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@literidica Obligatones dandi é a nomenclatura que os romanos davam as obrigações positivas de dar, sendo assim, é possível vislumbrar que tal obrigação se trata de entregar e restituir determinada coisa ao credor. Assim, pode-se concluir que tal modalidade de obrigação consiste em transmitir coisa certa ou incerta. Coisa certa é uma coisa individualizada, determinada, perfeitamente única por causa de uma alguma característica que só pertencerá a ela. Portanto, na obrigação de dar coisa certa o devedor irá se comprometer a entregar ou restituir um objeto perfeitamente único e determinado. Sendo assim, o objeto é mais do que pertencente a um gênero e diante disso a obrigação confere ao credor um simples direito pessoal. Como alude no código Civil de 2002, em seu art.313 “O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa” Diante dessa premissa, pode-se notar que na obrigação de dar coisa certa o devedor é obrigado a entregar ou restituir uma coisa inconfundível com outra. Da mesma forma, pode-se vislumbrar que o credor também não pode exigir coisa diferente, ainda que menos valiosa. A obrigação de dar gera apenas um crédito e não um direito real, e nessa panorâmica é que um simples contrato não transferirá o seu domínio, será necessário que haja a tradição. Essa última é basicamente o resumo de entrega e de restituição. Nessa modalidade de obrigação, conforme exposto no artigo 241 do atual Código civil, se a coisa passou por um processo que operou para a mudança do valor, da utilidade, da comodidade e da condição que possibilitou o seu melhoramento o “lucrará o credor, desobrigado de indenização”. Vale ressaltar que o melhoramento não poderá ter contado com despesas ou trabalho do devedor. O código outrora mencionado em seu art.233 expõe que “A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso”. Sendo assim, o acessório seguirá o seu principal, uma vez que sua existência depende do principal. Nessa panorâmica ressalta-se que a máxima supracitada se aplica apenas às partes integrantes, portanto, o art. 94 CC expressa que “os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso”.
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