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Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p As pregas (ou lâminas) dos lábios menores da vagina se juntam para for- mar quais estruturas? As pregas mediais formam o frênulo do clitóris As pregas laterais formam o prepúcio do clitóris Qual a função das glândulas vestibu- lares maiores? (de Bartholin) Secretam muco para o vestíbulo da vagi- na durante excitação sexual Quais são os órgãos excitátorios do aparelho genital feminino? � clitóris e bulbo do vestíbulo Anatomia do clitóris (revisar) Composto por 2 ramos (crus), 2 corpos cavernosos e a glande do clitóris O clitóris é muito sensível e aumenta de tamanho à estimulação tátil. A glande do clitóris é a parte mais inervada do clitóris e tem densa provisão de terminações sensitiva Vestíbulo da vagina É o espaço circundado pelos lábios menores do pudendo no qual se abrem os óstios externo da uretra e da vagina e os ductos das glândulas vestibulares maiores e menores O que são: Os bulbos do vestíbulo são duas massas de tecido erétil alongado, com cerca de 3 cm de comprimento 1 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Bulbos do vestíbulo Situam-se: lateralmente ao longo do ós- tio da vagina, superior ou profunda- mente aos lábios menores do pudendo (não dentro), imediatamente inferiores à membrana do períneo Os bulbos do vestíbulo são homólogos ao bulbo do pênis. Anatomia cervical - Porção supravaginal entre o istmo e a vagina - Porção vaginal, que se projeta para a parte superior da parede anterior da vagina EPITÉLIO COLUNAR: reveste o canal endocervical EPITÉLIO ESCAMOSO, que recobre a ectocérvice O ponto em que se encontram é de- nominado junção escamo-colunar (JEC) que habitualmente não se restringe ao orifício externo cervical, sendo um ponto dinâmico que se altera em resposta a puberdade, gravidez, menopausa e es- timulo hormonal. 2 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Qual a porção da vagina que tem iner- vação somática e sensitiva? 2/5 inferiores A maior parte da vagina, 3/4 a 2/5 supe- riores, tem inervação visceral. Quais as principais queixas ginecológi- cas de acordo com idade? (ler e revisar) Na infância e na puberdade �: Infecções genitais baixas (vulvovaginites) Na adolescência: Distúrbios da função menstrual, infecções geniturinárias e gravidez indesejada; Na vida adulta: Distúrbios menstruais, dor pélvica, vulvovaginites e alterações relacionadas a gravidez e infertilidade � Na faixa etária avançada � : Deficiên- cia estrogênica, distopias pélvicas, al- terações urinárias e neoplasias do trato genital. O que é polimenorreia, oligomenorreia, metrorragia e sinusorragia Polimenorreia: sangramento menstrual a cada 20 dias ou menos Oligomenorreia: sangramento menstrual a cada 35 dias ou mais Metrorragia: hemorragia genital atípica, sem obedecer o critério de periodicidade Sinusorragia: sangramento genital de pequeno volume que se manifesta após o coito 1- Inspeção estática e dinâmica 2- palpação axilar e da região supraclav- icular 3- Palpação (nos 4 quadrantes da 3 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p O que fazer no exame físico das mamas? mama) 4- Expressão mamilar (Só é necessária quando existe queixa de derrame papilar espontâne) O que é avaliado no exame físico es- pecífico ginecológico? Mamas, abdome e genitália O que fazer no exame físico da vulva e períneo? 1- Pedir a mulher para ficar na posição de litotomia: decúbito dorsal nádegas junto a borda da mesa de exame, com coxas e joelhos fletidos, descansando os pés ou a fossa poplítea nos estribos (perneiras) 2- Inspeção 3- Solicitar que realize manobra de val- salva: Para investigação de incontinên- cia urinaria ou distopias genitais 4- Palpação de linfonodos O que pode ser feito durante o exame especular? - Avaliar paredes vaginais quanto ao seu trofismo, rugosidade e coloração nor- mal (além da presença de lesões e tu- morações) - Avaliação do colo uterino - Propiciar coleta da citologia cervicov- aginal (Papanicolau) - Avaliação da secreção vaginal 4 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quando é recomendado e como é feito o Papanicolau? O INCA recomenda oferecer rastrea- mento organizado para mulheres de 25 a 64 anos Mulheres com vida sexual ativa indepen- dente da faixa etária, devem realizar o teste A periodicidade do rastreamento deve ser anual, podendo ocorrer a cada três anos após dois exames normais consec- utivos com intervalo de 1 ano Como é feito: - Introduz a espátula de Ayre (A) e coleta-se ao nível da junção dos dois epitélios cervicais (ECTOCERVICAL) e depois utiliza-se uma escova (B) para colheita ENDOCERVICAL. - A parte maior da espátula deve ser colocada no orifício cervical e depois de tirada em 360 graus, para coletar célu- las de toda a circunferência da zona de transição - O objetivo é destacar células da junção escamocolunar (JEC), isto é, a área em que a mucosa escamosa e a glandular se encontram, pois essa é a sede da maioria das alterações celulares neo- plásicas e pré-neoplásicas - Depois de colhido, o material deve ser imediatamente espalhados sobre a lâmi- na e fixado, inserindo no álcool, para posterior análise citopatológico *Sempre identificar a lâmina a lápis 5 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quando deve ser realizada a coleta de secreção vaginal e como pode ser feita sua análise? Quando é realizado: Quando houver manifestação pertinente a a presença de secreção vaginal anormal O que pode ser feito: Exame microscópi- co a fresco, teste amínico (KOH a 10%) e Gram, cultura ou testes de biologia molecular. Como é feito o teste de Schiller? 1 - Após a coleta de secreção vaginal para o exame a fresco, deve-se limpar as secreções que ficam na frente do colo (com soro) 2 - Aplicar ácido acético (concentração de 1 a 5%) 3 - Deposita-se solução de Lugol (iodoiodetada) no colo uterino 4 - Os vacúolos de glicogênio presente no citoplasma de células normais serão corados de marrom escuro. Entretanto, em outras células, como as neoplásicas, que não contém tais vacúolos, não serão coradas ou serão coradas de forma ir- regular 5 - Aguardar alguns minutos (2-4) 6 - Realizar novamente a inspeção do colo uterino, à procura de lesões que foram realizadas pelo produto Iodo positivo ou Schiller negativo: se o colo se cora de forma uniforme, escura Iodo negativo ou Schiller positivo: se há áreas que não se coram, o teste é con- 6 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Como é interpretado o teste de Schiller? siderado alterado O que o resultado alterado pode indicar? A alteração observada nas células pode sugerir: DIU mal colocado, inflamações vaginais, sífilis, infecção pelo HPV e câncer de colo de útero. Por isso, o Pa- panicolau deve ser associado para in- vestigação da neoplasia. Quando se trata de mucosa vaginal atró- fica (hipoestrogenismo importante), a coloração pode não ser uniforme, ou o colo adquire uma tonalidade mais fra- ca, até amarelada; nesse caso, o teste é normal, comumente designado como "iodo-claro". O que o teste de Schiller positivo pode indicar? DIU mal colocado, inflamações vaginais, sífilis, infecção pelo HPV e câncer de colo de útero. Por isso, o Papanicolau deve ser associado para investigação da neoplasia. Como deve ser feito o toque vaginal? 1- Inicialmente simples, unidigital: Explo- rar a musculatura pélvica, as paredes vaginais, a cérvice, o fundo-de-saco an- terior e posterior. 2- Bimanual: A outra mão é colocada so- bre o baixo ventre, e as mãos são com- primidas uma contra a outra (apreender o útero e explorar sua forma, o taman- 7 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p ho, o posicionamento, a consistência, a sensibilidade e a mobilidade) Qual os artigos do Código de Ética Médica e do Código Penal Brasileiro que falamsobre a proibição e criminalidade da revelação do sigilo médico? "É vedado ao médico revelar sigi- lo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o(a) menor tenha capacidade de discerni- mento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente". (arti- go 74 do Código de Ética Médica). Revelar o segredo sem justa causa ou dever legal, causando danos ao pa- ciente, é crime (artigo 154 do Código Penal Brasileiro) Em quais situações o sigilo médico pode ser quebrado? 1 -Dever legal: atestado de óbito, notifi- cação compulsória, crime de ação públi- ca (uso de arma de fogo ou branca, lesões corporais graves) 2 - Justa causa: Perigo atual ou iminente e injusto para si ou para outros 3 - Autorização expressa do paciente � O médico não é obrigado a comunicar as autoridades de um crime pelo qual o paciente possa ser processado (aborto) - (exceto de ação pública) - Branco ou transparente (1 a 4mL por 24hrs) 8 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Como é a flora vaginal normal? - pH ácido: 3,5 - 4,5 - Fluido e de odor característico - Corrimento habitual: transudato vagi- nal + muco cervical + leucócitos + mi- croorganismos + células vaginas desca- madas - Presença de muitas bactérias de tipos diferentes (Mas a principal é o Lacto- bacilo) Papel dos lactobacilos no controle da flora vaginal 1. O estrogênio promove a diferenciação do epitélio vaginal em células ricas em glicogênio 2. Posteriormente, o glicogênio é degradado em glicose e ácido lático, por ação dos Lactobacillus. 2. Isso resulta em um pH vaginal igual ou menor a 4,5 na maioria das mulheres assintomáticas na idade reprodutiva Outra ação: Os Lactobacilos produzem peróxido de hidrogênio, que ajuda a diminuir os organismos patogênicos � Condições relacionadas ao estrogênio: Pós-menopausa: “ estrogênio ’ pH vagi- nal mais básico Gestação: ‘ estrogênio ’ pH vaginal mais ácido 9 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quais as vulvovaginites que deixam o pH vaginal mais ácido e mais básico + BÁSICO - Vaginose Bacetriana - Tricomaníase - Vaginose descamativa - Vaginite atrófica ou síndrome genitur- inária da menopausa + ÁCIDO - Candidíase - Vaginite citolítica Vaginose Bacteriana a) Etiologia b) Fisiopatologia c) Fatores de risco a) Vaginose bacteriana é o desequi- líbrio da flora vaginal caracterizado pela substituição da flora microbiana saudáv- el (dominada por Lactobacillus) por mi- crobiota variável, composta por mistura de bactérias anaeróbias e facultativas. Patógeno mais comum = Gardnerella vaginalis b) Redução de lactobacilos -> Redução de peróxido de hidrogênio -> Aumento de anaeróbios e do pH >4,5.(O aumen- to do PH também facilita a aderência das bactérias nas células epiteliais esfo- liadas, favorecendo as clue cells) c) Sexo oral; Duchas; Raça negra; Tabagismo; Sexo durante a menstru- ação; Dispositivo intrauterino; Relação sexual em idade precoce; Múltiplos ou novos parceiros sexuais; Atividade sex- ual com outras mulheres � NÃO É IST; NÃO É INFECÇÃO 10 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quadro clínico vaginose bacteriana 50% assintomática (Isolada não causa disúria, dispareunia e eritema e epitélio vaginal sem sinais de inflamação) Corrimento: Branco, acinzentado, fino, homogêneo, odor de peixe �(Libera am- inas voláteis: putrescina, cadaverina e trimetilamina) �O odor pode ficar mais evidentes após coito ou menstruação: o sêmen e o sanguem têm o pH mais básicos, es- timulando a proliferação de bactérias anaeróbias que aumentam a aromatiza- ção das aminas voláteis Critérios diagnósticos AMSEL Vaginose Bacteriana É necessário ter 3/4 1. Corrimento branco acinzentado, fluido e homogêneo aderente às paredes vagi- nais 2. pH > 4,5 (mais básico) 3. Teste das aminas positivo (Whiff test) 4. Presença de Clue cells: célula vaginal descamada e vários cocobacilos ao re- dor Metronidazol 250mg VO 2 comp 12/12h 7d OU Metronidazol 100mg vaginal 5d 11 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Tratamento Vaginose Bacteriana -É recomendado para todas as mulheres sintomáticas e assintomáticas grávidas - Parcerias sexuais não precisam ser tratadas - Gestantes podem usar , mas no 1° trimestre optar pela Clindamicina 7d Candidíase Vaginal a) Etiologia b) Fatores de risco c) Diagnóstico a) Cândida sp (albicans 90%) - Pode ser causada por alteração da flora (por antibióticos, por exemplo) b) DM descompensada • Uso de an- tibiótico � • Imunossupressão • Gestação ou aumento do nível de estrogênio (pílu- las combinadas) • Aumento da umidade local c) Sintomas + Exame físico + Micro- scopia (pH < 4,5; Pseudohifas/ hifas e esporos) NÃO É IST; Quadro clínico Candidíase Vaginal Sintomas e Manifestações: - Inflamação; prurido vulvar, queimação e irritação local - Pode ter disúria terminal, dispareunia de penetração - Hiperemia + edema de vulva; escoriações 12 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Corrimento: Branco, espesso, com gru- mos (leite coalhado) Tratamento Candidíase Vaginal FARMACOLÓGICO: Miconazol creme (7 dias) - ou Nistatina (14 noites), ou Fluconazol (dose única) OUTRAS MEDIDAS Eliminação ou pelo menos o controle de fatores predisponentes como dia- betes melitus descompensada, estados de imunossupressão, tabagismo, distúr- bios alimentares com excesso de in- gestão de hidratos de carbono, hábitos de higiene ou vestuário inadequados, estresse excessivo e outros fatores, se presentes. ATENÇÃO - Parceiro não precisa ser tratado - Gestantes (não pode o fluconazol, tratamento somente vaginal) Tricomoníase a) Etiologia a) Trichomonas vaginalis (protozoário flagelado) IST b) Atividade sexual desprotegida �� c) Anamnese + exame físico pH > 4,5 (mais básico) Microscopia: presença do protozoário 13 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p b) Fatores de risco c) Diagnóstico flagelado e aumento de leucócitos Teste das aminas (teste de Whiff): posi- tivo Quadro clínico Tricomaníase Sintomas: - 50% assintomáticas - Quando presente, queimação vulvo- vaginal, queixas urinárias, dispareunia, sinusiorragia (sangramento pós relação sexual No exame físico: - colo em morango � (há uma colpite local com presença de pontos hemorrágicos no colo e vagina - fica mais evidente com lugol) Corrimento: Abundante, amarelo/esverdeado, odor fétido, bolhoso Como a tricomoníase favorece o aparec- imento de outras vulvovaginites? O Trichomonas vaginalis produz hidrogênio que se liga ao oxigênio pro- movendo sua saída do ecossistema vaginal, o que facilita o crescimento de bactérias anaeróbias, e favorece a ocor- rência de outras infecções associadas - Metronidazol via oral (dose única ou 7 dias) 14 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Tratamento tricomoníase - Parceiros devem ser avaliados e trata- dos � - Pode tratar gestantes - Recomenda-se abstinência sexual du- rante o período do tratamento) Vaginose Descamativa a) O que é: Vaginose purulenta crônica, que ocorre na AUSÊNCIA de processo inflamatório cervical ou do trato genital superior, ou seja, não é decorrente de DIP ou cervicite b) Etiologia: É desconhecida (mas, maior parte das culturas vaginais tem a presença de estreptococos beta-hemo- lítico) c) Diagnóstico: - Corrimento: purulento, em grande quantidade - Microscopia: processo descamativo vaginal intenso, predomínio das célu- las profundas (basais e parabasais), flo- ra vaginal com AUSÊNCIA de LACTO- BACILOS (substituição da flora normal por cocos gram-positivos) e AUMENTO de LEUCÓCITOS polimorfonucleares. - pH vaginal mais alcalino Tratamento vaginose descamativa - Clindamicina creme vaginal (7 dias) - Pode associar com estrogênio tópico vaginal diário por 2 semanas e + 1 dose semanal de manutenção 15 /80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Vaginose citolítica a) Causa b) Fisiopatologia c) Quadro clínico a) Aumento excessivo de lactobacilos (Situações que levam as chances de au- mento de lactobacilos: Gestação ; Fase lútea do ciclo menstrual, DM) b) O AUMENTO excessivo dos LAC- TOBACILOS desencadeia um processo de CITÓLISE das células intermediárias do epitélio vaginal, com consequente liberação de substâncias IRRITATIVAS, provocando o corrimento e a ARDÊN- CIA vulvovaginal c) Sintomas: ardência e prurido (simula candidíase); disúria; dispareunia Corrimento: Aumentado de aspecto floc- ular, fluido ou em grumos, aderente ou não às paredes vaginais. Diagnóstico Vaginose descamativa Diagnóstico: - pH vaginal entre 3,5 e 4,5 - Importante lembrar que não é necessário realizar o teste das aminas (whiff test), pois ele é útil apenas para o diagnóstico da VB e da tricomoníase - Microscopia: lactobacilos aumenta- dos, citólise (núcleos desnudos), raros leucócitos, ausência de microrganismos não pertencentes à flora vaginal normal Tratamento Vaginose Citolítica Tratamento: Alcalinizar a vagina = Duchas vaginais com 30 a 60g de bicarbonato de sódio diluído em 1 litro de água morna (2-3 x por semana até remissão) 16 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Vaginite atrófica (Síndrome geniturinária da menopausa) a) Etiologia b) Fatores de risco a) Ocorre em decorrência da deficiência de estrogênio = atrofia vaginal b) • Menopausa ou Pós-parto • Quimioterapia e Radioterapia • Oofer- ectomia • Medicamentos: Tamoxifeno, Danazol, Medroxipogesterona, anála- gos de GnRH (simula menopausa) Quadro clínico Vaginose Atrófica - Sintomas: Prurido vulvar, ardência e irritação, dispareunia de penetração, dis- úria, mucosa ressecada - Outros: hematúria, polaciúria, infecção urinária de repetição, incontinência ur- inári; Vulva ressecada nos grandes e pequenos lábios, estenose de introito vaginal, perda de elasticidade da pele, hiperemia local Especular: paredes vagi- nais com epitélio vaginal pálido, liso e brilhante, petéquias na parede. Corrimento: Amarelado/esverdeado Diagnóstico e tratamento Vaginose Atró- fica Diagnóstico - Clínico (não é necessário dosar FSH) - Algumas alterações laboratoriais po- dem ser encontradas: aumento do pH (>5); Aumento de céls. basais e paraba- sais e de leucócitos polimorfonucleares; Ausência de microorganismos patogêni- cos Tratamento Reposição hormonal local com es- trogênio tópico (estriol vaginal) PARA AS ISTs: Relação sexual sem proteção; Adoles- centes; ISTs prévias; Múltiplas parcerias sexuais; Baixo nível econômico 17 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Fatores de risco para DIP PARA AS NÃO ISTs: Geralmente relacionado à manipulação uterina (curetagem e histeroscopia) �Vaginose e tricomoníase também são fatores de risco DIU nos primeiros 20 dias pós inserção Principais agentes etiológicos cau- sadores da DIP Neisseria gonorrhoeae; Chlamydia tra- chomatis � A medida que o processo evolui, ocorre gradativamente diminuição da concen- tração de oxigênio local aumentando a presença dos patógenos anaeróbi- cos. Em mulheres com infecção por gonococo e Clamídia, a detecção de anaeróbios no trato genital superior está frequentemente associada com doença mais grave Quais fatores contribuem para ascensão dos patógenos na DIP? Instrumentação uterina, como colo- cação de DIU; alterações hormonais durante o ciclo menstrual causado- ras de mudanças no muco cervical (barreira mecânica); gestação; menstru- ação retrógrada, podendo facilitar a pro- gressão das bactérias nas tubas e no peritônio, e virulência dos microrganis- mos Quais os estágios de infecção na DIP? 1 - Estágio 0= cervicite 2- Endometrite 3 - Salpingite (pode levar a peritonite e piossalpinge) 4 - Piossalpinge þ Hidrossalpinge e Abcesso Tubo-Ovariano 18 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Qual o quadro clínico da DIP? Dor pélvica aguda Corrimento purulento Sangramento uterino Dispareunia de profundidade Febre Dor lombar Náuseas e vômitos Sintomas sutis ou assintomáticas Quais são os critérios Brasileiros para diagnóstico de DIP? Para a confirmação clínica de DIP, é necessária a presença de: 3 critérios maiores + 1 critério menor OU 1 critério elaborado Critérios maiores: Dor no abdômen inferior (dor no hi- pogástrio) Dor à palpação dos anexos Dor à mobilização do colo uterino Critérios menores: Temperatura axilar > 37,5 °C ou re- tal/oral > 38,3° � Conteúdo vaginal ou secreção endocer- vical anormal (geralmente mucopurulen- ta) Massa pélvica > 5 leucócitos por campo de imersão em secreção endocervical Leucocitose em sangue periférico Proteína C reativa ou velocidade de he- mossedimentação elevada Comprovação laboratorial de infecção 19 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p cervical pelo Gonococo, Chlamydia ou Mycoplasma. Critérios elaborados: Histopatologia com evidência de en- dometrite Ultra-sonografia pélvica presença de ab- scesso tubo-ovariano ou no fundo de saco de Douglas Laparoscopia com evidências de DIP Principais diagnósticos diferenciais da DIP Ginecológicas: Torção anexial; Cisto he- morrágico de ovário; Gestação ectópica; endometriose, leiomioma uterino; Gastrointestinais: apendicite (sintomas muito parecidos); pielonefrite; cistite; litíase urinária; tumores Critérios para internação da paciente com DIP: Abcesso tubo-ovariano Gestação Estado geral grave, com náuseas , vômi- tos e febre Paciente que não tolerou medicação via oral em casa Ausência de resposta clínica após 72h do início do antibiótico oral � Dificuldade em excluir emergência cirúr- gica ("Será que é apendicite?" ’ manter internada) HIV positivo C = Cefitriaxona (gran negativo e gono- coco) ; D = Doxicilina (clamídia); M = Metronidazol (anaeróbico) � Nunca é menos de 14 dias - Abstinência sexual até o fim do trata- mento � 20 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Tratamento para DIP: - Ausência de resposta clínica após 72h do início do antibiótico oral ’ Internação - Pacientes tratadas ambulatorialmente ’ reavaliadas em 72h - Parceiros sexuais dos últimos 60 dias devem ser avaliados e preferencial- mente tratados para Chlamydia e Gono- coco, sendo sintomáticos ou não (Min- istério da Saúde). Parceiros sexuais dos últimos 60 dias devem ser avaliados e preferencial- mente tratados para Chlamydia e Gono- coco, sendo sintomáticos ou não (Min- istério da Saúde). Dosagem tratamento DIP medicamen- toso Ambulatorial � Cefitriaxona 500mg, IM, DU Doxiciclina 100mg, VO, 1c, 2x, 14d Metronidazol 250mg, VO, 2c, 2x, ,14d Hospitalar � Cefitriaxona 1g, IV, 14d Doxiciclina 100mg, VO, 1c, 2x, 14d Metronidazol 4000mg, IV, 2x, , Complicações futuras da DIP 1- Síndrome Fitz-Hugh-Curtis (fase agu- da) - peri-hepatite 2- Infertilidade 3- Gravidez ectópica 4- Dor pélvica crônica 1. Pois a sua meia vida é muito curta, de 2 a 4 minutos, resultando em rápida clivagem proteolítica 21 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Porque é necessário que a secreção do gnrh seja pulsátil? 2. Sua secreção é pulsátil em um inter- valo de 90 minutos: a exposição con- tinua do gnrh resultaria em modulação negativa, em que o número de recep- tores de gnrh é diminuído Como é avaliação dos pulsos de gnrh na fase folicular e lútea Fase folicular = alta frequência, baixa amplitude (Há aumento gradual da fre- quência e amplitude) - libera FSH Fase lútea = baixa frequência e alta amplitude (a amplitude declina gradual- mente após a ovulação) - libera LH *F de Fast; L de Low Os agonistas de gnrh promovem au- mento da secreção de gonadotrofinas e os antagonistas a redução. Verdadeiro ou falso? Falso De fato, o antagonista de gnrh são blo- queadores competitivos dos receptores de gnrh, provocando a redução imedi- ata da secreçãode gonadotrofinas e esteroides sexuais (endorfinas, encefali- nas, etc.) Entretanto, os agonistas do gnrh pro- movem uma exposição continua, o que também tem um efeito de modulação negativa. Devido a Este mecanismo, a secreção da gonadotrofina diminui e a produção de esteróides sexuais também reduz (usado para tratamento de cont- role de ciclos, indução da ovulação, pu- berdade precoce,miomas etc.) 22 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Qual a ação da endorfina na liberação de gnrh? Inibição - a disforia experimentada por algumas pacientes na fase pré menstrual do ciclo pode estar relacionado à diminuição da endorfina - atletas possuem níveis mais elevados de endorfina, o que pode contribuir para a amenorreia que acomete essa parcela Qual a função da melatonina na liber- ação de gnrh? Inibição Como é produzida pela ausência de es- tímulo luminoso na retina, meninas que tiveram muito estímulo da melatonina, ao longo da Infância e adolescência, po- dem ter uma menarca atrasada Quais são as principais diferenças entre o estriol e a estrona Estradiol é o principal estrogênio pro- duzido pelos ovários durante o ciclo, sua produção deriva diretamente da síntese pelos folículos em desenvolvimento e da conversão a partir da estrona (é mais ativo) A estrona é secretada diretamente pelos ovários, mas também pode ser oriunda da conversão de androstenediona nos tecidos periféricos (menos ativa) Estrogênio = responsável pelo espessa- mento do endométrio em si 23 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Qual ação do estrogênio e progesterona no espessamento do endométrio? Progesterona = manutenção de espes- samento endometrial, evitando o espes- samento excessivo e estimulando o de- senvolvimento de células deciduais no endométrio uterino (fator protetivo) Qual a ordem do desenvolvimento dos folículos? Ovogônias -> F. Primordial -> F. Primário -> (puberdade) -> F. Secundários -> F. Terciários -> (Início da fase proliferativa com FSH) -> crescimento do f. terciário e formação do f. dominante O que impede o desenvolvimento de muitos folículos ovarianos ao mesmo tempo? Um hormônio chamado anti mulleriano (AMH) produzido pelos folículos ovari- anos. Ele diminui a sensibilidade do folículo ao FSH, o que aparentemente impede o recrutamento de folículos primários adi- cionais após um grupo iniciar o desen- volvimento Como é a produção hormonal no folículo a partir da teoria das 2 células, 2 go- nadotrofinas 1. A partir do estímulo do LH, Células da Teca (que são irrigadas) produzem progesterona, androstenetiona (precur- sora da testosterona) e testosterona a partir do colesterol 2. Androgênios passam pelas células murais para as células granulosas 3. Células Granulosas, em resposta ao FSH, estimulam aromatização (CYP19) (andrógenos -> 7-B-Estradiol) 24 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quais são outros reguladores produzi- dos pelo folículo em desenvolvimento (Ciberinas)? Inibina: É secretada pelas células gran- ulosas de duas maneiras: Inibina A e B, porém ambas agem inibindo a síntese e a liberação do FSH: - Inibina B: secretária sobretudo na fase folicular e estimuladas pelo FSH - Inibina A: principalmente ativa na fase lútea Ativina: estimula o fsh O que causa o aumento da liberação de FSH no início da fase folicular? 1. O colapso do corpo lúteo, que pro- duzia estrogênios e progesterona, re- sponsáveis por um feedback negativo no FSH 2. Redução da produção da inibina, pe- los folículos em desenvolvimento, que tem papel de inibição da FSH 3. A queda dos hormônios no fim da fase lútea, de uma forma geral, estimu- la também o aumento da frequência da liberação pulsátil de gnrh, o que também aumenta a liberação de FSH O desenvolvimento do folículo, que pas- sa a produzir estrogênio e progesterona 1. Inicialmente, o aumento desses hor- 25 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p O que o aumento da liberação de FSH no início da fase folicular estimula? mônios causam feedback negativo no FSH e LH (direto e também pela inibina) 2. Quando o estrogênio ultrapassa uma concentração de > 200 pg/ml por mais de 48 Horas, causa um feedback positi- vo no FSH e LH (devido o aumento da responsividade do gnrh) Como o pico de LH promove a ovu- lação? 1. O aumento repentino de LH é respon- sável pela elevação expressiva nas con- centrações locais de prostaglandinas e enzimas proteolíticas na parede folicular 2. Essas substâncias enfraquecem de modo progressivo a parede folicular e, por fim, possibilitam que uma abertura se forme 3. A ovulação é a instrução do oócito por meio dessa abertura Após a ovulação, o que acontece na formação do corpo lúteo? 1- As células foliculares da Teca mi- gram para o espaço antral, misturan- do-se com as células da granulosa e preenchendo a cavidade 2- Ambas as células transformam-se em células lúteas do corpo lúteo (luteiniza- ção) 3- Acumulam gotículas de lipídeos e grânulos de glicogênio em seu citoplas- ma e começam a secretar hormônios 26 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quais alterações hormonais promovem a descamação do endométrio no final da fase lútea? 1. Quando o oócito não é fecundado (não há HCG) e na ausência do LH, o corpo lúteo invariavelmente regressa, após um período de 12 a 16 dias 2. Concentrações de Estrogênio e Prog- esterona caem 3. Sem o suprimento hormonal adequa- do, o espessamento do endométrio não se mantém, causando a descamação Quanto tempo depois do colapso do cor- po lúteo ocorre a menstruação, geral- mente? Por que há a descamação 2 dias. A descamação ocorre, devido a: 1. Com a retirada dos hormônios sexu- ais, há profundo espasmo vascular das artérias espiraladas que leva a isquemia endometrial 2. Ocorre também rompimento de lisos- somos e a liberação de enzimas prote- olíticas que, depois, promovem destru- ição do tecido local 3. As prostaglandinas são produzidas ao longo do ciclo menstrual estão em sua concentração máxima durante a men- struação. Elas produzem contrações po- tentes causando isquemia endometri- al adicional e ajudam a expelir fisica- mente o tecido endometrial descartado do útero 1 - Aumento de LH = estimula a pro- dução de androgênios 2 - Redução do FSH = redução da aro- 27 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quais são as principais alterações hor- monais na síndrome do ovário policísti- co? matase prejuízo na convenção de an- drogênios para estrogênios 3 - Redução de progesterona = pois não forma corpo lúteo 4 -Não ocorre queda de estrogênio per- iférico (apesar de ter queda de estra- diol, produzido pelo ovário), pois an- drogênios são convertidos em estrona perifericamemte Por que não ocorre ovulação e nem for- mação do corpo lúteo na síndrome do ovário policístico Como ocorre redução do FSH, não há seleção de folículo terciário, não ocor- rendo ovulação (o ambiente androgêni- co também não é favorável) Qual a explicação para sangramento uterino anormal na síndrome do ovário policístico? O endométrio vai ser constantemente estimulado só por estrogênios e não terá o fator protetivo da progesterona na se- gunda fase do ciclo. Favorece no sangramento uterino anor- mal exagerado além de hiperplasia e câncer de endométrio Por que ocorre o hiperandrogenismo na síndrome do ovário policístico? 1 - o aumento da produção de LH es- timula a produção de androgênios pelas células da Teca 2 - O aumento de androgênios e hiperin- sulinemia diminuem a produção da glob- ulina carreadora de hormônios sexu- ais (SHBG), aumentando a porção de testosterona livre atuante E o hirsutismo? - A testosterona livre na periferia, sob ação da 5-alfa-redutase, é convertida em Di-hidrotestosterona (+ potente), que causa o hirsutismo (pilifi- cação de padrão masculina) 28 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24pComo a SOP pode induzir a resistência insulínica? O aumento dos androgênios na SOP causa prejuízo no pós-receptor de in- sulina, envolvendo deficiência do sub- strato 1 da tirosina (IRS1). Ocorre, en- tão, um hiperinsulinismo compensatório, como resposta do pâncreas a essa situ- ação, o que pode predispor à intolerân- cia à glicose ou até ao DM Como a resistência insulínica pode in- tensificar os sintomas da SOP? - Insulina tem ação sinérgica ao LH nas células de Teca - Insulina reduz a SHB, aumentando ain- da mais o nível de androgênio livre - Também pode potencializar a produção androgênica adrenal estimulada pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e aumentar o metabolismo do cortisol Quais são as principais manifestações da SOP? 1. Ciclo anovulatórios - Amenorreia se- cundária ou SUA 2. Hiperandrogenismo - Hirsutismo, acne, alopécia 3. Infertilidade Outras: Obesidade, DM, Dislipidemia, HAS, Síndrome Metabólica Escala de Ferriman-Gallwey Esacala que avalia 9 áreas do corpo da paciente (de 0 a 4) em relação à pilifi- cação < 8 = normal 8 - 16 = hirsutismo leve 17 - 25 = hirsutismo moderado 25 = hirsutismo grave 29 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Critérios de Rotterdam para SOP Ter 2 de 3 (P/ adolescente ’ necessário os 3 critérios) - Presença de ciclos anovulatórios - Hiperandrogenismo (ambulatorial ou clínico) - Ovários policísticos ao USG Quais são os 4 tipos de fenótipos da SOP A - Clássico ou completo, com as três características; B - anovulação com hiperandrogenismo sem as imagens de ovários policísticos; C - hiperandrogenismo com imagens de ovários policísticos, mas a paciente tem ciclo regular (ovulatório); D - a paciente não tem hiperandrogenis- mo. Investigação da SOP. O que fazer? 1. Anamnese: Idade de início (geral- mente mulheres mais novas), tempo de história, padrão menstrual, medicações, história familiar 2. Exame físico: acne, oleosidade, hir- sutismo, PA, IMC, circunferência abdom- inal, ancatose nigricans 3. Exames complementares: LH e FSH, BHCG, TSH e Prolactina ,Testosterona, SHBG, etc. 4. USG pélvico (12 ou + folículos medin- do 2 a 9 mm; Volume ovariano aumentado, >10ml) Gestação Hipotireoidismo Hiperprolactinemia 30 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Diagnósticos diferenciais SOP Tumor Virilizante de Ovário Tumor Adrenal Sindrome de Cushing Hiperplasia Adrenal Síndrome de Cushing Uso de anabolizantes Tratamento para SOP 1. Modificação de estilo de vida (alimen- tação, ex. físico, perda de peso, acom- panhamento psicológico) 2. Uso de pílulas combinadas ou de progestagênio isolada 3. Para hisrutismo: Acetato de cipro- terona, Finasterida, Espironolactona 4. Para infertilidade: Clomifeno, Letrozol, FIV 5. Para resistência à insulina: Metformi- na Qual a primeira opção de tratamento de SOP para adolescentes que não tem androginismo? Progestagênio intermitente: Qual a ação da pílula combinada no tratamento de SOP Progesterona: - Inibe o pico de LH ’ vai continuar sendo anovulatório, porém, reduz os an- drogênios - Atua no endométrio proliferativo, pro- tegendo-o, e evitando sangramento ex- cessivo Estrogênio - Função contrária à testosterona no fí- gado = aumenta a síntese de SHBG, reduzindo testosterona livre Acetato de ciproterona: - De forma central, bloqueia a liberação de gonadotrofinas hipofisárias, reduzin- do a produção androgênica pelo ovário. - Perifericamente, atua no folículo pi- loso impedindo a ligação da diidrotestos- 31 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Tratamentos para hirsutismo na SOP terona (DHT) aos seus receptores e tam- bém inibe a atividade da enzima 5-al- farredutase Finasterida: Inibe a 5-alfa-redutase Espironolactona: anti-androgênico Medicamentos para infertilidade na SOP Clomifeno: Se liga competitivamente ao receptor de estrogênio, comunican- do falsamente um estado de hipoe- strogenismo ao hipotálamo. Dessa maneira, desencadeia uma compen- sação natural, regulada por mecanis- mos de feedback (retroalimentação) no eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, es- timulando o hipotálamo a alterar a se- creção pulsátil de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), que, por sua vez, aumenta liberação de hormônio folícu- loestimulante (FSH) pela hipófise, des- encadeando o desenvolvimento folicular ovariano Letrozol: inibidor da aromatose (reduz estrogênio, aumenta FSH) Reprodução assistida: FIV Qual a lei federal que prevê ações em Planejamento Familiar? Lei federal 9.263/96 Métodos contraceptivos oferecidos gra- tuitamente pelo SUS Condom masculino e feminino, diafrag- ma, esterilização cirúrgica, minipílula, DIU de cobre, anticoncepcionais orais e injetáveis, e espermicida 32 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p O que são os Critérios de elegibilidade para métodos contraceptivos da OMS? Os critérios médicos de elegibilidade elaborados pela OMS representam um consenso a respeito das indicações e contraindicações sobre o uso de qual- quer contraceptivo em diversas situ- ações clínicas e devem ser seguidos para prescrição dos contraceptivos. 1. Utilizar o método em qualquer circun- stância 2. No geral, pode-se utilizar o método, os benefícios superam malefícios 3. Não é recomendado o uso do méto- do, a não ser que outros não este- jam disponíveis ou não sejam aceitáveis (possíveis malefícios são maiores que benefícios) 4. Não utilizar o método, contraindicação absoluta Quais são os métodos LARC, Long Act- ing Reversible Contraception? Métodos que são de longa duração, mas são reversíveis (São muito eficazes, não dependem da paciente: DIU de Cobre (5 a 10 anos) DIU de Progesterona (5 anos) Implante Subdérmico, progesterona (3 anos) 1. Implante hormonal 2. Esterilização masculina 3. DIU com levonorgerstrel 4. Esterilização feminina 33 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quais são os métodos com maior eficá- cia contraceptiva? E o que é índice de Pearl? Índice de Pearl = Número de gestações em cada 100 mulheres utilizando um método por um ano. O índice é cal- culado levando-se em consideração o uso do método na forma costumeira (incluindo esquecimento, vômito, inter- ações medicamentosas, etc.) e na forma perfeita (recomendada pelo fabricante na bula) Quais são os métodos contraceptivos a) comportamentais b) de barreira a) Tabelinha Ogino-Knaus; Temperatu- ra basal; Billings (muco cervical); Sin- totérmico; Coito interrompido; Amenor- reia Lactacional b) Preservativo masculino e feminino; Di- afragma; Espermicida Como é o método contraceptivo de tem- peratura corporal? Deve-se monitorar a temperatura todos os dias pela manhã, antes de realizar exercícios e sempre com o mesmo ter- mômetro e pela mesma via de mensu- ração (sublingual, vaginal ou retal). O período fértil é constatado pelo aumento de pelo menos 0,2 °C por 3 dias segui- dos Para evitar a gravidez, orientar a mulher e/ou casal para abster-se de relações sexuais com contato genital durante o período fértil Para estabelecer o período de fertili- dade, a mulher deve registrar o número de dias de cada ciclo menstrual durante pelo menos 6 meses 1. Verificar a duração (número de dias) de cada ciclo, contando desde o primeiro dia da menstruação (primeiro dia do ci- clo) até o dia que antecede a menstru- 34 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Com funciona o método Ogino-Knaus: ritmo, calendário ou tabelinha? ação seguinte (último dia do ciclo). 2. Verificar o ciclo mais curto e o mais longo e calcular a diferença entre eles (Se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto for de 10 dias ou mais, a mulher não deve usar este método) 3. Determinar a duração do período fértil da seguinte maneira: - Subtraindo-se 18 (dezoito) do ciclo mais curto, obtém-se o dia do início do período fértil. - Subtraindo-se 11 (onze) do ciclo mais longo, obtém-se o diado fim do período fértil. Para evitar a gravidez, orientar a mulher e/ou casal para abster-se de relações sexuais com contato genital durante o período fértil Método contraceptivo da Amenorreia lactacional A prolactina impede a reprodução du- rante a lactação, quando seus níveis estão mais altos, por inibir a liberação do hormônio liberador de gonadotropina hipotalâmica (GnRH) e impedir a ovu- lação pela inibição direta da atividade da aromatase ovariana. Todas as nutrizes podem optar pelo método de forma segura e eficaz. En- tretanto, na presença de alguns fatores, outro método deve ser combinado ao método da amenorreia lactacional. Fa- 35 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p tores: - Retorno do ciclo menstrual - Suplementação irregular ou amamen- tação com grandes espaçadas - Mais de 6 meses da data do parto Contraindicações preservativo masculi- no, diafragma e espermicida (ler e revis- ar) - Preservativo masculino: homens que apresentam perda de ereção durante o intercurso sexual e não devem ser utilizados simultaneamente com outro preservativo masculino ou com o femini- no - Diafragma: pacientes com prolapsos genitais. - Espermicida: Não deve ser utilizado em pacientes com alto risco ou portadoras de DST, pela possibilidade de provocar microlesões nas mucosas Formas de uso dos anticoncepcionais hormonais combinados injetáveis, ade- sivo e via transdérmica e quais suas vantagens em relação ao oral? - Injetáveis: utilizados 1 vez ao mês, pref- erencialmente nas nádegas (estrogênio natural, que tem metabolismo mais rápi- do e interfere menos quando associado com outros medicamentos) - Anel vaginal: Libera esteróides em con- tato com a vagina; Deve ser mantido 3 semanas após a inserção, removido por uma semana, e trocado posteriormente (atrofia da vagina = contraindicado) - Via transdérmica: Cada adesivo per- manece colado na pele por sete dias, totalizando 21 dias de uso, seguidos de sete dias de pausa. Vantagens em relação ao oral: As vias não orais são consideradas melhores, 36 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p pois poupam o metabolismo hepático da primeira passagem dos hormônios e, pelo fato de serem métodos não diários de tomada, diminuem a taxa de esquec- imento ou atraso da tomada. Anticoncepcionais combinados e a trombose, qual a relação? Os AHCs aumentam duas a seis vezes o risco de TVP comparados a não usuárias de AHC 1) Por que têm esse risco? O EE induz alterações no sistema de coagulação ao aumentar a síntese de alguns fatores de coagulação, reduzir alguns anticoag- ulantes naturais e, especialmente, pro- mover resistência à proteína C ativada 2) O componente progestagênio inter- fere? - A progesterona sozinha não é trombogênica, mas, combinada com es- trogênio, pode potencializar os riscos 3) Então, sempre devo pedir sempre ex- ame de tombofilias nas pacientes antes de recomendar o anticoncepcional?- Não. Não é recomendada a investigação de trombofilias em pacientes saudáveis, não justifica os custos. Progestagênio - Inibição do pico pré-ovulatório do hor- mônio luteinizante (LH), evitando, assim, a ovulação. - Espessa o muco cervical, dificultando a ascensão dos espermatozoides; - Exerce efeito antiproliferativo no en- dométrio, tornando-o não receptivo à im- plantação; - Altera a secreção e a peristalse das trompas de Falópio 37 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Ação do progestagênio e do estrogênio nas pílulas combinadas Estrogênio - Age inibindo o pico do hormônio folícu- lo-estimulante (FSH), evitando a seleção e o crescimento do folículo dominante. - Age para estabilizar o endométrio - Potencializa a ação do progestagênio, aumentando os receptores de proges- terona intracelulares. (possibilitou a re- dução do progestagênio nos contracep- tivos combinados e permitem que a mul- her continue menstruando) O etilenoestradiol, encontrado nas pílu- las combinadas, atua comprometendo metabolismo de carboidratos, lipídios e aumentam o risco de HAS. Verdade ou mentira? Verdadeiro 1) O EE reduz a sensibilidade à insulina em pacientes diabéticas 2) O EE estimula a síntese hepática de triglicérides (TG): Mulheres com hiper- trigliceridemia devem preferir os méto- dos não hormonais ou apenas de prog- estagênio 3) O EE aumenta a síntese hepática de angiotensinogênio, que, por sua vez, eleva a pressão arterial sistêmica por meio do sistema renina-angiotensinaal- dosterona 1) Enxaqueca com aura 2) Enxaqueca e e 35 anos 3) Tabagismo (e15 �/dia) e e 35 anos 4) Trombose venosa profunda (TVP) e Tromboembolismo pulmonar (TEP) prévios 4) Câncer mama (antecendente pes- 38 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Contraindicações absolutas do uso de ACO combinados soal) 5) HAS (PAS e 140-159 ou PAD e 90-99) 6) Diabetes + Vasculopatia 7) IAM/AVC 8) Cirrose descompensada ou tumor hepático (maligno ou adenoma) 9) Lúpus + Anticorpo antifosfolípide pos- itivo ou desconhecido 10) Cirurgia + Imobilização (retirar o método) 11) Anticonvulsivantes (Fenitoína) 12) Amamentação 13) Doença Valvular complicada Contraindicações absolutas do uso de ACO de progesterona isolados (de uma forma geral) 1) CA de mama atual Contraindicação absoluta do uso de AC oral de pregestagênio isolado? Câncer de mama atual (Anterior, sem evidência da doença por pelo menos 5 anos é critério 3) Mecanismo de ação da Contracepção de emergência Depende da fase - Se usado na primeira fase do ciclo menstrual: impede o pico de LH e a ovu- lação - Se usado na segunda fase do ciclo menstrual: Altera a motilidade tubária, deixa o muco cervical mais espesso e causa atrofia do endométrio (prejudica a implantação) Produtos que atuam como AE a) Método Yuzpe - compreende uma dose de 0.50 mg de levonorgestrel + 100 ¼g de Etinilestradiol em duas tomadas com intervalo de 12 horas e deve ser usado até 72 horas após a relação sex- ual desprotegida. (Ao todo = 1g de lev- onogerstrel + 0,2 mg de ee.) b) Levonorgestrel - um comprimido de 39 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quais são os tipos de anticoncepção de emergência aprovados pelo Ministério da Saúde para uso no Brasil 1,5 mg ou dois comprimidos de 0,75 mg em uma única dose ou 1 comprimido a cada 12 horas. O seu uso deve ser feito até 5 dias após a relação sexual despro- tegida, mas a eficácia é maior quanto antes for utilizado(1-3). Esta opção está disponível no SUS. Qual o mecanismo de ação dos DIUs Ação em comum: • Inibe o transporte do espermatozoide • Altera o transporte do óvulo • Inibem a fecundação • Inibem a implantação Ação só do DIU hormonal: promove a atrofia endometrial Contraindicações do uso e DIU Contraindicações gerais � - Logo após aborto séptico - Sangramento vaginal inexplicável (sus- peita de - problema grave) antes da avaliação - Doença trofoblástica maligna (benigna é critério 3) - Câncer cervical ou do endométrio - Distorção da cavidade uterina - DIP atual - Cervicite purulenta, clamídia ou gonor- 40 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p réia atual - Tuberculose pélvica conhecida - 48h e 4 semanas pós parto - Alergia a cobre (para o diu de cobre|) Qual o melhor período para inserir o DIU? Na menstruação 1) Para saber que ela não está grávida; 2) A inserção é facilitada, pois o colo está entreaberto) DIU de cobre: Em pacientes eumenorre- icas, pode ser inserido dentro de 12 dias a partir do início da menstruação, ou seja, em dia conveniente para a mulher, e não apenas durante o período men- strual. Att.: As mulheres devem ser reavaliadas 4 a 6 sem. pós inserção Mecanismo de ação do DIU de cobre 1. Desencadeamento, pelos sais de co- bre e polietileno, de uma reação a corpo estranho pelo endométrio. 2. A liberação de uma pequena quanti- dade de metal estimula a produção de prostaglandinas e citocinas no útero. 3. Comoresultado, forma-se uma "es- puma" biológica na cavidade uterina, que, por sua vez, possui efeito tóxico so- bre espermatozoides e óvulos, alteran- do a viabilidade, transporte e capaci- dade de fertilização deles, 4. Dificulta a implantação por meio de uma reação inflamatória crônica en- dometrial. 5. A presença de cobre no muco cervical também atua na diminuição da motili- dade e viabilidade dos gametas masculi- nos. 41 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p 6. Além dos efeitos pré-fertilização, pode-se observar retardo ou aceleração no transporte dos embriões, dano a eles e diminuição da implantação Qual o melhor método contraceptivo para pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico e anticorpos antifosfolípide positivo ou desconhecido? DIU de cobre. Hormonais não devem ser usados Por que a mulher continua ovulando com o DIU de levonorgestrel? Pois sua ação é restrita à cavidade ute- rina, não ao ovário. A maioria das mul- heres ovula (A taxa de inibição da ovu- lação á inferior a 25%) Critérios permissão da laqueadura: 1° situação - 21 anos ou 2 filhos vivos (lei 14.443 de 2022) - O prazo entre manifestação do inter- esse e realização do procedimento deve ser de no mínimo 60 dias 2° situação - Risco de vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto (doença grave) - Relatório de 2 médico(a)s comprovan- do o quadro de saúde � Não é mais necessário a permissão do cônjuge É vedada até 42° dia pós-parto ou abor- to, mas existem exceções: 1) Cesáreas sucessivas anteriores (para evitar acretismo placentário) 42 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Vedações da laquedadura 2) Doença de base que causa risco à saúde (necessário o relatório de 2 médi- co(a)s comprovando o quadro de saúde) É vedado: - Indicar cesárea para fim exclusivo de esterilização - Realizar a esterilização por meio de histerectomia ou ooforectomia O que é SUA É um distúrbio em que um ou mais dos parâmetros do sangramento uterino nor- mal está alterado: quantidade, duração ou frequência. O normal é: - Perda sanguínea de 5 a 80ml - Ciclo médio de 28 dias (21-35) - Fluxo de 3 a 8 dias Menorragia X Menometrorragia Menorragia: aumento de quantidade do fluxo Menometrorragia: sangra fora dos dias Quais as principais causas de SUA na menacme Após gestação excluída: PALM: Pólipos; Adenomas; Leiomiomas; Malignidades COEIN: Coagulopatias; Ovulatórias; En- dometriais não estruturais; Iatrogenia; Não classificadas *Iatrogenias: anticoagulantes, DIU de cobre, hormônios *Não Classificadas: MAV Principal indicativo: Sangramento au- mentado desde menarca 43 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Qual o principal indicativo de SUA de origem de coagulopatias e qual a prin- cipal causa? Principal causa: Doença de Von Wille- brand, em que o paciente possui defi- ciência do fator de Von Willebrand (vW), que ajuda na agregação plaquetária. Etapas da investigação de SUA 1) Anamnese (Tempo; presença de coágulos; sinais de SOP ou anemia; medicamentos; comorbidades, etc.) 2) Avaliação inicial com exame físico geral, abdominal e pélvico; (FC; massa abdominal; lesões) 3) Quantificação do fluxo por meio do es- core: Pictorial Blood Assessment Chart (PBAC) 4) Solicitação do beta-HCG (idade re- produtiva) e hemograma completo; 5) Avaliação ultrassonográfica para afas- tar causas estruturais. * A avaliação secundária: na qual se pode acrescentar estudo da cavidade uterina por meio da histerossonografia e de métodos diretos como histeroscopia e biópsia de endométrio O PBAC é calculado a partir das carac- terísticas dos absorventes usados pela mulher durante o período de sangra- mento. Pontuação: Absorventes: 1 em cada levemente en- charcado; 5 em cada moderadamente 44 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Pictorial Blood Assessment Chart (PBAC) encharcado; 20 em cada completa- mente encharcado. Tampões vaginais: 1/5/10 Coágulos: 1 pequenos; 5 grandes Ao final, somam-se os valores obtidos; Se apresentar um escore maior ou igual a 100, representa perda sanguínea ex- cessiva, > de 80 mL Conduta SUA crônico USG com alteração estrutural: Tratar a alteração USG sem alteração estrutural 1) Ausência do desejo de engravidar - Ácido tranexâmico (Transamin): 250 a 1g por 4 dias a partir do 1° d de menstru- ação - AINE: Ibuprofeno 600 mg por 4 dias a partir do 1° d de menstruação - ACH Combinado (30 a 50 ug de etinilestradiol): 1 por dia - Progestagênio Acetato de medrox- iprogesterona 10 mg, do 5° ao 26° dia (ou injetável) - DIU de levonogerstrel � Tratamento cirúrgico: Indicado quando há falha do tratamento clínico. Pode ser utilizado ablação do endométrio e his- terectomia 45 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p 2) Desejo de engravidar - AINEs + TXA - Técnicas de RA (induzir ovulação, se necessário) Conduta SUA Agudo 1) Estabilizar hemodinamicamente (se não tiver estável) - Soro e tamponamen- to uterino 2) Identificar a causa e seguir a conduta específica se for o caso 3) Conduta medicamentosa: NÃO HORMONAL: - Ácido tranexâmico: 500 mg até no máx- imo 7 dias - AINE: Ibuprofeno 600 mg por 4 dias HORMONAL: - ACH Combinado (30 a 50 ug de etinilestradiol): 3 a 4 vezes por dia, 7 dias ou até cessar e depois (depois, 1 c/dia por 3 semanas - Estradiol oral 1 mg ou Estrogênio con- jugado (Premarin) até cessar ou por 5 dias e depois ACHO combinado diaria- mente para controle - Progestagênio Acetato de medrox- iprogesterona 20 mg, 8/8h, 7 dias 4) Tratamento cirúrgico considerando - Estabilidade clínica da mulher e sev- eridade do sangramento - Contraindicações para o tratamento clínico - Falha do tratamento clínico Reduz a fibrinólise, bloqueando compet- itivamente o sítio de ligação do plas- 46 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Qual a ação do Anti-Fibrinolítico minogênio, prevenindo a quebra da fib- rina e reduzindo sangramento Contraindicações: história de trom- boembolismo ou insuficiência renal Leiomiomas (características gerais) - É um tumor benigno monoclonal com- posto por células de músculo liso do útero, entrelaçadas por tecido conectivo - Em geral, são tumores redondos, bran- cos, firmes, elásticos - 70 a 80% das mulheres podem ter - Predominantemente nas mulheres en- tre 35 e 50 anos de idade - Hormônios sensíveis (por isso reduz na menopausa e na multiparidade e au- menta na obesidade e na SOP) Classificação dos leiomiomas e os sin- tomas de cada um * SUA, infertilidade, dismenorreia, mas- sa pélvica, dispareunia Submucoso: • Fica em íntimo contato com a cavi- dade endometrial • É o mais sintomático, cursando em SUA e infertilidade (pois distorce a cavidade endometrial) Intramural • Fica no miométrio, mas pode ter com- ponente subseroso e ou submucoso • Pode levar a quadros de SUA e dis- menorreia Subseroso: • Mais externo, ficando abaixo da serosa 47 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p uterina • É o menos sintomático • Quando presentes, os sintomas são compreensivos (Lombrossacralgia; Comprometimento da função renal; Não provoca sangramentos) Classificação FIGO leiomiomas Classifica de 0-8 0-2: submucosos (o 0 é pediculado) 3-4: Intramural 5-7: subserosos (o 7 é pediculado) 8: parasita ou cervical Diagnóstico de leiomioma 1) Exame físico: palpação e toque vagi- nal 2) Exames de imagem: - USG vaginal (intramurais e submu- cosos) e pélvico (grandes e subserosos) - Histeroscopia (mais p/ submucosos - RM (p/ úteros volumosos, miomas múltiplos ou de grandes dimensões) 3) Histologia: para confirmação ou ex- clusão do diagnóstico de câncer Leiomiomas pequenos e ausência de sintomas: - Conduta expectante Sintomáticos 48 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Tratamento de Leiomiomas a) Anti-fibrinolítico, Transamin (SUA) b) Contraceptivos combinados, isolados ouDIU c) AINEs d) Agonistas GnRH* e) Tratamento cirúrgico (miomectomia, histerectomia e embolização das aa. uterinas) Considerações cirúrgicas no tratamento de leiomiomas, qual escolher? Histerectomia: - Ausência de desejo de engravidar e falha no tratamento clínico - Miomas com crescimento na pós-menopausa, sem história de reposição hormonal. - Excluir neoplasias Miomectomia - Tumores com maior diâmetro de até 7 a 10 cm, únicos ou acompanhados de até 4 a 6 nódulos menores - Padrão-ouro para pacientes que dese- jam engravidar - Histeroscópica (p/ submucoso) ou La- paroscópica (intramurais e subserosos) Embolização das aa. uterinas - Falha de tratamentos prévios, re- cidivas, pacientes sem condições para tratamentos cirúrgicos e pacientes que optam pelo procedimento como primeira escolha - Mulheres sem desejos reprodutivos que desejam preservar o útero (risco de falência ovariana prematura, assim como de histerectomia, diante de com- plicações do procedimento.) - Mulheres com desejo reprodutivo, re- alizaram miomectomia, mas não deu certo 49 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p - Contraindicações: Infecção ativa em útero e anexos, gravidez e suspeita de câncer no trato reprodutivo Características da endometriose e prin- cipais locais de acometimento Características: - Patologia benigna - Acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva - Tende a regredir pós menopausa Principais locais de acometimento: 1) Ovário 2) Região retrocervical, onde passa os ligamentos útero-sacros (faz parte do paramétrio) 3) Intestino no retossigmoide (mas tam- bém acomete íleo e apêndice cecal) 4) Trato urinário Endometriose superficial, ovariana e profunda Superficial: Acometendo só o peritôneo Ovariana: Cistos de endometrioma. Acomete o ovário Profunda: + de 5 mm de profundidade Teorias que explicam o aparecimento da endometriose - Teoria da menstruação retrógrada - Teoria da disseminação linfática/ hematogênica - Teoria da metaplasia celômica - Teoria dos restos embrionários ou Mül- leriana - Teoria das Células-tronco - Teoria imunológica - Teoria imunológica Fatores de risco endometriose Menarca precoce, nuliparidade, aumen- to do fluxo menstrual, atraso da primeira gravidez e duração da amamentação 50 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p (todos fatores que trariam maior ex- posição estrogênica a essas mulheres.) Quadro clínico da endometriose Dismenorreia Dificuldade para engravidar (infertili- dade) Dispareunia Dor pélvica crônica Dor ou dificuldade cíclicas para evacuar � Dor ou dificuldade cíclicas para urinar Ficar atento: - A dor pélvica e dismenorreia costumam ocorrer fora do período pré-menstrual também - Quadro mais crônico, dores que inicia- ram há tempo - Sintomas começaram depois da sus- pensão de um ACH, por exemplo Diagnóstico da endometriose 1) Anamnese + exame físico 2) USG t. vaginal com preparo intestinal 3) RM (Padrão ouro atual, antes era videolaparoscopia) �Definitivo= histologia comprovando pre- sença de tecido endometrial nas lesões Principais diagnósticos diferenciais da endometriose - Doença inflamatória pélvica (DIP) - Adenomiose: mas o útero fica amoleci- do - Leiomiomas - Cisto ovariano hemorrágico 51 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p -Cistite intersticial - Infecção crônica do trato urinário - Sind. Intestino Irritável Por que a endometriose pode levar à infertilidade? A causa são as aderências, alterando anotomia da pelve e até obstruindo as tubas. Além disso, a própria resposta in- flamatória local da doença pode alterar a qualidade dos óvulos e da receptividade endometrial Tratamento endometriose Assintomáticas: tratamento expectante Sintomáticas: - 1° linha é progesterona (o melhor é implante ou DIU), mais usada é acetato de noretindrona oral - AINEs e analgésicos - Inibidores da aromatase (Letrozol, anastrozol) - Agonistas GnRH* e Danazol Para infertilidade - Ausência de dor pévica: RA de baixa ou alta complexidade e, caso não ocorra gestação, tratamento cirúrgico - Dor pélvica e bom prognóstico: trata- mento cirúrgico - Dor pélvica e mau prognóstico: Fer- tilização in vitro e, se não houver ges- tação, tratamento cirúrgico Tratamento cirúrgico (para os casos indi- cados) indicação cirúrgica endometriose - Endometrioma ovariano > 4-6cm; - Lesão em ureter, íleo, apêndice e retossigmoide (com sinais de subo- clusão); - Invasão de bexiga ou uretrer; hidrone- frose 52 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p - Tratamento clínico sem melhora �Ideal é laparoscopia; Propor congela- mento de óvulos e embriões antes da cirurgia Quando podemos considerar infertili- dade? Ausência de gravidez após 1 ano de re- lações sexuais frequentes (2 a 4 vezes por semana) e sem uso de método con- traceptivo Quando começar a investigação de in- fertilidade do casal? Febrasgo: < 35 anos: Investigação do casal infértil deve começar após 12 meses de tenta- tivas sem sucesso > 35 anos: iniciamos a investigação após 6 meses somente. MS: < 30 anos: após 2 anos de tentativas sem sucesso 30 - 39 anos: após 1 ano de tentativas sem sucesso > 39 anos: após 6 meses de tentativas sem sucesso Conduta na investigação das causas de infertilidade do casal Inicial: 1) Ultrassonografia transvaginal e his- terossalpingografia 2) Pedir T4, TSH, FSH, progesterona, estrogênio, prolactina 3) Espermograma Reserva ovariana - Por meio de: Dosagem de hormônio anti-mulleriano (HAM); FSH e estradiol no terceiro dia do ciclo menstrual; Con- tagem de folículos antrais no início do ciclo - Quando fazer: mulheres > 35 anos que não tenham concebido após 6 meses de 53 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p tentativa e mulheres com maior risco de diminuição da reserva ovariana. Avaliação secundária masculina - Por meio de: Avaliação endóc- rina (FSH, LH, estradiol, testosterona, SHBG, prolactina, TSH e T4 livre); USG com doppler de bolsa escrotal; Análise da urina pós-ejaculação - Quando fazer: quando o espermogra- ma der anormal Resultados considerados normais es- permograma Volume: 2-5 mL pH: 7,2-8,2 Concentração espermática: > 15 mil- hões/mL Motilidade progressiva (A + B): > 32% Leucócitos: <1% Morfologia: >4% Total espermatozoides no ejaculado: > 40% - Abstinência sexual de dois a cinco dias deverá ser respeitada antes da análise com coleta - Diante de uma análise tida como "anormal", recomenda-se a repetição do exame de preferência com mais duas amostras em tempos diferentes (interva- lo de 12 semanas) Principais causas de infertilidade de fa- tor: a) SOP*, Hiperprolactinemia, Insuficiên- cia ovariana primária (IOP) b) Sinéquias intrauterinas Síndrome de Asherman), Pólipos endometriais, 54 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p a) Anovulatório b) Uterino c) Tuboperitoneal d) Cervical Miomas submucosos e Anomalias con- gênitas (útero bicorno ou didelfo, septo uterino) c) Endometriose, DIP, cirurgias prévias e tuberculose prévia d) Cervicites, malformações congênitas, alterações no muco Principais causas de infertilidade de fa- tor masculino - Varicocele - Uso de esteroides anabolizantes e tabagismo - Infecções (*caxumba) - Traumas (torção testicular) - Tumores - Iatrogenias (quimio e radioterapia) Quando realizar a Ultrassonografia transvaginal na avaliação da infertili- dade de causa feminina? Fazer na fase folicular inicial Irrigação e Drenagem linfática das mamas Irrigação - Torácica interna ou mamária interna (Ramos da subclávia) - Torácica lateral (Ramo da Axilar) - Ramos laterais das artérias inter- costais posteriores Drenagem linfática - Para linfonodos axilares (75%) - Para os linfonodos paraesternais - Para a mama oposta - Para os linfonodos abdominais Hipomastia, Hipertorfia da mama e Simastia HIPOMASTIA: mama de pequeno vol- ume, uni ou bilateral HIPERTROFIA: mama de grande vol-ume, uni ou bilateral SIMASTIA: confluência medial das mamas unidas por ponte de tecido 55 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Amastia; Amazia e Atelia AMASTIA: ausência total da glândula, uni ou bilateral AMAZIA: ausência do tecido mamário com presença do complexo areolomami- lar. ATELIA: ausência areolomamilar, ex- tremamente rara. Polimastia; Politelia POLIMASTIA: presença de mais de duas glândulas mamárias, podendo ser completa (com aréola e mamilo) ou ape- nas parênquima, geralmente durante ci- clo grávido-puerperal. POLITELIA: presença de mamilo acessório, sem tecido mamário, geral- mente na região torácica inferior e no abdome superior. - Relacionada ao período menstrual e oscilação de hormônios - Principalmente nos quadrantes super- olaterais, que é onde tem mais glândulas - Tende a ser bilateral e difusa 56 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Mastalgia cíclica (Doença fibrocística benigna das mamas) - Dor com "sensação de peso aumenta- do" nas mamas Orientação, prescrição de analgésicos e tratamento hormonal Causas e características da mastalgia acíclica Características: Geralmente é uma dor mais intensa unilateral em queimação ou pontada. Geralmente apresenta de- sconforto localizado em um ponto da mama, que pode irradiar para axila, braço, ombro e mão Causas: MAMÁRIAS: hipertrofia mamária, macrocistos, nódulos de grande dimen- são, cirurgia mamária prévia, adenose esclerosante, ectasia ductal, mastites, trauma, medicamentos, entre outras. EXTRAMAMÁRIAS: dor referida devida às afecções em outras estruturas que se relacionam anatomicamente com as mamas. São elas: dor muscular, cos- tocondrite (síndrome de Tietze), neu- rite intercostal, bursite escapular, her- pes-zóster, fibromialgia, dor torácica atípica (pulmonar, cardíaca, gástrica) e trauma 1) Solicitação de exames se suspeito, acompanhado de alteração do exame físico e/ou para descartar câncer: Ex- clusão de câncer: USG e mamografia 57 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Conduta da mastalgia - Cíclica, bilateral, sem alterações: 1) Orientação verbal e tranquilização 2) Se persistir dor: Analgésicos, AINEs 3) Sem melhora: Tamoxifeno 10mg/dia (3-6 meses) 4) Na persistência: discutir outras ter- apias - Acíclica, unilateral, localizada 1) Exclusão de câncer: USG e mamo- grafia são usados em casos considera- dos suspeitos 2) Determinar causa (extramamária ou mamária) 3) Tratar a causa Medicamentos úteis para a dor: AINEs na forma de gel; Medicações ansiolíti- cas; Bloqueio hormonal (inibidores de estrogênio e da prolactina); Tamoxifeno (evitar ao máximo medicar) Conduta diagnóstica no aparecimento de um nódulo 1) Anamnese 2) Exame físico (preferência pós men- struação) 3) Exame radiológico (USG) e cito/histopatológico 4) Conduta de acordo com o diagnóstico (cisto, fibroadenoma, etc.) Conduta cisto de mama Cisto simples 1) Aspiração 2) Se desaparecer totalmente na USG = acompanhamento semestral * Se houver sangue na aspiração = exérese Cisto complicado ou espesso: - seguimento 58 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Cisto Complexo - biópsia e/ou exérese Características fibroadenoma e conduta Características - Mais comum em mulheres jovens (< 30 anos): - Lesão benigna e não aumenta o risco de câncer de mama - O crescimento é limitado e lento (geral- mente não ultrapassa 2 cm) - Nódulo fibroelástico, indolor, bem de- limitado e móvel Conduta 1) Realização de exames (USG e mamografia) se necessário para excluir outras lesões associadas) 2) Seguimento (Exérese só se >2cm; crescimento; desejo da paciente; sus- peito) Características - Pode ser benigno, boderline ou maligno (pode recidivar e metastatisar) - Indolor, bem delimitado - Crescimento rápido e grande - Pode gerar úlcera se o tumor crescer 59 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Características Tumor Phyllodes e con- duta muito rápido Conduta - Biópsia e exames confirmatórios - Exérese sempre Características cisto X fibroadenoma Cisto: - Nódulo amolecido, bem delimitado, móvel e pode ser dolorido. - Na USG: nódulo bem delimitado com conteúdo anecoico (preto por dentro) e um reforço acústico posterior (sombra branca embaixo) Fibroadenoma: Nódulo fibroelástico, in- dolor, bem delimitado e móvel - Na USG: Bem delimitado e com bordas bem definidas * Diferenças: dor e consistência; reforço acústico posterior na USG Conduta nódulos de mama com clínica ou imagens suspeitas 1) Biópsia com agula grossa a) Benigno e compatível com imagem = seguimento b) Benigno inespecífico, atipias = cirur- gia Características de benignidade: • Normalmente são móveis • Apresentam consistência firme e elás- tica • Possuem contornos regulares e mar- gens bem definidas • Menor que 2 cm Características de malignidade: 60 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Características de nódulos benignos e malignos no exame de imagem • Normalmente são aderidos • Apresentam consistência endurecida • Possuem contornos irregulares e mar- gens indefinidas • Descarga papilar pode ter sanguinolen- ta ou em Água de rocha • Podem estar acompanhado de re- tração de pele, retração mamilar invasão da pele ou da parede torácica Conduta diante de derrame papilar sus- peito Derrame papilar suspeito: Uniductal, unilateral, espontâneo; sanguinolenta (Papiloma intraductal) ou em água de rocha (cristalino); em idosas; com tu- morações associadas 1) Examinar a paciente; 2) Pedir exames de Imagem Mamografia e ultrassonografia (que geralmente são inconclusivos) ³ Se demonstrarem alterações: Investigar conforme anormalidade ³ Se forem inconclusivos: Prosseguir na investigação com ductectomia e biópsia Características do derrame papilar na ectasia ductal e sua conduta Características: - Sempre benigno - Ocorre devido ao acúmulo de secreção das mamas e dilatação ductal - Multiductal, Bilateral, Colorida: es- verdeada, azulada, citrina, amarelada Geralmente, autolimitado e com massa associada Conduta: - Seguimento Característica: branco Conduta: 1) Avaliar hiperprolactinemia 61 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Características do derrame papilar lácteo e sua conduta 2) Se confirmada: - Medicamentosa: Suspender medica- mento causadores - Prolactinoma: Iniciar tratamento com agonistas dopaminérgicos Diagnóstico mastites Aguda: é clínico (pode ser usada ultra- ssonografia mamária para avaliação de abscessos) Crônico: clínico + ultrassonografia (para abcessos) + mamografia (descartar ma- lignidade) Além disso, exames laboratoriais e es- pecíficos devem ser feitos de acordo com a suspeita da causa infecciosa ou não infecciosa Principal causa de mastite aguda Lactacional (puerperal) - Afeta 10% das mulheres que amamen- tam (principalmente 2°-5° semana) - É decorrente da infecção da mama du- rante a amamentação e costuma durar menos de 30 dias - Causa: Decorrente da má pega Conduta da mastite aguda 1) Orientar a manter a amamentação 2) Drenar a mama adequadamente 3) Antibioticoterapia: cefalexina 4) Se houver abcesso ’ drenagem (cole- tar o pus e mandar para antibiograma, em caso do antibiótico não funcionar) Principal mastite crônica a) - Geralmente unilaterais (mas podem ser bilaterais) - Inflamação ’ pequeno abscesso ’ for- mação de fístula ’ cicatrização - Repete-se clinicamente várias vezes, com intervalos de meses a anos 62 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Mastite Periareolar Reicindivante - ASCR a) características b) etiologia c) conduta b) Ainda é desconhecida, mas a maio- ria das pacientes é fumante � (Tabagis- mo está associado a danos dos ductos, necrose e metaplasia) c) - Fase aguda: Metronidazol + Cefalexi- na, ciprofloxacina - Casos Recidivantes: exérese de ductos - � Sempre recomendar a parar de fumarEczema areolomamilar Dermatite descamativa e exsudativa do completo areolomamilar - Característica: Muitas vezes é bilateral e pruriginosa - Causas: psoríase, dermatite sebor- reica, dermatite de contato, dermatite atópica, neurodermatites, alergia aos tecidos sintéticos dos sutiãs � - Conduta: Aguda: Thiersch (Antissépti- co, bacteriostático e fungistático) + Cor- ticoide tópico Crônica: Corticoterapia Amenorreia primária e secundária Primária: menina com 16 anos e com al- guns caracteres sexuais, mas que ainda não menstruou OU menina de 14 anos sem caracteres sexuais e que não men- struou Secundária: A mulher já menstruou em algum momento da vida, mas a men- struação está ausente há pelo menos 3 ciclos ou 6 meses 1) Pedir exame de gravidez 2) Pedir teste de prolactina 3) Solicitar TSH 63 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Quais exames solicitar na investigação da amenorreia secundária? 4) Fazer teste de progesterona: se san- grar, era falta de progesterona, se não, continuar a investigação Causas de amenorreia por comprometi- mento da via da passagem Primária: - Hímen imperfurado - Fusão labial - Septo vaginal transverso - Síndrome de Mayer-rokitan- sky-kuster-hauser - SIA (Síndrome de Morris) Secundária: - Sinéquias uterinas (Síndrome de Ash- erman, principalmente após curetagem) - Estenose do colo uterino - Aderência vaginal Síndrome de Mayer-rokitan- sky-kuster-hauser Consiste na agenesia ou disgenesia da porção mülleriana da vagina e do útero, determinada durante o processo de em- briogênese dos órgaos genitais femini- nos. Caracterizada pela ausência ou desen- volvimento insuficiente dos órgãos gen- itais internos: tubas uterinas, útero e canal vaginal. As mulheres com essa condição possuem apenas a porção fi- nal da vagina, com comprimento de, no máximo, 2 centímetros. Elas podem ain- da ter a presença do útero, mas como um órgão "rudimentar", ou seja, que não funciona e não é capaz de gestar. *Tem características sexuais pois preserva ovário (AMENORREIA PRIMÁRIA - DE PAS- SAGEM) 64 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p SIA (Síndrome da insensibilidade an- drogênica) - Síndrome de Morris - Não tem receptor de testosterona - É XY (genótipo masculino, mas fenótipo feminino), - não tem útero devi- do a elevados hormônios AMH produzi- dos pelo testículo, que inibe - Ausência de pelo (na forma clássica) - Tem testículo: precisa retirar (AMENORREIA PRIMÁRIA - DE PAS- SAGEM) Síndrome de Asherman A síndrome de Asherman, também denominada sinéquias uterinas ou adesões intrauterinas, consiste em uma desordem na qual há destruição do endométrio precedida por formação de sinéquias (aderências fibrosas) na parede uterina, levando à amenorreia. (geralmente devido a curetagem) (AMENORREIA SECUNDÁRIA - DE PASSAGEM) Causas de amenorreia por comprometi- mento das gônadas (ovários) Primária: • Disgenesia gonadal • Agenesia gonadal • Turner e suas variações • Disgenesias gonadal pura � Solicitar cariótipo 65 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Secundária • Falência ovariana - menopausa Causas de amenorreia por “FSH e LH - Hipogonadismo hipogonadotrófico Amenorreia primária: • Síndrome da sela vazia Amenorreia secundária • Síndrome de Sheehan Infarto da hipó- fise secundário a hemorragia pós parto • Síndrome de Simons: Igual se Shee- han, mas não é pós parto • Tumores de Hipófise • Prolactinoma/ Hiperprolactnemia Causas de amenorreia por comprome- timento do hipotálamo- Hipogonadismo hipogonadotrófico Primária: • Síndrome de Kallman (Deficiência de GnRH) • Hipogonadismo hipogonadotrófico id- iopático • Retardo puberal idiopático Secundária • Doenças crônicas debilitantes, anorex- ia nervosa, bulimia, estresse, exercício físico intenso, desnutrição (porém, sem- pre excluir tumores e infeções do SNC Síndrome de Kallman O síndrome de Kallmann (KS) é uma doença genética congénita caracteri- zada pela associação de hipogonadis- mo hipogonadotrófico (HH) por defi- ciência da hormona libertadora de go- nadotropina (GnRH), e anosmia ou hiposmia (com hipoplasia ou aplasia do bolbo olfactivo). 66 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Etapas do ciclo da Resposta Sexual Hu- mana a) Masters e Johnson (1966) b) Kaplan (1979) c) Associação Psiquiátrica Americana (2002) d) Basson a) Excitação, Platô, Orgasmo, Res- olução b) Desejo, excitabilidade e orgasmo c) Desejo, Excitação, Orgasmo, Res- olução d) Não é linear, é cíclica Modelo Basson sexualidade - Pode iniciar com desejo ou o estímulo sexual provocar o desejo (que alimenta mais a excitação) - A mulher tem pouca influência de hor- mônios para o início do estímulo sexual - A motivação feminina decorre de "rec- ompensas" ou "ganhos" que não são es- tritamente sexuais, como a proximidade emocional com o parceiro que ativa o ciclo de resposta sexual seguinte - A excitação sexual da mulher é men- tal e subjetiva, podendo ou não ser acompanhada por alterações vasocon- stritoras na genitália e outras manifes- tações físicas; - Basson não cita orgasmo em seu mod- elo -> satisfação emocional e física pode ou não ser acompanhada do orgasmo (orgasmo não é elemento obrigatório para a satisfação) - Resposta sexual adequada e inadequa- da Adequada: A função sexual feminina é adequada quando o ciclo da resposta sexual está completo, estando preservadas as fas- es do desejo, excitação e orgasmo, e a mulher se sente satisfeita com sua vida sexual; Inadequada: - Não tem vontade de ter relações sex- 67 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p uais, não excita, tem ou não orgasmo na interação sexual com sua parceria (atividade sexual compartilhada) - Apenas a falta de orgasmo isolada- mente não indica uma inadequação sex- ual; Esquema EOP para abordagem da sex- ualidade pelo ginecologista E- ensinar sobre a resposta sexual (anatomia, mapeamento áreas eróge- nas e fisiologia da resposta sexual) O - orientar sobre saúde sexual (con- strução da sexualidade desde infância, vergonha, repressão familiar, cultural, religiosa, automimagem negativa, au- toestima) P - permitir e estimular a vida sexual (re- duzir culpa, falar sobre benefícios físicos e psíquicos) O que é disfunção sexual e qual sua classificação pela APA É alteração da resposta sexual que im- pede a pessoa de obter a satisfação sex- ual em atividade sexual não coerciva Desordem do interesse/excitação sex- ual (engloba alteração do desejo e da excitação sexual) Desordem do orgasmo feminino Dor genitopélvica/penetração (engloba dispareunia e vaginismo Climatério x Menopausa Climatério: é um período (geramente até 65 anos) Menopausa: um dia, a última menstru- ação (considerada 1 ano após a última menstruação) Na pré-menopausa: - Ligeiro aumento de FSH para tentar estimular os folículos - LH está normal - Hiperestrogenismo relativo (pois a ausência de ovulação regular reduz a 68 / 80 Saúde da mulher Estudar on-line em https://quizlet.com/_c5e24p Hormônios da pré-menopausa e na menopausa produção de progesterona Menopausa: - FSH superaumentado - LH aumentado - Hipoestrogenismo �Queda de hormônios: - O primeiro hormônio que caia é a inib- ina (por isso sobe os FSH) - A testosterona é o primeiro hormônio esteróide que cai Sintomas relacionados ao hipoestro- genismo na menopausa - Fogacho - Alterações de humor e sono - Sintoma urogenital (ressecamento vaginal, o schiller fica mais claro (iodo-claro), dispareunia) - Predisposição a doenças cardiovascu- lares - Osteoporose (redução de OPG) - Declínio cognitivo A terapia hormonal na menopausa au- menta os riscos de CA de mama? Aumenta, levemente, após 5 anos de uso da terapia hormonal (TH) Contrainidicações TH na menopausa - Absoluta se a paciente já teve um even- to cardiovascular (mas se ela teve um evento depois que começou o TH, não pare) - Doenças coronarianas - Lúpus eritematoso
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