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COVID 19 e a gestação

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MEDICINA
DISCIPLINA: IEPSC II
PROF.: CINTIA F. DE ASSIS 
SANTANA 
ABRIL DE 2020
A) contexto da pandemia , transmissão e prevençao B) gravidez e prénatal em tempos de coronavirusC) avaliaçao materna e avaliaçao fetalD)momento da interrupçao da gestaçao e assistencia ao partoE) amamentaçao e tratamentoF) slidesG) apresentaçao
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MEDICINA
COVID-19 E GESTAÇÃO
André F. Elias
Gabriel Faria Barcelos
Francisco C. Jácome de Brito 
Luciano Gonzaga e Freitas
Matheus F. Costa e Silva
Rafael A. de Carvalho Leão
Victor de M. Rodrigues 
A) contexto da pandemia , transmissão e prevençao B) gravidez e prénatal em tempos de coronavirusC) avaliaçao materna e avaliaçao fetalD)momento da interrupçao da gestaçao e assistencia ao partoE) amamentaçao e tratamentoF) slidesG) apresentaçao
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A PANDEMIA
A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2;
Foi descoberto em 31 de dezembro de 2019 na China.
Fonte: Universidade Johns Hopkins (Baltimore, EUA) 
NO BRASIL
Fonte: BRASIL, 2020 - Atualizado em 27 de abril de 2020 
A COVID-19
Quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves;
Assintomáticos (80%);
20% necessitam de atendimento hospitalar por apresentarem dificuldades respiratórias;
Destes, 5% necessitam de suporte ventilatório.
A COVID-19
Os sintomas da COVID-19 podem variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa;
Principais sintomas:
FORMAS DE TRANSMISSÃO
Até o presente momento, acredita-se que a transmissão ocorra pelo ar, por contato pessoal e superfícies contaminadas;
SECREÇÃO DE VIAS AÉREAS
PREVENÇÃO
Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos com agua e sabão;
Utilize álcool 70% nas mãos quando não puder lavá-las;
Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço;
Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa;
Evite abraços, beijos e apertos de mãos;
Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças.
PREVENÇÃO
Não compartilhe objetos de uso pessoal;
Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados;
Evite circulação desnecessária nas ruas;
Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos;
Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de sua residência.
GESTAÇÃO E A COVID-19
As informações são limitadas e estão sendo elucidadas à medida que evidências científicas consolidam-se;
As gestantes foram incluídas no grupo de risco especial, em razão da maior vulnerabilidade às infecções durante a gravidez, permitindo maior vigilância para possíveis complicações causadas pelo coronavírus (BRASIL, 2020).
Não existem evidências de risco aumentado para casos mais graves da doença ou maiores taxas de abortamentos e/ou malformações (BRASIL, 2020).
GESTAÇÃO E A COVID-19
A transmissão vertical não pode ser totalmente descartada, embora estudos não identificaram a presença do vírus em líquido amniótico, sangue de cordão umbilical e leite materno (OSANAN et al 2020)
As chances da gestante de contrair a doença e ter quadros graves é a mesma de um adulto jovem. O grupo de maior risco são pacientes idosos e/ou com comorbidades (OSANAN et al 2020).
PRÉ-NATAL E A COVID-19
As consultas de pré-natal devem ser mantidas durante o período da pandemia visando à saúde materno-fetal;
A frequência das consultas e exames complementares devem ser suficientes para garantir o cuidado adequado, evitando excesso de visitas a locais de potencial exposição ao vírus;
PRÉ-NATAL E A COVID-19
É importante realizar o atendimento médico com EPI’s adequados para evitar a disseminação do vírus;
Em infecção diagnosticada ou suspeita, a consulta de pré-natal deverá ser agendada para quando finalizar o período de isolamento (14 dias);
Primeiro tópico: é importante lembrar que é a infecção pelo coronavírus deverá ser acompanhada
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CUIDADOS IMPORTANTES NO PRÉ-NATAL 
Consultas com horário marcado e tempo de consulta adequado;
Educação em saúde para que os pacientes identifiquem sinais e sintomas em si e em seus familiares;
Deve-se discutir com o casal a possibilidade de apenas a gestante comparecer às consultas e aos exames pré-natais (evitar aglomerações);
Uso de EPI’s.
(OSANAN et al 2020).
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AVALIAÇÃO MATERNA
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Gestantes sem sinais ou sintomas da COVID-19
 Seguir as rotinas habituais de pré-natal, de acordo com seu risco, presença de intercorrências ou morbidades;
 Investigar a presença de sintomas gripais e/ou contatos recentes com pessoas infectadas pela COVID-19;
 As ESF’s devem garantir o monitoramento domiciliar dessas gestantes;
AVALIAÇÃO MATERNA
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Gestantes com sinais ou sintomas da COVID-19 leve (confirmada ou não)
 Deve-se investigar presença de sinais de gravidade (dispneia, dor torácica, taquipneia, desidratação, hemoptise e outros);
 Uso de analgésicos comuns, hidratação oral frequente e repouso;
 Na ausência de sinais de gravidade e/ou comorbidades, a paciente deverá ser encaminhada para o ambiente domiciliar (isolamento social);
 A gestante deve estar bem orientada sobre os sinais de agravamento para que possa procurar maternidade de referência.
AVALIAÇÃO MATERNA
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Gestantes com sinais ou sintomas da COVID-19 leve (confirmada ou não)
 Avaliação cuidadosa tentando observar o impacto da doença respiratória;
 Realização de radiografia e TC de tórax para definição do contexto clínico (riscos e benefícios do exame);
 Encaminhamento para maternidade de referência para avaliar necessidade de propedêutica complementar e internação por equipe multidisciplinar; 
 Afastamento profissional das gestantes que tiverem atividades de contato direto com outras pessoas doentes.
AVALIAÇÃO MATERNA
Doenças cardíacas crônicas, congênitas, mal controladas ou descompensadas;
Doenças respiratórias crônicas, incluindo DPOC e asma mal controlados; 
Doenças renais crônicas em estágio avançado;
Contraindicações para acompanhamento ambulatorial da SRAG
Transplantadas de órgãos sólidos e de medula óssea;
Imunossupressão por doenças e/ou medicamentos;
Diabetes (conforme juízo clínico).
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AVALIAÇÃO FETAL
A avaliação US, a cardiotocografia ou mesmo a dopplervelocimetria em pacientes com doença aguda, dependerá da clínica da paciente;
Gestantes com suspeita ou confirmação de infecção pelo COVID-19 é importante a participação do médico obstetra nas decisões clínicas; 
US após o fim da infecção (2 a 4 semanas) para avaliação do crescimento fetal e líquido amniótico, associado ou não a dopplerfluxometria.
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INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO PARTO
Múltiplos fatores: idade gestacional, condição materna e estabilidade fetal;
A infecção pelo coronavírus não é uma indicação para interrupção do parto, exceto em condições em que a oxigenação materna esteja muito comprometida;
Casos críticos: seguir com a gestação pode ser prejudicial para a segurança materna e do feto;
Gravidade extrema: interrupção da gestação é uma opção (diretrizes brasileiras sobre abortamento).
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INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO PARTO
Parto vaginal: mulheres em boas condições gerais e sem restrições respiratórias (SO2% adequada ≥ 95%);
Restrição respiratória, choque séptico e falência aguda dos órgãos: interrupção da gestação por cesárea melhor opção;
Em partos vaginais recomenda-se aguardar um minuto para o clampeamento do cordão (não aumenta os riscos de transmissão vertical).
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INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO PARTO
Parto de casos suspeitos e confirmados: sala de isolamento de pressão negativa preferencialmente;
Durante o parto vaginal ou cesariana: uso de EPI’s por toda equipe assistencial (máscara N95 e face shield);
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INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO PARTO
COVID-19: altera o estado de coagulabilidade com elevação de dímero-D e produtos de degradação de fibrina; 
Heparina profilática deve ser mantida por 10 dias após alta hospitalar. 
Gestação 
Hipercoagulabilidade 
Heparinização profiláticaRoyal College of Obstetricians and Gynaecologists
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INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO PARTO
Após alta hospitalar: resguardo em isolamento domiciliar, sem visitas; 
Primeira consulta deverá ser realizada em até 10 dias pós-parto, preferencialmente em domicílio;
A consulta de puerpério tardio deve seguir o fluxo habitual.
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ALEITAMENTO
Não há evidência científica sobre a transmissão do coronavírus pelo leite materno; 
Recomenda-se o aleitamento, visto que os benefícios são exponencialmente maiores que o risco de infecção.
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ALEITAMENTO
Lavar as mãos antes da amamentação;
Usar máscara facial durante a amamentação; 
Medidas preventivas na amamentação de mães COVID-19 positivas
Caso a mãe opte por não amamentar durante a infecção: retirar o leite e ofertar à criança por alguém saudável.
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TRATAMENTO
Manejar os sintomas e manter estabilidade da paciente;
Casos graves: oxigênio suplementar e ventilação mecânica; 
Cloroquina: terapêutica associada ou não à azitromicina, mas continua em investigação. Não há contraindicação para gestantes;
Antivirais: oseltamivir (Tamiflu) continua sendo a medicação de escolha para gestantes com síndrome respiratória grave.
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TRATAMENTO
Manter o equilíbrio de líquidos e eletrólitos e tratamento sintomático (isolamento);
Casos graves: sala de isolamento de pressão negativa em uma UTI;
Abordagem hospitalar
Vigilância: minimizar hipóxia materna (sinais vitais e SO2%); 
Exames complementares: gasometria arterial, imagem torácica, hemograma, funções renal e hepática e testes de coagulação. 
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TRATAMENTO
Monitoramento fetal: realizar monitoramento da FCF, avaliação por US do crescimento fetal e do volume de líquido amniótico com Doppler da artéria umbilical, se necessário.
Abordagem hospitalar
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OBRIGADO!!!
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Políticas de Saúde. Ministério da Saúde. Sobre a doença. 2020. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid. Acesso em: 24 abr. 2020.
BRASIL. Gustavo Frasão. Ministério da Saúde. Coronavírus: Brasil registra 49.492 casos e 3.313 mortes. 2020. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46771-coronavirus-brasil-registra-49-492-casos-e-3-313-mortes. Acesso em: 24 abr. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico nº 01. Secretaria de Vigilância em Saúde SVS/MS-COE - Jan. 2020. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/janeiro/28/Boletim-epidemiologicoSVS-28jan20.pdf. Acesso em: 26 abr. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Nota técnica nº 5/2020-cocam/cgcivi/dapes/saps/ms. Condutas para a doação de leite materno aos bancos de leite humano e postos de coleta de leite humano no contexto da infecção pelo coronavírus (sars-cov-2). Disponível em http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/notatecnicaaleitamento30mar2020COVID-19.pdf. Acesso em 25 abr. 2020.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde/ SAPS - Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (COVID - 19) na Atenção Primária à Saúde. Brasília - DF Março de 2020 Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS). Disponível em: https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/37. Acesso em: 26 abr. 2020.
OSANAN, Gabriel Costa et al 2020. Sogimig. Coronavirus na gravidez: considerações e recomendações Sogimig. Belo Horizonte - MG.
KRETTILI, W.S.C SimSave. A Gestação em tempos do Novo Coronavírus - abril de 2020. 26 pág.
GAUTRET et al. Hydroxychloroquine and azithromycin as a treatment of COVID19: results of an open‐label non randomized trial. Intern J Antimicrobial Agents. 17 Mar. 2020. Avaliable from: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0924857920300996. Access from: 25 Apr. 2020. 
NOTA TÉCNICA Nº 5/2020-cocam/cgcivi/dapes/saps/ms. Condutas para a doação de leite materno aos bancos de leite humano e postos de coleta de leite humano no contexto da infecção pelo coronavírus (sars-cov-2).
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REFERÊNCIAS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Guia Prático de Atualização. Departamento Científico de Aleitamento Materno. Nº 2, Agosto de 2017. Disponível em: https://www.spsp.org.br/PDF/Aleitamento-Infec%C3%A7%C3%B5es-SBP.pdf. Acesso em: 23 abr. 2020.
RODRIGUES, Carina; BARROS, Henrique. Da emergência de um novo vírus humano à disseminação global de uma nova doença - Doença por Coronavírus 2019 (COVID-19). Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Carina_Rodrigues13/publication/340006477_COVID19_Gravidez_e_aleitamento_materno/links/5e72989e4585152cdbfd566f/COVID-19-gravidez-ealeitamentomaterno.pdf. Acesso em: 26 abr. 2020.
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