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Diagnóstico por imagem - Aula 13 - Segmento cefálico

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Prévia do material em texto

1 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
Meninges 
 
As meninges são membranas que protegem e 
envolvem o encéfalo. De dentro para fora: 
• Piamater (verde): meninge que está colada ao 
encéfalo. 
• Aracnoide (vermelho): entre pia e dura. 
• Dura-mater (azul): mais externa em relação a 
aracnoide, está bem colada na calota craniana. 
• Espaço epidural: entre a calota craniana e a 
dura-máter. 
• Espaço subdural: entre a dura-máter e a 
aracnoide. 
• Espaço subaracnoide: entre a aracnoide e a 
pia-máter. 
Diante de um trauma, é preciso fazer uma TC para 
saber se tem sangue, porque o sangue é muito 
facilmente visto na TC, ele é hiperdenso, ele brilha, 
é branco. A TC acaba sendo o único método 
realizado em situações de trauma porque o objetivo 
é vermos sangramento no parênquima encefálico. 
Sangramento – TC 
Hematoma epidural 
Imagem hiperdensa que na TC 
sem contraste é sangue ou 
calcificação, mas nessa 
quantidade e nesse formato, 
é sangue. O formato é de 
lente biconvexa, ou imagem 
de limão. Então, nesse caso, o 
paciente deve ter tido um trauma importante, 
observa-se que o sangue é mais hiperdenso, é mais 
agudo. 
Espaço epidural ou extradural: entre a calota e a 
dura-mater. O espaço epidural é um espaço que, de 
fato, não existe, porque a dura-máter está colada 
na calota. Então, para acumular sangue nesse lugar, 
tem que ser um sangue de alta pressão, um sangue 
arterial, um trauma bastante severo com fratura 
de crânio, com lesão de artéria, artéria meníngea 
média. 
No hematoma epidural, a imagem hiperdensa do 
sangramento vai se apresentar com um formato de 
lente biconvexa, chamada de imagem em limão. A 
história é de um acidente automobilístico. Na TC 
também observa fratura, paciente teve um trauma 
forte, ele perde a consciência no momento do 
trauma, depois recobra à consciência. Quando o 
sangramento continua ele agrava, piora, volta a 
perder a consciência novamente, tem-se o que se 
chama de “intervalo lúcido”. No epidural, como é um 
sangramento arterial, o volume de sangramento é 
maior e isso pode aumentar a pressão intracraniana, 
geralmente tem que intervir, porque a possibilidade 
de descompensar é muito grande. 
Então esse quadro costuma ser mais agudo e 
costuma ser mais grave porque como o sangramento 
é de alta pressão, o volume extravasado, 
geralmente, é maior e aí ocupa mais espaço e pode 
desviar a linha média dando, assim, instabilidade. 
Quando se tem essa imagem citada acima, é preciso 
de uma intervenção para drenar esse hematoma e 
descomprimir e sair do quadro de urgência e 
instabilidade. Logo, esses pacientes requerem uma 
intervenção maior. 
RECAPITULANDO 
Hematoma epidural - história clássica: 
• Intervalo lúcido; 
• Traumatismo de maior magnitude, fratura de 
crânio, lesão de artéria meníngea média; 
• Imagem hiperdensa em formato de lente 
biconvexa/limão; 
• Geralmente, necessita de intervenção. 
 
Segmento Cefálico 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
Hematoma subdural 
Observa-se imagem de meia 
lua crescente, hiperdenso, 
imagem em banana. Percebe-
se que ele não é tão branco 
como o primeiro, porque é uma 
história mais arrastada, 
então parte da hemoglobina 
já foi absorvida (que é o que dá hiperdensidade). Na 
parte superior já tem uma parte hipodensa, que já é 
um seroma, um higroma. Então, pode ser uma imagem 
mais heterogênea, já que, às vezes, absorve e re-
sangra. Nesse caso, como tem um sangramento de 
grande monta, onde tem desvio da linha média 
(mãozinha, linha amarela), compressão sobre o 
ventrículo, vai ser drenado, vai para a cirurgia, mas a 
maioria não vai, pois, a maioria é conservador. 
Espaço subdural: entre a dura-máter e a aracnoide. 
Esse espaço é o mais frouxo, para acumular sangue 
nesse espaço pode ser um trauma menor com 
sangramento venoso. Hematoma subdural, esse 
sangramento se apresenta na forma de crescente 
hiperdenso, crescente é a mesma coisa que meia lua, 
chamada também de banana. A história aqui é mais 
arrastada. É o paciente idoso que caiu da cama, às 
vezes o trauma ocorreu há 3 meses. O hematoma 
subdural não é tão grave, nem sempre precisa de 
intervenção cirúrgica, só se coletar muito sangue 
que chegue a desviar a linha média, mas isso não é 
comum. 
O hematoma subdural é um sangramento venoso. 
Visto que esse sangramento é de veia, pode acontecer 
de essas veias sangrarem, depois de um tempo 
tampona o sangramento e depois sangram 
novamente, então é um quadro mais arrastado. Além 
disso, isso se manifesta, também, na densidade do 
sangramento, por ser mais crônico, é um branco mais 
acinzentado e pode ocorrer ficar de duas cores, 
como na imagem apresentada no exemplo, em cima 
está mais escuro e na parte de baixo está mais 
branco. 
Na prática clínica o que mais se vê, nesse hematoma 
subdural, são idosos que caem da cama, que batem 
a cabeça... Muitas vezes, o paciente quase não tem 
clínica, às vezes que acontece dele sangrar MUITO 
e causar uma clínica. 
Na grande maioria dos casos o hematoma subdural 
NÃO precisa descomprimir, só precisa disso quando 
ocorre desvio da linha média. 
Lembrar sempre: procurar sangue na TC → BRANCO 
→ hiperdenso → isso é FORA do vaso, dentro do 
vaso ele é hipodenso, só fica hiperdenso se tiver o 
contraste. 
Hemorragia subaracnoide 
Na figura tem uma hemorragia 
subaracnóide, que na realidade 
tem imagem hiperdensa 
contornando as cisternas 
(setas laranjas), toma o 
formato dos sulcos e das 
cisternas. Onde deveria ter 
líquor (imagem escura), tem sangue (imagem branca). 
Nesse caso, tem que descartar a presença de um 
aneurisma cerebral, porque é uma causa importante 
de hemorragia subaracnóide, podendo re-sangrar. 
Para isso, pede uma angioTC. 
Espaço subaracnóideo: entre a aracnoide e a pia-
máter (que é a membrana que envolve diretamente 
o encéfalo). Nesse espaço não se forma hematoma 
devido a presença de líquor, o sangue se espalha e 
toma o formato dos sulcos e cisternas, pode invadir 
o sistema ventricular, porque são todos os lugares 
em que o líquor transita. A hemorragia 
subaracnóidea pode ser tanto devido a trauma, como 
também rotura de aneurisma. Na hemorragia 
subaracnóidea, é preciso descartar aneurisma 
cerebral. Se encontrar um aneurisma, tem que 
intervir antes que ele re-sangre, porque o 
sangramento de aneurisma, geralmente, tem uma alta 
mortalidade, ele sangra muito. Em alguns casos, a 
sorte é que ele sangra um pouquinho e o organismo 
dá uma segurada no sangramento (tipo a 
homeostasia faz um trombo que segura), mas tem que 
intervir antes que o paciente sangre novamente. 
A hemorragia subaracnóidea tem vários graus de 
acordo com a escala de Fisher e em um grau mais 
avançado ela inunda os ventrículos. Então, ela 
começa nas cisternas e sulcos e depois vai para os 
ventrículos. 
OBS.: TC para procurar sangramento NÃO pode ter 
contraste porque o sangue é branco, hiperdenso. 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
Então quando chega um paciente com trauma em que 
pesquisamos o sangramento, não podemos colocar o 
contraste (substância hiperdensa) se não ficaremos 
sem saber o que é sangue e o que é o contraste. 
Lobos cerebrais 
O lobo frontal (azul), 
lobo occiptal 
(laranja), lobo 
parietal (branco), 
lobo temporal 
(verde). 
Tomografia computadorizada 
 
1. Seio maxilar; 2. Osso nasal; 3. Arco zigomático. 
Esse exame acima à esquerda é um Rx em perfil e na 
imagem à direita é uma TC. O raio X vai ser utilizado 
para ver essa linha que vai me dizer que essa 
imagem da direita está nesse nível. A TC de crânio 
começamos a ver de baixo para cima. Essa estrutura 
arredondada é o forame magno (vermelho) que faz 
limite da região cervical para a região craniana. 
 
2. Osso nasal; 4. Globo ocular; 5. Células etmoidais 
(densidade de ar); 6. Seio esfenoidal(densidade de 
ar); 7. Células mastoideas (osso aerado); 10. IV 
ventrículo; 11. Ouvido médio. 
4. Dentro do globo ocular a densidade é de líquido, 
por conta do humor vítreo; na parte anterior 
(cristalino) já possui uma densidade maior que o do 
humor vítreo. 
Aqui, em um ponto mais acima, temos a fossa 
posterior (vermelho), região mais inferior do 
encéfalo. A parte mais baixa do tronco encefálico 
é o bulbo. 
 
As três estruturas anatômicas que compõem o tronco 
encefálico são: bulbo, ponte e mesencéfalo (de 
baixo para cima). Incialmente, circulado em vermelho, 
tem o bulbo. Atrás dessa estrutura, posteriormente, 
tem o quarto ventrículo (nesse exame está bem 
pequeno – área azul). Atrás do bulbo e do quarto 
ventrículo estão os hemisférios cerebelares, o 
cerebelo (estrutura em amarelo). 
Bem no meio do globo ocular tem o 12. nervo óptico, 
ligando a parte posterior do globo ocular até a 
parte do encéfalo – trato óptico. Relacionado ao 
globo ocular (não está sinalizado na imagem) existem 
os músculos que determinam a movimentação do 
globo ocular: reto medial, reto lateral, reto 
superior, reto inferior. A parte apontada em 13. 
fossa média e dentro dessa estrutura está o lobo 
temporal (parte em amarelo). 
* SEIO VENOSO (Não será cobrado): 
Ultimamente está muito 
evidente trombose de 
seio venoso em 
decorrência da COVID-
19, principalmente os 
pacientes que são 
internados. Seio venoso 
é o que estabelece a 
drenagem do encéfalo. 
Nessa imagem, em laranja, está o seio transverso 
direito e o seio transverso esquerdo. Já em azul 
estão o seio sigmóide esquerdo e direito (número 15 
é o seio sigmóide direito). 
Quando se fala em “fossa” é possível visualizar a 
fossa média direita, fossa média esquerda e fossa 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
posterior. Fossa é uma região anatômica rodeada 
por osso em todos os lados. Além dessas, existe 
também a fossa anterior abrigando o lobo frontal 
(não está na imagem acima). 
 
4. Globo ocular; 5. Células etmoidais; 10. IV 
ventrículo; 12. Nervo óptico; 13. Lobo temporal; 14. 
Cerebelo; 15. Seio sigmoide. 
Nessa outra imagem, seguindo o caminho 
tomográfico, já é possível visualizar os músculos reto 
medial e o reto lateral (próximos da estrutura 
apontado por 12. Em laranja estão as fossas média 
direita e esquerda, sendo que em dentro, apontado 
por 13. Em vermelho está o bulbo, azul (10) o quarto 
ventrículo, em lilás estão os hemisférios cerebelares 
direito e esquerdo. 
 
5. Células etmoidais; 10. IV ventrículo; 13. Lobo 
temporal; 16. Sela túrsica; 17. Tentório. 
Em um nível um pouco mais acima, já não tem mais 
bulbo, dando espaço para a ponte, com um formato 
semelhante a um diamante (riscado em vermelho). 
Posteriormente (10) tem o quarto ventrículo, seguido 
pelo cerebelo (laranja). No número 13 tem a fossa 
média esquerda, com o lobo temporal esquerdo no 
seu interior. Do outro lado o lobo temporal direito 
com a fossa média direita. O número 16 é a sela 
túrcica, onde fica a glândula hipófise. Na estrutura 
apontada pela seta, está a parte mais alta do globo 
ocular esquerdo; por ser a parte mais alta, essa parte 
marcada em vermelho já não é mais nervo óptico, mas 
sim o músculo reto superior. Em 17 é a tenda do 
cerebelo (tentório), que é onde se faz a divisão da 
parte mais alta do cerebelo, como se fosse o teto 
do cerebelo. 
 
13. Lobo temporal; 18. Cisterna supraselar; 19. Lobo 
frontal; 20. Músculo reto superior. 
Nessa imagem em 20 já está evidente o músculo reto 
superior; o nervo óptico só é visível quando a 
imagem mostrar o centro do globo ocular. Como na 
imagem não tem mais globo ocular, ou seja, não tem 
nervo óptico, sabe-se que é o músculo reto superior. 
Em 19 está a fossa anterior (amarelo) e dentro está 
o lobo frontal. Em vermelho está a ponte (formato de 
diamante) e lateral, também em vermelho, estão os 
cornos temporais dos ventrículos laterais. A parte 
maior em vermelho é o lobo temporal direito e 
esquerdo e a parte mais alta do cerebelo (laranja). 
 
13. Lobo temporal; 18. Cisterna supraselar; 19. Lobo 
frontal; 22. Seio frontal. 
Nesse nível já não tem mais ponte e sim o 
mesencéfalo, em formato de coração. 
Anteriormente tem a fossa anterior (em amarelo), 
sendo que 19 aponta para o lobo frontal. Em 18 tem a 
cisterna supraselar, porque está acima da sela. Em 
verde tem a parte mais alta do cerebelo, já quase 
no teto, chegando na tenda do cerebelo. Em azul o 
lobo temporal direito e esquerdo. 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
 
19. Linha média; 22. Seio frontal; 23. Cisura silviana; 
24. Cisterna quadrigeminal. 
Subindo mais o nível, no número 22 está o seio da 
face frontal repleto de ar no seu interior. O número 
19 está apontando para a linha média, que é a linha 
que divide o hemisfério cerebral em direito e 
esquerdo. Em vermelho está o mesencéfalo em 
formato de coração. O número 24 está a cisterna 
quadrigeminal atrás do mesencéfalo; as cisternas são 
bolsas de líquido que contém como se fosse lagos 
de líquor. A cisterna mais importante é a cisterna 
silviana (23), contendo líquor no seu interior 
(marcados em vermelho direito e esquerdo). Essa 
cisterna é de grande importância; avalia-se o 
tamanho na intenção de visualizar atrofias em 
pacientes com Alzheimer ou com alguma outra 
demência. Nessas doenças, o parênquima encefálico 
diminui bastante, principalmente no lobo temporal, 
que é a parte do encéfalo que rodeia a cisterna 
silviana; por ter redução do parênquima cerebral, 
essa cisterna cresce. Além de avaliar atrofias, 
quando tem hemorragias subaracnóideas 
relacionada com rotura de aneurismas (muito 
comum romper aneurisma da cerebral média), é 
possível ver sangue na cisterna silviana, ou seja, em 
vez dela ficar com a densidade escura de líquido, 
ela fica com a densidade branca, hiperdensa de 
sangue coagulado. Por fim, uma outra coisa bastante 
importante para se avaliar na cisterna silviana é em 
AVCi agudo, em que é possível ver um apagamento 
dessa cisterna. Tudo que está ao redor da cisterna 
silviana é lobo temporal. 
Atrás do mesencéfalo (amarelo) ainda tem um pouco 
de cerebelo. Superiormente em relação a fossa 
anterior tem o lobo frontal (verde). Todo o resto 
rodeando a cisterna silviana (lilás) é o lobo temporal. 
Os lobos variam de acordo com os níveis 
tomográficos, pois os lobos acompanham os ossos do 
crânio. 
Na imagem é possível ver em 
um corte sagital. Em 
amarelo está a fossa 
posterior, com o cerebelo 
inserido. Anteriormente 
(verde mais alta) tem o lobo 
frontal, seguido pelas 
têmporas (verde mais inferior). Em vermelho estão 
os ventrículos laterais; no nível dos ventrículos 
laterais tem três lobos: frontal (anterior aos 
ventrículos), occipital (posterior aos ventrículos) e 
temporal. Acima do nível dos ventrículos laterais, 
que é acima do teto do ventrículo (azul) é vai ter 
lobo frontal e parietal. 
 
19. Lobo frontal; 22. Seio frontal; 23. Cisura 
silviana; 24. Cisterna quadrigeminal; 26. Corno 
frontal do Ventrículo lateral direito. 
Posteriormente ao mesencéfalo, no número 24, tem a 
cisterna perimesencefálica (quadrigeminal). Em 23 a 
cisterna silviana (cisterna mais importante); tudo 
que for próximo dessa cisterna vai ser lobo 
temporal. Bem posterior a cisterna quadrigeminal 
(delimitado em vermelho) está a tenda do cerebelo 
(é só essa parte estreita por já estar no nível mais 
alto do cerebelo). Em 26 está o corno anterior do 
ventrículo lateral. Anteriormente desses cornos está 
o lobo frontal. Nesse nível, tudo que não é frontal 
ou cerebelo é lobo temporal (laranja). 
Na imagem, o número 26, 
indica a sombra do 
ventrículo lateral, que será 
melhor visualizado na 
imagem seguinte. 
Em vermelho tem a sombra 
do corno anterior dos 
ventrículos. Em verde, 
 
6 
Beatriz Machadode Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
temos os núcleos da base (núcleo caudado, núcleo 
lentiforme). Em laranja, temos o lobo frontal. 
Pergunta: a gente diferencia pela altura, ou há 
diferença na anatomia? Resposta: pela anatomia 
também diferencia, mas precisa ter um olho treinado. 
Aqui já vê ventrículo lateral 
(Número 26). O corno anterior do 
ventrículo lateral direito e do 
ventrículo lateral esquerdo. 
Em laranja, temos a cabeça do 
núcleo caudado, o triangulozinho em vermelho é o 
núcleo lentiforme. Em azul temos o tálamo, tudo que 
for desenhado para um lado, é igual no outro lado. 
NÃO VAI COBRAR NÚCLEOS DA BASE, VAI 
COBRAR LOBOS. 
 
22. Seio frontal; 23. Cisterna silviana; 25. III 
ventrículo; 26. Corno frontal do ventrículo lateral 
direito; 28. Glândula pineal calcificada; 29. Núcleo 
caudado. 
Em vermelho, mais posterior é o limite inferior do 
corno posterior do ventrículo lateral. Anterior ao 
corno posterior do ventrículo lateral, marcado em 
laranja é o lobo frontal. O que está posterior aos 
cornos occipitais dos ventrículos laterais, ou seja, 
dentro dessa linha azul vai ser lobo occipital, todo o 
restante, marcado também em azul, lateralmente, é o 
lobo temporal. No nível dos ventrículos laterais, 
temos lobo frontal, occipital e temporal. 
 
22. Seio frontal; 26. Corno frontal do ventrículo 
lateral direito; 28. Glândula pineal calcificada; 29. 
Núcleo caudado; 30. Corno occipital do ventrículo 
lateral esquerdo; 31. Plexo coroide calcificado. 
Ainda vemos nessa imagem, os ventrículos laterais, 
em vermelho o ventrículo lateral direito, a parte mais 
anterior é o corno frontal (n26), a parte mais 
posterior, é o corno occipital (n31). Em 28, temos a 
glândula pineal, que é uma estrutura que geralmente 
calcifica na vida adulta, é uma calcificação 
fisiológica, não é anormal. Como já foi dito, o que é 
branco na TC é calcificação, contraste ou 
sangramento, na TC de crânio. Como esse exame é 
sem contraste, não é sangramento, por já sabermos 
que essas regiões têm essas calcificações 
arredondadas e sangramento não fica com esse 
formato arredondado, ovalado. 
A região dentro dos cornos posteriores dos 
ventrículos laterais é onde se encontra o plexo 
coróide, estruturas produtoras de líquor, calcifica 
com alguma frequência. 
Em laranja é lobo frontal, em azul é lobo occipital, o 
que sobrou, em lilás, é lobo temporal, que faz parte, 
rodeia a cisterna silviana, que dá pra ver ainda uma 
parte, onde tem a maozinha. 
Em vermelho vemos o tálamo, 
lateral ao 3º ventrículo, o 
tálamo é comumente 
acometido por hemorragias 
intraparenquimatosas em 
pacientes com crises 
hipertensivas. 
Em azul, vemos a cabeça do núcleo caudado, em 
laranja temos os núcleos lentiformes (composto por 
globo pálido e putamen). A cabeça do núcleo 
caudado com o núcleo lentiforme forma os núcleos 
da base. 
 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
26. Corno frontal do ventrículo lateral direito; 29. 
Núcleo caudado; 30. Corno occipital do ventrículo 
lateral direito; 31. Plexo coroide calcificado; 33. 
Cortical. 
Os ventrículos laterais continuam presentes, logo, 
temos o lobo frontal em laranja, lobo occipital em 
vermelho e os demais, lobo temporal em azul. 
Lateralmente ao terceiro ventrículo, temos em verde 
o tálamo, em laranja, cabeça do núcleo caudado, em 
amarelo, os núcleos lentiformes. 
 
26. Corno frontal do ventrículo lateral direito; 29. 
Núcleo caudado; 30. Corno occipital lateral direito; 
32. Fissura inter-hemisférica; 33. Cortical. 
Continuam os mesmos três lobos, por estarmos vendo 
os ventrículos laterais. 
Existe a diferenciação da substância branca e da 
substância cinzenta, sabe-se que é possível 
diferenciar substância branca e substância cinzenta, 
na RNM como já foi visto na aula passada. Na RNM 
ponderada em T1 que é a sequência mais anatômica, 
a substância branca é branca e a cinzenta é cinza. 
O T2 é tudo o contrário de T1, a substância branca 
é mais cinza e a cinzenta é mais branca. A TC é 
mais semelhante ao T2, logo, o que está 
periventricular, que é substância branca (n34) é 
mais escuro, o que está cortical, adjacente aos 
sulcos que é substância cinzenta (n33), é mais 
branquinha, mais periférica. 
 
32. Cisura inter-hemisférica; 33. Substância 
cinzenta cortical; 34. Substância branca 
subcortical; 35. Ventrículos laterais. 
Nesse nível mais acima, 35 é o ventrículo lateral 
direito e esquerdo, 34 é a substância branca, 
subcortical, 33 é a substância cinzenta cortical e 32 
a fissura inter-hemisférica ou cisura inter-
hemisférica. 
 
32. Foice cerebral; 33. Substância cinzenta 
cortical; 34. Substância branca subcortical; 35. 
Ventrículos laterais. 
Nessa imagem, temos 32 (foice cerebral, que fica na 
cisura inter-hemisférica), 35 (ventrículo lateral 
direito), 34 (substância branca), 33 (substância 
cinzenta). Se ainda vemos ventrículos, temos 3 lobos 
ainda (frontal, temporal e occipital). 
 
32. Foice cerebral; 33. Substância cinzenta 
cortical; 34. Substância branca subcortical. 
A partir do momento em que não for mais visto os 
ventrículos, teremos dois lobos, o frontal e o 
parietal. Nesse nível tem a foice cerebral, na cisura 
inter-hemisférica que é o 32, substância branca 
(34), a parte mais periférica, cortical, adjacente 
aos sulcos, substância cinzenta (33), mais branca na 
TC. 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
 
32. Foice cerebral; 33. Substância cinzenta 
cortical; 34. Substância branca subcortical. 
Nesse nível bem alto, em que não vê mais ventrículo, 
temos atrás das linhas amarelas, lobo parietal, na 
frente das linhas amarelas, lobo frontal. Estamos no 
topo da calota, temos lobo frontal na frente e 
parietal atrás, não temos lobo occipital, apenas se 
for a nível dos ventrículos laterais. 
 
32. Foice cerebral; 33. Substância cinzenta 
cortical; 34. Substância branca subcortical. 
Mais em cima, temos atrás da linha vermelha, lobo 
parietal e na frente da linha vermelha, lobo frontal. 
Ressonância magnética 
 
Essa RM é ponderada em T1, porque o líquido é 
escuro. Líquor presente na cisterna magna, as 
cisternas têm líquido, assim como o ventrículo 
lateral marcado pelo círculo azul. 
Em vermelho temos o forame magno que dá entrada 
para fossa posterior, ainda não está a nível do bulbo, 
como podemos ver no corte sagital que está lateral 
(bulbo em vermelho, laranja é a ponte e azul, o 
mesencéfalo; os 3 compõem o tronco cerebral), logo 
a imagem está abaixo, ainda na medula (em lilás). 
 
Atrás do bulbo temos o hemisfério cerebelar direito 
e esquerdo, marcados em laranja. Em azul, temos o 
4º ventrículo atrás do bulbo. Conseguimos visualizar 
novamente o seio maxilar direito e esquerdo. O seio 
sigmóide é um seio venoso encefálico, onde temos a 
trombose venosa cerebral, comumente vista em 
tempos de COVID. 
 
Em vermelho, temos a ponte, como identificado pelo 
corte sagital, atrás da ponte ainda temos o 4º 
ventrículo (azul) e os hemisférios cerebelares 
direito e esquerdo (em laranja). Está num nível da 
fossa posterior. O número 1, em verde, temos a fossa 
média direita e esquerda, onde temos 
respectivamente o lobo temporal direito e esquerdo. 
A mãozinha representa o globo ocular esquerdo. 
O círculo azul representa o seio etmoidal e o círculo 
roxo representa o seio esfenoidal. Dentro desses 
seios temos ar, que na ressonância, é preto em 
qualquer sequência. 
 
9 
Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
O círculo branco, representa o osso temporal com as 
células da mastóide, são pretas também, porque as 
células da mastóide são células aeradas. 
 
Nesse nível mais acima, temos o teto da órbita. 
Então, não está no centro da órbita, a marcação em 
vermelho não é nervo óptico, é o músculo reto 
superior. 
Pelo corte na sagital, percebemos quenos 
encontramos no nível do mesencéfalo. O formato em 
coração marcado em vermelho também é o 
mesencéfalo. 
NÃO VAI COBRAR ARTÉRIAS. 
Em relação aos lobos. O lobo frontal em laranja, está 
superior a fossa anterior. Em azul, vemos a tenda do 
cerebelo (parte mais alta do cerebelo) e o lobo 
temporal é a maior marcação em vermelho, 
lateralmente na imagem. 
 
Nesse nível um pouco mais acima, o número 20 aponta 
para cisterna silviana direita (estrutura muito 
importante a ser identificada), está escura porque o 
líquor é hipodenso, hipointenso na RNM ponderada 
em T1. 
O número 17 aponta para o 3º ventrículo. O círculo 
azul representa a cisterna silviana esquerda. O 
número 18 indica o lobo frontal, o 19, lobo temporal 
(tudo que está adjacente a cisterna silviana é lobo 
temporal). Em vermelho, vemos os cornos posteriores 
dos ventrículos laterais, com o plexo coróide 
internamente. Posterior aos cornos posteriores dos 
ventrículos laterais, marcado em laranja, é o lobo 
occipital (representado pelo número 16). 
 
Essa imagem está a nível dos ventrículos, anterior ao 
corno anterior do ventrículo lateral em laranja, temos 
o lobo frontal. Em vermelho, temos o lobo occipital, 
o restante, em verde, margeando a cisterna silviana, 
temos o lobo temporal. Em lilás temos tálamo direito 
e esquerdo, em amarelo temos a cabeça do núcleo 
caudado direito e esquerdo, em azul temos o núcleo 
lentiforme direito e esquerdo. 
 
Ainda no nível dos ventrículos, vemos o lobo frontal 
em azul, em verde lobo occipital, em lilás, lobo 
temporal. Colado nos ventrículos laterais temos os 
núcleos da base. O tálamo ficou embaixo, é mais na 
altura do 3º ventrículo. 
Vemos mais a cisterna silviana a nível do 3º 
ventrículo, mas quando temos os ventrículos laterais 
ainda vemos um pouco dela. 
 
 
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Beatriz Machado de Almeida 
Diagnóstico por imagem – Aula 13 
Acima do teto do ventrículo lateral, não temos mais 
lobo temporal e occipital, só temos frontal e parietal. 
Na frente da linha lilás lobo frontal, atrás, lobo 
parietal. O número 31 está apontando para o corpo 
caloso que aqui no corte sagital, está desenhado em 
lilás. 
Novamente, divide-se com a linha lilás (sulco pré-
frontal) o lobo frontal do parietal. Em cima, na 
calota, não tem nem o lobo temporal nem o occipital. 
Acima do teto dos ventrículos laterais temos apenas 
o frontal e o parietal. 
Material baseado na aula de Dra. Adriana Matos 
– Medicina UniFTC – 7º semestre

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