seu próprio resumo, complementando os pontos que achar mais 
interessante ou que tenha mais dificuldade. 
Quanto à análise estatística, foram consideradas as questões do cargo de Delegado 
de Polícia da Banca CEBRASPE/CESPE. 
Bons estudos e excelente prova! 
 
Coach Danielle Gonzalez 
@daniellepgonzalez 
 
Coach Leonardo Mathias 
@profleomathias 
 
 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
Bizu Estratégico de Legislação Penal e Processual
Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado)
www.estrategiaconcursos.com.br
 
 
 
 
 2 
34 
APRESENTAÇÃO 
 
Antes de mais nada, farei uma breve apresentação. Meu 
nome é Danielle Gonzalez, sou natural de Brasília/DF. Iniciei 
minha carreira no serviço público como Agente 
Administrativo no Ministério da Saúde; posteriormente, 
assumi o cargo de técnico judiciário, área administrativa, no 
TJDFT; e, por fim, exerci o cargo de auditora fiscal de 
atividades urbanas do DF, especialidade em transportes. 
Atualmente, moro em Itajaí/SC, em virtude do exercício do 
cargo de Delegada de Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (15º lugar). Sou bacharel em 
Direito pelo UniCEUB/DF. Além disso, sou pós-graduada em Direito Penal, Processual Penal 
e Constitucional. Faço parte da equipe do Estratégia Concursos na área de coaching, 
sistema de questões e bizus estratégicos. 
Comecei a estudar para concursos ainda na faculdade, tendo como exemplos meus pais. 
Minha mãe é técnica judiciária no STJ e meu pai era Agente de Polícia Civil na PCDF 
(aposentado). Desde pequena entendi que o estudo era um dos caminhos para a vitória. 
Ninguém tira de você o conhecimento! Sei que a caminhada é árdua, mas não é prazeroso 
notar que está aprendendo?! 
Além dos cargos que tomei posse, obtive êxito em outros concursos, como Delegado de 
Polícia Civil do Paraná/2013, analista judiciário TSE/2012, escrivão da Polícia Civil ES/2012 
(15º lugar, mas optei por não prosseguir nas demais fases), agente administrativo do 
Ministério do Meio Ambiente/2009, entre outros. 
Serei a responsável pelo Bizu Estratégico voltado para o concurso de Delegado de Polícia 
Federal na disciplina de Legislação Penal e Processual Penal Especial. Com ele, pretendo 
abordar os tópicos mais cobrados nesta disciplina, de maneira concisa e objetiva, por meio 
de uma linguagem bem clara! 
Vamos juntos?! 
Danielle Gonzalez Leonardo Mathias 
@daniellepgonzalez @profleomathias 
 
 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
Bizu Estratégico de Legislação Penal e Processual
Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado)
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 3 
34 
ANÁLISE ESTATÍSTICA 
Realizamos análise estatística para saber quais são os assuntos mais exigidos pela 
banca CEBRASPE (CESPE) na disciplina de Direito Penal. Os dados foram obtidos a partir 
das questões disponíveis no Sistema de Questões do Estratégia Concursos e baseados no 
edital do último concurso, de 2018, que abrange os seguintes tópicos: 
 
1 Lei nº 11.343/2006 e suas alterações (Tráfico ilícito e uso indevido de substâncias 
entorpecentes). 2 Lei nº 12.850/2013 e suas alterações (Crime organizado). 3 Lei nº 
7.492/1986 e suas alterações (Crimes contra o sistema Financeiro Nacional). 4 Lei nº 
8.137/1990 e suas alterações (Crimes contra a ordem econômica e tributária e as relações 
de consumo). 5 Lei nº 9.613/1998 e suas alterações (Lavagem de dinheiro). 6 Lei nº 
8.176/1991 (Crimes contra a ordem econômica). 7 Lei nº 8.072/1990 e suas alterações 
(Crimes hediondos). 8 Lei nº 7.716/1989 e suas alterações (Crimes resultantes de 
preconceitos de raça ou de cor). 9 Lei nº 9.455/1997 e suas alterações (Crimes de tortura). 
10 Lei nº 9.605/1998 e suas alterações (Crimes contra o meio ambiente). 11 Crimes de 
responsabilidade (Decreto-Lei nº 201/1967 e suas alterações, Lei nº 1.079/1950 e suas 
alterações e Lei nº 8.176/1991). 12 Lei nº 11.101/2005 e suas alterações (Crimes 
falimentares). 13 Lei nº 8.666/1993 e suas alterações (Crimes nas licitações e contratos da 
administração pública). 14 Lei nº 12.037/2009 e suas alterações. 15 Lei nº 9.296/1996 
(Interceptação telefônica). 16 Lei nº 13.869/2019 (abuso de autoridade). 17 Lei nº 
10.826/2003 e suas alterações (Estatuto do desarmamento). 18 Lei nº 5.553/1968 e suas 
alterações (Apresentação e uso de documento de identificação pessoal). 19 Lei nº 
8.078/1990 e suas alterações (Código de Proteção e Defesa do Consumidor). 20 Lei nº 
6.001/1973 e suas alterações (Estatuto do Índio). 21 Lei nº 8.069/1990 e suas alterações 
(Estatuto da Criança e do Adolescente). 22 Lei nº 4.737/1965 e suas alterações (Código 
Eleitoral). 23 Lei nº 7.210/1984 e suas alterações (Execução Penal). 24 Lei nº 5.250/1967 e 
suas alterações (Lei de Imprensa). 25 Lei nº 9.099/1995 e suas alterações (Juizados especiais 
criminais). 26 Lei nº 12.830/2013. 27 Lei nº 13.257/2016 e suas alterações. 28 Lei nº 
12.737/2012 (Lei de Crimes Cibernéticos). 29 Lei nº 13.146/2015 e suas alterações (Crimes 
previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência). 30 Lei 10.741/2003 e suas alterações 
(Crimes cometidos contra idosos). 
 
Com essa análise, podemos verificar quais são os temas mais exigidos pela banca 
CEBRASPE/CESPE na área policial e focar nos principais pontos em nossa revisão! Ao final, 
obtivemos a seguinte análise estatística: 
 
 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
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 4 
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Assunto Quantidade de questões Porcentagem de cobrança 
1. Tráfico ilícito e uso indevido de drogas (Lei nº 
11.343/2006). 
41 12,09% 
2 Lei nº 12.850/2013 e suas alterações (Crime 
organizado). 
12 3,53% 
3 Lei nº 7.492/1986 e suas alterações (Crimes 
contra o sistema Financeiro Nacional). 
3 0,88% 
4 Lei nº 8.137/1990 e suas alterações (Crimes 
contra a ordem econômica e tributária e as 
relações de consumo). 
14 4,12% 
5 Lei nº 9.613/1998 e suas alterações (Lavagem 
de dinheiro). 
12 3,53% 
6 Lei nº 8.176/1991 (Crimes contra a ordem 
econômica). 
1 0,29% 
7 Lei nº 8.072/1990 e suas alterações (Crimes 
hediondos). 
18 5,30% 
8Lei nº 7.716/1989 e suas alterações (Crimes 
resultantes de preconceitos de raça ou de cor). 
6 1,76% 
9 Lei nº 9.455/1997 e suas alterações (Crimes de 
tortura). 
18 5,30% 
10 Lei nº 9.605/1998 e suas alterações (Crimes 
contra o meio ambiente). 
21 6,19% 
11 Crimes de responsabilidade (Decreto-Lei nº 
201/1967 e suas alterações; Lei nº 1.079/1950). 
1 0,29% 
12 Lei nº 11.101/2005 e suas alterações (Crimes 
falimentares). 
2 0,58% 
13 Lei nº 8.666/1993 e suas alterações (Crimes 
nas licitações e contratos da administração 
pública). 
3 0,88% 
14 Lei nº 12.037/2009 e suas alterações. 21 6,19% 
15 Lei nº 9.296/1996 (Interceptação telefônica). 23 6,78% 
16. Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019). 12 3,53% 
17 Lei nº 10.826/2003 e suas alterações (Estatuto 
do desarmamento). 
24 7,07% 
18 Lei nº 5.553/1968 e suas alterações 
(Apresentação e uso de documento de 
identificação pessoal). 
1 0,29% 
19 Lei nº 8.078/1990 e suas alterações (Código de 6 1,76% 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
Bizu Estratégico de Legislação Penal e Processual
Bizu Estratégico p/ Polícia Federal (Delegado)
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 5 
34 
Proteção e Defesa do Consumidor). 
20 Lei nº 6.001/1973 e suas alterações (Estatuto 
do Índio). 
0 0 
21 Lei nº 8.069/1990 e suas alterações (Estatuto 
da Criança e do Adolescente). 
4 1,17% 
22 Lei nº 4.737/1965 e suas alterações (Código 
Eleitoral). 
1 0,29% 
23 Lei nº 7.210/1984 e suas alterações (Execução 
Penal). 
53 15,63% 
24 Lei nº 5.250/1967 e suas alterações (Lei de 
Imprensa). 
0 0 
25 Lei nº 9.099/1995 e suas alterações (Juizados 
especiais criminais). 
29 8,55% 
26 Lei nº 12.830/2013. 5 1,47% 
27 Lei nº 13.257/2016 e suas alterações. 0 0 
28 Lei nº 12.737/2012 (Lei de Crimes 
Cibernéticos). 
0 0 
29 Lei nº 13.146/2015 e suas alterações (Crimes 
previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
0 0 
30 Lei 10.741/2003 e suas alterações (Crimes 
cometidos contra idosos). 
8 2,35% 
 
 
Assunto Bizus Caderno de questões 
1. Tráfico ilícito e uso indevido de 
drogas (Lei nº 11.343/2006). 
1 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/c794110f-
5528-48d1-a439-b937be024712 
2 Lei nº 12.850/2013 e suas alterações 
(Crime organizado). 
2 e 3 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/128fa3f6-
d315-4de1-a861-0fd56e191d36 
3 Lei nº 8.137/1990 e suas alterações 
(Crimes contra a ordem econômica e 
tributária e as relações de consumo). 
4 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/bbeb1217-
f0b7-4676-b953-53d7f4dab849 
4 Lei nº 9.613/1998 e suas alterações 
(Lavagem de dinheiro). 
5 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/6c68a507-
d789-46dd-8b4e-c285e7485b81 
5 Lei nº 8.072/1990 e suas alterações 
(Crimes hediondos). 
6 e 7 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/bb1891e8-
31aa-4a23-95ea-9ddd3c1d457d 
6 Lei nº 9.455/1997 e suas alterações 
(Crimes de tortura). 
8 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/62a88a0a-
9dd3-4060-af11-62c558b403c9 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
Bizu Estratégico de Legislação Penal e Processual
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 6 
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7 Lei nº 9.605/1998 e suas alterações 
(Crimes contra o meio ambiente). 
9 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/5de0f86b-
6358-400f-9271-817c04ffeb0e 
8 Lei nº 12.037/2009 e suas 
alterações. 
10 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/f787d6cb-
cac9-420a-8f91-579446260add 
9 Lei nº 9.296/1996 (Interceptação 
telefônica). 
11 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/be9c74cc-
f353-462e-b304-840bbf63f251 
10. Abuso de Autoridade (Lei nº 
13.869/2019). 
12 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/ffefe9b4-3c73-
4090-8a9d-21adac7fe03f 
11 Lei nº 10.826/2003 e suas 
alterações (Estatuto do 
desarmamento). 
13 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/1ac04545-
93c2-4916-a8e6-32ad5e1f2868 
12 Lei nº 7.210/1984 e suas alterações 
(Execução Penal). 
14 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/31bac4c1-
af21-4826-ab75-b0725ec60353 
13 Lei nº 9.099/1995 e suas alterações 
(Juizados especiais criminais). 
15 https://questoes.estrategiaconcursos.com.br/cadernos/ff2d8be7-
6dd3-4bbd-849f-c2c38765186f 
 
 
 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
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 7 
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1. Tráfico ilícito e uso indevido de drogas (Lei nº 11.343/2006). 
 
1) Dos crimes e das penas 
 
 
 
• Art. 28. ADQUIRIR, GUARDAR, TIVER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR OU TROUXER 
CONSIGO, PARA CONSUMO PESSOAL. 
BIZU: o STF considerou que houve despenalização do crime de porte para uso, mas não 
houve descriminalização (HC 275.126/SP)! Mesmo sendo crime, o STJ entende que a 
condenação anterior pelo art. 28 da Lei nº 11.343/2006 NÃO configura reincidência (STJ. 5ª 
Turma. HC 453.437/SP; STJ. 6ª Turma. REsp 1672654/SP). 
Penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. As penas 
previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 
meses (em caso de reincidência, prazo máximo de 10 meses). Prescrevem em 2 anos (NÃO 
FOI alterado o prazo prescricional pela mudança no CP)! 
 
• Art. 33: IMPORTAR, EXPORTAR, REMETER, PREPARAR, PRODUZIR, FABRICAR, ADQUIRIR, 
VENDER, EXPOR À VENDA, OFERECER, TER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR, TRAZER 
CONSIGO, GUARDAR, PRESCREVER, MINISTRAR, ENTREGAR A CONSUMO OU FORNECER 
DROGAS, AINDA QUE GRATUITAMENTE. Pena: 5 a 15 anos pagamento de 500 a 1.500 dias-
multa. 
 
• Art. 33, § 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga. Detenção, de 1 
(um) a 3 (três) anos, e multa de 100 a 300 dias-multa. 
 
• Art. 33, § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem. Detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
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 8 
34 
de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. TRÁFICO DE 
MENOR POTENCIAL OFENSIVO (competência do JECRIM)! 
 
• Art. 33, § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser 
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, 
desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades 
criminosas nem integre organização criminosa. TRÁFICO PRIVILEGIADO! Não se considera 
equiparado a hediondo! 
Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o 
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o 
advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. É vedada a 
combinação de dispositivos de leis diversas, criando uma terceira norma (lex tertia). 
 
• Art. 35. Associarem-se DUAS OU MAIS PESSOAS para o fim de praticar, REITERADAMENTE 
OU NÃO, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei.STF e STJ 
exigem estabilidade e permanência na associação criminosa. 
 
• Art. 36. FINANCIAR OU CUSTEAR a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, 
caput e § 1º, e 34 desta Lei. Pena - reclusão, de 8 a 20 anos (a pena mais alta da lei!) e 
pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa. Para o STJ, para configurar este delito o agente 
não deve ter praticado as condutas do art. 33. Havendo praticado, responderá apenas pelo 
art. 33 c/c 40, VII, da Lei 11.343/06. 
 
• Art. 38. Prescrever ou ministrar, CULPOSAMENTE, drogas, sem que delas necessite o 
paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar. Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e pagamento de 50 a 200 dias-multa. 
 
• Causas de aumento - Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são 
aumentadas de UM SEXTO A DOIS TERÇOS, se: 
• transnacionalidade do delito; 
• prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, 
poder familiar, guarda ou vigilância; 
• cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de 
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, 
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem 
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de 
dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em 
transportes públicos; 
Transporte público: o STF e o STJ entendem que apenas se ficar demonstrada a 
comercialização efetiva da droga em seu interior incidirá a causa de aumento. 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
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• crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de 
fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; 
• o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
Súmula 587-STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 
11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da 
federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o 
tráfico interestadual. 
• envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por 
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e 
determinação; 
• o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
• Destruição de plantação: serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na 
forma do art. 50-A (art. 32). 
 
• Destruição das drogas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Interrogatório como último ato da audiência: aplica-se o art. 400 do CPP (STF/STJ). 
 
 
Destruição da droga 
Com prisão em flagrante Sem prisão em flagrante 
O Delegado faz a destruição somente após o 
juiz determinar. 
O Delegado faz a destruição de ofício, ou 
seja, sem determinação do juiz. 
A destruição é feita no prazo máximo de 15 
dias contado da determinação do juiz. 
A destruição é feita no prazo máximo de 30 
dias contado da data da apreensão. 
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2. Organização criminosa (Lei nº 12.850/2013). 
 
2) Crimes 
• A lei traz o conceito de organização criminosa: a associação de 4 ou mais pessoas 
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com 
objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de 
infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter 
transnacional. 
• Esta Lei se aplica também: 
• I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, 
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou 
reciprocamente; 
• II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática 
dos atos de terrorismo legalmente definidos. 
• Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, 
organização criminosa (art. 2º). Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das 
penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. 
• As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa 
houver emprego de arma de fogo. 
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• A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da 
organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução. 
• A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): 
• I - se há participação de criança ou adolescente; 
• II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa 
dessa condição para a prática de infração penal; 
• III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, 
ao exterior; 
• IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações 
criminosas independentes; 
• V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da 
organização. 
• Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização 
criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação 
ou instrução processual. 
• A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda 
do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função 
ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. 
• Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a 
Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, 
que designará membro para acompanhar o feito até a sua conclusão. 
• As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à 
disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de 
segurança máxima. 
• O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa 
ou por crime praticado por meio de organização criminosa não poderá progredir de 
regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios 
prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo 
associativo. 
 
3) Da investigação e dos meios de obtenção da prova 
• Colaboração Premiada: o acordo de colaboração premiada é negócio jurídico processual 
e meio de obtenção de prova, que pressupõe utilidade e interesse públicos. A proposta de acordo de 
colaboração premiada poderá ser sumariamente indeferida, com a devida justificativa, cientificando-se 
o interessado. Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão firmar Termo de 
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Confidencialidade para prosseguimentodas tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na 
negociação e impedirá o indeferimento posterior sem justa causa. 
• Nenhuma tratativa sobre colaboração premiada deve ser realizada sem a 
presença de advogado constituído ou defensor público. 
• O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em 
até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos 
daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o 
processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes 
resultados: 
• I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e 
das infrações penais por eles praticadas; 
• II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização 
criminosa; 
• III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização 
criminosa; 
• IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações 
penais praticadas pela organização criminosa; 
• V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada. 
• Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a 
qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a 
manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela 
concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido 
previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 
3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). 
• O delegado de polícia pode formalizar acordos de colaboração premiada, na fase 
de inquérito policial, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, o qual deverá se 
manifestar, sem caráter vinculante, previamente à decisão judicial. Os §§ 2º e 6º do art. 
4º da Lei nº 12.850/2013, que preveem essa possibilidade, são constitucionais e não 
ofendem a titularidade da ação penal pública conferida ao Ministério Público pela 
Constituição (art. 129, I). STF. Plenário. ADI 5508/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 
20/6/2018 (Info 907). Dizer o Direito. 
• O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, 
poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam 
cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. 
• O MP poderá deixar de oferecer denúncia se a proposta de acordo de 
colaboração referir-se a infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento e o 
colaborador não for o líder da organização criminosa e for o primeiro a prestar efetiva 
colaboração. 
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• Ação Controlada: consiste em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à 
ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e 
acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de 
provas e obtenção de informações. Exige prévia comunicação ao juiz competente que, se for o caso, 
estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. 
• Infiltração de Agentes: a infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, 
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica 
do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de 
circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites. Será admitida a 
infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º da Lei e se a prova não puder ser 
produzida por outros meios disponíveis (subsidiariedade). 
• Será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais 
renovações, desde que comprovada sua necessidade. 
• A Lei 13.964/19 passou a admitir a ação de agentes de polícia infiltrados virtuais na 
internet, com o fim de investigar os crimes previstos nesta Lei e a eles conexos, praticados por 
organizações criminosas, desde que demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas 
dos policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão 
ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas (art. 10-A). 
• O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade com a 
finalidade da investigação, responderá pelos excessos praticados. Não é punível, no âmbito da 
infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível 
conduta diversa. 
• Acesso a Registros, Dados Cadastrais, Documentos e Informações: art. 15. 
 
• A instrução criminal deverá ser encerrada em prazo razoável, o qual não poderá exceder 
a 120 (cento e vinte) dias quando o réu estiver preso, prorrogáveis em até igual período, por decisão 
fundamentada, devidamente motivada pela complexidade da causa ou por fato procrastinatório 
atribuível ao réu. 
 
 
3. Crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de 
consumo (Lei nº 8.137/1990). 
 
4) Crimes 
• Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição 
social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas (art. 1º - crimes materiais): 
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• I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; 
• II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo 
operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; 
• III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer 
outro documento relativo à operação tributável; 
• IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva 
saber falso ou inexato; 
• V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento 
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente 
realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. 
• Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
• Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 
10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor 
complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, 
caracteriza a infração prevista no inciso V. 
• Súmula Vinculante 24-STF: Não se tipifica crime material contra a ordem 
tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/1990, antes do lançamento 
definitivo do tributo. O lançamento definitivo se constitui em condição objetiva de 
punibilidade. 
• Constitui crime da mesma natureza (art. 2º - crimes formais): 
• I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou 
empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo; 
• II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, 
descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria 
recolher aos cofres públicos; 
• III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer 
percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como 
incentivo fiscal; 
• IV - deixar de aplicar, ou aplicarem desacordo com o estatuído, incentivo fiscal 
ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento; 
• V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao 
sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, 
por lei, fornecida à Fazenda Pública. 
• Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
• Princípio da insignificância: o STF e o STJ, com a edição da Portaria do Ministério da 
Fazenda de nº 75/2012, posteriormente modificada pela Portaria da Fazenda de nº 130/2012, que 
determina o arquivamento das execuções fiscais de débitos com a Fazenda Nacional de valor igual ou 
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inferior a R$ 20.000,00 (vinte e mil reais), passaram a considerar este valor para fins de incidência do 
princípio da insignificância. 
• São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade as penas 
previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 7°: 
• I - ocasionar grave dano à coletividade; 
• II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções; 
• III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio de 
bens essenciais à vida ou à saúde. 
• Os crimes previstos nesta lei são de ação penal pública incondicionada. 
• Delação premiada: Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou 
coautoria, o coautor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou 
judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços. 
 
 
4. Lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998). 
 
5) Crimes 
• OCULTAR ou DISSIMULAR a natureza, origem, localização, disposição, movimentação 
ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. 
A Lei 12.683/12 extinguiu o rol de crimes antecedentes, transformando a Lei 9.613/98 em uma Lei de 
3ª geração. A infração penal antecedente deve ser produtora (algum valor, bem ou direito). A lavagem 
é crime acessório, diferido, remetido, sucedâneo, parasitário. 
• Princípio da acessoriedade limitada: para que responda pelo crime de lavagem, a 
infração penal antecedente precisa ser um fato típico e ilícito. 
• Justa causa duplicada: deve ser trazido um lastro probatório mínimo em relação ao 
crime de lavagem de capitais e em relação à infração penal antecedente. 
• Houve aprimoramento das medidas assecuratórias (medidas cautelares reais e 
patrimoniais) – art. 4º. 
• GATEKEEPERS - alguém que tem que ficar de olho. Pessoas físicas e jurídicas que atuam 
na área de movimentação financeira têm a obrigação de conhecerem seus clientes. Devem comunicar 
operações suspeitas ao COAF. Art. 9º. 
• FASES de acordo com o chamado GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional Sobre 
Lavagem de Dinheiro). 
• 1ª: Fase da COLOCAÇÃO ou INTRODUÇÃO ou PLACEMENT. O dinheiro ilícito é 
introduzido no sistema financeiro. 
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• 2ª: Fase da DISSIMULAÇÃO (LAYERING) ou MASCARAMENTO. É a dissimulação 
da origem ilícita a partir de várias movimentações financeiras. 
• 3ª: Fase da INTEGRAÇÃO (INTEGRATION). Ou volta como bem lícito ou para 
refinanciar atividade ilícita. 
 
 
 
• Colaboração premiada: a pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida 
em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer 
tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente 
com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à 
identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto 
do crime (art. 1º, § 5º). 
• Ação controlada: a ordem de prisão de pessoas ou as medidas assecuratórias de bens, 
direitos ou valores poderão ser suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua 
execução imediata puder comprometer as investigações (art. 4º-B). 
• O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei: 
• I – obedecem às disposições relativas ao procedimento comum dos crimes punidos com 
reclusão, da competência do juiz singular; 
• II - independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes, ainda que 
praticados em outro país, cabendo ao juiz competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão 
sobre a unidade de processo e julgamento; 
• III - são da competência da Justiça Federal: 
• a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, ou 
em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou 
empresas públicas; 
• b) quando a infração penal antecedente for de competência da Justiça Federal. 
 
 
 
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5. Crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990). 
 
BIZU: o Direito Penal de Emergência motivou o nascimento dessa lei! Atendendo as 
demandas de criminalização, o Estado cria normas de repressão ignorando garantias do 
cidadão com a finalidade de devolver o sentimento de tranquilidade para a sociedade. 
 
6) Rol de crimes – CONSUMADOS ou TENTADOS – O Brasil adota o Sistema Legal (rol taxativo) 
• I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda 
que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, 
VI, VII e VIII); 
• I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida 
de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de 
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; 
• II - roubo: 
• a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); 
• b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo 
emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); 
• c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); 
• III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal 
ou morte (art. 158, § 3º); 
• IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º); 
• V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); 
• VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); 
• VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). 
• VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B). 
• VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou 
adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). 
• IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo 
comum (art. 155, § 4º-A). 
• Consideram-se tambémhediondos, tentados ou consumados: 
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• I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 
1956; 
• II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da 
Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
• III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 
de dezembro de 2003; 
• IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 
18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
• V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou 
equiparado. 
 
7) Tratamento diferenciado: 
• Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança. 
• BIZU: é cabível liberdade provisória sem fiança! Regime integral ou inicialmente fechado 
foi declarado inconstitucional pelo STF! 
• A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei 7.960/89, nos crimes hediondos e 
equiparados, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade. 
 
 
6. Crimes de tortura (Lei nº 9.455/1997). 
 
 
 
8) Crimes e restrições 
• Trata-se crime equiparado a hediondo! 
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• De acordo com a maioria, trata-se de garantia absoluta, não admitindo exceções (junto 
com a não escravidão e a não extradição de brasileiro nato). A Teoria americana do cenário da bomba 
relógio argumenta que essa vedação é relativa. 
• No Brasil, a Lei de Tortura destoa dos Tratados Internacionais em dois pontos: 
 1º. No Brasil, o crime de tortura não precisa necessariamente ser praticado por agentes 
do Estado, podendo ser praticado por particular (crime jabuticaba). 
 2º. No Brasil, o crime de tortura é prescritível. 
• Todos os crimes previstos na Lei 9.455/97 são de ação penal pública incondicionada. 
• Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave 
ameaça, causando-lhe SOFRIMENTO FÍSICO OU MENTAL: 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa 
(TORTURA PROVA); 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa (TORTURA CRIME); 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa (TORTURA DISCRIMINAÇÃO ou 
PRECONCEITO); 
• Também constitui crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou 
autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a INTENSO SOFRIMENTO FÍSICO OU MENTAL, 
como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo (TORTURA CASTIGO ou 
PUNIÇÃO). 
• Também incorre no crime de tortura quem submete pessoa presa ou sujeita a medida 
de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou 
não resultante de medida legal (TORTURA PELA TORTURA). 
• Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou 
apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos (TORTURA OMISSÃO ou IMPRÓPRIA ou 
ANÔMALA ou ATÍPICA). Não configura crime equiparado a hediondo! 
• A condenação acarretará a PERDA do cargo, função ou emprego público e a interdição 
para seu exercício pelo DOBRO do prazo da pena aplicada. 
• O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
Cabe liberdade provisória sem fiança! Para a posição majoritária, não cabe indulto por 
estar contida na vedação da graça (indulto individual). 
• O STF julgou o regime inicial fechado da Lei 8.072/90 como inconstitucional (fere o 
princípio da individualização da pena). 
• O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em 
território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição 
brasileira. A extraterritorialidade da lei na tortura praticada contra brasileiros é INCONDICIONADA. O 
artigo 2º constitui uma exceção à extraterritorialidade hipercondicionada (art. 7º, § 3º, CP). 
 
 
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7. Crimes contra o meio ambiente (Lei nº 9.605/1998). 
 
9) Crimes 
• É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais 
independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. A 
jurisprudência não adota mais a chamada teoria da “dupla imputação” (STJ/STF). 
• Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for 
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente (art. 4º). 
• Todos os crimes são de ação penal pública incondicionada. 
• Penas restritivas de direitos: prestação de serviços à comunidade; interdição temporária 
de direitos; suspensão parcial ou total de atividades; prestação pecuniária; recolhimento domiciliar. 
• Atenuantes de pena: I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; II - 
arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação 
significativa da degradação ambiental causada; III - comunicação prévia pelo agente do perigo 
iminente de degradação ambiental; IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do 
controle ambiental. 
• Agravantes de pena: I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; II - ter o agente 
cometido a infração: a) para obter vantagem pecuniária, b) coagindo outrem para a execução material 
da infração, c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio 
ambiente, d) concorrendo para danos à propriedade alheia, e) atingindo áreas de unidades de 
conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso, f) atingindo áreas 
urbanas ou quaisquer assentamentos humanos, g) em período de defeso à fauna, h) em domingos ou 
feriados, i) à noite, j) em épocas de seca ou inundações, l) no interior do espaço territorial 
especialmente protegido, m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais, n) 
mediante fraude ou abuso de confiança, o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou 
autorização ambiental, p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas 
públicas ou beneficiada por incentivos fiscais, q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios 
oficiais das autoridades competentes, r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções. 
• A suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena 
privativa de liberdade não superior a três anos 
• O art. 54, 1ª parte, possui natureza formal, não exigindo perícia (STJ). 
• O art. 56, caput, é de perigo abstrato e dispensa prova pericial (STJ). 
 
 
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8.Identificação Criminal (Lei nº 12.037/2009). 
 
 
 
10) Particularidades 
• A CF/88 prevê que o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, 
salvo nas hipóteses previstas em lei (art. 5º, LVIII). 
• Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal 
quando (art. 3º): 
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; 
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; 
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações 
conflitantes entre si; 
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho 
da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação 
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; 
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; 
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do 
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres 
essenciais. 
• Identificação do perfil genético (Lei n. 12.654/12): na hipótese do inciso IV, a 
identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético. 
• É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes 
ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
• A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no caso de absolvição do 
acusado ou no caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 (vinte) 
anos do cumprimento da pena. 
• Leia os dispositivos incluídos pela Lei nº 13.964, de 2019. 
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9. Interceptação telefônica (Lei nº 9.296/1996). 
 
11) Requisitos e vedações 
• A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em 
investigação criminal e em instrução processual penal dependerá de ordem do juiz competente da 
ação principal, sob segredo de justiça. A lei também se aplica à interceptação do fluxo de 
comunicações em sistemas de informática e telemática. 
 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA ESCUTA TELEFÔNICA GRAVAÇÃO TELEFÔNICA 
3ª capta o diálogo sem o 
conhecimento dos interlocutores. 
3º capta o diálogo com o 
conhecimento de um dos 
interlocutores. 
Um dos interlocutores capta o 
diálogo com outrem sem o 
conhecimento deste. 
 
• Requisitos: a) haver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; b) a 
prova não puder ser feita por outros meios disponíveis (caráter subsidiário e excepcional); c) o fato 
investigado constituir infração penal punida com pena de reclusão. 
• A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada: a) pelo juiz, de 
ofício; b) a requerimento da autoridade policial, na investigação criminal; c) a requerimento do 
representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal. 
• Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado VERBALMENTE, 
desde que estejam presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a 
concessão será condicionada à sua redução a termo. O juiz decide no prazo máximo de 24 horas. 
• Prazo: quinze dias, renovável por igual tempo (sucessivas vezes). 
• A autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação. O STF e o STJ já 
entenderam que é possível o acompanhamento por outros órgãos (por ex., Polícia Militar). 
• O Plenário do STF consolidou o entendimento de que não é imprescindível que a 
transcrição de interceptações telefônicas seja feita integralmente, salvo nos casos em que esta for 
determinada pelo relator do processo. 
• O STJ decidiu que as degravações não precisam ser realizadas por peritos oficiais. 
• A prova obtida por força de interceptação telefônica judicialmente autorizada poderá, a 
título de prova emprestada, subsidiar denúncia em outro feito que investigue crime apenado com 
detenção. 
• Vale lembrar! Serendipidade (ou encontro fortuito) de primeiro grau: quando há 
conexão ou continência entre novos fatos encontrados (prova tem valor jurídico e deve ser ponderada 
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pelo juiz como prova válida). Serendipidade de segundo grau: quando não houver conexão ou 
continência (prova vale apenas como notitia criminis). 
• Para os procedimentos de interceptação, a autoridade policial poderá requisitar 
serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público. 
• Atenção para as alterações incluídas pela Lei 13.964/2019! 
Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a 
requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de sinais 
eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando: 
I - a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes; e 
II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e participação em infrações criminais 
cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais conexas. 
§ 1º O requerimento deverá descrever circunstanciadamente o local e a forma de instalação do 
dispositivo de captação ambiental. 
§ 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias, renovável por 
decisão judicial por iguais períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de prova e 
quando presente atividade criminal permanente, habitual ou continuada. 
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as regras previstas na legislação 
específica para a interceptação telefônica e telemática. 
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou 
telemática, promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial 
ou com objetivos não autorizados em lei: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judicial que determina a execução de 
conduta prevista no caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei. 
Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para 
investigação ou instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for exigida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores. 
§ 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público que descumprir determinação de 
sigilo das investigações que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo das 
gravações enquanto mantido o sigilo judicial. 
 
 
 
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10. Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019). 
 
12) Ab-rogação da Lei 4.898/65. 
 
 
 
• Os crimes previstos na Lei nº 13.869/2019 são próprios, ou seja, só podem ser 
praticados por “agentes públicos”, nos termos do art. 2º. 
• Embora sejam crimes próprios, os delitos ali previstos admitem a coautoria e a 
participação.Isso porque a qualidade de “agente público”, por ser elementar do tipo, comunica-se aos 
demais agentes, nos termos do art. 30 do Código Penal, desde que eles tenham conhecimento dessa 
condição pessoal do autor. 
• Todos os delitos previstos na Lei são dolosos e exigem um elemento subjetivo especial 
(especial fim de agir, “dolo específico”) – art. 1º, § 1º. 
• A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura 
abuso de autoridade. 
• Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada e admitem ação 
penal privada subsidiária da pública. 
• Competência: primeiro se verifica se há foro por prerrogativa previsto na CF. Sendo a 
competência do juízo de 1ª instância, se analisa se a competência é da Justiça Estadual ou Federal. 
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Observe que com a vigência da Lei nº 13.491/2017, a Justiça Militar também tem competência para 
julgamento do delito. 
• São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado 
pelo crime; II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 a 
5 anos; III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. Os efeitos previstos em II e III são 
condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e NÃO SÃO 
AUTOMÁTICOS, devendo ser declarados motivadamente na sentença. 
 
 
 
• Leia os crimes (art. 9º a 38). 
 
 
 
11. Estatuto do desarmamento (Lei nº 10.826/2003). 
 
 
 
 
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13) Crimes 
• O objeto jurídico imediato é a segurança coletiva (incolumidade pública). Os bens 
jurídicos mediatos são: a incolumidade pessoal, a segurança individual, patrimônio, liberdade e outros 
direitos fundamentais. 
• Tratam-se de norma penal em branco HETEROGÊNEA, em sentido estrito ou própria, 
pois sua complementação está prevista em decreto (Decreto Federal 9.847/2019). 
• São crimes de perigo abstrato (pacífico no STF e STJ). Ou seja, a ofensividade da conduta 
é presumida na lei, bastando à acusação provar a realização da conduta. 
• Posse irregular de arma de fogo de uso permitido (art. 12). Possuir ou manter sob sua 
guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de 
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa. Pena – 
detenção, de 1 a 3 anos, e multa. NÃO constitui crime caso o registro esteja apenas vencido (STJ)! 
• Omissão de cautela (art. 13). Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir 
que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de 
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) 
anos, e multa. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de 
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à 
Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou 
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. 
• Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 14). Portar, deter, adquirir, fornecer, 
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, 
manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização 
e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) 
anos, e multa. CONFIGURA o crime mesmo se a arma estiver desmuniciada (STJ)! 
 
 
• Disparo de arma de fogo (art. 15). Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar 
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não 
tenha como finalidade a prática de outro crime. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
• Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16). Possuir, deter, portar, 
adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, 
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remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso 
RESTRITO, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena – reclusão, 
de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
• Nas mesmas penas incorre quem: 
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou 
artefato; 
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de 
fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro 
autoridade policial, perito ou juiz; 
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; 
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou 
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; 
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição 
ou explosivo a criança ou adolescente; e 
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, 
munição ou explosivo. 
• Se as condutas descritas no caput e no § 1º do artigo 16 envolverem arma de fogo de 
uso PROIBIDO, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. 
 
STJ: para que haja a condenação pelos crimes de posse ou porte NÃO é necessário que a arma 
de fogo tenha sido apreendida e periciada (crimes de mera conduta ou perigo abstrato). No 
entanto, se periciada e constatado que estava inapta a realizar disparos, configura fato atípico. 
 
USO PERMITIDO USO RESTRITO USO PROIBIDO 
As armas de fogo 
semiautomáticas ou de 
repetição que sejam: 
As armas de fogo automáticas, 
semiautomáticas ou de 
repetição que sejam: 
Arma de fogo de uso 
proibido: 
a) de porte, cujo calibre 
nominal, com a utilização de 
munição comum, não atinja, 
na saída do cano de prova, 
energia cinética superior a 
1200 libras-pé ou 1620 joules; 
a) não portáteis; a) as armas de fogo 
classificadas de uso proibido 
em acordos e tratados 
internacionais dos quais a 
República Federativa do 
Brasil seja signatária; ou 
b) portáteis de alma lisa; ou b) de porte, cujo calibre 
nominal, com a utilização de 
munição comum, atinja, na 
b) as armas de fogo 
dissimuladas, com aparência 
de objetos inofensivos. 
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saída do cano de prova, 
energia cinética superior a 
1200libras-pé ou 1620 joules; 
ou 
c) portáteis de alma raiada, 
cujo calibre nominal, com a 
utilização de munição comum, 
não atinja, na saída do cano 
de prova, energia cinética 
superior a 1200 libras-pé ou 
1620 joules. 
c) portáteis de alma raiada, 
cujo calibre nominal, com a 
utilização de munição comum, 
atinja, na saída do cano de 
prova, energia cinética 
superior a 1200 libras-pé ou 
1620 joules; 
 
 
• Comércio ilegal de arma de fogo (art. 17). Adquirir, alugar, receber, transportar, 
conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou 
de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou 
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar. Pena - reclusão, de 6 a 12 anos, e multa. Mesmo se for comércio irregular ou 
clandestino, inclusive o exercido em residência. 
• Tráfico internacional de arma de fogo (art. 18). Importar, exportar, favorecer a entrada 
ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem 
autorização da autoridade competente. Pena - reclusão, de 8 a 16 anos, e multa. Incorre na mesma 
pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, sem 
autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos 
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. 
• Devemos lembrar que, a partir da Lei n. 13.964/2019, os seguintes crimes passaram ser 
considerados hediondos: 
- Crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido; 
- Crime de comércio ilegal de armas de fogo; 
- Crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição. 
• Por essa razão os estes crimes passaram a ser considerados inafiançáveis! 
• Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da METADE se a arma de 
fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. 
• Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da METADE se 
forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei ou o 
agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
• ADIN 3.112-1, o STF declarou inconstitucional a vedação da liberdade provisória em 
abstrato. 
 
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12. Execução Penal (Lei nº 7.210/1984). 
 
14) Pontos mais cobrados 
• Após análise estatística dos pontos mais cobrados, se atente principalmente aos artigos 
5º a 60 (do condenado e do internado) e 105 a 170 (da execução das penas em espécie). 
• Se atente também às mudanças trazidas pela Lei 13.964/19! 
• A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão 
criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado 
(prevenção especial positiva). 
• Um ponto de destaque se refere ao Regime Disciplinar Diferenciado. A prática de fato 
previsto como CRIME DOLOSO CONSTITUI FALTA GRAVE e, quando ocasionar subversão da ordem ou 
disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo 
da sanção penal, ao RDD, com as seguintes características: 
• I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova 
falta grave de mesma espécie; 
• II - recolhimento em cela individual; 
• III - visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, a serem realizadas em instalações 
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de 
terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 horas [será gravada em sistema de áudio ou de 
áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário] [após os primeiros 6 
meses de RDD, o preso que não receber visita poderá, após prévio agendamento, ter contato 
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 vezes por mês e por 10 minutos]; 
• IV - direito do preso à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol, em grupos de 
até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; 
• V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações 
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial 
em contrário; 
• VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; 
• VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, 
garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. 
• O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou estrangeiros: 
• I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou 
da sociedade; 
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• II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a 
qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, 
independentemente da prática de falta grave. 
• Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação 
criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da 
Federação, o RDD será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. 
• O RDD poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo 
indícios de que o preso: 
• I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento 
penal de origem ou da sociedade; 
• II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia 
privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, 
a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do 
tratamento penitenciário. 
• Lembre-se: para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução 
penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento 
prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público 
nomeado (súmula 533, STJ). 
• O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como 
crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória no processo penal instaurado para apuração do fato (súmula 526, STJ). 
 
• Um outro ponto muito recorrente é a progressão de regime, que foi totalmente 
modificada pelo Pacote Anticrime em 2019. A pena privativa de liberdade será executada em forma 
progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o 
preso tiver cumprido a pena ao menos (art. 112, LEP) em: 
 
16% Primário + crime cometido SEM violência à pessoa ou grave ameaça 
20% Reincidente + crime cometido SEM violência à pessoa ou grave ameaça 
25% Primário + crime cometido COM violência à pessoa ou grave ameaça 
30% Reincidente + crime cometido COM violência à pessoa ou grave ameaça 
40% Primário + condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado 
50% a) Primário + condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com 
resultado MORTE, VEDADO O LIVRAMENTO CONDICIONAL; OU 
b) Condenado por exercer o comando,individual ou coletivo, de organização 
criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; OU 
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c) Condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada. 
60% Reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado 
70% Reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado MORTE, VEDADO O 
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
 
• Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa 
conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a 
progressão. 
• No caso de mulher GESTANTE ou que for mãe ou responsável por CRIANÇAS ou 
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente 
(cometimento de NOVO CRIME DOLOSO OU FALTA GRAVE implicará a revogação): 
• I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
• II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; 
• III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; 
• IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do 
estabelecimento; 
• V - não ter integrado organização criminosa. 
• O cometimento de FALTA GRAVE durante a execução da pena privativa de liberdade 
INTERROMPE o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em 
que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente (súmula 534, 
STJ). 
• Lembre-se: é inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional (súmula 
491, STJ). 
• É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao 
regime aberto (súmula 493, STJ). 
• A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado 
em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 
641.320/RS (súmula vinculante 56, STF). 
 
• Outro ponto de destaque se dá em relação à remição de pena. O condenado que 
cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do 
tempo de execução da pena (art. 126). Aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. 
 
ESTUDO TRABALHO 
1 dia de pena a cada 12 horas de frequência 
escolar divididas, no mínimo, em 3 (três) dias. 
1 dia de pena a cada 3 dias de trabalho. 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
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• Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo 
serão definidas de forma a se compatibilizarem. 
• O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos 
continuará a beneficiar-se com a remição. 
• O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 no caso de 
conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que 
certificada pelo órgão competente do sistema de educação. 
• O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui 
liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação 
profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova. 
• Em caso de FALTA GRAVE, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, 
recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. 
• Por fim, a prática de falta grave NÃO INTERROMPE o prazo para fim de comutação de 
pena ou indulto ou obtenção de livramento condicional (súmula 441 e 535, STJ). 
 
• O STF entendeu que NÃO é cabível execução provisória da pena! 
 
 
 
13. Juizados especiais (Lei nº 9.099/1995). 
 
15) JECRIM 
• Competência para julgamento das infrações penais de menor potencial ofensivo 
(IMPO): contravenções penais e crimes cuja pena máxima não seja superior a dois anos. São levadas 
em consideração as causas de aumento ou diminuição, qualificadoras 
• Jurisdição consensual: busca o consenso na solução. 
• Princípios: oralidade, informalidade, simplicidade, economia processual e celeridade. 
• A competência é determinada pelo lugar em que foi PRATICADA A INFRAÇÃO PENAL. Foi 
adotada a teoria da ATIVIDADE ( art. 63). 
• Fase Preliminar: tomando ciência da ocorrência de uma IMPO, a autoridade policial 
lavrará o termo circunstanciado. Não se imporá a prisão em flagrante, se o autor do fato se 
comprometer a comparecer ao juizado. Caso o autor não se comprometa, é lavrado o auto de prisão 
em flagrante, mas a autoridade policial poderá estabelecer fiança. 
Bruna Caroline Biruel Caracho, Gabriel Lourenço Carolino, Waleska Alvarenga, Franco Gomes Reginato, Danielle Pereira Gonzalez da Silva, Cíntia Bócoli, Kauê Salvaterra, Leonardo Mathias
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• Composição Civil de Danos (art. 72 a 75): realizada na audiência preliminar. Presente o 
MP, autor do fato, vítima, Juiz (ou conciliador) e advogados. Obtida a composição civil dos danos 
causados, o Juiz a homologará por sentença, que será IRRECORRÍVEL. 
• Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à 
representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
Quanto à ação penal pública incondicionada, a celebração do acordo não acarretará a extinção da 
punibilidade, servindo somente para antecipação do valor da indenização. 
• Transação Penal (art. 76): quando não é realizada a composição civil dos danos. Exige 
representação ou queixa do ofendido, se necessário. Não pode ser caso de arquivamento. É proposta 
pelo MP. O acusado não pode ter sido condenado definitivamente por outro crime, a pena privativa de 
liberdade, não pode ter sido beneficiado pela transação penal anteriormente, no prazo de 5 anos, e os 
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, 
devem demonstrar ser necessária e suficiente a adoção da medida. Em face dessa decisão caberá 
Apelação, no prazo de 10 dias. 
• Lembre-se: a homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 
não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, 
possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de 
denúncia ou requisição de inquérito policial (súmula vinculante 35, STF). 
• Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da 
aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da 
composição dos danos civis. 
• Suspensão Condicional do Processo (art. 89): é cabível nos crimes cuja pena mínima 
cominada seja igual ou inferior a 01 ano, abrangidas ou não pela Lei 9.099/95. É oferecida pelo MP, 
desde que o acusado: não esteja sendo processado, não tenha sido condenado por outro crime e que 
estejam presentes outros requisitos legais. Período de prova dura de 02 a 04 anos. 
• Sob as seguintes condições: reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
proibição de frequentar determinados lugares; proibição de ausentar-se da comarca, sem autorização 
do juiz; comparecimento mensal em juízo. Juiz pode especificar outras condições. 
• A suspensão SERÁ revogada: se, no curso, o beneficiário vier a ser processado por outro 
crime; se não efetuar, sem

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