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Uma análise jurídica da obra de Lon L Fuller - O caso dos exploradores de cavernas

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jusbrasil.com.br
2 de Junho de 2021
Uma análise jurídica da obra de Lon. L. Fuller - O caso dos
exploradores de cavernas
1. Introdução
Durante o processo de escavação realizado no interior de uma caverna,
por cinco membros de uma organização amadorística de escavação
(Sociedade Espeleológica), ocorreu um grande desmoronamento, tal fato
fez com que os trabalhadores não pudessem ser resgatados, bem como
retirados daquele lugar.
Todavia, após alguns dias presos, eles foram localizados pelos habitantes
daquela região e pelos responsáveis do governo, estes já haviam sido
notificados devido ao sumiço dos homens; sendo assim, de maneira
incontinenti, foi iniciada uma operação para retirar os operários de
dentro da caverna. Iniciada tal empreitada, no momento em que
começaram o processo de resgate houve um novo desabamento, o qual
ocasionou a morte de dez indivíduos que operavam no desbloqueio da
passagem.
Depois de esgotadas todas as suas fontes de sobrevivência; os operários,
em conjunto, acordaram que o indivíduo que perdesse na sorte (pelo
lançamento de dados), entre os cinco, teria sua vida sacrificada, a fim de
servir de alimento aos demais, afinal, caso contrário, todos morreriam por
inanição. Tal acordo foi sugerido pelo trabalhador Roger Whetmore.
Contudo, após o início das discussões para decidir qual seria a
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metodologia mais adequada para realizar o sacrifício dentro da caverna,
Roger desistiu da ideia, afirmando que esperaria mais uma semana antes
de apelar a tais recursos. Porém, os outros quatro trabalhadores não
voltaram atrás e, inclusive, jogaram a sorte (por meio dos dados) pelo
próprio Whetmore, embora Roger tenha concordado com a proposta, ele
não esperava que fosse ele o indivíduo que sairia derrotado desta disputa.
Portanto, Whetmore foi morto e seu corpo consumido pelos demais
escavadores na caverna.
Por fim, após serem resgatados, as autoridades e especuladores do
Condado de Stowfield descobriram que Whetmore havia sido assassinado
e servido como alimento aos outros exploradores, causando grande
reboliço e impacto em toda região em que viviam os homens soterrados.
2. Resumos dos votos dos juízes
a. Presidente da Suprema Corte Truepenny
Basicamente, o Presidente da Corte decidiu por condená-los, isso é, em
seu voto adotou uma perspectiva legalista e formal, seguindo o princípio
positivista como fator norteador. O Excelentíssimo Presidente da
Suprema Corte lastreou seu voto em dispositivos legais, sem considerar a
situação emergencial na qual se encontravam aqueles homens.
Justificando de maneira objetiva, o juiz afirmou que a lei é clara, bem
como não abre brecha às exceções, não pode ser desconsiderada, tendo
em vista a organização a ser mantida.
Em seu voto, o magistrado sentenciou baseado no texto legal, utilizando
uma espécie de hermenêutica literal-gramatical, sem abertura para
fatores históricos, lógicos e, até mesmo, irascíveis. Truepenny deixa claro
pelo seu voto sua postura legalista e sua conduta de juiz “boca da lei” ou,
no vernáculo original francês “bouche de la loi”, o dispositivo versa acerca
do homicídio da seguinte maneira: “Quem quer que intencionalmente
prive a outrem da vida será punido com a morte". N. C. S. A. (n. S.) § 12-
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A; sendo assim, não resta dúvida sobre o embasamento legal-teórico
utilizado pelo presidente da corte.
Em razão de uma perspectiva simplista e restritiva, o juiz reduziu a
situação ocorrida a um acontecimento banal e comum, desconsiderando
os fatores instintivos que motivaram aqueles homens para a prática dos
atos cometidos.
b. Juiz Foster
Contrariando o voto do Presidente dessa Corte, o juiz Foster votou pela
absolvição de todos os operários, utilizando uma argumentação mais
jusnaturalista. Ou seja, de acordo com este magistrado, o direito positivo
deriva de um determinado Contrato Social, nos mesmos moldes
idealizados por Hobbes e Rousseau.
Dentro desta perspectiva, Foster utilizou, primeiramente, a argumentação
de que seria possível observar que os indivíduos presos naquela caverna
estavam fora da sociedade civil pré-estabelecida nesta Commonwealth,
isso é, sem a presença do Contrato Social, regressando, portanto, ao
chamado “estado de natureza”. Por essa razão, o pacto celebrado
voluntariamente (ao menos a princípio) entre os escavadores representa a
nova instauração de um Estado, legitimando a máxima cessante ratione
legis, cessat et ipsa lex, isso é, cessando a razão da lei, cessa-se também
sua disposição.
Por último, admitindo um possível equívoco no que tange ao argumento
apresentado anteriormente – a inaplicabilidade do direito positivo ao fato
concreto, tendo em vista o “estado natural” em que se encontravam –, o
juiz vai além e, aplicando a máxima de que “um homem pode infringir a
letra da lei sem violar a própria lei”, afirma que os homens não
transgrediram a lei, afinal, por uma perspectiva racional, é possível
verificar o propósito evidente da lei; assim como matar em legítima
defesa é escusável, embora a lei, em seu sentido literal, disponha de outra
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maneira, matar alguém, correndo risco de viver ou morrer também
poderá sê-lo.
O magistrado utiliza um argumento interpretativo, ou seja, justifica seu
voto devido à sua interpretação lógico-sistemática – visando um resultado
lógico que deverá ser aplicado num conjunto sistemático de normas
coerentes –. Foster busca aspectos materiais da norma para interpretá-la,
analisando os propósitos reais que levaram à criação de tal lei. Portanto,
Foster realiza uma digressão ao se questionar o seguinte fato: Durante o
processo de construção de pontes, túneis ou edifícios, é possível se
estimar o número de vidas que tal obra demandará; sendo assim, por que
se deve auferir valor absoluto de uma vida na situação desesperadora na
qual aqueles homens haviam sido encontrados?
Enfim, este juiz absolve os réus e, por isso, os inocenta de todas as
condenações referentes ao assassinato de Roger Whetmore.
c. Juiz Tatting
O Juiz Tatting assume uma postura um pouco mais ‘segregacionista’,
afinal, ele afirma que deseja dissociar os juízos emocionais e intelectuais
de sua decisão. Por isso, ele conclui que o voto proferido pelo Juiz Foster
é contraditório e paliativo, tendo em vista que o referido voto não citou o
momento em que se iniciara e terminara o “estado de natureza” e o
“estado de sociedade civil”, respectivamente. Sendo assim, Tatting não
deixa ser influenciado pelo fator contra legem como o fez o juiz anterior
e, sim, ex lege.
Explicitando sua posição contrária, este togado afirma que na teoria, isso
é, diante às fantasiosas doutrinas (conforme assim as nomeia), a
consideração de Foster pode ser aplicada, todavia, na prática, não se deve
esquecer-se do “direito positivo” como no voto anterior pôde ser
verificado.
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Abrindo espaço para novos argumentos, o Juiz Tatting explana que, como
juiz do Tribunal de Newgarth e encarregado de fazer cumprir as leis
positivadas pelos homens, não poderia ele, simplesmente, abdicar desta
função e, por isso, decidir como se estivesse numa sessão do “Tribunal da
Natureza”. Além disso, ainda critica o fato de que o magistrado tenha
admitido a existência de outro ‘contrato’, o qual não admite rescisão
(referindo-se ao fato de Whetmoreter-se abstido após a tomada de
decisão de assassinar alguém), nada obstante, este tratado ainda
admitiria a possibilidade de outorgar a terceiros poderes de comer seu
próprio corpo.
Aprofundando um pouco mais o conteúdo de seu voto, o juiz Tatting
afirma que, embora a lei deva ser interpretada pelo seu propósito, isso é,
pela sua lógica, há de se observar quais serão os limites dessas novas
exceções admitidas no voto do Juiz Foster, afinal, qual seria a decisão do
magistrado caso os outros homens acordassem entre eles um contrato, no
qual previsse a execução de Whetmore, alegando um estado físico mais
debilitado que os demais? Ou ainda, pelo fato de todos serem ateus e
Roger ser o único a acreditar na vida após a morte? Estas e outras
questões são levantadas pelo juiz, demonstrando sua inclinação por um
plano mais ‘positivo’ do que o ‘jusnaturalismo’.
Preocupado com o julgamento de litígios futuros, bem como com a
legitimidade da aplicação das leis no Condado, o árbitro Tatting decide
abster-se da votação, isentando-se da responsabilidade de decisão no caso
dos exploradores de caverna.
d. Juiz Keen
Este juiz, ao iniciar seu voto, prefere esclarecer duas questões que,
durante os demais votos, permaneceram um pouco obnubiladas. A
primeira delas se refere ao voto prolatado pelo Presidente da Corte, o Juiz
Truepenny; Keen explana que não pertence ao escopo daquele tribunal
solicitar clemência ao Poder Executivo em razão do ato cometido pelos
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exploradores, isso é, não faz parte da competência dessa corte instruir o
chefe do Executivo sobre aquilo que deve ser feito neste caso,
especificamente. A segunda questão colocada em pauta pelo magistrado
Keen se refere às concepções valorativas que se fazem tão presente nos
votos proferidos pelos juízes anteriores, Keen classifica como irrelevante a
qualificação do ato praticado por aquele grupo de homens, afinal, como
juiz, sua função seria, unicamente, a de aplicação da lei, bem como as
demais normas de conduta impostas pelo direito local.
Durante seu voto, o juiz Keen enfatiza a importância de averiguar se os
réus, de acordo com o disposto no § 12-A, privaram intencionalmente da
vida a Roger, isso é, cometeu o ato delituoso previsto na lei local. Diante
dessa perspectiva, Keen ainda afirma que qualquer observador imparcial
que se inclinar atentamente ao significado natural dessas palavras
escritas na lei chegará à conclusão de que a intenção foi, de fato, privar
Roger Whetmore de sua vida. Este juiz concatena duas ideias implícitas
nesse caso, tornando possível identificar o núcleo da complexibilidade de
toda essa questão; a dificuldade de distinção entre os aspectos legais e
morais presentes no litígio.
De maneira objetiva e metafórica, Keen satiriza o voto de Foster, de modo
que evidencia sua postura crítica em relação a dificuldade deste
magistrado em seguir a lei. Keen ainda endossa que já é passado o tempo
em que os juízes deveriam julgar baseado numa supremacia de valores,
isso é, com uma característica marcante de relativização do direito, bem
como de suas ramificações. É chegada a hora de representar, assim como
legitima o poder judiciário, representar a alta hierarquia dos poderes, de
modo a cumprir todas as leis e regras que juraram no exato momento em
que foram investidos ao cargo de magistrados daquela corte.
Segundo Keen, no momento em que o legislador supôs a existência da
norma de qualificação do assassinato como crime, não houve um
‘propósito’ em qualquer sentido que se refira esta palavra, mas sim, tal lei
reflete determinada convicção humana referente ao fato de que o
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assassinato é algo injusto, bem como moralmente inaceitável por essa
sociedade.
Por meio de densas críticas realizadas ao voto abstrato e fracassado do
juiz Tatting, Keen enfatiza a importância de julgar suas decisões visando
aos futuros reflexos que esta poderá ocasionar. Sendo assim, mantendo
uma postura firme, bem como ressaltando sua preocupação com relação
aos perigos implícitos nas concepções de magistratura postuladas por
Foster, o árbitro Keen decide por confirmar a condenação de todos os
réus que participaram do assassinato de Roger Whetmore.
e. Juiz Handy
O Juiz Handy, ao assumir uma postura mais humanitária, postula uma
posição diferenciada dos demais juízes, destacando sua perspectiva em
razão de sua compreensão acerca da justiça. Sendo assim, este magistrado
clama por uma aproximação maior do Poder Judiciário ao homem
comum, de modo que as causas deverão ser julgadas defronte àqueles que
vivenciaram a situação de risco iminente.
Portanto, mantendo a convicção de que a população, em casos como este,
deveria intervir de maneira diametral – confirmando a sentença de
primeiro grau ou, até mesmo, absolvendo os réus –, a fim de levar em
conta toda a súplica popular. Handy, em seu voto, considerou uma
pesquisa realizada, a qual demonstra uma conclusão sobre a opinião
pública sobre o caso sub judice, sendo que 90% dos habitantes decidem
pela absolvição dos réus e, adversamente, os outros 10% sequer sabe qual
seria ao certo o real significado daquela questão para todos os cidadãos,
bem como sua importância para o Poder Judiciário.
Sendo assim, o último juiz decide absolver os réus de todas as acusações
e, por fim, absolvê-los da condenação à morte, conforme havia feito o
tribunal antecessor.
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3. Conclusão
Após ler com muita atenção os votos dos juízes presentes na obra,
represento minha decisão lastreada num posicionamento imarcescível.
Em contraposição ao pensamento apresentado por alguns juízes, tais
como Foster, eu, ao elaborar minha sentença, pude analisar e estudar o
conteúdo normativo em si. Ao verificar o sistema legal vigente nesta
cidade, chega-se à conclusão de que houve, de fato, uma contravenção
grave realizada pelos escavadores. Ao assassinar em Roger Whetmore,
mais do que uma vida e, além do ultraje social que cometeram, os
mineradores violaram uma norma posta pela sociedade, com legitimidade
e validade suficiente para determinar e ordenar condutas. Sendo assim,
por essa ementa enunciada acima, torna-se palpável a possibilidade de
compreender quais foram os princípios por mim analisados ao elaborar
este voto.
Pretendo, nessa redação, dar enfoque na norma que, não por acaso,
pertence ao ordenamento jurídico, afinal, nenhum dos ínclitos julgadores
se preocupou ao real significado que o legislador legitimou ao postular
esse diploma. Ou seja, a lei se faz muito clara ao dizer “Quem quer que
intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a Morte”, isso
é, qualquer um que tenha matado alguém, com a intenção de fazê-lo,
deverá ser punido com a morte. Analisando com mais precisão, valendo-
me da premissa de que uma norma só possui um único propósito, entre
eles o de permitir, ordenar e, por último, atribuir dada competência; é
fato de que esta norma se refere à proibição de determinada conduta por
meio da coação por uma sanção. Ao meu ver, Kelsen, ao elaborar sua obra
“Teoria Pura do Direito”, ilustra de maneira objetiva o que pretendo
demonstrar em meu voto, isso é, nesse sentido, não há possibilidade de
fugirmos da responsabilidade de atribuirmos uma sanção, como o fez o
juiz Truepenny, muito menos negar a culpabilidade desses réus, alegando
a existência de um outro “estado”, como o fez o juiz Foster.
Sendo o Estado o órgão de máxima competência para execução de
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normas, bem como responsável pela aplicação destas, é meu dever
analisar meticulosamente cada aspecto do caso, a fim de não cometer
erros e poder preencher a moldura desta lei, conforme minha
interpretação do próprio ordenamento. Nesse contexto, o Estado admite a
existência de uma ‘norma fundamental hipotética’, sendo esta o
pressuposto de validade do princípio que fundamenta a norma, ou seja,
no momento no qual os escavadores assassinaram intencionalmente
Whetmore, o crime de homicídio foi constituído, por essa razão, a
punição pelo ato delituoso cometido por aqueles homens será, única e
exclusivamente, a morte.
Ademais, voltando à questão levantada pelo juiz Tatting, que tipo de
contrato seria o elaborado por estes homens que, além de não respeitar
uma possível rescisão, colocaria em risco a vida de um homem e, muito
pior, utilizaria esta como objeto principal do contrato. De maneira
simples e rápida irei refutar este argumento, afinal, a meu ver, não há
estabelecimento de um novo contrato, tendo em vista que as normas
vigentes em nossa sociedade já possuem validade por si só, não
necessitando de acordos complementares a fim de suprir as lacunas,
tendo em vista que não há lacunas no ordenamento, admitindo assim, o
princípio da ‘norma geral de permissão’, o qual abraça o fato de que as
nossas normas possuem um objetivo – permitir, ordenar ou dar
competência –, todavia, aquilo que não está previsto em na codificação,
obrigatoriamente será aceito e permitido pela sociedade. Deste modo,
conforme supramencionado, aqueles homens cometeram, de maneira
axiomática, uma transgressão nas leis.
O que almejo nesse voto é validar a asserção de que ‘a norma é o ‘dever
ser’ do ‘ser’ ato de vontade’. Ao elaborar esta epígrafe, o jurista e filósofo
austríaco, Hans Kelsen, enfatiza a importância da validade da norma e da
competência que aqueles que a elaboraram detinham. Logo, aplicando
este adágio ao presente contexto, é possível afirmar que, no momento em
que o poder legislativo elaborou tal norma, foi lhe dada determinada
competência para que agisse desta maneira, sendo assim, não há motivos
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para isentar a culpa dos homens que estavam dentro da caverna, tendo
em vista a objetividade da norma, bem como sua validade perante todos
os membros da comunidade.
Diante o exposto, nada me resta, senão confirmar a sentença
condenatória dos réus prolatada pelo juízo ‘a quo’. E, por fim, defender a
legitimidade do Estado, sendo este composto pela autoridade de todas as
normas existentes na sociedade de Stowfield. Os réus são culpados pelo
assassinato de Roger Whetmore e, por essa razão, deverão ser
condenados à pena máxima da sociedade, à pena de morte.
4. Bibliografia
FULLER, Lon, O caso dos Exploradores de Caverna. Sérgio Antonio
Fabris Editora. 1976. Porto Alegre – Brasil.
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. Martins Fontes Editora. 2000.
São Paulo – Brasil.
Disponível em: https://marinalipere.jusbrasil.com.br/artigos/381068750/uma-analise-juridica-da-
obra-de-lon-l-fuller-o-caso-dos-exploradores-de-cavernas
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