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Rim Funções: Eliminação de dejetos: através de filtração sanguínea, mas, ao mesmo tempo, mantém água, eletrólitos e metabólitos na quantidade exata necessária ao indivíduo Manutenção de volume e composição de líquido extracelular Equilíbrio ácido-básico: algumas regiões renais, principalmente, túbulo contorcido distal que fazem esse controle Além da eliminação de dejetos em forma de urina, o rim também pode ser considerado um órgão endócrino por sintetizar e secretar alguns hormônios, como: Eritropoietina (EPO): produzida pelas células do estroma renal (tecido de sustentação), ativada em momentos em que as concentrações de oxigênio diminuem, estimulando a hematocitopoiese na medula óssea (doenças renais em estágios finais necessitam de tratamento para anemias) Renina: o aparelho justaglomerular possui células que produzem renina, importantíssima no sistema de controle de pressão arterial Vitamina D: o rim faz a hidroxilação dessa vitamina, transformando-a em composto ativo que facilita absorção de outros compostos (cálcio) O rim é dividido em 2 regiões: córtex renal (região mais escura) e medula renal (região mais pálida) A região mais esbranquiçada com acúmulo de gordura é chamada de hilo renal, onde ficam as entradas e saídas de vasos sanguíneos, linfáticos e dos ureteres A região medular é dividida em pirâmides O rim é uma estrutura encapsulada por tecido conjuntivo denso não modelado, logo abaixo da cápsula fica o córtex renal e, mais abaixo a região medular com as pirâmides renais. A base das pirâmides são voltadas ao córtex e o ápice, chamada papila renal, para os cálices menores, que confluem para cálices maiores, que confluem para a pelve renal, que é conjunta com os ureteres É um órgão altamente vascularizado, justamente por fazer filtração sanguínea É responsável por 20% do débito cardíaco por minuto 90% do sangue que chega no rim é priorizado para o córtex, pois é lá que ficam a maior parte dos néfrons. Os outros 10% vão pra medula Por minuto, os rins recebem 1,25L de sangue, ou seja, todo o sangue do corpo passa pelos rins a cada 5 minutos Na base das pirâmides medulares, há emissão de projeções em direção ao córtex chamados de raios medulares, onde ficam estruturas coletoras (túbulos e ductos coletores) Colunas renais são materiais corticais que separam as pirâmides renais medulares O rim fetal é lobulado, mas com crescimento de tecido intersticial e alongamento dos néfrons, essa visão lobulada é perdida Lobo renal é cada uma das pirâmides + tecido cortical adjacente Lóbulo renal é cada raio medular + tecido cortical adjacente Néfron Unidade estrutural e funcional do rim Ordenado em Corpúsculo renal: onde fica o glomérulo (tufos de capilares envoltos pela cápsula de Bowman) Túbulo contorcido proximal Alça de Henle: possui seguimentos espesso e fino descendentes e seguimentos fino e espesso ascendentes Túbulo contorcido distal: se conecta com túbulos e ductos coletores que se abrem na região da papila Cálice menor: por onde a urina é conduzida do rim a bexiga Túbulo urinífero: néfron + túbulo coletor (existem milhões por rim, que não se formam nem se regeneram após o nascimento) Possuem origens embriológicas diferentes, sendo o néfron originário do blastema e os túbulos e ductos coletores do broto metanéfrico Existem 2 tipos de néfrons: Néfron cortical: mais curto, todos os componentes se localizam no córtex Néfron justamedular: sua alça de Henle é bem comprida (principalmente seguimento fino) e essa se aprofunda bem na medula renal, sendo responsáveis pelos mecanismos de concentração da urina Existem os ductos coletores importantes, chamados ductos de Belini, que se abre na região da papila e libera a urina nos cálices menores. A área em que esses ductos se abrem é chamada de área crivosa/ cribiforme A cápsula renal é dividida em camada externa formada por fibroblastos e fibras colágenas do tipo 1 e, uma camada interna formada por miofibroblastos que auxiliam na resistência a variação de volume e pressão Vascularização renal Determinadas artérias que penetram no rim se direcionam ao córtex, onde ficam os glomérulos que fazem filtragem As arteríolas que chegam no glomérulo são chamadas de arteríolas Aferentes, formam os glomérulos e depois saem como arteríolas Eferentes, se distribuindo ao longo do córtex e da medula Os vasos retos, que se localizam na medula renal, são de extrema importância para a vascularização e os mecanismos de concentração da urina, mantendo a medula hipertônica Na região cortical, fica o corpúsculo renal, constituído pelo glomérulo, composto por tufos de capilares (fenestrados sem diafragma) e a cápsula de Bowman (folheto visceral espaço capsular folheto parietal) túbulo contorcido proximal ramo espesso descendente ramo descendente delgado ramo ascendente delgado ramo ascendente espesso (do túbulo até o último ramo é formada a alça de Henle) túbulo contorcido distal (libera a urina no ducto coletor através do túbulo coletor) túbulo coletor vai até a região medular mais profunda se abrindo na papila liberando a urina no cálice menor Corpúsculo Renal Exclusivo do córtex renal Cápsula renal: folheto visceral, folheto parietal e espaço de Bowman entre os dois O folheto visceral/ interno possui células epiteliais modificadas, chamadas podócitos (função de envolver e aderir aos capilares) O folheto parietal/ externo é composto por epitélio simples pavimentado, que tem continuação com o estroma renal No espaço de Bowman fica o ultrafiltrado que vai seguir pela luz do néfron Glomérulo renal: composto por capilares fenestrados sem diafragma Para o filtrado passar do capilar para o espaço capsular ele precisa ultrapassar algumas barreiras: Fenestras dos capilares membrana basal glomerular (fusão da lâmina basal do podócito + lâmina basal do endotélio), rica em colágeno tipo IV, proteoglicanos e glicoproteínas adesivas (fibronectina e laminina) camada visceral da cápsula de Bowman ultrapassa pelas fendas de filtração (fendas entre os podócitos) ultrafiltrado chega no espaço de Bowman (delimitado pelo folheto parietal da cápsula de Bowman) Polo vascular por onde entram e saem as arteríolas do glomérulo Polo urinário continuação entre o corpúsculo renal e o túbulo contorcido proximal Membrana basal glomerular Unica barreira entre o sangue que circula no capilar e o espaço urinário que vai receber o ultrafiltrado A MBG bloqueia a passagem de grandes proteínas, plaquetas, eritrócitos e leucócitos, ficando retidos na corrente sanguínea. MBG fusão das lâminas basais endoteliais e dos podócitos Possui uma lâmina rara interna e uma externa, separadas por uma lâmina densa. As lâminas raras são carregadas de proteoglicanos sulfatados (carga negativa), já a lâmina densa é rica em colágeno tipo IV (barreira contra as macromoléculas). Células mesangiais Células de origem mesodérmica, imersas entre os capilares, envolvidas por lâmina basal endotelial Funções: possuem atividade contrátil que auxilia no fluxo sanguíneo capilar, possuem receptores para angiotensina II, dão suporte estrutural ao glomérulo, sintetizam MEC, fazem endocitose de MBG (renovação para que a filtração seja sempre eficiente) e produção de prostaglandinas e endotelinas Túbulo contorcido proximal Contínuo com o polo urinário, recebe o filtrado da cápsula de Bowman. Exclusivo do córtex, é formado por epitélio cúbico simples com citoplasma acidófilo (rico em lisossomos e mitocôndrias) e possui tantas microvilosidades apicais que forma uma estrutura chamada orla/borda em escova As células desse túbulo possui muitos complexos juncionais e interdigitações entre suas células e as adjacentes limite entre as células é pouco visívelFunções: reabsorção de partículas que, por ventura, passaram pela fenda de filtração, mas que devem ser reabsorvidas (glicose, aminoácidos, água, bicarbonato, NaCl, cálcio, fosfato) e realizam eliminação de toxinas (medicamentos) Células especializadas em absorção A riqueza de mitocôndrias se deve a necessidade de abastecer as bombas ATPase que fazem a reabsorção de íons No rim, 125mL de ultrafiltrado são produzidos por minuto, mas 124mL são reabsorvidos Alça de Henle Contínua com o túbulo contorcido proximal Dividia em regiões: Ramo espesso descendente da alça de Henle: vai em direção a medula Ramo fino descendente da alça de Henle: vai em direção a medula Ramo fino ascendente da alça de Henle: vai em direção ao córtex Ramo espesso ascendente da alça de Henle Ramos finos são bem desenvolvidos nos néfrons justamedulares Estrutura em forma de U, que possui um segmento delgado entre dois espessos Segmentos espessos epitélio cúbico simples (similar ao túbulo contorcido distal). Encontrados tanto no córtex quanto na medula Segmento delgado epitélio simples pavimentoso (núcleos fazem saliência para o lúmen). Encontrados somente na medula Funções: importantes na manutenção da hipertonicidade do interstício medular, necessário para produção de urina hipertônica (concentrada) Segmento descendente espesso orla em escova menos desenvolvida, interdigitações menos complexas e menos numerosas, menor número de mitocôndrias e, consequente, menor taxa de reabsorção Segmento descendente fino altamente permeável à água, aumento da osmolaridade do líquido tubular Segmento ascendente fino altamente permeável ao NaCl, impermeável à água e seu líquido tubular fica hiposmótico Segmento ascendente espesso osla em escova menos desenvolvida, interdigitações menos complexas e menos numerosas. Abundantes mitocôndrias, impermeável à água e permeável a Na, Cl e K A segmentos espessos da alça de Henle T segmentos finos da alça de Henle Mácula densa Transição entre segmento espesso ascendente e túbulo contorcido distal É uma especialização de algumas células desses túbulos Faz parte do aparelho justaglomerular Epitélio simples colunar alto, com núcleos próximos e alongados Possui grande proximidade com o polo vascular do corpúsculo renal de seu próprio néfron Função: é sensível a conteúdo iônico e volume de água no túbulo, além de secretar moléculas que estimulam a liberação de renina, como ATP, NO, prostaglandinas Túbulo contorcido distal Epitélio simples cúbico, poucas mitocôndrias, poucas vilosidades (similar aos segmentos espessos da alça de Henle) Encontrado no córtex, porém menos encontrados do que os proximais Como diferenciar das células do túbulo contorcido proximal? Suas células são menores, tendo mais núcleos num corte transversal, não possuem orla em escova e são menos acidófilas (menos lisossomos e mitocôndrias) Funções e importância: impermeável à água e ureia, importante para a manutenção do equilíbrio ácido-básico, pois reabsorve bicarbonato e secreta hidrogênio e, responde à aldosterona e reabsorve Na para aumentar a PA Aparelho justaglomerular Mácula densa + células justaglomerulares + células mesangiais extraglomerulares Na região do polo vascular, as células da macula densa vão se associar células justaglomerulares e mesangiais para controlar a produção e secreção de renina Células justaglomerulares são células musculares da túnica média das arteríolas aferentes que se diferenciam e se transformam em células que produzem e secretam renina Esse aparelho forma o sistema renina- angiotensina-aldosterona Quando o conteúdo o túbulo distal está com baixa concentração de Na ou com baixa PA células da mácula densa percebem a alteração produzem algumas substâncias (ATP, NO e prostaglandinas) que atuam nas células justaglomerulares liberação de renina converte angiotensinogênio em angiotensina I será convertida (nos rins e pulmões) em angiotensina II secreção de aldosterona aumento da PA Túbulos e Ductos coletores Tudo que foi dito até agora tem origem do blastema, mas esses dois possuem origem do broto metanéfrico Funções: coletar a urina que foi formada e a conduzir em direção a papila, que desembocará nos cálices menores. Reabsorção de água para concentração da urina sob estímulo de ADH Mais encontrados na região medular Na presença de ADH, são permeáveis à água que vai fazer regulação de aquaporinas Epitélio que varia de cúbico a colunar simples, com citoplasma pouco corado e limites celulares bem delimitados Diferença entre os dois túbulos tem células mais baixas e os ductos células mais altas Bexiga e vias urinárias Cálices menores e maiores, pélvis, ureter e bexiga possuem estrutura histológica básica parecida. Essas células armazenam e transportam a urina, sem a capacidade de modificá-la Estrutura Mucosa formada por epitélio de transição (urotélio) e lâmina própria de tecido conjuntivo camada de músculo liso pouco definida adventícia/ serosa revestindo Células em cúpula características do urotélio, comuns quando a bexiga está vazia. Quando a bexiga está cheia, essas células assumem uma forma mais pavimentosa O urotélio tem células com características impermeáveis, impedindo trocas osmóticas entre o tecido e a urina A capacidade de alteração estrutural do epitélio se deve as membranas plasmáticas possuírem constituição lipídica bem específica e formem regiões de placas, que se invaginam/distendem Uretra Por onde a urina sai para o meio externo Diferença entre sexo feminino e masculino nos tamanhos das uretras Uretra feminina é curta e revestida de epitélio de transição contínuo ao da bexiga, mais na abertura do vestíbulo há epitélio estratificado pavimentoso Porque é mais comum a mulher ter ITU? Uretra menor, caminho para as bactérias até o local de proliferação também Uretra masculina é mais longa, dividida em uretra prostática composta por epitélio de transição contínuo ao da bexiga, uretra membranosa e uretra peniana. Na região de abertura ao meio externo, também há epitélio estratificado pavimentoso. Além disso, também é o mesmo local da ejaculação de gametas para o meio externo, diferente do indivíduo XX
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