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Padrões Autossômicos de Herança Mendeliana Padrões de Herança Monogênica ● Herança Autossômica: Cromossomos que conferem as características físicas/ pessoais: 44 cromossomos autossomos ● Herança ligada ao Sexo/ Restrita ao sexo: Cromossomos que conferem as características genéticas: 2 cromossomos sexuais Dominância e Recessividade ● Herança Dominante: expressa da mesma forma em homozigotos e heterozigotos. ● Herança Recessiva: Somente expressa o fenótipo em homozigotos. Tipos de Herança ● Herança Autossômica Dominante; ● Herança Autossômica Recessiva; ● Herança Ligada ao Sexo (X) Dominante; ● Herança Ligada ao Sexo (X) Recessiva; ● Herança Influenciada pelo Sexo; ● Herança Mitocondrial; Herança Autossômica Recessiva ● Um fenótipo autossômico recessivo, ao surgir em mais de um membro de uma família, tipicamente só é observado nos irmãos do probando, não nos genitores, descendentes ou outros parentes. ● Para a maioria dos distúrbios autossômicos recessivos, os homens e as mulheres têm a mesma probabilidade de serem afetados. ● Os genitores de uma criança afetada são portadores assintomáticos de alelos mutantes. ● Os genitores da pessoa afetada podem, em alguns casos, ser consanguíneos. Isso é especialmente provável se o gene responsável pela condição dor raro na população. ● O risco de recorrência para cada irmão do probando é de 1 em 4. ● Fenótipo é expresso apenas nos homozigotos; ● Os genes são herdados de cada genitor; ● Podem permanecer anos sem aparecer na família; ● Consanguinidade aumenta a chance; Distúrbios influenciados pelo sexo ● Hemocromatose (distúrbio do metabolismo do ferro) é mais comum em homens, principalmente de descendência européia; ● Geralmente a pessoa possui um alelo normal e um mutante, são raros os casos de indivíduo com dois alelos mutantes; ● Fibrose Cística é mais comum em crianças brancas (mutação gene CFTR); Consanguinidade ● Alelos raros na população em geral, quando se expressam em descendentes de indivíduos aparentados por ser indicativos de distúrbio por consanguinidade; ● Xeroderma pigmentoso; Mensuração da Consanguinidade Pode ser medida pelo coeficiente de endogamia (F) e avalia a probabilidade de que um homozigoto tenha recebido ambos os alelos de um locus de uma mesma fonte ancestral. **Identidade por descendência Endogamia Descreve a situação na qual indivíduos de uma pequena população tendem a escolher os seus parceiros na própria população por razões culturais, geográficas, ou religiosas, podendo assim, apresentar uma ancestralidade em comum. Exemplos: ● Fibrose cística, doença pulmonar crônica e insuficiência pancreática; ● Doença de Tay-Sachs, distúrbio neurológico degenerativo, mental e físico, morte aos 2 – 3a; ● Albinismo; ● Cabelos claros; Doença de Tay-Sachs Consiste em um distúrbio neurológico degenerativo, autossômico recessivo, causada pela disfunção dos lisossomos. Características: ● Progressivo deterioramento mental e motor; ● Início de 6 a 12 meses de idade, tornam-se apáticas e respondem somente a ruídos muito altos; ● Possuem debilidade nos músculos das pernas, braços, tronco e pescoço, têm dificuldade de apanhar objetos com as mãos; ● Podem perder a visão; Herança Autossômica Dominante ● Fenótipo se expressa da mesma maneira em homozigotos e heterozigotos; ● Pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres; ● Todo indivíduo afetado tem um genitor afetado; ● Fenótipo aparece toda geração; Exemplos: ● Polidactilia – dedos a mais; ● Doença de Huntington DH, demência progressiva aos 30 – 50 anos; ● Neurofibromatose NF1, tumores cutâneos; ● Cabelos escuros; ● Hipercolesterolemia familiar; ● Acondroplasia; Herança Ligada ao Sexo Dominante ● Fenótipo que se expressa em heterozigotos; ● Todas as filhas e nenhum filho afetado, de homens afetados; ● Homens afetados + mulheres normais = nenhum filho afetado; Exemplos: ● Raquitismo, capacidade reduzida de absorção de fosfato; ● Síndrome de Rett, retardo mental acentuado; Síndrome de Rett A síndrome é caracterizada por crescimento e desenvolvimento neonatal normais, seguidos pelo rápido início dos sintomas neurológicos e pela perda dos marcos do desenvolvimento entre os 6 e os 18 meses de idade. A deterioração mental para alguns anos depois e as meninas conseguem sobreviver por muitas décadas com uma deficiência neurológica grave, mas estável. Mutações genéticas no cromossomo X, gene MECP2, que controla o funcionamento de outros genes por meio da produção da proteína MECP2. Mal funcionamento da proteína MECP2 compromete o desenvolvimento dos neurônios desde a fase embrionária. Mulheres/vantagem: XX falha em um cromossomo compensado pelo outro cromossomo; Homens/desvantagem: X defeito no gene MECP2, fatal; Herança Ligada ao Sexo Recessiva ● Fenótipo expressa-se em todos os homens com gene e apenas em mulheres homozigotas; ● Frequência maior em homens do que em mulheres; ● Homem afetado transmite para todas as filhas, mas não transmite o gene para os filhos; ● Mulheres afetada transmite para todos os filhos e filhas; ● Expressa no fenótipo de todos os homens que a receberam; ● Geralmente está restrita aos homens; ● Uma significativa proporção de casos isolados é devida a uma nova mutação; ● O alelo mutante pode ser transmitido através de uma série de portadores femininos; se assim for, os homens afetados em uma família são aparentados através das mulheres; Exemplos: ● Hemofilia - distúrbio de coagulação sanguínea prolongada; ● Distrofia muscular de Duchenne DMD - fraqueza muscular progressiva; ● Daltonismo - perturbação da percepção visual para diferenciar as cores; Hemofilia ● É uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela deficiência ou anormalidade da atividade coagulante do fator VIII (Hemofilia A) ou do fator IX (Hemofilia B). ● Prevalência: 1 em cada 5000 a 10000 é mais comum que a hemofilia B e representa 80% dos casos. ● São transmitidas quase que exclusivamente a indivíduos do sexo masculino por mães portadoras da mutação (cerca de 70%). ● Filhas de homem com hemofilia serão portadoras obrigatórias. Apesar de muito rara, a hemofilia pode ocorrer em mulher, em decorrência da união de um homem com hemofilia e uma mulher portadora. Características: ● Caracterizada por sangramentos intra-articulares (hemartroses), hemorragias musculares ou em outros tecidos ou cavidades. ● As hemorragias afetam mais frequentemente as articulações do joelho, tornozelo, cotovelo, ombro e coxofemoral. ● Episódios hemorrágicos podem surgir espontaneamente ou após traumas e variam de acordo com a atividade residual coagulante do fator VIII ou do fator IX, que determina a classificação da gravidade da hemofilia. Sexo Genótipo Fenótipo Masculino XHY Normal Masculino XhY Hemofílico Feminino XHXH Normal Feminino XHXh Normal Feminino XhXh Hemofílico Herança Genética Possibilidade de desenvolver a hemofilia Mãe normal + Pai com hemofilia Todas as filhas serão portadoras do gene e todos os filhos serão normais. Mãe portadora + Pai normal Cada gravidez tem a chance de 25% em resultar em uma filha normal e 25% em uma filha portadorado gene, 25% em resultar um filho normal e 25% em um filho com hemofilia. Mãe portadora + Pai hemofílico Cada gravidez tem chance de 25% em resultar em uma filha normal e 25% em uma filha com hemofilia, 25% em resultar em um filho normal e 25% em um filho com hemofilia. Mãe hemofílica + Pai hemofílico Todos nascerão com hemofilia (casos raros) Mãe hemofílica + Pai normal Todas as filhas serão portadoras do gene e todos os filhos serão hemofílicos Distrofia muscular de Duchenne ● Doença ligada ao cromossomo X; ● Doença degenerativa que impede a formação da proteína distrofina (integridade das fibras musculares); ● Compromete estrutura muscular, quadris, pelve, coxas, ombros, o músculo esquelético, até afetar pulmões e coração; ● DMD leva a dificuldades motoras, para caminhar, correr, pular, se levantar, e nos estágios mais avançados, dificuldades para respirar; ● Neste caso, as meninas que apresentam a doença a tem em uma forma muito branda; ● As distrofias musculares do tipo Duchenne e Becker são doenças genéticas causadas por mutações no mesmo gene, o DMD, ambos com padrão de herança recessivo ligado ao cromossomo X (Xp21). Gene DMD codifica uma proteína chamada distrofina que, em conjunto com outras proteínas forma um complexo importante para a manutenção da integridade da membrana da célula muscular. ● Em ⅔ dos casos de DMD, a mutação responsável pela doença foi herdada da mãe do paciente (em geral, assintomática). Mulheres portadoras de mutação no gene DMD têm, em cada gestação, 50% de chance de transmitir esta alteração a sua prole, o que significa que podem ter tanto um menino afetado (25%), como uma menina portadora (25%) que poderá transmitir a mutação a seus descendentes. ● Incidência aproximada de 1 em 3000 a 4000 nascimentos masculinos. ● Primeiros sinais clínicos: antes dos 5 anos, com quedas frequentes, dificuldade para subir escadas, correr, levantar do chão e hipertrofia das panturrilhas. ● Comprometimento muscular é simétrico com início pelos músculos da cintura pélvica (quadril e pernas), atingindo mais tarde os membros superiores.
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