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Laís Mota Sena – 4º semestre – MedFTC epidemiologia Diferente dos estudos descritivos, estes trabalhos pretendem avaliar se existe associação entre um determinado fator e um desfecho sem, entretanto, intervir diretamente na relação analisada. Muitas vezes uma teoria não vai poder ser comprovada por um estudo de intervenção porque descumpriria o princípio da não- maleficência como por exemplo se eu quisesse saber se o tabagismo causa câncer de pulmão, eu não poderia fazer o indivíduo virar fumante, ou seja, teria que observar pessoas que já são tabagistas para conseguir continuar o estudo. Estudo descritivo: Não possui grupo de comparação. Estudo analítico: Possui grupo de comparação. Pode ser dividido em coorte, caso-controle e estudo transversal. Os estudos de coorte são também chamados de estudos de incidência, de seguimento, prospectivos ou longitudinais. De um modo geral, envolvem a observação de um grande número de indivíduos durante um período de tempo geralmente prolongado, sendo portanto estudos caros, de operacionalização complexa e pouco adequados à investigação de desfechos raros ou com longos períodos de latência; no entanto, têm como grande vantagem permitir aos pesquisadores a observação da sequência temporal de eventos - da exposição ao desfecho de interesse - o que facilita o processo de inferência causal e o cálculo direto de medidas de frequência da enfermidade (incidência e mortalidade). As coortes eram subdivisões de uma legião romana. Uma legião romana constava de 10 coortes, numeradas de I a X. Quando o pai vinha a óbito o filho deveria assumir seu lugar na coorte, da mesma maneira nesse tipo de estudo um filho pode vir a assumir o lugar do pai, visto que na maioria das coisas terá o mesmo perfil. Não quer dizer que isso sempre vai acontecer, mas que essa inspiração vem da semelhança entre os participantes desse estudo. Os estudos de coorte podem ser classificados, quanto à relação entre o momento de referência dos dados e o momento de realização da pesquisa, em estudos concorrentes (ou prospectivos) e estudos de coortes históricas (ou não concorrentes). Nos estudos prospectivos, o início da pesquisa coincide historicamente com o início do acompanhamento da coorte; nos estudos de coortes históricas, se procede à reconstrução de coortes em algum ponto do passado, antes do momento de realização da pesquisa. posição do observador posição do observador posição do observador Laís Mota Sena – 4º semestre – MedFTC Como é feito esse estudo? Para cumprir seus propósitos fundamentais, após o estabelecimento das questões da pesquisa, um estudo de coorte esquematicamente inclui as seguintes etapas: 1. Definição da população de estudo 2. Realização do estudo de linha de base 3. Monitoramento dos indivíduos com relação a desfechos e mudanças na exposição a fatores de risco 4. Análise dos resultados. Definição da população de estudo Uma das primeiras questões a considerar na escolha da população em um estudo longitudinal é o tipo de exposição que será investigada. Geralmente a coorte é composta por uma amostra da população de referência em que se espera um número razoavelmente elevado de pessoas expostas. Na realização desse estudo serão feitas identificações dos indivíduos, mas não alocações visto que a única diferença entre os dois grupos é a exposição (não há intervenção). Este é o caso típico do Graminham Heart Study, que estudou exposições de alta prevalência, como, por exemplo, hipertensão arterial, tabagismo e hipercolesterolemia. Framingham Heart Study Objetivo do estudo: O objetivo do Framingham Heart Study foi identificar os fatores comuns ou características que contribuem para doenças cardiovasculares, observando seu desenvolvimento por um longo período de tempo, em um grande grupo de participantes que ainda não havia desenvolvido sintomas evidentes das doenças cardiovasculares. Simultaneamente os autores investigariam os fatores que influenciariam o desenvolvimento da doença cardiovascular em um grupo e não no outro. O que já descobriram? O Framingham Heart Study identificou, em um primeiro momento, os principais fatores de risco cardiovasculares, como aumento da pressão arterial, aumento dos níveis de colesterol total, tabagismo, obesidade, diabetes mellitus e sedentarismo. Posteriormente, outros fatores de risco foram descobertos, como aumento de triglicérides, redução dos níveis de HDL – colesterol, idade, sexo e fatores psicossociais, também bem determinados nas análises provenientes da coorte de Framingham. Quanto tempo já dura? Esse estudo de coorte foi iniciado em 1948. Quantos participantes já participaram? Desde que foi iniciado, o estudo acompanhou 5209 indivíduos adultos e encontra-se na terceira geração de participantes. Porque escolheram a cidade? Após a Segunda Guerra Mundial, as doenças cardiovasculares tornaram-se a principal causa de morte no mundo. Então Framingham foi selecionada por estar próxima de Boston, mas ao mesmo tempo ser um centro comercial e industrial quase que independente. Outro ponto importante a favor da escolha de Framingham, foi uma certa familiaridade da população em relação à discussão da saúde pública pois foi em Framingham que se realizou o primeiro estudo epidemiológico nacional sobre a tuberculose. Importante lembrar que nem toda pesquisa responde todas as perguntas, muitas vezes devemos repetir a pesquisa em muitos lugares do mundo para então conhecer melhor o fenômeno em diferentes populações. Cálculos Exemplo: Um grupo de pesquisadores quer saber qual o efeito do sedentarismo no desenvolvimento de IAM. Nesse sentido, foram recrutadas 500 pessoas, das quais 200 eram sedentárias e 300 possuíam um estilo de vida ativo. Esses indivíduos foram acompanhados ao longo de 10 anos e foram obtidos os seguintes resultados: Incidência IAM em sedentários: 50 200 = 25% Incidência IAM em ativos: 30 300 = 10% Risco relativo: 25% 10% = 2,5 Risco atribuível: 25%-10%=15% Incidência = risco Significa que o risco de sedentários terem IAM é 2,5x maior que ativos Quanto do risco pode ser atribuído ao fator de risco (10% ia adoecer independente) RR = medida de associação RA = medida de impacto Laís Mota Sena – 4º semestre – MedFTC O estudo caso-controle é um estudo analítico, isto é, investiga uma hipótese quanto à existência de associação entre exposição a um fator e desfecho de interesse para o estudo, em geral uma doença. É considerado um estudo de base: individual (o indivíduo é a unidade de análise, ao contrário do estudo ecológico); observacional (o investigador não determina quem recebe a intervenção, ao contrário dos ensaios clínicos), e pode ter um delineamento longitudinal (registros de exposição e desfecho são obtidos em momentos sucessivos no tempo, ao contrário de estudos de corte transversal). Um estudo caso-controle inicia-se com a identificação de um grupo de casos, indivíduos que apresentam um desfecho específico (doença, óbito ou sequela), e um grupo de controles, constituído por pessoas que não apresentam este desfecho. A proporção de casos que foi exposta ao fator de interesse é comparada à proporção de controles que foi exposta ao mesmo fator (as vezes pode só ser tem características parecidas, como renda, mora no mesmo lugar, etc – depende da doença). O propósito dessa comparação é identificar fatores que ocorram em maior (ou menor) frequência entre casos do que entre controles, e que poderiam, portanto, elevar (ou reduzir) o risco de desenvolvimento do desfecho que está sendo investigado. Os participantes incluídos no estudo apresentam ou não o desfecho (ao contráriodo estudo de coorte, onde os participantes são recrutados para o estudo porque foram, ou não foram, expostos ao fator de interesse e são seguidos no tempo para estabelecer e comparar a frequência na qual expostos e não expostos desenvolvem o desfecho). Os participantes de um estudo caso-controle, portanto, são incluídos no estudo por terem (casos) ou não terem (controles) o desfecho de interesse. O caso-controle é um estudo retrospectivo, no sentido de que os participantes são recrutados depois que o desfecho ocorreu. Essa característica possibilita recrutar um número semelhante de casos e controles e é um desenho apropriado para investigação de associações etiológicas em doenças de baixa incidência/raras (o que aumenta a eficiência do caso-controle em relação aos estudos de coorte) e condições que apresentam período de latência (entre exposição e desenvolvimento da doença) prolongado. O maior desafio metodológico em um estudo caso-controle é a seleção adequada de controles. Como é desenvolvido esse estudo? Na elaboração de um estudo caso-controle, inicialmente define-se a questão do estudo: se a exposição (fator de risco ou fator de proteção) de interesse está associada ao desfecho de interesse (doença, sequela, óbito etc.). Em seguida, identifica-se a população de origem dos casos e controles, ou seja, a "base" (esta população deve estar definida a priori, por exemplo, a população de uma determinada cidade, em um determinado período de tempo). Falha na definição deste estágio inicial pode levar a erros importantes no seu delineamento. Os critérios para inclusão de casos devem ser definidos cuidadosamente, e inicia-se o levantamento daqueles que se enquadram nestes critérios. Os indivíduos duos devem ser convidados a participar do estudo, iniciando-se o recrutamento. Procede- se igualmente à seleção de controles, que consiste em um grupo de pessoas sadias ou sem a doença sob estudo, e que são originados da mesma população que produziu os casos. Após esta identificação, são coletadas informações sobre a exposição de interesse e sobre as variáveis consideradas como potenciais fatores de confusão. Definição e seleção dos casos Os critérios uti1izados para definição de caso podem ser clínicos ou laboratoriais. Estes critérios devem ser precisos, claramente explicitados no protocolo e mantidos sem alterações durante Laís Mota Sena – 4º semestre – MedFTC todo o desenvolvimento do estudo. As formas clínicas e os estágios de evolução devem ser definidos, a exemplo de doenças que apresentem formas leves ou graves. A forma de recrutar os casos para o estudo deve ser considerada cuidadosamente. Podem ser recrutados casos em hospitais ou outros serviços de atenção à saúde, selecionando-se pacientes diagnosticados que atendem aos critérios de definição de caso, por exemplo, todos os casos de tuberculose diagnosticados em Recife pelo serviço de controle de tuberculose em 2001. O estudo pode também ser de base populacional. Por exemplo, os casos são diagnosticados em uma população definida previamente (a base), por meio um inquérito populacional. Definição e seleção dos controles A escolha de um grupo controle é a tarefa mais difícil do delineamento de um estudo caso- controle. A escolha inadequada deste grupo pode levar a viés de seleção, que pode ser evitado se este grupo for selecionado de maneira a constituir uma amostra representativa da mesma população que produziu os casos. Os casos e respectivos controles devem idealmente ser originados da mesma população. O controle ideal seria aquele que faria parte do grupo de casos se desenvolvesse a doença. Um aspecto importante a ressaltar é que a seleção dos casos e controles deve ocorrer independente da exposição. Calculando Exemplo: Um grupo de pesquisadores quer investigar sobre a relação entre o desenvolvimento de leucemia em trabalhadores de um posto petroquímico na cidade x (porque estão ligados diretamente a exposição de benzeno que é mielotóxico). Nesse sentido, foram ao hospital de referência dessa região e conseguiram 200 pessoas com leucemia e os 200 acompanhantes desses pacientes (pessoas não- doentes com mesmo perfil dos doentes). Na entrevista descobriu-se que dos 200 doentes, 100 já trabalharam no posto petroquímico da cidade x. Já dos 200 que não possuem a leucemia, 50 trabalharam no posto petroquímico e 150 não. Odds-ratio Esse cálculo se chama razão de produtos cruzados ou razão de probabilidade. É definida como a razão entre a chance de um evento ocorrer em um grupo e a chance de ocorrer em outro grupo. 𝑜𝑑𝑑𝑠 𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜 = 100 ∗ 150 100 ∗ 50 = 3 Uma razão de chances de 1 indica que a condição ou evento sob estudo é igualmente provável de ocorrer nos dois grupos. Uma razão de chances maior do que 1 indica que a condição ou evento tem maior probabilidade de ocorrer no primeiro grupo. Finalmente, uma razão de chances menor do que 1 indica que a probabilidade é menor no primeiro grupo do que no segundo. ATENÇÃO: As fórmulas de RR e RA calculadas em estudo de coorte NÃO se aplicam aos estudos de caso-controle! A característica principal dos estudos de corte transversal é que a observação das variáveis, quer se trate de casos, de indivíduos, ou de outros tipos de dados, é realizada em um único momento (o mesmo), quando o pesquisador registra uma “fotografia” dos fatos (variáveis) de interesse e não o “filme” de sua evolução. Também denominado transversal, seccional, ou de prevalência, o estudo de corte transversal (em inglês cross-sectional ou survey) tem como vantagens o fato de permitir a observação direta pelo pesquisador dos fenômenos a pesquisar, de realizar a coleta de informações em curto espaço de tempo (em saúde coletiva muito frequentemente na forma de mutirão), sem necessidade de acompanhamento dos Laís Mota Sena – 4º semestre – MedFTC participantes, e de produzir mais rapidamente resultados, portanto, com um custo inferior ao dos demais desenhos. Estas características fazem com que os estudos de corte transversal sejam particularmente úteis para estudar a prevalência de um determinado fenômeno, quer seja o que se supõe ser a causa ou a consequência, ou ambos, numa população definida. Estes estudos, mesmo que puramente observacionais e descritivos, são muito úteis no campo da Saúde Pública. Está claro, que este tipo de desenho é apropriado para problemas com evolução prolongada ou crônicos, não sendo em geral adequado para estudo de situações agudas, quando o interesse é a incidência de novos eventos. Além da pura descrição de fenômenos, o desenho de corte transversal também tem utilidade em estudos nos quais se pesquisam relações do tipo causa e efeito, que buscam, ao menos preliminarmente, analisar as relações entre fatores de risco, fatores determinantes e o que se supõe serem suas consequências ou efeitos (denominados desfechos), como doenças, sequelas e danos ou até vantagens (proteção), de qualquer tipo. Exemplos de estudos de corte transversal, provavelmente os mais conhecidos, são os censos populacionais (demográficos), realizados sistematicamente por muitos países com o objetivo de conhecer características de suas populações em um determinado momento, analisar sua evolução ao longo do tempo, além de estabelecer algumas relações entre essas características que mereçam ser analisadas. A realização de um censo, ou recenseamento, envolve muito tempo e recurso, pois abarca o levantamento de dados de toda a população (o universo) que se quer avaliar e, isso, torna praticamente inviável sua utilização de rotina na maioriadas pesquisas científicas. Como consequência, para reduzir custos e agilizar a realização das pesquisas, é frequente se recorrer à utilização de amostras (do universo) que, com base nas análises estatísticas, produzem resultados e estimativas capazes de viabilizar conclusões generalizáveis, mesmo que seja com algumas limitações. Para que isso seja possível é necessário que a amostra utilizada na pesquisa seja a mais representativa possível o Universo de estudo, seja acurada, e que seu tamanho (n) seja suficiente para garantir resultados com a precisão necessária. Acurácia e precisão não são equivalentes, pois, dependendo do tipo de amostra e do seu tamanho (n), a mesma pode ser acurada, mas pouco precisa ou muito precisa, mas pouco acurada. A condição ideal é obter a partir da amostra um resultado acurado que, ao mesmo tempo, seja também preciso. Infelizmente, em muitas situações de pesquisa é impossível obter uma amostra de fato representativa, por isso, quando é o caso, se recorre à melhor amostra que seja possível conseguir, sempre buscando que tenha um mínimo de representatividade. Este tipo de amostra recebe a denominação de amostra de conveniência. Nessas circunstâncias, apesar do fato de que a utilização de uma amostra de conveniência não inviabiliza completamente a realização de um estudo, é preciso ter em mente que esta situação impõe limitações na interpretação dos resultados, mormente no que diz respeito à generalização de suas conclusões, pois é praticamente impossível avaliar a sua acurácia. Cabe aos pesquisadores definir, a partir de sua hipótese de pesquisa, qual é a população a ser estudada, isto é, aquela da qual será selecionada uma amostra. Sempre que não for possível obter uma amostra de fato representativa o Acurado é o resultado que, obtido a partir de uma amostra, fornece um valor muito próximo ao que se deseja estimar em uma dada população. A acurácia não depende de maior ou menor precisão do valor estimado, mas da representatividade da amostra e da fidedignidade dos dados colhidos. A precisão corresponde à variação que um resultado teria se fosse calculado a partir de várias amostras (da mesma população) selecionadas do mesmo modo. O intervalo confiança (IC) é forma de representar a sua precisão. Menor a diferença entre os extremos do IC, maior a precisão do resultado. A precisão não tem a ver com a representatividade da amostra, mas depende muito do tamanho da amostra, isto é, do número de sujeitos que a compõem. População hipotética é aquela na qual se aplicam as conclusões do estudo, dito de outra forma, caso existam populações similares às da amostra, para elas as conclusões terão validade. Laís Mota Sena – 4º semestre – MedFTC pesquisador estará analisando dados do que se denomina população hipotética. Quando se deseja ir além dos aspectos puramente descritivos, buscando identificar relações que possam existir entre as variáveis de estudo, como por exemplo a relação entre fator(es) de risco e suas possíveis consequências, como doenças, danos, sequelas e etc., o Estudo de Corte Transversal passa a ser considerado analítico, estabelecendo comparações entre sujeitos da amostra expostos a um determinado fator supostamente de risco e os não expostos, quanto a terem, ou não uma determinada doença. Inversamente, o estudo permite comparar entre doentes e não doentes, quantos apresentam exposição a um suposto fator de risco. Desse modo, para essa análise é possível dividir os sujeitos da amostra, de acordo com o fator de risco e o desfecho (doença, etc.), em quatro grupos distintos: Os que possuem o fator de risco e têm o desfecho; Os que possuem o fator de risco e não têm o desfecho; Os que não possuem o fator de risco e têm o desfecho e; Os que não possuem o fator de risco e não têm o desfecho. Exemplo: Um grupo de pesquisadores quer estudar a influência do sedentarismo na obesidade. Nesse sentido, selecionou 23 participantes, dos quais: 05 são obesos sedentários, 05 são obesos ativos, 03 são normais sedentários, 10 são normais ativos. Prevalência da obesidade em sedentários: 5 8 = 62,5% Prevalência da obesidade em ativos: 5 15 = 33,3% Razão entre prevalências/ medida de associação: 62,5% 33,3% = 1,87 Diferença entre prevalências/ medida de impacto: 62,5% - 33,3% = 29,2% De acordo com a população estudada, os estudos podem ser individuado (cada indivíduo é importante como objeto de estudo) ou agregado (grupos inteiros são analisados). No individuado, cada pessoa passa pelo exame do estudo, seja questionário, entrevista ou outro. Imaginando uma prova de faculdade, no estudo individuado a prova é feita sozinho, já no estudo agregado a prova é feita em grupo. Nesse último caso, alguma pessoa que não saiba tão bem uma questão, pode conquistar a mesma nota que todos do grupo. Nos estudos ecológicos, compara-se a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde e a exposição de interesse entre agregados de Ou seja, o sedentarismo aumenta o risco de obesidade 1,87x Ou seja, mesmo que eu eliminasse o sedentarismo 29,2% ainda seriam obesos Laís Mota Sena – 4º semestre – MedFTC indivíduos (populações de países, regiões ou municípios, por exemplo) para verificar a possível existência de associação entre elas. Em um estudo ecológico típico, medidas de agregados da exposição e da doença são comparadas. Nesse tipo de estudo, não existem informações sobre a doença e exposição do indivíduo, mas do grupo populacional como um todo. Uma das suas vantagens é a possibilidade de examinar associações entre exposição e doença/condição relacionada na coletividade. Isso é particularmente importante quando se considera que a expressão coletiva de um fenômeno pode diferir da soma das partes do mesmo fenômeno. Por outro lado, embora uma associação ecológica possa refletir, corretamente, uma associação causal entre a exposição e a doença/ condição relacionada à saúde, a possibilidade do viés ecológico é sempre lembrada como uma limitação para o uso de correlações ecológicas. O viés ecológico – ou falácia ecológica – é possível porque uma associação observada entre agregados não significa, obrigatoriamente, que a mesma associação ocorra em nível de indivíduos. O estudo ecológico usa dados secundários, isto é, não foram produzidos para a sua pesquisa, mas secundariamente você pode utilizar. O ponto negativo é que dados secundários nem sempre são padronizados.
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