Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GIOVANA SANTA MARIA 1 BBPM V PATOLOGIA FUNÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO: 1- Filtrar o sangue 2- Reabsorver substâncias boas para o corpo 3- Excretar substancias nocivas ao corpo. FUNÇÕES DO RIM: 1- Controle da pressão arterial (ativação do SRAA) 2- Manutenção do pH sanguíneo (sistema tampão – excreção de radicais ácidos e tentativa de manutenção dos básicos) 3- Regulação do balanço hidroeletrolítico (absorver mais ou menos água) 4- Papel endócrino, síntese de hormônios e substancias vasoativas, como renina e eritropoietina. ACOMETIMENTO DE: • GLOMÉRULO: patogênese imunologicamente mediada: o Glomerulonefrites o Síndrome nefrítica (+hemácias na urina) o Síndrome nefrótica (+ proteínas na urina) • TÚBULOS E INTERSTÍCIO: agentes tóxicos ou infecciosos: o Lesão tubular isquêmica ou tóxica o Nefrites tubulointersticiais • VASOS SANGÚINEOS: o Nefrosclerose o Estenose de artéria renal o Microangiopatias trombóticas. • ANOMALIAS CONGÊNITAS (10% da população): o Estrutural: ▪ Agenesia do rim ▪ Hipoplasia ▪ Rins ectópicos ▪ Rim em ferradura • DOENÇAS CISTICAS RENAIS • OBSTRUÇÃO DO TRATO URINARIO (UROPATIA OBSTRUSIVA) • NEOPLASIAS DO RIM Distúrbios heterogêneos que compreendem tanto formas hereditárias, desenvolvimentais e adquiridas. Confunde-se com tumor; Do ponto de vista anátomo-patologico → DISPLADIAS GIOVANA SANTA MARIA 2 BBPM V PATOLOGIA Ponto de vista pratico → podem ter DIAGNÓSTICO, TERAPIA e PROGNÓSTICOS variados CLASSIFICAÇÃO: • Cistos renais simples • Cistos renais complexos • Doença renal policística o Adulto (policística autossômica dominante) o Infantil (policística autossômica recessiva) • Doença cística medular o Rim em esponja o Nefronoftise • Displasia renal multicistica SIMPLES (qualquer região do rim) → conteúdo do cisto = líquido = urina • Solitários ou múltiplos • Grandes ou pequenos • Parede grossa ou fina COMPLEXOS: conteúdo = sangue ou coágulos, septações, vegetações → indicativo de malignidade Pode acometer tanto crianças como adultos; INFANTIL: • Rara • Hereditária • Morre no primeiro mês de vida ADULTO: • Hereditária • Mais comum • Cistos de diferentes tamanhos • Tratamento a medida que sintomas aparecem DOENÇA POLICISTICA RENAL DOMINANTE (ADULTOS): Múltiplos cistos expansivos em ambos os rins → destruição do parênquima renal → insuficiência renal Gene PKD1 ou PKD2 → proteínas policistina 1 e 2 (influencia no canal de cálcio) → fazem parte de um complexo presente no cilio apical do túbulo renal (são mecano-sensores, se flexionando e favorecendo o influxo de cálcio, para via de proliferação celular controlada) Individuo com mutação na PKD1 ou PKD2: menor quantidade de complexos ou complexos não funcionais → influxo de cálcio não é adequado → aumento de AMPc → proliferação celular, matriz celular anormal e secreção de fluido GIOVANA SANTA MARIA 3 BBPM V PATOLOGIA Presença de cistos fora do rim: divertículos colônicos, fígado, pâncreas, coração (valvas) → sopro, ovários, pulmões, baço e cérebro (aneurismas); DOENÇA POLICISTICA RENAL RECESSIVA (INFANTIL): Perinatal (na gestação, até 1 semana pós parto) , neonatal (ate 28 dias extrauterino), infantil, juvenil → depende do momento da apresentação da doença e da presença de lesões hepáticas associadas. Gene PKHD1 (rim, fígado e pâncreas) → forma proteína FIBROCISTINA (acredita-se ter relação com o desenvolvimento de ductos coletores e biliares) Doença esporádica; uni ou bilateral; Rim aumentado normalmente, irregular e multicístico; Patogênese: 1. Parada de ramificação das ampolas dos ramos ureterais 2. Falta desenvolvimento nefrons → formação de cistos Forma e superfície irregulares; Mantém forma renal → displasia renal cística difusa obstrução urinária pode ocorrer em qualquer faixa etária e localizar-se em qualquer nível do sistema urinário, Desde a uretra até a pelve renal. Pode ser súbita ou insidiosa, parcial ou total, unilateral ou bilateral. Obs: essa estase no ureter, por exemplo, diminui o fluxo que serve como meio de “limpeza” para que microrganismos não ascendam ao TU. OBSTRUÇÃO NÃO ALIVIADA → HIDRONEFROSE (dilatação de pelve renal de cálice, associada a uma atrofia do rim - perda da função do parênquima renal, com atrofia renal permanente) O acumulo de urina na medula renal faz com que essa “volte” para o parênquima, tendo um acumulo de liquido no córtex, induzindo a lesões celulares; ademais, a distensão da pelve comprime a vascularização renal, prejudicando ainda mais o parênquima. GIOVANA SANTA MARIA 4 BBPM V PATOLOGIA formação de cálculos; doença frequente no trato urinário; formação de cálculos sólidos, constituídos de proteína e materiais cristalinos, junto ao lúmen do trato urinário, fixos ao uroepitélio. OBS: urolitíase= cálculos no sistema urinário; nefrolitíase: cálculos nos rins. CLASSIFICAÇÃO DOS CÁLCULOS URINÁRIOS: ➔ Localização: ➔ Composição: São mais comuns unilateralmente; Sintomas (quando há): dor abdominal, cólica renal, dano renal significativo Células grandes → hematúria Cálculos → predispõe infecção secundária (natureza obstrutiva e trauma) Locais mais comuns: cálices renais, pelves e bexiga; Pontos mais comuns no ureter: 1- Na junção dos ureteres e das pelves renais 2- Onde cruzam a artéria ilíaca externa e o estreito superior da pelve 3- Durante a passagem através da parede da bexiga; CAUSAS: • Alterações anatômicas ou infecção no sitema urinário • Pré-disposição genética • Alto consumo de sódio e proteínas animais • Pouca ingestão de líquidos CRISTAL DE OXALATO DE Ca++: GIOVANA SANTA MARIA 5 BBPM V PATOLOGIA • Mais frequente • Cristais ovalados • 55% dos pacientes: hipercalciúria sem hipercalcemia • 5% pacientes: hipercalciúria e hipercalcemia • Mecanismo: nucleação oxalato de cálcio por cristais de acido úrico nos ductos coletores OXALATO DE Ca++ e PO4-: • Calculo misto de hidroxiapatita e carbonato de apatita • Cristais urinários: octaédricos • Precipiram em pH alcalino ESTRUVITA: • Formados pós infecção bacteriana urease+ (convertem uréia → amônia) o Proteus o Estreptococos (alguns) • Urina alcalina → precipita sais de fosfato de amônio magnesiano • Maiores cálculos (quantidade de ureia excretada normalmente é grande) • Calculo coraliforme ÁCIDO ÚRICO: • Individios com hiperuricemia (ex: gota, leucemias) • Produto do metabolismo de purinas • Mais da metade dos pacientes com calculo de acido úrico, não apresentam hiperuricemia nem excreção aumentada de ácido úrico → urina com pH abaixo de 5,5 que predispõe à formação do calculo CISTINA: • Desfeitos genéticos na reabsorção real de aa (cistina) • Calculo: forma em pH urinário baixo • Cristas hexagonais A FORMAÇÃO DO CÁLCULO RENAL: INIBIDORES DA CRISTALIZAÇÃO URINÁRIA: No organismo, há um balanço entre promotores e inibidores de cristalização, mas quando há um desbalanço, com mais promotores, há a formação dos cálculos. Inibidores: • De alto peso molecular: o Glicosaminoglicanos o Nefrocalcina o Fragmento urinário de ▪ Protrombina ▪ Proteína de Tamm-Horsfall • Baixo peso molecular: o Citrato o Pirofosfato o Dinofosfonato o Magnésio Promotores: • Oxalato • Ca++ • Ácido úrico • Cistina TERMODINÂMICA: • Supersaturação urinária: concentração elevada na urina de substâncias que formam cálculos: Ca, Ox, P, Urato, H+ • Nucleação: agregação de solutos para formar núcleo cristalino (a partir de uma urina supersaturada) • Cinética: crescimento do cristal; agregação do cristal → formação de aglomerado pela ligação de mais solutos ao núcleoformado. GIOVANA SANTA MARIA 6 BBPM V PATOLOGIA GIOVANA SANTA MARIA 7 BBPM V PATOLOGIA DOENÇA HERANÇA CARACTERÍSTICAS PATOLÓGICAS ASPECTOS CLÍNICOS OU COMPLICAÇÕES EVOLUÇÃO TÍPICA REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DOENÇA RENAL POLICÍSTICA DO ADULTO AUTOSSÔMICA DOMINANTE RINS MULTICÍSTICOS GRANDES, CISTOS NO FÍGADO, ANEURISMAS SACULARES Hematúria, dor no flanco, ITU, cálculos renais, hipertensão Insuficiência renal crônica com inicio na idade de 40-60 anos DOENÇA RENAL POLICÍSTICA INFANTIL AUTOSSOMICA RECESSIVA RINS AUMENTADOS, CISTICOS NO NASCIMENTO Fibrose hepática Variável, morte na infância ou adolescência RIM EM ESPONJA MEDULAR NENHUM CISTOS MEDULARES NA UROGRADIA EXCRETORA Hematúria, ITU, cálculos renais recorrentes Benigno NEFRONOFTISE JUVENIL FAMILIAR AUTOSSOMICA RECESSIVA CISTOS CORTICOMEDULARES, RINS CONTRAÍDOS Perda de sal, poliúria, retardo do crescimento, anemia Insuficiência renal progressiva, começando na infância DOENÇA CISTICA MEDULAR NA IDADE ADULTA AUTOSSOMICA DOMINANTE CISTOS CORTICOMEDULARES, RINS CONTRAÍDOS Perda de sal, poliúria Insuficiência renal crônica, com inicio na idade adulta DISPLASIA RENAL MULTICÍSTICA NENHUM RINS IRREGULARES COM CISTOS DE TAMANHO VARIÁVEL Associação a outras anomalias renais Insuficiência renal, se bilateral; cirurgicamente curável, se unilateral DOENÇA CISTICA RENAL ADQUIRIDA NENHUM DEGENERAÇÃO CÍSTICA NA DOENÇA RENAL EM ESTÁGIO TERMINAL Hemorragia, eritrocitose, neoplasia Dependência de diálise CISTOS SIMPLES NENHUM CISTOS SIMPLES OU MULTIPLOS EM RINS DE TAMANHO NORMAL Hematúria microscópica benigno
Compartilhar