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Introdução a Anatomia Veterinária natomia é o campo da biologia que estuda a organização estrutural dos seres vivos, incluindo os sistemas, órgãos e tecidos que os constituem. O estudo dos dados anatômicos é fundamental para possibilitar o reconhecimento dos órgãos do corpo, assim como a morfologia, localização, função e organização desses órgãos em sistemas. Para realizarmos a descrição anatômica do animal, o dividimos em cinco partes que ainda apresentam subdivisões, sendo elas: Cabeça (crânio e face), Pescoço, Tronco (tórax, abdômen e pelve), Cauda, Membros (pélvico e torácico). N.A.V.: no final da década de 60 foi firmado um acordo denominado de NAV (Nomina Anatômica Veterinária), firmado pelos anatomistas veterinários tinha como objetivo padronizar os nomes e as nomenclaturas utilizadas no estudo da anatomia. Desse modo, podemos ressaltar a importância da utilização desta Nomina com os seguintes exemplos: todo nome deveria ser utilizado em latim, as estruturas relacionadas aos pontos de vista topográficos deveriam possuir nomes semelhantes, Ex: Artérias e veias que passam pelo fêmur, Artérias e Veias Femorais e para o estudo de um corpo vertebrado o animal deve estar em posição anatômica, ou seja, com os quatro membros sobre o solo, pescoço erguido, narinas para frente, orelhas em pé e olhar para o horizonte. Divisões da Anatomia Veterinária Anatomia Microscópica: lida com estruturas pequenas que não são vistas a olho nu, necessitando de um equipamento de ampliação, geralmente microscópio. Anatomia Macroscópica: lida com partes do corpo suficientemente grandes para serem alcançadas visualmente. Anatomia Sistemática ou descritiva: é o estudo do corpo por sistemas, por exemplo, sistema digestório, sistema circulatório, etc. Anatomia Regional ou topográfica: é o estudo do corpo por segmentos ou regiões. (dorsal e ventral; mediano, frontal e transversal). Anatomia comparativa: é estabelecer comparações e possíveis correlações entre os aspectos anatômicos e possíveis diferentes espécies animais. Anatomia Aplicada: consiste na reunião dos objetivos da anatomia sistêmica e topográfica, visando aplica-los na clínica, cirúrgica, radiologia e inspeção de carcaça. Anatomia por Radio-imagem: estuda o corpo mediante o uso de imagens radiográficas, ressonâncias magnéticas. Anatomia de superfície: estuda o corpo mediante os relevos e as depressões existentes em sua superfície. Não ocorre dissecação. Trata da discrição visual da estrutura anatômica. Anomalia: se trata de diferenças morfológicas resultantes de mutação do DNA que a um prejuízo funcional ao indivíduo, como os gêmeos siameses, albinismo, hemafrodismo. Monstruosidade: é uma condição em que a alteração anatômica é tão discrepante que impossibilita a vida, como no caso da anencefalia, fenda palatina. Os eixos são (é a linha imaginária traçada através do encontro desses planos): Eixo Craniocaudal: obtido ao se traçar uma linha reta a partir do ponto de intersecção das diagonais do Plano Cranial até o ponto de intersecção do Plano Caudal. Eixo Dorsoventral: obtido ao se traçar uma linha reta a partir do ponto de intersecção das diagonais do Plano Dorsal até o ponto de intersecção do Plano Ventral. A Eixo Laterolateral: obtido ao se traçar uma linha reta a partir do ponto de intersecção das diagonais de um Plano Lateral ao outro. Os planos de secção são (seccionam o corpo do animal, ou seja, divide-o em partes): Plano Mediano: obtido pelo deslizamento do Eixo Craniocaudal sobre o Eixo Dorsoventral. Divide o corpo do animal em duas partes semelhantes, sendo uma direita e uma esquerda. Cada parte recebe o nome de antímero. Planos paralelos ao plano mediano são chamados de Paramedianos ou Sagitais. Plano Transversal ou Vertical: obtido pelo deslizamento do Eixo Laterolateral sobre o Eixo Dorsoventral. Divide o corpo do animal em duas partes, sendo uma cranial e outra caudal. Cada parte recebe o nome de metâmero. Plano Horizontal ou Frontal: obtido pelo deslizamento do Eixo Laterolateral sobre o Eixo Craniocaudal. Divide o corpo do animal em duas partes, sendo uma dorsal e outra ventral. Cada parte recebe o nome de paquímero. Termos de direção Lateral: é um termo utilizado quando uma estrutura anatômica ou parte dela estiver mais próxima ou voltada para o plano lateral. Neste caso, apresentará uma direção ou posição chamada de lateral direita ou lateral esquerda. Medial: quando uma estrutura anatômica ou parte dela estiver mais próxima ou voltada para o plano mediano. Intermédio/Médio: quando a estrutura anatômica de interesse não apresentar uma localização nem lateral nem medial, terá uma posição chamada de intermédia ou média. Cranial: quando uma estrutura anatômica ou parte dela se encontrar próxima ou voltada para o plano cranial. Rostral: termo utilizado somente para estrutura anatômica localizadas na cabeça. Estas estruturas devem se encontrar próxima ou voltada para o plano cranial. Caudal: quando uma estrutura anatômica ou parte dela se encontrar mais próxima ou voltada para o plano caudal. Dorsal: quando uma estrutura anatômica ou parte dela se encontrar mais próxima ou voltada para o plano dorsal. Ventral: quando uma estrutura anatômica ou parte dela se encontrar mais próxima ou voltada para o plano ventral. Palmar e Plantar: termo utilizado somente para as mãos e para os pés, respectivamente, quando a face deles se encontrar mais próxima ou voltada para o plano ventral. Axial e Abaxial: São termos empregados somente para os dedos das mãos e dos pés, para os animais que possuam dois ou mais dedos. Deve-se traçar um eixo sobre o membro torácico ou pélvico do animal. Este eixo deve passar entre os dedos III e IV e, tendo este eixo como orientação, as faces mais próximas a ele serão denominadas axiais, enquanto as faces mais afastadas serão denominadas abaxiais. Proximal e Distal: São termos empregados para os membros torácicos e pélvicos. Quando uma estrutura anatômica ou parte dela se encontra mais próxima do tronco ela é denominada proximal, já quando estiver mais distante, distal.
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