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Caso 4 - Módulo 13

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Caso IV 
 
Definições 
Ilusões 
-Vivências originárias de percepções enganosas, falsificadas, de um 
objeto real. 
-Percepção distorcida, deformada, de um objeto real, existente. 
-Não constitui, por si só, um estado mórbido, podendo ser produzida 
artificialmente. 
-Percepções formadas por transformações de percepções reais, em que 
os estímulos se compõem de tal maneira cujo efeito é a falsa percepção 
de algo novo. 
-Falsa percepção em que existe a possibilidade da correção sobre a 
referência ingênua ao objeto (possibilidade de corrigir a vivência 
imediata). 
-Podem ocorrer por diferentes motivos: 
.Originárias de falta de atenção (em estados de cansaço); 
.Complementação dos estímulos externos com elementos internos (ao ler-
se um texto pode-se passar despercebido por alguns erros ortográficos e 
corrigi-los de acordo com o contexto); 
.Estados afetivos modulam a percepção de objetos reais, podendo 
ocasionar o que se denomina por ilusões afetivas ou catatímicas; 
.Uma criança assustada à noite pode ver um monstro horripilante 
entrando pela janela de seu quarto em vez de um galho da árvore mais 
próxima. 
Alucinações 
-Distúrbios psicossensoriais em que há percepção sem o objeto. 
-Fenômeno perceptual, dotado de clareza, consistência, vivacidade, 
objetividade e externalidade. 
-Vivenciada como "central ao eu", sendo experienciada da mesma forma 
que as percepções com objeto real. 
-Geralmente acompanhada de intenso sofrimento. 
-Cabe aqui uma distinção com o delírio: ouvir uma voz que não existe e 
não é compartilhada (percepção de objeto inexistente) é a alucinação 
propriamente dita, e interpretá-la como sendo a voz de Deus ou uma 
transmissão telepática já faz parte do delírio. 
-Sabe-se que na epilepsia a ativação de determinadas áreas corticais 
pode produzir efeitos alucinatórios de breve duração, geralmente com o 
mesmo conteúdo por irritação de um mesmo foco cortical (um paciente 
sempre sente cheiro de gás antes de perder a consciência - crise parcial 
simples). 
-Grande parte do conhecimento sobre alucinações é proveniente da 
observação e de relatos de pessoas usuárias de alucinógenos, como 
LSD, mescalina etc. 
-O fato de esses agentes produzirem alterações neurobioquímicas nas 
vias centrais serotoninérgicas, dopaminérgicas e colinérgicas implica uma 
associação entre fenômenos alucinatórios e hiperativações nesses 
circuitos, fato corroborado pelo uso de antagonistas dopaminérgicos para 
seu tratamento. 
-Outras formas de alucinações podem ser explicadas pela teoria da 
deaferentação neuronal. 
-Pacientes idosos com presbiacusia e surdez progressiva podem 
experimentar alucinações auditivas em decorrência da liberação neuronal 
da via auditiva aferente correspondente, semelhante ao ocorrido na 
síndrome do "membro fantasma". 
-A alucinação seria devida a uma produção do SN para manter um nível 
basal de ativação, em vigência do déficit de estímulos externos pela 
privação sensorial. 
-Analogamente, é correspondente à área lesada (lateralizada), e em geral 
pode ser modificada por estímulos ambientais (sons ⬆ no ambiente 
podem fazer esse paciente idoso parar de alucinar em razão da > 
estimulação aferente). 
-Há explicações para o fenômeno alucinatório baseadas na teoria 
psicodinâmica, na qual o paciente projetaria aspectos inconscientes 
(desejos, angústias e conflitos) para o espaço externo a ele, vivenciando-
os como não pertencentes ao eu. 
-Alguns autores postulam que as alucinações seriam um processo 
decorrente da incapacidade do paciente de discriminar e monitorar seus 
próprios pensamentos verbais, percebendo-os como de origem externa. 
-Alucinação seria proveniente de uma disfunção do que é denominado 
linguagem interna (inner speech). 
 
Alucinações Visuais 
-Podem ser elementares (clarões, borrões, faíscas, escotomas e fosfe 
nas), complexas (figuras, pessoas, paisagens, entidades e partes do 
corpo), liliputianas (diminuídas, em geral com figuras humanoides), 
guliverianas (gigantescas). 
-O paciente pode assistir passivamente às alucinações (cênicas) ou 
participar ativamente delas (dramáticas), sugerindo nessas últimas 
quadros de delirium. 
-Em geral são eventos relativamente raros nas esquizofrenias e nos 
quadros delirantes crônicos. 
-São mais comuns na narcolepsia com cataplexia (transtorno do sono em 
que a atividade REM invade a consciência vigil), > parte das síndromes 
demenciais (doença de Alzheimer, demência com corpúsculos de Lewy, 
demência vascular e demência na doença de Parkinson), delirium 
tremens, síndrome de abstinência alcoólica, esquizofrenia, na doenças 
oftalmológicas (em geral de etiologia conhecida como síndrome de 
deaferentação, descrita anteriormente) e intoxicação por alucinógenos 
(LSD, mescalina, maconha e cogumelos). 
 
Alucinações Auditivas 
-Ocorrem analogamente na forma simples (sons, ruídos, assobios e 
campainhas) ou complexa (chamadas audioverbais). 
-Alucinações audioverbais: tipo mais frequente de alucinações, sendo 
encontradas principalmente na esquizofrenia e em outros transtornos 
psicóticos. 
-Vozes ouvidas podem ter variadas características: diálogos entre mais de 
um interlocutor, comunicação de ideias delirantes, descrever tudo o que o 
alucinado faz (narração e comentário dos atos) e proferir injúrias e 
difamações. 
-Algumas apresentações têm um valor semiológico > pela sua grande 
frequência na esquizofrenia, como quando as vozes repetem o 
pensamento da pessoa (eco do pensamento) e quando o paciente ouve o 
próprio pensamento no mesmo momento em que pensa (sonorização do 
pensamento), da mesma forma como ouve o restante do mundo. 
 
Alucinações Táteis 
-Geralmente associadas a alucinações visuais, são vivenciadas na forma 
de agulhadas, formigamentos, espetadas, choques, queimaduras e 
sensações de frio ou umidade. 
-No delirium tremens, o paciente pode se sentir preso em arames, 
entrelaçado em uma rede de fios. 
 
Alucinações Cenestésicas 
-Sensações anômalas relacionadas às vísceras internas, em que doentes 
sentem como se tivessem seu fígado revirado, pulmões esvaziados, 
intestinos arrancados, cérebro apodrecido, na ausência do 
correspondente somático são denominadas. 
-Estão muito associadas a ideações delirantes de que o organismo está 
morto, ou em estado de putrefação, sendo vinculadas à síndrome de 
Cotard (vivência delirante que pode ser diagnosticada em pacientes com 
depressão psicótica grave, na qual a pessoa tem a vivência de que já 
morreu e seus órgãos estão apodrecendo, ou de imortalidade). 
-Relacionadas à vivência de alterações na sensação de movimento 
corporal, em que um paciente descreve a sensação de que seu pênis está 
encolhendo (síndrome do Koro). 
 
Alucinações Olfativas 
-Sensação de odores desagradáveis (cheiro de fezes, cadáveres e 
queimado) e até de perfumes exóticos. 
 
Alucinações Gustativas 
-Sabores estranhos, insólitos, sem objeto correspondente. 
-Alucinações, tanto relacionadas ao olfato quanto à gustação, são 
sintomas da esquizofrenia (de péssimo prognóstico) e de quadros 
epilépticos (estados crepusculares da consciência, crises w1cinadas). 
 
Alucinação Cominada 
-No rebaixamento do nível de consciência e em < grau na esquizofrenia 
podem ocorrer experiências alucinatórias diversas ao mesmo tempo, 
combinando diferentes órgãos do sentido. 
-O sujeito pode ouvir uma voz, reconhecê-la como pertencente a uma 
pessoa que vê na sua frente e ter atividade sexual com ela, estando 
sozinho no quarto. 
 
Alucinação Sinestésica 
-Tal vivência pode ser intensificada até a fusão e troca de duas 
percepções de qualidades sensoriais diferentes, como ver a cor do som, 
associada ao uso de ecstasy. 
 
Alucinações Funcionais 
-Fenômeno alucinatório desencadeado por um estímulo real. 
-A pessoa ouve uma voz quando liga o carro. 
-Vivências perceptivas sem objeto real, desencadeadas por um gatilho 
real não relacionado. 
Delírios 
-Palavra latim, que significa "sair do trilho". 
-Ideia ou pensamento que não corresponde à realidade.-Exemplo: a pessoa começa a acreditar que está sendo perseguida ou 
vigiada, ou que existem câmeras que espionam seus atos. 
-Temas de delírios costumam ser bizarros, implausíveis, mas a pessoa 
acredita nele convictamente, não modificando suas ideias mesmo após 
exaustiva demonstração da impossibilidade das mesmas. 
-O delírio pode ocorrer em diversas psicoses, particularmente 
na esquizofrenia. 
-Podem ser classificados como delírios persecutórios, de grandeza, ciúme 
patológico, somatoformes, amorosos ou misto desses. 
-O psiquiatra e filósofo Karl Jaspers foi o primeiro a definir os 3 critérios 
principais para que uma crença seja considerada delirante: 
1) Certeza: mantida com absoluta convicção; 
2) Incorrigibilidade: não passível de mudança por força de contra-
argumentação ou prova em contrário; 
3) Impossibilidade ou falsidade do conteúdo: implausível, bizarro ou 
patentemente inverídico. 
 
Esquizofrenia 
Epidemiologia 
http://www.saudemental.net/o_que_e_esquizofrenia.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paranoia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Megalomania
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%BAme#Ci%C3%BAme_patol%C3%B3gico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%BAme#Ci%C3%BAme_patol%C3%B3gico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Somatiza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Erotomania
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Jaspers
Gênero e Idade 
-90% dos pacientes em tratamento têm entre 15 e 55 anos. 
-Início antes dos 10 anos ou após os 60 anos é extremamente raro. 
-Igualmente prevalente em homens e mulheres. 
-Diferem quanto ao início e curso da doença. 
Homens: 
-Início mais precoce, mais de 50% têm sua 1ª internação em hospital 
psiquiátrico antes dos 25 anos de idade. 
-Idade de pico: entre 10 e 25 anos. 
-> probabilidade de sofrer sintomas negativos. 
Mulheres: 
-1/3 têm sua 1ª internação em hospital psiquiátrico antes dos 25 anos de 
idade. 
-Idade de pico: entre 25 e 35 anos. 
-Exibem distribuição etária bimodal, com um 2º pico na meia-idade. 
-3 a 10% apresentam início da doença após os 40 anos (quando o início 
ocorre após os 45 anos, o transtorno é caracterizado como esquizofrenia 
de início tardio). 
-> probabilidade de ter melhor funcionamento social antes do início da 
doença. 
-Resultado melhor do que para os do sexo masculino. 
 
Fatores Reprodutivos 
-O uso de psicofármacos, políticas de portas abertas dos hospitais, 
desinstitucionalização dos hospitais públicos, ênfase na reabilitação e 
atendimento comunitário levaram ao ⬆ nos casamentos e taxas de 
fertilidade entre os indivíduos com esquizofrenia. 
-A taxa de fertilidade desse grupo é próxima à da população em geral. 
-Parentes biológicos em 1º grau têm um risco 10 X > de desenvolver a 
doença do que a população em geral. 
 
Doenças Clínicas 
-Pessoas com esquizofrenia têm taxa de mortalidade mais ⬆ em 
decorrência de acidentes e causas naturais. 
-Variáveis relacionadas à institucionalização e tratamento não explicam 
esses dados, mas a mortalidade pode estar ligada ao fato de que o 
diagnóstico e tratamento de condições clínicas e cirúrgicas em pacientes 
com esquizofrenia possam representar um desafio clínico. 
-80% de todos os pacientes com a condição têm doenças clínicas 
concomitantes significativas e 50% dessas podem não ser 
diagnosticadas. 
 
Infecções e Estação de Nascimento 
-Pessoas que desenvolvem esquizofrenia têm mais probabilidade de ter 
nascido no inverno e início da primavera, do que no fim da primavera e 
verão. 
-No hemisfério norte, incluindo EUA, as pessoas afetadas nascem com 
mais frequência nos meses de janeiro a abril, enquanto, no hemisfério sul, 
a maior frequência se dá nos meses de julho a setembro. 
-Fatores de risco específicos da estação, como um vírus ou alteração 
sazonal da dieta, podem operar nesses casos. 
-Outra hipótese é a de que pessoas com predisposição genética para 
esquizofrenia têm menos vantagem biológica de sobreviver a 
adversidades específicas da estação. 
-Estudos indicaram complicações gestacionais e do parto, exposição a 
influenza durante várias epidemias da doença, inanição materna durante 
a gravidez, incompatibilidade do fator Rhesus e excesso de nascimentos 
no inverno na etiologia do transtorno. 
-A natureza desses fatores sugere um processo patológico do 
neurodesenvolvimento na esquizofrenia, mas o mecanismo fisiopatológico 
exato associado com esses fatores de risco não é conhecido. 
-Dados epidemiológicos mostram uma ⬆ incidência de esquizofrenia após 
exposição pré-natal a influenza durante várias epidemias da doença. 
-Alguns estudos mostram que a frequência de esquizofrenia ⬆ após 
exposição à influenza – que ocorre no inverno – durante o 2º trimestre de 
gravidez. 
-Outros dados que apoiam que uma hipótese viral, ⬆ número de 
anomalias físicas no nascimento, ⬆ taxa de complicações da gravidez e 
do parto, sazonalidade do nascimento consistente com infecção viral, 
agrupamentos geográficos de casos adultos e sazonalidade das 
hospitalizações. 
-Teorias virais derivam do fato de que várias teorias virais específicas têm 
o poder de explicar a localização particular da patologia necessária para 
explicar uma variedade de manifestações na esquizofrenia sem encefalite 
febril manifesta. 
 
Abuso de Substâncias 
-A prevalência ao longo da vida de abuso de qualquer droga (que não o 
tabaco) é, muitas vezes, superior a 50%. 
-Para todas as drogas de abuso, o abuso está associado com um 
funcionamento mais insatisfatório. 
-A prevalência ao longo da vida de álcool na esquizofrenia é de 40%. 
-O abuso de álcool ⬆ risco de hospitalização e, em alguns pacientes, pode 
⬆ sintomas psicóticos. 
-Pessoas com esquizofrenia têm uma prevalência mais ⬆ de abuso de 
drogas de rua comuns. 
-Tem havido um interesse particular na associação entre Cannabis e 
esquizofrenia. 
-Pacientes que relatavam níveis ⬆ de uso de Cannabis (mais de 50 
ocasiões) tinham 6 X mais risco de desenvolver o transtorno. 
-O uso de anfetaminas, cocaína e drogas semelhantes é preocupante 
devido a sua capacidade de ⬆ sintomas psicóticos. 
 
Nicotina 
-Até 90% dos pacientes com esquizofrenia podem ser dependentes de 
nicotina. 
-Afora a mortalidade associada ao tabagismo, a nicotina ⬇ as 
concentrações sanguíneas de alguns antipsicóticos. 
-Há sugestões de que ⬆ prevalência no tabagismo se deva, pelo menos 
em parte, a anormalidades cerebrais nos receptores nicotínicos. 
-Um polimorfismo específico em um receptor nicotínico foi associado a um 
risco genético para esquizofrenia. 
-A administração de nicotina parece melhorar alguns comprometimentos 
cognitivos e parkinsonismo na esquizofrenia, possivelmente devido à 
ativação dependente de nicotina de neurônios de dopamina nicotino-
dependentes. 
-Estudos recentes demonstraram que a nicotina pode ⬇ sintomas 
positivos, como alucinações, em pacientes com esquizofrenia por seu 
efeito sobre os receptores de nicotina no cérebro que ⬇ percepção de 
estímulos externos, sobretudo ruídos. 
-Nesse sentido, o tabagismo é uma forma de automedicação. 
 
Densidade Populacional 
-A prevalência de esquizofrenia foi correlacionada com densidade 
populacional local em cidades com populações de mais de 1 milhão de 
pessoas. 
-A correlação é mais fraca em cidades com 100 mil a 500 mil habitantes e 
ausente em cidades com menos de 10 mil habitantes. 
-O efeito da densidade populacional é congruente com a observação de 
que a incidência de esquizofrenia em filhos de 1 ou 2 genitores com o 
transtorno é 2 X mais ⬆ em cidades do que em comunidades rurais. 
-Estressores sociais do contexto urbano afetem o desenvolvimento da 
doença em pessoas em risco. 
Economia 
-Visto que a esquizofrenia tem um início precoce, causa prejuízos 
significativos e de longa duração, exige tratamento hospitalar e requer 
tratamento clínico, reabilitação e serviços de apoio contínuos, estima-se 
que o custo financeiro da doença nos EUA seja superior ao de todos os 
tipos de câncer combinados. 
-Hárelatos de que pacientes com um diagnóstico de esquizofrenia 
representam 15 a 45% dos norte-americanos moradores de rua. 
 
Hospitalização 
-O desenvolvimento de agentes antipsicóticos eficazes e mudança nas 
atitudes políticas e populares em relação ao tratamento e aos direitos das 
pessoas com doenças mentais mudaram de forma significativa os 
padrões de hospitalização de pacientes com esquizofrenia desde meados 
da década de 1950. 
-Mesmo com a medicação antipsicótica, a probabilidade de uma nova 
internação no período de 2 anos após a alta da 1ª internação é de cerca 
de 40 a 60%. 
-Pacientes com esquizofrenia ocupam cerca de 50% de todos os leitos de 
hospitais psiquiátricos e representam 16% de toda a população 
psiquiátrica que recebe algum tipo de tratamento. 
Etiopatogenia 
Fatores Genéticos 
Contribuição Genética: ⬆ proporção da variação na suscetibilidade ao 
transtorno se deve a efeitos genéticos cumulativos. 
Exemplo: esquizofrenia e transtornos a ela relacionados (transtorno da 
personalidade esquizotípica) ocorrem com uma frequência > entre os 
parentes biológicos de pacientes com esquizofrenia. 
Probabilidade: de uma pessoa ter esquizofrenia está correlacionada com 
a proximidade da relação com um parente afetado (parente de 1º ou 2º 
grau). 
Gêmeos Monozigóticos: que têm carga genética idênticas, há uma taxa 
de concordância para esquizofrenia de aproximadamente 50%. Essa taxa 
é 4 a 5 X > do que a encontrada em gêmeos dizigóticos ou do que a taxa 
de ocorrência encontrada em outros parentes de primeiro grau (irmãos, 
pais ou filhos). 
Papel dos Fatores Genéticos: refletido na ⬇ ocorrência de esquizofrenia 
entre parentes de 2º e 3º grau, nos quais uma hipótese poderia ser uma ⬇ 
na carga genética. 
⬆ Taxa: de esquizofrenia entre parentes biológicos de uma pessoa 
adotada que desenvolve o transtorno, comparada com a dos parentes 
adotivos, não biológicos, que criam o paciente, fornece apoio adicional à 
contribuição genética na etiologia da esquizofrenia. 
Gêmeos Monozigóticos: demonstram com clareza que não existe garantia 
de que indivíduos geneticamente vulneráveis à esquizofrenia 
desenvolvam a doença; outros fatores (ambiente) devem estar envolvidos 
na determinação de um desfecho de esquizofrenia. 
Modelo de Vulnerabilidade-tendência: de esquizofrenia, se estiver correto 
em seu postulado de uma influência ambiental, outros fatores biológicos 
ou psicossociais do ambiente podem prevenir ou causar esquizofrenia no 
indivíduo geneticamente vulnerável. 
Idade do Pai: tem correlação com o desenvolvimento de esquizofrenia. 
Pacientes sem história da doença na linhagem materna ou paterna, foi 
verificado que aqueles nascidos de pais com mais de 60 anos de idade 
eram vulneráveis a desenvolver o transtorno. 
Espermatogênese: em homens mais velhos está sujeita a > dano 
epigenético do que em homens jovens. 
Modos de Transmissão Genética: na esquizofrenia são desconhecidos, 
mas diversos genes parecem dar uma contribuição para a vulnerabilidade 
à doença. 
Estudos Genéticos: de ligação e associação forneceram fortes evidências 
para 9 sítios de ligação: 1q, 5q, 6p, 6q, 8p, 10p, 13q, 15q e 22q. 
Análises Desses Sítios de Cromossoma: levaram à identificação de genes 
candidatos específicos, os melhores candidatos atuais são o receptor 
nicotínico -7, DISC 1, GRM 3, COMT, NRG 1, RGS 4 e G 72. 
Mutações: dos genes distrobrevina (DTNBP1) e neurregulina 1 estão 
associadas com sintomas negativos da esquizofrenia. 
 
Fatores Bioquímicos 
Hipótese da Dopamina 
Transtorno: resulta do excesso de atividade dopaminérgica. 
Teoria: evoluiu a partir de duas observações. 
Antipsicóticos: antagonistas do receptor da dopamina (ARDs), estão 
correlacionadas a capacidade de agir como antagonistas do receptor de 
dopamina tipo 2 (D2). 
Agentes: que ⬆ atividade dopaminérgica, notadamente a anfetamina, são 
psicotomiméticos. 
Teoria Básica: não indica de a hiperatividade dopaminérgica decorre da 
liberação excessiva de dopamina, excesso de receptores de dopamina, 
hipersensibilidade desses à dopamina ou combinação de tais 
mecanismos; tampouco quais tratos dopaminérgicos estão envolvidos, 
embora os tratos mesocortical e mesolímbico sejam implicados com maior 
frequência. 
Neurônios Dopaminérgicos: projetam-se de seus corpos celulares no 
mesencéfalo para neurônios dopaminoceptivos no sistema límbico e 
córtex cerebral. 
Liberação Excessiva de Dopamina: em pacientes com esquizofrenia foi 
associada à gravidade de sintomas psicóticos positivos. 
Estudos: de receptores de dopamina com TM por emissão de pósitron 
documentam um ⬆ nos receptores D2 no núcleo caudado de pacientes 
com esquizofrenia livres de medicamentos. 
Relatos: de ⬆ concentração de dopamina na amígdala, ⬇ densidade do 
transportador de dopamina e ⬆ números de receptores de dopamina tipo 4 
no córtex entorrinal. 
 
Anatomia das Vias Dopaminérgicas 
Neurônios Dopaminérgieos: localizam-se no mesencéfalo, em 2 regiões 
muito próximas; a área tegmentar ventral, pertencente à formação 
reticular, e a substância negra. 
Substância Negra: origina-se a via nigro-estriada, que termina no corpo 
estriado, sendo muito importante no controle da atividade motora 
somática. 
Área Tegmentar Ventral: origina-se a via mesolímbica, que se projeta para 
o corpo estriado ventral, sistema límbico e córtex pré-frontal. 
Via Mesolímbica: importante na regulação do comportamento emocional. 
-Sua descoberta veio reforçar a chamada teoria dopaminérgica da 
esquizofrenia, segundo a qual os sintomas psíquicos observados nessa 
doença resultariam de alterações na transmissão dopaminérgica no 
sistema límbico e córtex pré-frontal. 
-Haveria uma hiperatividade na via dopaminérgica mesolímbica, tanto que 
a administração de drogas que bloqueiam os receptores dopaminérgieos 
tem efeitos benéficos sobre a doença. 
-Comparando-se as áreas de projeção das vias dopaminérgicas com as já 
estudadas para as vias serotoninérgicas e noradrenérgicas, verifica-se 
que, enquanto essas se distribuem a quase todo o sistema nervoso 
central, as vias dopaminérgicas têm uma distribuição bem mais restrita e 
localizada. 
 
Hipótese da Serotonina 
Excesso de Serotonina: como uma das causas de sintomas tanto 
positivos como negativos na esquizofrenia. 
Atividade Antagonista de Serotonina: consistente da clozapina e outros 
antipsicóticos de 2ª geração, junto com a eficácia da clozapina para ⬇ 
sintomas positivos em pacientes crônicos, contribuiu para a validade 
dessa proposição. 
 
Hipótese da Norepinefrina 
Anedonia: comprometimento da capacidade para gratificação emocional e 
⬇ da capacidade de experimentar prazer, há muito tem sido observada 
como um aspecto proeminente da esquizofrenia. 
Degeneração Neuronal Seletiva: no sistema neural de recompensa da 
norepinefrina poderia explicar esse aspecto da sintomatologia do 
transtorno. Entretanto, os dados bioquímicos e farmacológicos que 
apoiam essa proposição são inconclusivos. 
 
GABA 
Achados: de que alguns pacientes têm uma perda de neurônios 
GABAérgicos no hipocampo. 
GABA: tem efeito regulador sobre a atividade da dopamina, e a perda de 
neurônios GABAérgicos inibidores poderia levar à hiperatividade dos 
neurônios dopaminérgicos. 
 
Neuropeptídeos 
Substância P e Neurotensina: estão localizados com os 
neurotransmissores de catecolamina e indolamina e influenciam a ação 
desses. 
Alteração: nos mecanismos de neuropetídeo poderia facilitar, inibir ou 
alterar o padrão de disparo desses sistemas neuronais. 
 
Glutamato 
Ingestão de Fenciclidina: um antagonista do glutamato, produz uma 
síndrome aguda semelhante à esquizofrenia. 
Hipótese: proposta sobre o glutamato inclui as de hiperatividade, 
hipoatividade e neurotoxicidade induzidas por ele. 
 
Acetilcolina e Nicotina 
Estudos de Necropsia: na esquizofrenia demonstraram ⬆ dos receptores 
muscarínicos e nicotínicos no caudado-putame, hipocampo e regiões 
selecionadas do córtex pré-frontal. 
Receptores: têm papel na regulação dos sistemasde neurotransmissores 
envolvidos na cognição, que é comprometida na esquizofrenia. 
 
Fatores Neuropatológicos 
-No fim do século XX, pesquisadores deram passos significativos no 
sentido de revelar uma base neuropatológica potencial para o transtorno, 
principalmente no sistema límbico e gânglios da base, incluindo 
anormalidades neuropatológicas ou neuroquímicas no córtex cerebral, 
tálamo e tronco cerebral. 
-A perda de volume cerebral relatada em cérebros de indivíduos com 
esquizofrenia parece resultar da densidade ⬇ de axônios, dendritos e 
sinapses que medeiam funções associativas do cérebro. 
-A densidade sináptica é mais ⬆ com 1 ano de idade e depois ⬇ para 
valores adultos no início da adolescência. 
-Uma teoria, baseada, em parte, na observação de que os pacientes 
muitas vezes desenvolvem sintomas da esquizofrenia durante a 
adolescência, sustenta que o transtorno resulta da poda excessiva de 
sinapses durante essa fase do desenvolvimento. 
 
Ventrículos Cerebrais 
Exames por TC: de pacientes com esquizofrenia têm mostrado 
consistentemente alargamento dos ventrículos laterais e terceiro 
ventrículo e alguma ⬇ volume cortical. 
Volumes ⬇: da substância cinzenta cortical foram demonstrados durante 
os 1ºs estágios da doença. 
Alguns Estudos: concluíram que as lesões observadas na TC estão 
presentes no início da doença e não progridem. 
Outros Estudos: concluíram que o processo patológico visualizado em 
exames por TC continua a progredir durante a doença. 
Portanto: ainda não se sabe se um processo patológico ativo continua a 
se desenvolver em pacientes. 
 
Simetria ⬇ 
Várias Áreas do Cérebro: tem simetria ⬇ na esquizofrenia, incluindo os 
lobos temporal, frontal e occipital. 
Alguns Pesquisadores: acreditam que essa simetria ⬇ se origine durante a 
vida fetal e seja indicativa de uma interrupção na lateralização cerebral 
durante o neurodesenvolvimento. 
 
Sistema Límbico 
Devido: ao seu papel no controle das emoções, foi formulada a hipótese 
de que o sistema límbico esteja envolvido na fisiopatologia da 
esquizofrenia. 
Estudos: de amostras cerebrais na necropsia de pacientes com o 
transtorno mostraram ⬇ tamanho da região, incluindo a amígdala, 
hipocampo e giro para-hipocampal. 
Esse Achado Neuropatológico: está de acordo com a observação feita por 
estudos de imagem por RM de indivíduos com a doença. 
Hipocampo: é menor em tamanho e funcionalmente anormal, como 
indicado por distúrbios na transmissão de glutamato. 
Desorganização: dos neurônios no hipocampo foi observada em secções 
de tecido cerebral de pacientes com esquizofrenia. 
 
Córtex Pré-frontal 
Evidências: de estudos cerebrais de necropsia apoiam anormalidades 
anatômicas no córtex pré-frontal na esquizofrenia. 
Déficits Funcionais: na região pré-frontal foram demonstrados por 
imagens do cérebro. 
Vários Sintomas: de esquizofrenia imitam aqueles encontrados em 
pessoas com lobotomias pré-frontais ou síndromes do lobo frontal. 
 
Tálamo 
Estudos: do tálamo mostram evidência de ⬇ volume ou perda neuronal, 
em subnúcleos específicos. 
Relatos: de que o núcleo dorsomedial do tálamo, que tem conexões 
recíprocas com o córtex pré-frontal, contém um número ⬇ de neurônios. 
Número Total: de neurônios, oligodendrócitos e astrócitos é ⬇ em 30 a 
45% em pacientes com o transtorno. 
Esse Achado: não parece ser devido aos efeitos de medicamentos 
antipsicóticos, porque o volume do tálamo é semelhante em tamanho 
entre pacientes com esquizofrenia tratados de forma crônica com 
medicamentos e indivíduos nunca expostos a neurolépticos. 
 
Gânglios da Base e Cerebelo 
Movimentos Bizarros: são exibidos em muitos pacientes, mesmo na 
ausência de transtornos do movimento induzidos por medicamentos 
(discinesia tardia). 
-Podem incluir marcha desajeitada, caretas e estereotipias. 
-Gânglios da base e cerebelo: envolvidos no controle dos movimentos, 
doenças nessas áreas estão implicadas na fisiopatologia da 
esquizofrenia. 
Gânglios da Base: quando são envolvidos e transtornos do movimento 
(doença de Huntington, doença de Parkinson) são os mais comumente 
associados com psicose. 
-Estudos neuropatológicos dos gânglios da base produziram relatos 
variáveis e inconclusivos a respeito da perda celular e ⬇ do volume do 
globo pálido e substância negra. 
-Estudos mostraram ⬆ no número de receptores D2 no núcleo caudado, 
putame e accumbens. 
-Permanece a questão quanto a se o ⬆ é secundário à administração de 
medicamentos antipsicóticos. 
-Alguns pesquisadores começaram a estudar o sistema serotonérgico nos 
gânglios da base e sugeriram um papel para a serotonina nos transtornos 
psicóticos devido à utilidade clínica de agentes antipsicóticos com 
atividade de antagonismo à serotonina (clozapina, risperidona). 
 
Teorias Psicanalíticas 
Sigmund Freud: postulou que a esquizofrenia resultava de fixações 
precoces do desenvolvimento. 
Fixações: produzem déficits no desenvolvimento do ego, e esses déficits 
contribuem para sintomas do transtorno. 
Desintegração do Ego: na esquizofrenia representa um retorno à época 
em que esse ainda não havia se desenvolvido, ou tinha acabado de ser 
estabelecido. 
Ego: afeta a interpretação da realidade e controle de impulsos internos, 
como sexo e agressividade, essas funções do ego estão comprometidas. 
Conflito Intrapsíquico: originado das fixações precoces e de fragilidade do 
ego, que pode ter resultado de relações objetais iniciais pobres, é o 
combustível dos sintomas psicóticos. 
Segundo Margaret Mahler: existem distorções no relacionamento 
recíproco entre bebê e mãe. 
Criança: incapaz de separar-se da proximidade e completa dependência 
que caracterizam sua relação com a mãe na fase oral do desenvolvimento 
e de avançar para além dela. 
Resultado: a identidade da pessoa nunca se torna segura. 
Segundo Paul Federn: o defeito nas funções do ego permite que a 
hostilidade intensa e agressividade distorçam o relacionamento entre mãe 
e bebê, o que leva a uma organização de personalidade vulnerável ao 
estresse. 
Início dos Sintomas: durante a adolescência ocorre quando o jovem 
precisa de um ego forte para funcionar de maneira independente, 
separar-se dos pais, identificar tarefas, controlar impulsos internos mais 
fortes e lidar com a intensa estimulação externa. 
Segundo Harry Stack Sullivan: a esquizofrenia é um distúrbio das 
relações interpessoais. 
Ansiedade: cria uma sensação de não relação que é transformada em 
distorções paratáxicas, as quais são geralmente, mas nem sempre, 
persecutórias. 
Esquizofrenia: método adaptativo para evitar o pânico, terror e 
desintegração do senso de self. 
Fonte da Ansiedade Patológica: resulta de traumas cumulativos 
vivenciados durante o desenvolvimento. 
Teoria Psicanalítica: postula que os vários sintomas da esquizofrenia têm 
um significado simbólico para cada paciente. 
Exemplo: fantasias a respeito do fim do mundo podem indicar a 
percepção de que o mundo interno está se desintegrando. 
Sentimentos de Inferioridade: são substituídos por delírios de grandeza e 
onipotência. 
Alucinações: podem ser substitutos para a incapacidade de lidar com a 
realidade objetiva e representar seus desejos ou medos mais íntimos. 
Delírios: são tentativas regressivas e restitutivas de criar uma nova 
realidade ou de expressar medos ou impulsos ocultos. 
Independentemente do Modelo Teórico: todas as abordagens 
psicodinâmicas são baseadas na premissa de que os sintomas psicóticos 
têm significado na esquizofrenia. 
Exemplo: pacientes podem se tornar grandiosos após um insulto a sua 
autoestima. 
Todas as Teorias: reconhecem que as relações humanas podem ser 
aterrorizantes para pessoas com o transtorno. 
Embora: pesquisas sobre a eficácia da psicoterapia na esquizofrenia 
tenham resultados mistos, pessoas interessadas que ofereçam 
compaixão e um refúgio diante de um mundo confuso são a base de 
qualquer plano de tratamento. 
Estudos: de acompanhamento de longo prazo mostram que alguns 
pacientes que ocultam episódiospsicóticos não se beneficiam da 
psicoterapia exploratória, mas aqueles que são capazes de integrar a 
experiência psicótica em suas vidas podem se beneficiar de algumas 
abordagens orientadas para o insight. 
Existe: um interesse renovado no uso da psicoterapia individual de longo 
prazo no tratamento da esquizofrenia, em especial quando combinada 
com medicação. 
 
Teorias da Aprendizagem 
-Segundo teóricos da aprendizagem, crianças que mais tarde 
desenvolvem esquizofrenia aprendem reações e formas de pensar 
irracionais ao imitar pais que têm problemas emocionais significativos. 
-Nessa teoria relações interpessoais pobres de pessoas com 
esquizofrenia desenvolvem-se devido aos modelos insatisfatórios de 
aprendizagem durante a infância. 
Quadro Clínico 
1) Nenhum sinal ou sintoma clínico é patognomônico para esquizofrenia. 
-Todos os sinais ou sintomas vistos nessa doença ocorrem em outros 
transtornos psiquiátricos e neurológicos. 
-Essa observação é contrária à opinião clínica comum de que certos 
sinais e sintomas são diagnósticos de esquizofrenia. 
-A história do paciente é essencial para o diagnóstico do transtorno. 
-Médicos não podem diagnosticar sua existência simplesmente pelos 
resultados de um exame do estado mental, os quais podem variar. 
 
2) Sintomas do paciente mudam ao longo do tempo. 
-Um paciente pode ter alucinações intermitentes e capacidade variável de 
desempenho adequado em situações sociais, ou sintomas significativos 
de um transtorno do humor podem ir e vir durante o curso da 
esquizofrenia. 
 
3) Médicos devem levar em conta o nível de escolaridade do paciente, 
sua capacidade intelectual e sua identidade cultural e subcultural. 
-A pouca capacidade de compreender conceitos abstratos, por exemplo, 
pode refletir a escolaridade do paciente ou sua inteligência. 
-Organizações e cultos religiosos podem ter costumes que parecem 
estranhos para pessoas de fora, mas que são normais para aquelas que 
compartilham desse contexto cultural. 
 
Bleuler 
-Cunhou o termo esquizofrenia, que substituiu dementia precox na 
literatura. 
-Termo escolhido para expressar a presença de cisões (schisms) entre 
pensamento, emoção e comportamento. 
-Enfatizou ao contrário do conceito de Kraepelin, que a esquizofrenia não 
precisa ter um curso deteriorante. 
-Esse termo muitas vezes é compreendido de forma equivocada, em 
especial por leigos, como dupla personalidade. 
-A dupla personalidade, agora denominada transtorno dissociativo de 
identidade, difere completamente da esquizofrenia. 
Os 6 “As” 
-Bleuler identificou sintomas fundamentais (ou primários) específicos da 
esquizofrenia para desenvolver sua teoria sobre as cisões mentais 
internas dos pacientes. 
-Esses sintomas incluíam distúrbios associativos do pensamento, 
especialmente: 
1) Ambivalência; 
2) Autismo; 
3) Avolição; 
4) Alterações do afeto (embotamento afetivo); 
5) Alterações das associações do pensamento; 
6) Alterações de atenção. 
-Bleuler identificou sintomas acessórios (secundários), que compreendiam 
os sintomas que Kraepelin considerava os principais indicadores de 
dementia precox: 
1) Alucinações; 
2) Delírios. 
 
Escala de Panss 
 
 
Kurt-Schneider 
Sintomas de Primeira Ordem: sintomas significativos para o diagnóstico. 
1) Alucinações auditivas: 
A. 2 ou mais vozes conversam entre si; 
B. Vozes fazem comentários sobre o paciente em 3ª pessoa; 
C. Eco de pensamento: vozes repetem o pensamento do paciente. 
2) Percepção delirante. 
3) Vivencia de passividade (influência). 
4) Difusão/ roubo/ interferências no pensamento. 
Diagnóstico 
CID - 10 
-Descreve critérios gerais que precisam ser atendidos, sendo o 1º a 
presença de sintomas, e o 2º, a exclusão de determinadas condições. 
-A classificação utiliza o descritor “G” para critérios gerais de cada grupo 
diagnóstico. 
-O critério sintomas (“G1”) é dividido em 2 tipos: sintomas mais 
específicose outros menos específicos e que ocorrem em outros 
transtornos. 
-Sintomas dos critérios G1 devem ser preenchidos juntamente com a 
exclusão de diagnósticos de outros agravos descritos em G2. 
G1: pelo menos 1 das síndromes, sintomas e sinais listados em 1 ou pelo 
menos 2 grupos dos sintomas e sinais listados em 2 devem estar 
presentes pela > parte do tempo durante um episódio de doença psicótica 
que dure pelo menos 1 mês (ou por algum tempo durante a maioria dos 
dias). 
1) Sintomas de > Hierarquia: 
• Eco, inserção, roubo ou irradiação de pensamento; 
• Delírios de controle, influência ou passividade, claramente relacionados 
ao corpo ou a movimentos dos membros ou a pensamentos, ações ou 
sensações específicos; percepção delirante; 
• Vozes alucinatórias fazendo comentários sobre o comportamento do 
paciente ou discutindo entre si, ou outros tipos de vozes alucinatórias 
advindas de alguma parte do corpo; 
• Delírios persistentes de outros tipos que sejam culturalmente 
inapropriados e completamente impossíveis (por exemplo, ser capaz de 
controlar o tempo ou estar em comunicação com alienígenas). 
 
2) Sintomas de < Hierarquia: 
• Alucinações persistentes, de qualquer modalidade, quando ocorrerem 
todos os dias, por pelo menos 1 mês, quando acompanhadas por delírios 
(superficiais ou parciais), sem conteúdo afetivo claro ou quando 
acompanhadas por ideias superestimadas persistentes; 
• Neologismos, interceptações ou interpolações no curso do pensamento, 
resultando em discurso incoerente ou irrelevante; 
• Comportamento catatônico, tal como excitação, postura inadequada, 
flexibilidade cérea, negativismo, mutismo e estupor; 
• Sintomas “negativos”, tais como apatia marcante, pobreza de discurso, 
embotamento ou incongruência de respostas emocionais (deve ficar claro 
que tais sintomas não são decorrentes de depressão ou medicamento 
neuroléptico). 
 
G2: são utilizadas as cláusulas de exclusão diagnóstica mais comuns. 
-Se o paciente também preenche os critérios para episódio maníaco, 
episódio depressivo ou misto, os critérios listados em 1 e 2 devem ter sido 
satisfeitos antes que a perturbação do humor se desenvolva. 
-Transtorno não atribuível a doença cerebral orgânica ou intoxicação, 
dependência ou abstinência relacionada a álcool ou drogas. 
-Na avaliação da presença dessas experiências subjetivas e 
comportamentos anormais, deve-se tomar especial cuidado para evitar 
avaliação falso-positiva, especialmente quando estão envolvidos modos 
de expressão e comportamento cultural ou subculturalmente influenciados 
ou um nível de inteligência abaixo do normal. 
 
F20.0 Esquizofrenia paranoide 
F20.1 Esquizofrenia hebefrênica 
F20.2 Esquizofrenia catatônica 
F20.3 Esquizofrenia indiferenciada 
F20.4 Depressão pós-esquizofrênica 
F20.5 Esquizofrenia residual 
F20.6 Esquizofrenia simples 
F20.8 Outras esquizofrenias 
F20.9. Esquizofrenia não especificada 
 
 
DMS-5 
-Critérios diagnósticos incluem especificadores de curso e prognóstico, 
que oferecem aos médicos várias opções e descrevem situações clínicas 
reais. 
-A presença de alucinações ou delírios não é necessária para um 
diagnóstico de esquizofrenia. 
-O transtorno é diagnosticado como esquizofrenia quando o paciente 
exibe 2 dos sintomas listados em 1 a 5 do Critério A (p. ex., fala 
desorganizada). 
-O Critério B requer que o funcionamento comprometido, embora não as 
deteriorações, esteja presente durante a fase ativa da doença. 
-Sintomas devem persistir por pelo menos 6 meses, e não deve haver um 
diagnóstico de transtorno esquizoafetivo ou transtorno do humor. 
 
 
Diagnóstico Diferencial 
 
 
Transtornos Psicóticos Secundários 
Várias: condições médicas não psiquiátricas e substâncias podem induzir 
sintomas de psicose e catatonia. 
Diagnóstico: mais apropriado para esses casos é o de transtorno psicótico 
devido a uma condição médica geral, transtorno catatônico devido a uma 
condição médica geral ou transtorno psicótico induzido por substâncias. 
Na Avaliação: de um indivíduo com sintomas psicóticos, os médicos 
devem seguir as diretrizespara a avaliação de condições não 
psiquiátricas. 
Primeiro: devem buscar ativamente uma condição clínica não psiquiátrica 
não diagnosticada quando o paciente exibe sintomas incomuns ou raros 
ou qualquer variação no nível de consciência. 
Segundo: devem tentar obter a história familiar completa, incluindo a 
história de distúrbios neurológicos e transtornos psiquiátricos. 
Terceiro: devem considerar a possibilidade de uma condição médica não 
psiquiátrica mesmo em pacientes com diagnóstico anterior de 
esquizofrenia. 
Paciente com Esquizofrenia: tem a mesma probabilidade de ter um tumor 
cerebral que produz sintomas psicóticos que um paciente sem o 
transtorno. 
 
Outros Transtornos Psicóticos 
Sintomas Psicóticos da Esquizofrenia: podem ser idênticos aos dos 
transtornos esquizofreniforme, psicótico breve, esquizoafetivo e 
delirantes. 
Transtorno Esquizofreniforme: difere da esquizofrenia porque seus 
sintomas têm duração de pelo menos 1 mês, mas menos de 6. 
Transtorno Psicótico Breve: diagnóstico apropriado quando os sintomas 
duram pelo menos 1 dia, mas menos de 1 mês, e o paciente não retorna 
ao estado pré-mórbido de funcionamento nesse período. 
Evento Traumático Precipitante: pode ocorrer. 
Transtorno Esquizoafetivo: diagnóstico apropriado quando uma síndrome 
maníaca ou depressiva se desenvolve ao mesmo tempo que os sintomas 
principais da esquizofrenia. 
Transtorno Delirante: diagnóstico apropriado quando delírios não bizarros 
presentes por pelo menos 1 mês sem outros sintomas de esquizofrenia ou 
transtorno do humor. 
 
Transtornos do Humor 
Episódio Depressivo: o paciente pode apresentar delírios e alucinações, 
tenha ele um transtorno do humor unipolar ou bipolar. 
Delírios: vistos na depressão psicótica são normalmente congruentes com 
o humor e envolvem temas como culpa, autodepreciação, punição 
merecida e doenças incuráveis. 
Sintomas Psicóticos: podem se resolver por completo com a resolução da 
depressão. 
Episódio Depressivo Grave: pode resultar em perda de funcionamento, 
declínio no autocuidado e isolamento social, mas esses são secundários 
aos sintomas depressivos e não devem ser confundidos com os sintomas 
negativos da esquizofrenia. 
Episódio Maníaco: plenamente desenvolvido muitas vezes se apresenta 
com delírios e às vezes com alucinações. 
Delírios na Mania: são frequentemente congruentes com o humor e em 
geral envolvem temas de grandeza. 
Fuga de Ideias: vista na mania às vezes pode ser confundida com o 
transtorno do pensamento da esquizofrenia. 
Atenção Especial: durante o exame do estado mental de um indivíduo 
com fuga de ideias é fundamental para observar se as ligações 
associativas entre temas são conservadas, ainda que seja difícil para o 
observador acompanhar a conversação devido ao ritmo acelerado do 
pensamento do paciente. 
 
Transtornos da Personalidade 
Vários Transtornos da Personalidade: podem ter algumas características 
da esquizofrenia, sendo os tipos esquizotípico, esquizoide e borderline os 
que apresentam sintomas mais semelhantes. 
Transtorno da Personalidade Obsessivo-compulsiva Grave: pode 
mascarar um processo esquizofrênico subjacente. 
Transtornos da Personalidade: diferentemente da esquizofrenia, têm 
sintomas leves e história de ocorrência durante toda a vida; eles não têm 
uma data de início precisa. 
 
Simulação e Transtornos Factícios 
Pacientes: que estão controlando completamente a produção de seus 
sintomas podem ter um diagnóstico de simulação; em geral, essas 
pessoas têm alguma razão financeira ou legal evidente para desejarem 
ser consideradas doentes mentais. 
Condição: de pacientes que têm menos controle da falsificação de 
sintomas psicóticos pode indicar um diagnóstico de transtorno factício. 
Pacientes com Esquizofrenia: podem se queixar falsamente da 
exacerbação de sintomas psicóticos para obter mais benefícios 
assistenciais ou internação hospitalar. 
Prognóstico 
 
Subtipos 
Tipo Paranoide 
Característica: preocupação com 1 ou mais delírios ou alucinações 
auditivas frequentes. 
Marcado: sobretudo pela presença de delírios de perseguição ou 
grandeza. 
Idade: 
-Costumam ter seu 1º episódio da doença em idade mais avançada do 
que aqueles com os tipos catatônico ou desorganizado. 
-Pacientes nos quais a esquizofrenia ocorre no fim da 2º ou 3º décadas 
de vida em geral já estabeleceram uma vida social que pode ajudá-los a 
enfrentar a doença, e seus recursos de ego tendem a ser maiores do que 
os de afetados por esquizofrenia catatônica e desorganizada. 
Demonstram: menos regressão de suas faculdades mentais, de respostas 
emocionais e de comportamento do que em outros tipos do transtorno. 
Pacientes: tendem a ser tensos, desconfiados, cautelosos, reservados e, 
às vezes, hostis ou agressivos, mas também ocasionalmente capazes de 
se comportar de forma adequada em algumas situações sociais. 
Inteligência: nas áreas que não são invadidas pela psicose tende a 
permanecer intacta. 
 
Tipo Desorganizado 
Característica: regressão acentuada para um comportamento primitivo, 
desinibido e desordenado e pela ausência de sintomas que satisfaçam os 
critérios para o tipo catatônico. 
Idade: início precoce, antes dos 25 anos de idade. 
Pacientes são Ativos: mas de uma forma não construtiva, sem objetivo. 
Transtorno do Pensamento: é pronunciado, e o contato com a realidade é 
pobre. 
Aparência Pessoal: desleixada. 
Comportamento Social e Respostas Emocionais: inadequados, com 
frequência explodindo em risos sem nenhuma razão aparente. 
Sorrisos e Caretas Incongruentes: comuns nesses pacientes. 
Comportamento: mais bem descrito como tolo ou insensato. 
 
Tipo Catatônico 
Característica: distúrbio acentuado da função motora, que pode envolver 
estupor, negativismo, rigidez, excitação ou posturas bizarras. 
Paciente: pode exibir alternância rápida entre extremos de excitação e 
estupor. 
Características Associadas: incluem estereotipias, maneirismos e 
flexibilidade cérea. 
Mutismo: particularmente comum. 
Excitação Catatônica: quando ocorre pacientes necessitam de supervisão 
constante para impedir que machuquem a si mesmos ou outras pessoas. 
Atendimento Médico: pode ser necessário devido à desnutrição, 
exaustão, hiperpirexia ou autolesões. 
 
Tipo Indiferenciado 
Característica: pacientes que claramente têm esquizofrenia, mas não 
podem ser enquadrados em um subtipo com tanta facilidade. 
 
Tipo Residual 
Característica: evidências contínuas do transtorno na ausência de um 
conjunto completo de sintomas ativos ou de sintomas suficientes para 
satisfazer o diagnóstico de outro tipo de esquizofrenia. 
Paciente: pode exibir embotamento emocional, retraimento social, 
comportamento excêntrico, pensamento ilógico e frouxidão leve das 
associações. 
Delírios ou Alucinações: quando ocorrem, não são proeminentes nem 
acompanhados de reações afetivas significativas. 
 
Tratamento 
Terapias Psicossociais 
-Incluem uma variedade de métodos para ⬆ habilidades sociais, 
autossuficiência, habilidades práticas e comunicação interpessoal em 
pacientes com esquizofrenia. 
-Objetivo capacitar indivíduos com doença grave a desenvolver 
habilidades sociais e vocacionais para uma vida independente. 
-Tratamentos são realizados em muitos locais: hospitais, clínicas 
ambulatoriais, centros de saúde mental, hospitais-dia, lares ou clubes. 
 
Treinamento de Habilidades Sociais 
-Às vezes referido como terapia de habilidades comportamentais. 
-Em conjunto com a terapia farmacológica, pode ser útil e representar um 
apoio direto para o paciente. 
-Além dos sintomas psicóticos vistos em indivíduos com esquizofrenia, 
outros sintomas evidentes envolvem os relacionamentos com os outros, 
incluindo: 
1) Pouco contato visual; 
2) Retardo incomum das reações; 
3) Expressões faciais estranhas; 
4) Falta de espontaneidade em situações sociais; 
5) Percepção incorreta ou falta de percepção das emoções das outras 
pessoas. 
-O treinamento de habilidades comportamentais trata esses 
comportamentos com o usode vídeos de outras pessoas e do paciente, 
dramatizações na terapia e “lições de casa” para as habilidades 
específicas que estão sendo praticadas. 
-Demonstrou ⬇ taxas de recaída medidas pela necessidade de 
hospitalização. 
 
Terapia de Família 
-Como pacientes com esquizofrenia, muitas vezes, recebem alta em um 
estado de remissão apenas parcial, a família para a qual retornam pode 
ser beneficiada por algumas sessões, breves, porém intensivas (até 
mesmo diárias), de terapia familiar. 
-A abordagem deve focalizar a situação imediata e incluir identificação e 
evitação de situações potencialmente problemáticas. 
-Quando surgem dificuldades com o paciente na família, o objetivo da 
terapia deve ser resolvê-las de forma rápida. 
-Ao querer ajudar, os membros da família com frequência encorajam o 
indivíduo com esquizofrenia a retomar suas atividades regulares rápido 
demais, tanto por ignorância a respeito do transtorno como por negação 
de sua gravidade. 
-Sem serem abertamente desencorajadores, os terapeutas devem ajudá-
los a compreender e a aprender sobre a esquizofrenia e estimular a 
discussão sobre o episódio psicótico e fatos que levaram a ele. 
-Ignorar esse episódio, uma situação comum, muitas vezes, ⬆ a vergonha 
associada ao acontecimento e impede que se examine o evento recente 
para compreendê-lo melhor. 
-Sintomas psicóticos, muitas vezes, assustam os membros da família, e 
falar claramente com o psiquiatra e com o parente afetado ajuda a 
tranquilizar todos os envolvidos. 
-Terapeutas: 
 Podem, a seguir, direcionar a terapia familiar para a aplicação 
de estratégias de ⬇ do estresse e enfrentamento com vistas à 
reintegração gradual do paciente à vida cotidiana. 
 Devem controlar a intensidade emocional das sessões 
familiares com pacientes com esquizofrenia, a expressão 
excessiva de emoção durante a sessão pode prejudicar o 
processo de recuperação do paciente e enfraquecer o potencial 
de sucesso de futura terapia familiar. 
-Demonstrou ⬇ taxas de recaída. 
 
Gestão de Caso 
-Como vários profissionais com habilidades especializadas, como 
psiquiatras, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais, entre outros, 
estão envolvidos em um programa de tratamento, é útil haver uma pessoa 
ciente de todas as forças que agem sobre o paciente. 
-Responsável pela gestão de caso: garante que os esforços sejam 
coordenados e que o paciente compareça às consultas e mantenha a 
adesão aos planos de tratamento, podendo fazer visitas domiciliares e até 
mesmo acompanhá-lo no trabalho. 
-Sucesso do programa: depende da formação, treinamento e competência 
do indivíduo responsável pela gestão de caso, fatores muito variáveis. 
-Essas pessoas muitas vezes são encarregadas de um número excessivo 
de casos e não conseguem acompanhá-los efetivamente. 
-Benefícios do programa ainda precisam ser demonstrados. 
 
Programa de Tratamento Assertivo na Comunidade (PACT) 
-Desenvolvido, na década de 1970, para oferecer serviços a pessoas com 
doenças mentais crônicas. 
-Pacientes: atendidos por uma equipe multidisciplinar (gestor de caso, 
psiquiatra, enfermeiro, clínico geral) encarregada de um número fixo de 
casos que oferece todos os serviços quando e onde forem necessários, 
24 horas por dia, 7 dias por semana. 
-Trata-se de uma intervenção móvel e intensiva que oferece tratamento, 
reabilitação e atividades de apoio, os quais incluem entrega de 
medicamentos em casa, monitoramento da saúdde mental e física, prática 
de habilidades sociais in vivo e contatos frequentes com membros da 
família. 
-A proporção paciente-equipe é ⬆ (1:12). 
-Podem ⬇ efetivamente o risco de nova hospitalização, apesar de serem 
trabalhosos e caros. 
 
Terapia de Grupo 
-Geralmente tem seu foco nos planos, problemas e relacionamentos. 
-Grupos podem ter orientação comportamental, psicodinâmica ou voltada 
ao insight. 
-Alguns pesquisadores não acreditam que a interpretação dinâmica e a 
terapia voltada ao insight tenham valor para pacientes típicos com 
esquizofrenia. 
-Porém, a terapia de grupo é eficaz para ⬇ isolamento social, ⬆ sentido de 
coesão e melhorar o teste de realidade. 
-Grupos orientados ao apoio parecem ser os mais benéficos para esses 
pacientes. 
 
Terapia Cognitivo-comportamental 
-Usada para melhorar as distorções cognitivas, ⬇ distratibilidade e corrigir 
erros de julgamento. 
-Existem relatos de melhora dos delírios e alucinações em alguns 
pacientes. 
-Aqueles que podem se beneficiar geralmente têm alguma compreensão 
acerca de sua doença. 
 
Psicoterapia Individual 
-Fundamental desenvolver uma relação em que o indivíduo com 
esquizofrenia se sinta seguro. 
-A confiabilidade do terapeuta, a distância emocional entre ambos e a 
sinceridade do terapeuta, conforme interpretada pelo paciente, afetam a 
experiência terapêutica. 
-A psicoterapia para pessoas com esse transtorno deve ser pensada em 
termos de décadas, em vez de sessões, meses ou mesmo anos. 
-Alguns médicos e pesquisadores enfatizaram que a capacidade do 
paciente com esquizofrenia de formar uma aliança terapêutica é preditiva 
de seu desfecho. 
-Os que são capazes de estabelecer uma relação têm probabilidade de 
continuar na psicoterapia, permanecer aderentes à medicação e ter bons 
resultados em avaliações de 2 anos de seguimento. 
-A relação entre médicos e pacientes difere daquela encontrada no 
tratamento de pacientes não psicóticos. Estabelecer um relacionamento é 
muitas vezes difícil. 
-Pessoas com esquizofrenia são desesperadamente solitárias, mas ainda 
assim evitam a proximidade e confiança; tendem a se tornar 
desconfiadas, ansiosas ou hostis ou a regredir quando alguém tenta se 
aproximar. 
-Terapeutas devem respeitar a distância e privacidade do paciente e 
demonstrar simplicidade, paciência, franqueza e sensibilidade às 
convenções sociais em vez de optar pela preferência por informalidade 
prematura e pelo uso condescendente de 1ºs nomes. 
-Ppaciente tende a perceber uma ternura exagerada ou expressões de 
amizade como tentativas de suborno, manipulação ou exploração. 
-No contexto da relação profissional, no entanto, a flexibilidade é 
essencial para estabelecer uma aliança de trabalho com o paciente. 
-Um terapeuta pode fazer refeições com o paciente, sentar-se no chão, 
sair para caminhar, ir a restaurantes, aceitar e dar presentes, jogar 
pingue-pongue, lembrar aniversário ou simplesmente se sentar com ele 
em silêncio. 
-O principal objetivo é transmitir a ideia de que o terapeuta é confiável, 
quer compreender o paciente, tenta fazê-lo e tem fé em seu potencial 
como ser humano, por mais perturbado, hostil ou bizarro que ele possa 
parecer no momento. 
-Demonstrou ser útil e seus efeitos se somam aos do tratamento 
farmacológico. 
 
Terapia Pessoal 
-Tipo flexível de psicoterapia, é uma forma de tratamento individual para 
pacientes com esquizofrenia recentemente desenvolvida. 
-Seu objetivo é melhorar a adaptação pessoal e social e impedir recaídas 
mediante o uso de habilidades sociais e exercícios de relaxamento, 
psicoeducação, autorreflexão, autoconsciência e exploração da 
vulnerabilidade individual ao estresse. 
-Terapeuta fornece um contexto que enfatiza a aceitação e a empatia. 
-Demonstrou melhoras na adaptação social (uma medida composta que 
inclui desempenho no trabalho, lazer e relacionamentos interpessoais) e 
têm taxas de recaída mais ⬇ após 3 anos do que aqueles que não a 
recebem. 
 
Terapia Comportamental Dialética 
-Combina as teorias cognitiva e comportamental em contextos individuais 
e de grupo. 
-Ênfase na melhora das habilidades interpessoais na presença de um 
terapeuta ativo e empático. 
-Demonstrou ser útil em estados borderline e pode ter benefícios na 
esquizofrenia. 
 
Terapia Vocacional 
-Uma variedade de métodos e contextos é usada para ajudar os 
pacientes a recuperar antigas habilidades ou desenvolver novas, incluindo 
oficinas protegidas de trabalho, clubes e programas de emprego de meio 
período ou temporário. 
-Muitos indivíduos comesquizofrenia são capazes de realizar trabalhos de 
⬆ qualidade apesar da doença, e outros podem exibir habilidades 
excepcionais ou até mesmo brilhantes em um campo limitado como 
resultado de algum aspecto idiossincrásico de seu transtorno. 
-Capacitá-los para um emprego remunerado é, ao mesmo tempo, um 
meio e um sinal de recuperação. 
 
Arteterapia 
-Ajuda indivíduos com esquizofrenia a se comunicarem e a compartilhar 
seu mundo interior, frequentemente assustador, com os outros. 
-Demonstrou proporcionar uma saída para o constante bombardeio de 
fantasias internas. 
 
Treinamento (Reparação) Cognitivo 
-Utilizando exercícios gerados por computador, as redes neurais são 
influenciadas de tal forma que a cognição, incluindo a memória de 
trabalho, melhora e se traduz em funcionamento social mais efetivo. 
-O campo está dando seus primeiros passos, e mais estudos e replicação 
de estudos são necessários; entretanto, é uma técnica promissora que 
pode ser facilmente aprendida e administrada. 
 
Outras Terapias Biológicas 
Eletroconvulsoterapia (ECT) 
ECT: tão eficaz quanto medicamentos antipsicóticos e mais eficaz do que 
a psicoterapia. 
Medicamentos Antipsicóticos: devem ser administrados durante e após o 
tratamento com ECT. 
Psicocirurgia: praticada em uma base experimental limitada para casos 
graves e intratáveis. 
Farmacologia - Antipsicóticos 
Farmacoterapia 
Clorpromazina 
-Sua introdução, pode ser a contribuição mais importante para o 
tratamento de uma doença psiquiátrica. 
-Henri Laborit, um cirurgião de Paris, percebeu que administrar 
clorpromazina aos pacientes antes de uma cirurgia resultava em um 
estado incomum no qual pareciam menos ansiosos em relação ao 
procedimento. 
-Foi demonstrado que esse medicamento era eficaz para ⬇ alucinações e 
delírios, bem como a excitação. 
-Também foi observado que ele causava efeitos colaterais que pareciam 
semelhantes ao parkinsonismo. 
Antipsicóticos 
-⬇ expressão do sintoma psicótico e ⬇ taxas de recaída. 
-Aproximadamente 70% de pacientes tratados com qualquer antipsicótico 
alcançam a remissão. 
-Medicamentos usados para tratar a esquizofrenia têm uma ampla 
variedade de propriedades farmacológicas, mas todos têm em comum a 
capacidade de antagonizar os receptores de dopamina pós-sinápticos no 
cérebro. 
Antipsicóticos Convencionais, de 1ª Geração ou Antagonistas do 
Receptor de Dopamina (ARD): mais antigos. 
-Típicos: 
• Fenotiazínicos (clorpromazina); 
• Butirofenonas (fenilbutilpiperidinas) (haloperidol). 
Antipsicóticos de 2ª geração ou Antagonistas de Serotonina e Dopamina 
(ASDs): mais recentes. 
-Atípicos: 
• Tioxantenos (tiotixeno); 
• Dibenzoxazepinas (loxapina); 
• Difenilbutilpiperidinas (pimozida); 
• Dibenzodiazepinas (clozapina). 
Clozapina: 1º antipsicótico eficaz com efeitos colaterais extrapiramidais 
desprezíveis, mas com um risco substancial de agranulocitose. Essa 
propriedade resultou no adiamento da introdução da droga. 
 
Tratamento da Psicose Aguda 
Tratamento: requer atenção imediata, concentra-se em aliviar os sintomas 
psicóticos mais graves. 
Duração: 4 a 8 semanas. 
Esquizofrenia Aguda: normalmente associada com agitação grave, que 
pode resultar de sintomas como delírios assustadores, alucinações ou 
desconfiança ou de outras causas (incluindo abuso de estimulantes). 
Pacientes com Acatisia: podem parecer agitados quando vivenciam um 
sentimento subjetivo de inquietação motora. 
Diferenciação: entre acatisia de agitação psicótica, pode ser difícil, em 
particular quando os pacientes são incapazes de descrever sua 
experiência interna. 
-Se estiverem recebendo um agente com efeitos colaterais 
extrapiramidais, geralmente um antipsicótico de 1ª geração, uma tentativa 
com medicamento antiparkinsoniano anticolinérgico, benzodiazepínico ou 
propranolol pode ser útil para fazer essa diferenciação. 
-Médicos têm inúmeras opções para tratar a agitação resultante da 
psicose. 
Antipsicóticos e Benzodiazepínicos: podem acalmar os pacientes com 
bastante rapidez. 
Antipsicóticos Intramusculares: produzem um efeito muito rápido em 
pacientes muito agitados. 
-Uma vantagem dos antipsicóticos é que uma única injeção intramuscular 
de haloperidol, flufenazina, olanzapina ou ziprasidona, muitas vezes, 
resultará em efeito calmante sem sedação excessiva. 
-Antipsicóticos de ⬇ potência estão com frequência associados com 
sedação e hipotensão postural, particularmente quando são 
administrados por via intramuscular. 
-Ziprasidona e olanzapina intramusculares são semelhantes a seus 
equivalentes orais em não causar efeitos colaterais extrapiramidais 
substanciais durante o tratamento agudo. 
-Isso pode ser uma vantagem importante em relação ao haloperidol ou à 
flufenazina, que podem causar distonias ou acatisia assustadoras em 
alguns pacientes. 
-Uma formulação oral de rápida dissolução de olanzapina também pode 
ser útil como uma alternativa a uma injeção intramuscular. 
Benzodiazepínicos: eficazes para agitação durante a psicose aguda. 
-Lorazepam: vantagem de uma absorção confiável quando administrado 
por via oral ou intramuscular. 
-Benzodiazepínicos podem ⬇ quantidade de antipsicóticos necessária 
para controlar pacientes psicóticos. 
 
Fases de Estabilização e Manutenção 
Objetivos: prevenir recaída psicótica e ajudar os pacientes a melhorar seu 
nível de funcionamento. 
Pacientes Estáveis: mantidos com 1 antipsicótico têm uma taxa de 
recaída ⬇ que aqueles que têm seus medicamentos descontinuados. 
Interromper a Medicação: ⬆ risco de recaída em 5 X. 
Dados Recentes: sugerem que 1 ou 2 anos poderia não ser adequado. 
Recomendado: que pacientes com episódios múltiplos recebam 
tratamento de manutenção por pelo menos 5 anos, e muitos especialistas 
recomendam a farmacoterapia por tempo indeterminado. 
Falta de Adesão: ao tratamento antipsicótico de longo prazo é muito ⬆. 
-40 a 50% dos pacientes deixem de usar seu medicamento em 1 ou 2 
anos. 
-A adesão ⬆ quando medicamentos de ação prolongada são usados em 
vez dos orais. 
-Ao iniciar medicamentos de ação prolongada, alguma suplementação 
oral é necessária enquanto os níveis plasmáticos máximos estão sendo 
alcançados. 
-Flufenazina e haloperidol têm formulações de ação prolongada injetáveis. 
-Formulações de longa ação de risperidona, paliperidona, aripiprazol e 
olanzapina também estão disponíveis. 
-Há inúmeras vantagens em usar medicamentos injetáveis de ação 
prolongada. 
 
Pacientes Resistentes ao Tratamento 
Pode ser Útil: confirmar que o paciente esteja recebendo uma quantidade 
adequada do medicamento por meio da monitoração da concentração 
plasmática. 
Essa Informação: está disponível para inúmeros antipsicóticos, entre eles 
haloperidol, clozapina, flufenazina, trifluoperazina e perfenazina. 
Concentração Plasmática: muito ⬇ pode indicar que o paciente não tido 
adesão ou, o mais comum, tem tido apenas adesão parcial. Também 
pode sugerir que ele seja um metabolizador rápido do antipsicótico ou que 
a droga não esteja sendo absorvida de modo apropriado. 
⬆ Dose: pode ser útil. 
Nível ⬆: médicos devem considerar a possibilidade de os efeitos colaterais 
estarem interferindo na resposta terapêutica. 
Mudar para Outro Medicamento: é preferível a titular para uma dose ⬆. 
Clozapina: eficaz para pacientes que respondem mal aos ARDs. Quando 
comparada com a clorpromazina em um grupo de indivíduos gravemente 
psicóticos, a clozapina foi bem mais eficaz em quase todas as dimensões 
de psicopatologia, incluindo sintomas positivos e sintomas negativos. 
 
Efeitos Colaterais 
-Pacientes com frequência experimentam efeitos colaterais de um 
antipsicótico antes de alcançar uma melhora clínica. 
-Para medicamentos de ⬇ potência, é provável que esses efeitos 
colaterais incluam sedação, hipotensão postural e efeitos anticolinérgicos, 
enquanto os de ⬆ potência tendem a causar efeitos colaterais 
extrapiramidais. 
Efeitos Colaterais Extrapiramidais 
Alternativas de Tratamento: ⬇ a dose do antipsicótico(que é mais 
comumente um ARD), adicionar um medicamento antiparkinsoniano, e 
mudar o paciente para um ASD, que tem menos probabilidade de causar 
esses efeitos. 
Medicamentos Antiparkinsonianos: mais eficazes são os anticolinérgicos. 
-Entretanto, têm seus próprios efeitos colaterais, incluindo boca seca, 
constipação, visão turva e, com frequência, perda de memória. 
-São parcialmente eficazes, deixando os pacientes com quantidades 
substanciais de efeitos colaterais extrapiramidais prolongados. 
Beta-bloqueadores de Ação Central: como o propranolol, também 
costumam ser eficazes para tratar acatisia. 
Medicamentos Antiparkinsonianos Profiláticos: podem ser indicados, 
principalente, quando agentes de ⬆ potência são prescritos para homens 
jovens que apresentam maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de 
distonias. 
Risperidona, Olanzapina e Ziprasidona: estão associadas com 
parkinsonismo e acatisia relacionados à dose. 
 
Discinesia Tardia 
Epidemiologia: 
-20 a 30%: pacientes em tratamento de longo prazo com um ARD 
convencional exibirão sintomas de discinesia tardia. 
-3 a 5%: pacientes jovens que recebem um ARD desenvolvem discinesia 
tardia a cada ano. 
-Pacientes idosos: risco mais ⬆. 
Embora: discinesia gravemente incapacitante seja incomum, quando 
ocorre ela pode afetar a capacidade de caminhar, respirar, alimentar-se e 
falar. 
Indivíduos: mais sensíveis aos efeitos colaterais extrapiramidais parecem 
ser mais vulneráveis a desenvolvê-la. 
Pacientes: com transtornos cognitivos ou do humor comórbidos também 
podem ser mais vulneráveis a discinesia tardia do que aqueles com 
apenas esquizofrenia. 
Início: dos movimentos anormais em geral ocorre ou enquanto o paciente 
está recebendo um antipsicótico, ou no período de 4 semanas após a 
descontinuação de um antipsicótico oral, ou 8 semanas após a retirada 
de um antipsicótico de depósito. 
< Risco: desse problema com agentes da nova geração, entretanto, o 
risco não é ausente com os ASDs. 
Recomendações: 
1) Usar a dose efetiva mais ⬇ de antipsicótico; 
2) Prescrever com cautela para crianças, idosos e indivíduos com 
transtornos do humor; 
3) Examinar os pacientes regularmente para evidência desse efeito 
colateral; 
4) Considerar alternativas ao antipsicótico que está sendo utilizado e 
considerar ⬇ dosagem quando a condição for diagnosticada; 
5) Considerar uma série de opções se ela piorar, incluindo a 
descontinuação do antipsicótico ou mudança para um agente diferente. 
Clozapina: eficaz para ⬇ discinesia tardia grave ou distonia tardia. 
 
Outros Efeitos Colaterais 
Sedação e Hipotensão Postural: efeitos colaterais importantes para 
pacientes que estão sendo tratados com ARDs de ⬇ potência, como 
perfenazina. 
Sonolência Diurna: pode interferir nas tentativas de retornar à vida na 
comunidade. 
ARDs e ASDs: ⬆ níveis de prolactina, o que pode resultar em galactorreia 
e menstruação irregular. 
-Elevações de longo prazo na prolactina e a resultante supressão no 
hormônio liberador da gonadotrofina podem causar supressão nos 
hormônios gonadais. 
-Esses podem ter efeitos sobre a libido e funcionamento sexual. 
-Existe preocupação de que a prolactina elevada possa causar ⬇ na 
densidade óssea e levar a osteoporose. 
 
Monitoração da Saúde em Pacientes Recebendo Antipsicóticos 
ASDs: exerce efeito sobre o metabolismo de insulina. 
Psiquiatras: devem monitorar uma série de indicadores de saúde, 
incluindo IMC, glicose sanguínea de jejum e perfis de lipídeos. 
Pacientes: devem ser pesados, e seus IMCs calculados, em cada 
consulta por 6 meses após uma mudança de medicação. 
 
Efeitos Colaterais da Clozapina 
Clozapina: inúmeros efeitos colaterais que tornam difícil sua 
administração, o mais grave é um risco de agranulocitose. 
Agranulocitose: potencialmente fatal ocorre em 0,3% dos pacientes 
tratados com clozapina durante o 1º ano de exposição, depois disso, o 
risco é bem mais baixo. 
⬆ Risco: de convulsões do que outros antipsicóticos, alcança quase 5% 
em doses de mais de 600 mg. Pacientes que desenvolvem convulsões 
podem ser tratados com ⬇ da dose e adição de um anticonvulsivante - 
valproato. 
Miocardite: 5 pacientes por 100 mil pacientes-ano. 
Outros Efeitos Colaterais: hipersalivação, sedação, taquicardia, ganho de 
peso, diabetes, febre e hipotensão postural. 
 
Critérios de Internação 
-A 1ª e mais crítica decisão que um médico precisa tomar é quanto a 
hospitalizar o paciente ou tentar um tratamento ambulatorial. 
-Indicações claras para hospitalização são: 
1) Risco de suicídio ou homicídio; 
2) Capacidade acentuadamente ⬇ de obter alimento e abrigo; 
3) Necessidade de procedimentos diagnósticos; 
4) História de sintomas de rápida progressão e ruptura do sistema de 
apoio habitual. 
-Hospitalizações curtas de 4 a 6 semanas são tão eficazes quanto as 
longas, e o ambiente hospitalar com abordagens comportamentais ativas 
produz melhores resultados do que as instituições de custódia. 
-Planos de tratamento hospitalar devem ser orientados para questões 
práticas de cuidados pessoais, qualidade de vida, emprego e relações 
sociais. 
-Durante a hospitalização, deve-se orientar e articular contatos entre o 
paciente e pessoas ou instituições que serão responsáveis pelos 
cuidados após a alta, incluindo a família, pensões protegidas e casas de 
passagem. 
-Centros de atendimento diários e visitas domiciliares de terapeutas às 
vezes ajudam os pacientes a permanecer fora do hospital por longos 
períodos, melhorando a qualidade de suas vidas diárias.

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